Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores foi o segundo post do blog. Fala sobre Flower, um jogo artístico que foge de todos os padrões da atual indústria de games.
Ao término do texto, precisei criar um novo marcador que enquadrasse o artigo em seu devido lugar, então criei o marcador “Games Artísticos”, me perguntando quando surgiria a oportunidade de usá-lo novamente.
Hoje pela manhã, ao iniciar o meu ritual de começo de dia (tomar banho; tomar café; me preparar para o trabalho e dar uma olhada nos meus sites preferidos de notícias de jogos), entrei no IGN como de costume. Lá, encontrei uma matéria com os jogos mais esperados de 2012.
Entre algumas escolhas mais do que óbvias, como Bioshock Infinite, me deparei com um título que nunca tinha visto antes: Journey.
E adivinhem só: Journey é a mais nova investida do Santa Monica Studios e da That Game Company, responsáveis pelos jogos artísticos e “pegada” diferenciada como Flow e Flower (Flow adicionado de er).
Journey tem um estilo visual muito parecido com uma animação dos estúdios Disney, mas consegue ser totalmente diferente de tudo que a parceria dessas duas empresas vem mostrando até então.
O trailer de Journey não revela muita coisa, além do fato de que, dessa vez, controlaremos um protagonista de “verdade”, como num típico jogo de ação em terceira pessoa, e não um artrópode comilão ou uma corrente de ar.
No trailer de trailer de jogabilidade, podemos ver que o andarilho de capa realiza ações bem básicas de jogos de plataforma, numa curva de aprendizado bastante lenta e agradável.
Journey repete mais da fórmula utilizada pela That Game Company, de visuais estonteantes que nos fazem mergulhar num oceano de beleza, subjetividade e momentos de autorreflexão.
Esse nicho de games artísticos se encontra meio que inabitado, tendo pouquíssimos representantes nos últimos anos. Eu, como fã de boa arte (não importando de onde ela venha), torço apenas para que Journey seja mais mainstream, comercializável, com direito a vários e vários gigas de conteúdo em disco e destraváveis ao terminá-lo.
Essa coisa meio “bicho-grilo”, de baixar jogos apenas para o HD do console ou PC, assusta um pouco os jogadores mais conservadores que gostam de ter algo para segurar nas mãos enquanto não estão jogando. Eu, particularmente, fico no meio termo entre total modernidade e conservadorismo quando o assunto é comprar algo em que não se pode tocar. Apenas acho que os jogos artísticos deveriam encontrar seu meio termo, para agradar tanto aos jogadores mais sensíveis a este gênero quanto àqueles que procuram melhores motivos para apostar em um “joguinho de pétalas de flores”.
De qualquer forma, fico feliz em ver mais um título dessa parceria saindo do papel e criando vida para, mais uma vez, nos surpreender com essa tão nova forma de arte que são os jogos eletrônicos. E como de costume nos posts de jogos artísticos, termino o texto com algumas imagens deste belo título.
Au Revoir!
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