Os jogos da Bioware são famosos pelos seus polêmicos relacionamentos... variados, se é que você me entende.
Curar um coração partido é uma das piores provações pela qual um guerreiro pode passar na vida.
E como é bom não sentir vergonha alheia pela péssima qualidade de um vídeo publicado. Obrigado, Papa Sony Vegas Onze.
P.S: Não adianta barrar meu vídeo porque usei uma música da vaca da Celine Dion, You Tube. E não Celine, eu nunca compraria um disco seu. Pirata ou original...
O que era para ser uma inocente brincadeira de criança acabou se revelando uma interrogação digna dos maiores mistérios da parapsicologia. E você pensando que zumbis eram o único problema do mundo fictício de Dying Light...
Esse é o primeiro vídeo semi-profissional que eu publico desde a enxurrada de postagens que lancei, depois de adquirir o PS4. Este vídeo tem um acabamento melhorzinho, visto que já estou pegando alguns macetes de edição com o (meio complicado) Sony Vegas. Publicarei o vídeo também no canal do You Tube, o Mais Um Vlog de Games. Deu um trabalho dos infernos pra editar tudo, então assistam até o fim.
Desde que criei o
blog, em 2011, nunca me preocupei muito com aparência, uma estrutura mais
elaborada ou perfumarias vistas em outros blogs (do tipo, imagens de capa que mudam a cada acesso) . Tanto é que, ao longo desses quase quatro anos, só alterei
o layout do blog uma vez, e foi mais uma reformulação nas cores e fonte
utilizadas que outras mudanças mais radicais. E isso me gerou mais problemas
que vantagens, visto que o blogger deu uma bagunçada legal no espaçamento do
texto e posição das fotos de muitas postagens, me obrigando a CORRIGIR TUDO MANUALMENTE. Felizmente, esse
problema se deu quando o blog ainda não tinha uma quantidade tão grande de
postagens, o que ajudou um pouco na resolução da questão.
Mais tarde, quando
já tinha dado um jeito nos principais textos, os que eu mais tinha gostado de
escrever pro blog, me deparei com um outro problema: MISTERIOSAMENTE, AS FOTOS QUE EU COLOCAVA NAS POSTAGENS FICAVAM
GRANULADAS, MESMO EM ALTAS RESOLUÇÕES, CASO EU AUMENTASSE O TAMANHO DA JANELA
NOS POSTS.
Esse entrave, claro, é bem
mais prejudicial à qualidade dos posts, visto que fica meio difícil pra um
leitor acreditar que um jogo é lindo de viver se o que ele está vendo no texto
é uma imagem de péssima qualidade, toda feiosa e quadriculada. Ao visitar
outros blogs, minha frustração apenas crescia ao ver postagens com fotos
enormes e em HD, ocupando metade da tela do meu computador (me fazendo perguntar "como raios esse cara faz isso"?)
O antes...
Felizmente, com uma
mãozinha de um velho conhecido, consegui descobrir que o problema era de fácil
resolução. Passei, então, a partir do Review Supremo de Alien Isolation, a
selecionar fotos imensas que consigam passar a ideia de beleza que eu tento
descrever nos textos.
Toda essa questão
com a qualidade visual do blog me fez relembrar que mantenho esta empreitada
mais por satisfação pessoal do que por outra coisa, visto que o retorno das
pessoas que frequentam a página vendo sendo quase zero nos últimos tempos
(mesmo daqueles fiéis que sempre apareciam pra dizer se haviam gostado de um
post ou se eu merecia levar uma tijolada por falar tanta besteira). O lado bom
disso é que me sinto à vontade para ativar o ganho com o $ite (não que eu
espere ficar rico com isso, claro que não), por exemplo, visto que se um leitor não se manifesta
pra dizer onde ele acha que eu acertei ele não tem o direito de o fazer para demonstrar seu
descontentamento com o que quer que seja.
... e o depois!
Então, como gostei
muito da brincadeira de reeditar alguns posts para dar um tapa no visual (e
corrigir eventuais erros de digitação ou de informação), resolvi levar adiante
esse projeto e começar a reformular alguns dos textos que mais têm
visualizações no blog. Claro que estou falando dos Reviews Supremos.
Comecei com o do
Fallout, que ficou super ultra mega legal depois das melhorias que fiz. Ontem foi
a vez da Crise nas Infinitas Terras atingir o lindo mundo de Spira e seu Review
Supremo de Final Fantasy 10, um texto bastante elogiado pelos fãs do blog (assim como no Facebook) e que
me deu bastante prazer em publicar.
Enquanto ainda
estiver afastado do trabalho e com tempo de sobra (a vida que eu espero levar
na próxima década de minha existência, se meus planejamentos financeiros derem
certo) pretendo dar continuidade à brincadeira, que confesso servir mais ao meu
ego de escritor do que aos leitores propriamente ditos (agora deixei a parte
Shadow do meu nome transparecer um pouquinho a mais da conta. Mea culpa...).
O texto que será
reformulado hoje, ou amanhã? Diga as palavras "Review Supremo" três vezes na frente de um espelho pra encontrar a resposta (ou clique no marcador homônimo e procure pelo seu texto favorito aqui no blog, pra ver se ele foi o contemplado) pois só o Shadow sabe...
A nova geração desponta no Mais Um Blog de Games. E como não podia
deixar de ser, novas expectativas trazem um elemento que eu particularmente
adoro: especulação.
Sim, especulação pode ser uma coisa extremamente positiva, pois serve
para te dar uma ideia do que vem pela frente. E como já estamos em março, nada
mais natural que especular um pouco sobre o que vai ser visto nas feiras de jogos deste
ano.
Não, o texto não é sobre a E3. Como o próprio título denuncia, falarei
um pouco sobre algumas coisas que eu gostaria que fossem adicionadas ou
removidas de uma das melhores séries que tive o prazer de conhecer e jogar, até
os dedos sangrarem, no controle do playstation 3: Fallout.
Como faz muito tempo que escrevi algo sobre a série aqui no blog (acho
que apenas em uma ocasião, acredito que em 2012. Procure pelo Review Supremo
aqui. Pra comemorar a minha empolgação com a possibilidade de um Fallout 4, dei uma repaginada neste que é um dos meus posts favoritos no blog. Modéstia aparte, ficou show de bola), gostaria de falar um pouco sobre os meus desejos do que eu acho
que não devia mudar no quarto jogo da série (que é uma das grandes presenças
esperadas a dar as caras na E3 2015) e do que eu acho que deveria ser alterado.
Como o texto é de total improviso, comecemos logo essa bagaça!
1-MAIOR PODER DE DECISÕES
Tanta enrolação só pra chegar ao mesmo resultado...
O combate de Fallout se dá em tempo real, diferente dos seus dois
primeiros capítulos em que a ação acontecia por turnos. Mas a forma de causar
dano nos oponentes continuou a mesma no clássico contemporâneo idealizado pela
Bethesda Softworks. Sim, essa digressão toda foi apenas pra explicitar que,
mesmo sendo um jogo de tiro, Fallout ainda se enquadra no gênero RPG. E o que
mais caracteriza os jogos deste gênero, além da impossibilidade de prosseguir
na história sem conversar com NPCs e o ganho de XP? AS OPÇÕES DE DIÁLOGO DO
NOSSO PERSONAGEM, CLARO!
Nesse ponto, Fallout 3 e Fallout New Vegas (que merecia um Review
Supremo tanto quanto seu antecessor, mas foi vítima das vicissitudes do destino)
sempre deixaram os jogadores mais exigentes com a impressão de que as coisas
poderiam ser um pouco melhores na série com relação à liberdade de escolhas e o
impacto que essas escolhas causam no desenrolar dos eventos.
Eu sei, não é nada fácil coordenar os eventos e tomadas de atitudes de
um jogo que leva, literalmente, centenas de horas pra completar 100%, mas isso
é um problema para a Bethesda, Obsidian e todas as envolvidas no
desenvolvimento dos jogos. Minha parte é abrir a carteira e escrever textos
enormes dando pitacos.
O mítico Dr. Mitchell: "how are you holdin' up"?
O caso é que Fallout, pelo menos nos episódios que eu tive o imenso
prazer de jogar, utiliza o sistema de funil nas janelas de diálogo. O que isso
quer dizer, Shadow? Simples: é que mesmo começando com várias possibilidades de
diálogo, qualquer uma que você escolher vai resultar no mesmo evento, tolhendo
a sua capacidade de influenciar no enredo e te roubando quaisquer sensações de
que está no comando das coisas (feeling esse que todo bom RPG deveria estar
preocupado em transmitir ao jogador).
Pra ficar melhor de entender, deixa eu dar um exemplo bem rasteiro: imagine
que um pai e um filho estão dialogando. O pai deve uma quantia de dinheiro ao
filho e se aproxima pra pagar. O pai fala:
-Aqui está o dinheiro que eu te
devo, filho. O pai então pergunta:
-Você não vai conferir se está
certo, filho?
O filho, que no caso é o jogador, tem as opções de responder SIM; NÃO; NÃO DEVERIA SER NECESSÁRIO ESTE
TIPO DE CAUTELA ENTRE PAI E FILHO, só pra dar um exemplo.
Os roteiristas, marotamente, disponibilizam as seguintes opções de
resposta do pai pra cada uma das escolhas, respectivamente:
- Faz muito bem, pois sou
péssimo em matemática e posso ter errado na contagem das notas.
-Deveria, pois números nunca
foram meu forte.
-Mas não é uma questão de
desconfiança filho. Eu posso ter errado quando contei o dinheiro.
Viu como, mesmo interagindo com uma reposta negativa, uma positiva e
uma neutra o resultado é sempre o mesmo? É esse tipo de ilusão porcamente
disfarçada que os mágicos por trás da série vêm tirando espertamente de suas cartolas para
evitar de programar linhas de diálogo que realmente façam alguma diferença,
pois diferença para o jogador pode ser divertido, mas pra quem faz os jogos só
significa uma coisa: mais trabalho!
Quem nunca sentiu falta da opção "Cala essa *&%$# de boca, Moira" que atire a primeira pedra...
Eu sei que o tópico já está ficando grande, mas acredito que em jogos
como Fallout e The Elder Scrolls tal elemento seja de suma importância. Aliás,
falando em Elder Scrolls, o último episódio da série, Skyrim, reduziu bastante
as opções de diálogo, inclusive aquelas respostas exclusivas baseadas em um
atributo em especial que você fez questão de evoluir (como medicina, por
exemplo). Nesse jogo em particular os produtores chegam ao cúmulo de oferecer
ao jogador apenas uma opção de resposta, te deixando com a imensa
responsabilidade de escolher... quando vai pressionar o botão de confirmar para
concordar com o que o jogo quer que você concorde. Ridículo...
Então, o que eu espero do Fallout 4 é isso: que haja uma maior
liberdade de opções e um real impacto nos eventos do enredo, do começo ao fim
da aventura.
2-MENOS CHICLETE MASTIGADO E
MAIS TEMPO DE GAMEPLAY REAL
Essa tela me atormentou muito, mas muito mesmo no PS3
Certa vez eu assistia a um dos vídeos dos irmãos Piologo, quando um
deles soltou uma frase que resume perfeitamente o que é um game da Bethesda nos
consoles domésticos: “dá pra mastigar um
chiclete inteiro enquanto espera um load de Skyrim”. Depois de conter as
gargalhadas, tive que parar pra dar o braço a torcer, pois é a pura verdade. E o
pior é que a Bethesda deve jurar que aqueles lindos modelos dos personagens e
itens encontrados no jogo que eles exibem nos loads não são uma distração das
mais vagabundas pra amortizar a nossa impaciência diante de intermináveis telas
de carregamento.
Nossa, que elmo lindo... Epa! Espera um pouco. Eu tô há cinco minutos rotacionando esse item feito um bobo!
Contra um aspecto meramente técnico, que não carece de decisões
criativas, não tem muito do que discorrer: PELO
AMOR DE SHEOGORATH, BETHESDA: DÊ UM JEITO DE USAR A MEMÓRIA EXTRA DO PS4 E XONE
PRA FAZER UM JOGO QUE NÃO POSSIBILITE AOS JOGADORES ACABAR COM O DOCE DE UM
CHICLETE ENQUANTO ESPERA UMA TELA DE CARREGAMENTO.
Sem mais nada a acrescentar, e sempre salientando o fato de que os
jogadores de PC, neste aspecto, não têm quase nada com o que se preocupar.
3-CONTEÚDO NÃO APENAS
DOWNLOADEÁVEL MAS QUE TAMBÉM REALMENTE ADICIONE ALGO
Homenzinhos verdes...
Fallout 3 possui DLCs fantásticos. Não precisei baixar separadamente
pois comprei a GOTY, que já vem com tudo incluso, adiciona dez níveis de
evolução e uma linda e criativa lista de troféus pros aficionados em aceitar
grandes desafios.
Mothership Zeta, The Pitt (meu preferido ever), Aquele que Continua o
Enredo Que eu Não Lembro do Nome e Point Lookout (ou vila dos caipiras, pros
íntimos) adicionam dezenas de horas de gameplay e contam com bizarrices e
experiências inéditas e únicas na série (Operation Anchorage nem é digno de menção. Ops...). No jogo seguinte, Fallout New Vegas, a
quantidade de DLCs continua a mesma mas da qualidade infelizmente não podemos
dizer a mesma coisa.
De fato, os DLCs de New Vegas são tão fraquinhos que fica até difícil
lembrar dos nomes deles. O mais pitoresco, Old World Blues, se passaria por uma
quest mais elaborada do conteúdo original fácil fácil. O que é algo bastante
triste, visto que a direção certa para esta franquia continuar com seus
sucessivos strikes é se guiar por este capítulo em particular. Mas falarei
disso mais pra frente.
Nem se empolgue com a capa: esse DLC é um saco dos mais intoleráveis.
E é isso: Fallout é uma daquelas séries que nos faz abrir um sorriso
de orelha a orelha quando um novo DLC é anunciado, diferente das ondas de
revolta que geralmente este tipo de conteúdo costuma causar. Isso porque a
Bethesda capricha muito na qualidade e quantidade de horas adicionadas à
campanha principal. Então, o que é esperado é que Fallout 4 (espero digitar
muitas vezes esse nome nos próximos meses) tenha um conteúdo extra tão bom
quanto seu irmão mais velho.
4-RPG DE RAIZ
Nem tão clássico quanto o primeiro mas, ainda assim, um clássico indiscutível
Fallout 3 é um excente jogo. Disso nem os fãs dos dois primeiros jogos
duvidam. Mas convenhamos: depois de jogar Fallout New Vegas e nos deliciarmos
com o modo Hardcore e suas contribuições à franquia é que nos damos conta de
como o sistema de Fallout 3 era raso.
Explico de forma rápida (acredita no “rápida” quem quiser...): Fallout
era uma franquia lado B, ou obscura pra quem nasceu já na era do CD, e bastante
aclamada entre os jogadores de PC. Depois de alguns lançamentos não tão
renomados, que muitas vezes tiravam a característica de estratégia casca-grossa
dos dois primeiros títulos da Interplay, a batata quente de lançar um jogo que ao mesmo tempo agradasse aos fãs e atraísse novos jogadores havia caído delicadamente nas mãos
da Bethesda, a atual detentora dos direitos dessa franquia.
Olha o Bob aí, transcendendo gerações
Fallout 3 foi lançado, alguns fãs mais virjões ficaram de mimimi mas o
resto do mundo aceitou de boa as mudanças feitas no jogo para ressuscitar a
franquia dos mortos, principalmente porque a essência dos jogos mais antigos a
Bethesda havia conseguido preservar com bastante sucesso.
Fallout New Vegas, além de ser desenvolvido pela Obsidian (grande nome
dos RPGs no PC até então), contou com dois integrantes originais que
trabalharam no Fallout e Fallout 2. Então já dá pra imaginar que coisa muito
boa sairia dessa interação, não é mesmo?
E saiu sim. Pensando em quem gosta de elementos de RGP e um pouco mais
de dificuldade inteligente mas ficou a ver navios no Fallout 3, os criadores do
lindo deserto de Mojave inseriram o já citado Hardcore Mode, que implementa
alguns detalhes de gameplay como:
-recuperação de HP gradativa, ao invés de instantânea, com o uso de
Stimpacks;
-tratamento de membros aleijados apenas por meio de intens específicos
para esta finalidade, as Doctor Bags, diferente do game anterior que te
permitia curar membros aleijados com meros Stimpacks;
-adição de necessidades fisiológicas mais condizentes com a realidade,
como precisar beber água, comer e dormir (nada de usar comida apenas pra
regenerar HP);
-um sistema de conservação de armas mais justo (sua arma não precisa
estar com a barra de conservação totalmente cheia pra garantir benefícios,
basta que você alcance 75% ou 50% com alguns itens) e por aí vai.
Sim, New Vegas é tão foda quanto aparenta. E sim, esse uniforme é difícil pacas de conseguir
O fato é que seu eu continuar falando de New Vegas vou ter que parar de escrever o texto, soprar
a poeira do velho PS3 e voltar a mergulhar no insanamente divertido deserto de
Mojave da Bethesda. Então, fica o recado para esta produtora: NÃO DEEM UM PASSO
ATRÁS NA COMPLEXIDADE DO GAME COMO VOCÊS FIZERAM COM SKYRIM. PEGUEM O NEW VEGAS
PARA USAR COMO PONTO DE PARTIDA E NOS FAÇAM FELIZES PELA TERCEIRA VEZ COM UM
NOVO JOGO DA SÉRIE FALLOUT.
5-ARREGASSEM AS MANGAS FOR GOD
SAKE!
Gamebryo fez milagres mas já passou da hora de pendurar as chuteiras
Eu sei que nem a Bethesda teria a cara de pau de racauchutar pela
milésima vez o Gamebryo, o motor gráfico utilizado nos jogos The Elder Scrolls
4: Oblivion, Fallout 3 e Vegas e Skyrim. Mas não custa nada dar esse aviso aos
produtores: DESENVOLVAM UM MOTOR GRÁFICO
NOVO E MAIS COMPETENTE PARA ESTE QUARTO CAPÍTULO DA SÉRIE.
Vejam uma palhinha do que foi mostrado na GDC deste ano, no começo do
mês:
Acredite: tudo isso, apesar de ser uma cutscene, acontece em tempo
real, filmado com o motor gráfico Unity 5 demonstrado na feira que é “exclusiva”
para desenvolvedores. Não, não estou estou dizendo que Fallout 4 precisa ter um
visual de The Order ou Killzone Shadow Fall (eu caindo? Aonde?). Isso seria
contradizer a mim mesmo quando afirmo que me contentaria com um Fallout novo
com visuais de God of War 3, só que com loads instantâneos. E minha opinião não
mudou de lá pra cá: prefiro que os jogos deem um salto menor em qualidade
visual para oferecer uma experiência de jogo menos sofrida para o jogador no quesito técnico.
Telas de carregamento assombram os jogadores desde a era Playstation
One, sendo inclusive motivo de exclusão para os mais acostumados a cartuchos. Já
tá mais que na hora de acabar com esse mal nos consoles. Ou pelo menos tentar
amenizá-lo.
6- NÃO FAÇAM MERDA, PELO AMOR DE DEUS
Como eu disse, não façam Rambo, quero dizer, merda com a série!
Esse último conselho parece ser bastante óbvio, mesmo de um ponto de
vista mais formal e menos passional. Mas, diante de decepções como os recentes
games da série Final Fantasy, Resident Evil e da estreante The Order, não custa
nada frisar: NÃO FAÇA MERDA COM ESTA FRANQUIA, BETHESDA!
Quer levar meu dinheiro? Leve. Quer
a minha paciência? Ela está a sua disposição. Quer me torturar com uma espera
que parece interminável? Estou pronto pra isso, pois já dizia o saudoso Victor
Ireland, da Working Designs: “atrasos são
temporários. A mediocridade é eterna”. Mas por favor, não atire as fezes no
ventilador com essa franquia aqui.
Persona 5 promete...
Fãs de RPGs ficaram praticamente órfãos depois das cagadas de empresas
como Square-Enix, Capcom ou Atlus, que ou decidiram fazer jogos ruins ou
simplesmente trollar o jogador com atrasos de ganhar cabelos brancos, ou ainda versões
para plataformas bastante inusitadas (como Persona, que resolveu dar as caras
com um JOGO DE LUTA para Vita ao invés do tão aguardado quinto episódio da
franquia, que parece estar vindo com tudo para a nova geração).
Depois de descobrir as maravilhas do steampunk mundo cão que é a série
Fallout nos consoles de geração passada, não sei se meu coraçãozinho nerd
resistiria à notícia de que Fallout 4 é algo menos que o 3 e o New Vegas foram
no passado.
Porta fechadas ou não, o que importa é que ele dê as caras na E3 2015
E é isso, pessoal. Até agora a Bethesda não se pronunciou oficialmente
(nem de forma não oficial, que eu saiba) sobre o assunto. Mas o que todos
esperam é que algo seja revelado sobre o quarto episódio da série na E3 deste
ano, que vai acontecer em maio ou comecinho de junho como de costume. um The Elder Scrolls 5: Elseyr também não seria nada mau, mas acho que já estou pedindo demais...
Espero que tenham gostado do texto e que estejam tão ansiosos por este
jogo quanto eu estou. Obrigado a todos e nos vemos no próximo texto, no qual
abordarei a influência da narrativa embutida nos jogos de golfe do início da
década de 80 e sua contribuição para a atual cena político-econômica em que
vivemos. Brincadeirinha...
Depois de vários desligamentos
bruscos na minha cara, um incidente envolvendo uma caneca de café e quinze dias
de molho na assistência técnica, finalmente meu surrado notebook de quatro anos
de uso (e contando, assim espero...) pôde retornar ao seu querido lugar em cima
da minha cama, como nunca deveria deixar de ser.
E sim, fazer vídeos de gameplay
falando bobagens sem um roteiro pré-programado é bastante divertido. Mas não
tem jeito: minha paixão é escrever. Eu tenho mais jeito com as palavras (escritas), e
gosto muito da segurança de poder falar a maior besteira da face da Terra para,
quinze minutos depois, ter a chance de corrigir tudo depois de reler
minhas próprias palavras e ver como soaria esquisito aos ouvidos do leitor. Não
que não seja possível fazer isso com vídeos, claro, mas a trabalheira que dá
pra editar, cortar, rezar para que o editor não engula alguma parte dos
comentários, é algo que simplesmente não me apetece.
Parafraseando um estimado
camarada também blogueiro, EU GOSTO DA
PALAVRA ESCRITA, DA CONCATENAÇÃO DE IDEIAS E DO VERBO SENDO RASGADO COM TODA A
VELOCIDADE QUE MEUS FRENÉTICOS DEDOS ALCANÇAM QUANDO ESTÃO ANSIOSOS PARA
EXPRESSAR A OPINIÃO DO SEU DONO (essa última parte é cortesia minha).
Claro que não vou abandonar
completamente o conteúdo de vídeos. Muito pelo contrário: a ideia é evitar as
acusações de spam diminuindo a quantidade de posts de vídeo, aumentando a
qualidade dos temas, das opiniões e do layout dos vídeos em si. Com o Windows 7
instalado no notebook renascido das gotas de café... quero dizer, das cinzas,
só posso dizer uma coisa: SONY VEGAS, AÍ
VOU EU!
Me Aguarde, Sony Vegas...
MINHA PRIMEIRA VEZ COM O SEGUNDO FILHO, DO TERCEIRO CAPÍTULO, DO QUE
DEVERIA SER O PRIMEIRO JOGO PARA O QUARTO CONSOLE...
Voar com eletricidade? Me explica isso, seu Cole
Esse não é um (a) Review Supremo
(a). Mas para não ficar parecendo que eu sou um especialista na série do jogo
do qual vou falar, terei que contar uma breve historinha chata que é típica
daquele formato de texto no blog.
A série Infamous (tive que perguntar a um
australiano como raios se pronuncia isso, visto que todo mundo que eu conheço
tem um jeito diferente de dizer) apareceu pra mim no PS3, claro, quando um dos
meus 357 irmãos comprou o primeiro game da série.
Infamous conta a história de Cole, um entregador
(careca, só pra não deixar esse relevante detalhe passar) que causa a
destruição da cidade onde mora ao transportar um misterioso pacote, uma bomba que
matou boa parte da cidade e lhe conferiu poderes de eletricidade.
Pra ser ainda mais sincero do que eu costumo ser
com meus leitores, EU NÃO JOGUEI NEM
INFAMOUS NEM INFAMOUS 2. Sim, cometi o crime de começar uma série pelo seu
terceiro episódio (leva nome de segundo mas tem cor de tamarindo com gosto de
framboesa...), e com a continuação dos textos sobre a nova geração de games vocês
verão que o jogo analisado neste texto não foi o único a cometer tamanho
pecado. Mas eu ASSISTI MEUS IRMÃOS
JOGANDO OS DOIS JOGOS. Bem, mais o primeiro que o segundo... Ok, eu
confesso que não conhecia quase nada da série antes de jogar seu terceiro
capítulo (que leva nome de segundo mas...), exceto por ter assistido meus
irmãos jogando o primeiro. No Infamous 2, aparecem outras pessoas com poderes
(gelo; acho que fogo também; e caramelo... hum, que delícia o poder de caramelo...) e a coisa
foca mais A Besta! Sim, meus queridos leitores: arrependam-se, pois a Besta
está vindo para arregaçar tudo e a todos e Cole tem a “ingrata” missão de ficar
mais poderoso do que já era pra poder chutar o traseiro da Besta de volta
pra... seja lá de onde esses monstros estilo tokusatsu e nada sencientes vêm.
O mundo é a tua concha, Charlie Brown
No mês de fevereiro concretizei meu plano malégno
de adquirir uma máquina de destruição em massa, AKA Playstation 4. Como não
tinha nada pra jogar, encomendei o Infamous Second Son, que deveria ter sido o
primeiro jogo de nova geração a estrear no console mas acabou chegando um pouco
atrasado (agora você começa a entender o título deste tópico, não é mesmo?). Enquanto
o segundo filho não chegava, matei minha sede next-gen com Dragon Age
Inquisition, que com certeza será alvo de um post futuramente.
Sem mais delongas, inicio aqui o retorno dos textos
quilométricos do Mais Um Blog de Games e a minha análise de Infamous Second
Son.
ENREDO
"Diferente como, heim irmão? Explica essa história direito..."
O terceiro jogo da série parece se passar no mesmo
universo dos games anteriores, muito embora que quase não haja referências aos
outros dois jogos. Second Son se passa na cidade de Seattle e conta a história
de Delsin (não me peça pra lembrar seu sobrenome, please), um adolescente
arruaceiro que adora pichar/grafitar paredes e provocar de todas as formas seu
irmão Reggie, o xerife da cidadezinha onde os dois moram.
Eita mentezinha suja! É amor fraternal, caramba.
Delsin tem traços físicos que puxam pro
oriental/indígena, muito embora que suas raízes fiquem subentendidas durante
todo o jogo.
Em uma de suas traquinagens, Delsin e seu irmão
Reggie se deparam com um camburão que transportava três presidiários de uma
prisão especial para super-poderosos.
O veículo sofre um “acidente”, Delsin toca no braço
de um deles e descobre que é um Conduíte, uma pessoa que tem o dom de absorver
poderes elementais de outras pessoas com poderes elementais. Esse termo, antes
que eu me esqueça, foi traduzido erroneamente como “Condutor” nas legendas em
português (todo o jogo está dublado e legendado para português BR em um ótimo
trabalho, diga-se de passagem). Conduíte são aqueles tubos usados na construção
para receber fios e outras coisas do tipo. Condutor é quem conduz. Delsin é um
Conduíte, pois recebe os poderes de outras pessoas. Hank é um Condutor, pois
passa seu poder de fumaça para o aborrescente (quebrando aqui o clichê do fogo, mesmo que apenas
com uma outra roupagem visual).
Essa fumaça é das boas
Sério, na primeira vez que
absorvi a fumaça que saía de um carro (você realiza essa ação apertando o botão
de touch do controle, que também transmite o som do evento no auto-falante
embutido) eu comecei a rir, pois nunca conseguiria pensar em uma piada que
estivesse à altura do ato de um adolescente rebelde ter poder que envolva sugar fumaça... Deu pra sentir o drama intelectual pelo qual Delsin me fez passar? Acho
que sim.
Bem, pouco importa toda essa terminologia. Aos olhos
de Brooke Augustine (uma tiazona que comanda a prisão na base de lajotas de
concreto nas articulações alheias), todos eles são algo que o governo chama de
Bioterroristas, e devem ser aprisionados para o bem maior da sociedade. Olhando
o estrago que fazemos durante o jogo, mesmo seguindo o caminho do mocinho, fica
um pouco mais fácil compreender a motivação de Augustine.
Mesmo sendo meio clichê, Augustine é assustadora
Como estou tratando do enredo, preciso rebater uma
crítica que li sobre a questão das escolhas morais presentes no jogo.
Em toda a série Infamous, em alguns momentos nos é
dada a opção (dualista, sempre) de tomar uma atitude boa ou uma atitude má. Alguns
analistas acusaram o enredo de Second Son de ser muito simplista nesse quesito
das escolhas. Eu discordo absolutamente e vou explicar por que.
Na maioria dos filmes, quadrinhos e até mesmo jogos
de videogame, é bastante fácil identificar quem é o antagonista ou vilão da
obra. Se for um filme da Disney então, nem se fala.
Um doce pra quem adivinhar em qual das duas imagens abaixo se encontra o vilão da série Em busca do Vale Encantado (que não é da Disney, e sim de uma tal de Amblim Entertainment):
Pois é... Bem-vindo ao mundo dos clichês. Na vida real o buraco é beeeeeeem mais em baixo.
Maldade, fora do mundo do faz-de-conta, não é uma coisa fácil de identificar. Ela não vem estampada na cara das pessoas como se estivéssemos em um baile de máscaras. Por exemplo, muitas vezes nós tomamos atitudes que podem ser
consideradas como más por outras pessoas mas que não foram tomadas baseadas
necessariamente em maldade ou mau caratismo. Egoísmo, por exemplo, é um dos
motivos que se encaixam nessa comparação.
Ou seja: nem sempre, ou quase nunca, o vilão da
história vai usar uma máscara preta no rosto ou andar nas pontas dos pés
trajando uma camisa listrada de preto-e-branco. E em Infamous, a linha entre o
que entendemos por bondade ou maldade sempre foi bastante tênue.
"Eu uso máscara preta e não sou o vilão. Ou sou"?
Pra deixar as coisas mais claras, posso citar a
primeira situação do jogo na qual teremos que tomar um lado. Depois de capturar
Hank, Brooke Augustine enfia estacas de concreto (de longe o poder mais legal
do jogo) nas pernas de Delsin, torturando o rapaz para que ele dê mais
informações sobre possíveis bioterroristas em sua vila. É aí que o sistema de
carma entra em cena: podemos mandar um belo FODA-SE na cara de Augustine e
apenas agir de acordo com a personalidade de Delsin (causando dor e sofrimento
para os outros moradores da vila) ou nos entregarmos numa tentativa altruísta
de evitar que a vilã faça mal aos outros inocentes. Viu como nem sempre é tão
simples assim? E só pra te deixar um pouco mais aliviado, Augustine tortura os
colegas de Delsin de qualquer forma.
Nem sempre é tão fácil delinear o limite entre bem e mal
Só pra o texto não ficar maior do que já está, todo
o clima do jogo tem uma leve pegada de X-Men (medo e preconceito com o que não
compreende), com momentos de tensão, muitos momentos frenéticos e empolgantes e
também uma porção de drama, mas nunca cansando ou constrangendo o jogador com
excesso de choradeira ou problemas aparentemente impossíveis de resolver. Já pelo
enredo dá pra ter uma noção do parque de diversões chamado Infamous Second Son.
SOM
Meu braço direito como vai fazer som de "Kaboom"!
O som do jogo é excelente. Como eu comentei, alguns
ruídos são transmitidos diretamente no caixa de som presente no controle do
PS4. A trilha sonora de Second Son é original e de boa qualidade, empolgando o
jogador sem encher o saco com roquinho mela-cueca. Por sinal, é possível baixar
essa trilha gratuitamente pelo console.
Como já havia adiantado, a dublagem brasileira está
bastante competente. Pelo menos nos poucos minutos que joguei, até descobrir
como mudava (muito me agrada o combo diálogos em inglês + legendas em português),
fiquei bastante satisfeito em perceber que as vozes combinam bastante com as
originais em inglês.
É caro, mas quem precisa de dois rins? O importante é ouvir de onde vêm os passos do inimigo...
De resto, não há nada pra comentar sobre o som no
jogo. Tudo funciona muito bem e a trilha sonora é de boa qualidade, mesmo que
não seja daquelas que merecem uma vaga no seu mp3 player. Só pra finalizar fica
a dica: SE VOCÊ POSSUI UM FONE 7.1 DA
SONY, Second Son conta com uma configuração especial para este equipamento
em particular. Bem legal da parte da Sucker Punch lembrar-se dos consumidores que
apóiam os produtos oficiais da empresa.
GRÁFICOS
Fumaça levando jovens às alturas? Bela mensagem, Sucker Punch...
Geralmente eu solto aquela velha frase, de que só
cito gráficos quando eles ou são muito bons ou são muito ruins. Mas aqui eu vou
dar uma folga a essa regra criada por mim e minha mente minimalista, pelo
simples fato de que estamos no contexto de transição de gerações de console.
Essa geração de consoles, em especial o Playstation
4, tem sido marcada por muitas remasterizações: os carinhas pegam um jogo de
PS3, dão um tapa de leve em alguns efeitos de luz e aumentam a resolução de 720p para 1080p, que parece ser um padrão absoluto no PS4. Então, nada mais
natural que os jogadores fiquem com um pouco de dúvida sobre quais jogos
representam um real salto de qualidade técnica. Quanto a isso eu posso tranquilizar
vocês, leitores: Infamous Second Son, mesmo não sendo perfeito em tudo, é um
genuíno representante do que seu novo aparelho pode fazer pelas suas cansadas
retinas de gamer.
Infamous não tem CGIs. Tempo real. Pode acreditar...
É um fenômeno bastante comum: no começo de uma nova
geração aparecem jogos que não podem ser considerados perfeitos (por exemplo:
as coisas atingidas por Delsin não ficam com efeito de chamuscado, como era de
se esperar de um hardware de nova geração), mas que mostram avanços antes
impossíveis na geração passada. Second Son é um deles: nem todos os seus
detalhes são extremamente bem trabalhados, mas na visão geral das coisas INFAMOUS SECOND SON É UM JOGO QUE VAI TE
IMPRESSIONAR MUITO VISUALMENTE.
A batalha contra o último chefe vai te dar a
certeza que você nunca viu um inimigo tão grande e com tantos
objetos/partículas/coisas/trecos voando e balançando na tela ao mesmo tempo em
jogos dos consoles passados.
Tudo no game é muito bonito: fogo se comporta como
fogo. Luz parece luz. A fumaça é pra lá de realista (e tinha que ser né, já que
essa é a razão de ser da jogabilidade do “filho do Bob Marley” controlado por
nós) e a água é tão bem feita que vai te fazer sentir raiva de Delsin e sua “hidrofobia”, se é que
você me entende... E eu pensei que isso era um problema da geração do Ps2, mas
tudo bem... Infamous é sobre fumaça e adolescentes rebeldes com cara de índio oriental,
não sobre água.
Nunca as velhinhas foram tão bem representadas.
Pra finalizar: os visuais de Second Son beiram o
fotorrealismo em alguns momentos (expressões faciais e cutscenes extremamente realistas e naturais) e é mais do
que impressionante no gameplay em tempo real. Acredite, você nunca vai cansar
de entrar e sair dos dutos de ar espalhados pela cidade.
PARQUINHO DE
DIVERSÕES A CÉU ABERTO
A mensagem de Infamous está implícita em suas paisagens: LIBERDADE
O que tem pra se fazer na Seattle fictícia de
Second Son? Se você jogou os outros dois jogos, nada de muito diferente: o principal é que podemos ir e vir pela cidade, dessa vez em uma velocidade um pouco menos
exagerada que nos jogos anteriores. E sim, isso foi uma crítica: eu sempre
achei muito frenética e hiperativa a movimentação de Cole em Infamous 1 e 2. Vai ver que é por que Cole era um cara meio elétrico... Nossa... Eu juro que nunca mais solto outra piada dessas. Pelo menos não no mesmo texto...
Na parte das missões, elas são bem variadas. Temos as
missões de destruir centros de comando do DUP. Missões onde devemos encontrar e destruir
câmeras de vigilância, tendo como guia a própria imagem da câmera (Delsin tem
um smartphone que faz tudo que o seu faz, além de disparar rajadas de fumaça). Missões
de localizar e neutralizar espiões infiltrados em “multidões” (bem fáceis, pois
ele sempre vai correr e se denunciar caso você se aproxime). Missões de
localizar arquivos de áudio que contam (interessantes) detalhes do enredo. E as
minhas favoritas de todos os tempos ever, que são a melhor representação do
espírito de liberdade e rebeldia que circunda Second Son: AS FUCKING DELICIOSAMENTE DIVERTIDAS MISSÕES DE PICHAÇÃO DE MUROS
ALHEIOS.
Eu sei, já vimos isso em outros jogos, como GTA San
Andreas. Mas nunca em outro jogo esse tipo de ação fez tanto sentido e combinou
perfeitamente com as atitudes do protagonista. Sem contar que as possibilidades
propiciadas pelo hardware do controle do PS4 tornam a brincadeira muito mais
divertida.
Existem também algumas subtarefas que não se
encaixam na definição de missão, como impedir o tráfico de drogas (não se
empolgue: mesmo no lado negro da força o game não te dá a escolha de se aliar
aos meliantes. Infamous é um jogo para toda a família); destruir drones
do Google assim como câmeras dedo-duro que ficam fazendo um barulho irritante
quando te detectam.
Olha a cara de quem tá odiando essa coisa de colecionar novas habilidades...
Todas essas ações seriam bastante corriqueiras se
não fossem pelos poderes que Delsin vai acumulando ao longo de sua jornada:
sim, poderes! Lembra da história do conduíte? Delsin pode absorver o poder de
uma pessoa tocando em sua mão, no melhor feeling Sylar que um game já me
proporcionou. É ESTRONDOSAMENTE DELICIOSO DESCOBRIR UMA NOVA HABILIDADE (são apenas
quatro no total, infelizmente. Fico mordendo o lábio de vontade de usar o poder
de vidro, o poder de papel, o poder de caramelo...), que pode significar desde
uma simples melhoria na forma como você se locomove pela cidade (angels, Mister
Bubbles, dancing in the Sky...) até na facilidade em dar cabo dos inimigos. Falando
neles, a variedade não é lá das melhores: há apenas policiais (pra carma
vermelho) e soldados do DUP e suas variantes.
O poder de Neon. Eu te disse que seu queixo ia cair com o visual desse jogo, não disse?
Ainda nesse campo, gostaria de dar um puxão de
orelha (capaz de fazer a orelha de um ser humano normal ficar parecida com a do
Dumbo) no pessoal da Sucker Punch: QUE
PORRA FOI AQUELA COM O PODER DO CONCRETO? PASSAMOS O JOGO TODO SONHANDO COM A
HABILIDADE MAIS LEGAL DO JOGO, PRA QUANDO FINALMENTE COLOCARMOS AS MÃOS NELA
NÃO TER UM ATAQUE ESPECIAL? FUCK YOU, SUCKER PUNCH.
Outra cagada também foi com o poder do papel. Não,
diferente do caramelo, eu não estou tirando sarro: realmente existe um poder de
papel no jogo. E é apresentado de forma bem interessante, em umas missões que
temos que perseguir uma assassina que deixa origamis na cena de seus crimes. O problema aqui reside em uma daquelas
mal-executadas tentativas de transcender a mídia original do game e forçar uma
interação entre outros elementos, como no fatídico caso do Assassin’a Creed e
seu celular. Explico...
Bizarro como uma simples máscara de papel pode ser tão tenebrosa...
As missões de papel consistem em perseguir a
assassina do origami e recolher pistas (com a câmera do celular) acerca das
suas atividades. O problema é que é preciso se conectar a um website específico
pra poder concluir as missões (um tipo de ARGUE). Eu terminei a primeira e fui me conectar para
dar prosseguimento. Simplesmente não consegui!
Mesmo com uma cópia em português e original,
rodando em um aparelho “bloqueado” conectado à rede oficial da Sony no Brasil,
eu simplesmente não consegui me conectar no jogo e contribuir com o joguete de
sinergia entre mídias proposto pela Sucker Punch. Claro, isso causou a minha
ira completa, me dando a total certeza de que havia acabado de conhecer a parte
“sucker” desta maravilhosa produtora de games.
Tomara que esse papel não tenha sido usado...
O que eu fiz? O que todo adulto politizado e em
pleno exercício de seus direitos de consumidor faria: FUI PEDIR PENICO AO GOOGLE. Uns poucos cliques e acabei descobrindo
que muitos jogadores padeciam do mesmo problema: muita frustração e nada de
voar em gêiseres de papel higiênico Seattle afora...
Um pouco mais de pesquisa e descobri que, mesmo
conseguindo completar todas as etapas da missão, NÃO É POSSÍVEL ABRIR A CABEÇA DA ORIGAMI KILLER, COMER SEU CÉREBRO E
BAILAR BONITAMENTE EM LINDAS COLUNAS DE PAPEL MACHÊ ARANHA-CÉUS ACIMA. Mas
que decepção, Chupadora de Punhos...
Bem, o conselho que eu dou, além de pedir arrego pro Google sempre que você não souber de algo, é de assistir a algum detonado com a parte final das missões. O desenrolar das partes intermediárias é um jogo de gato-e-rato chato sem nenhum fato interessante. A parte final conta a identidade da Origami Killer, mesmo que nos negue uma desejada e óbvia batalha contra a garota (o jogo chega ao cúmulo de nos levar ao cenário do confronto com o último chefe apenas pra coletarmos mais um animal de origami). Ou seja: pule logo pro que interessa, que é a identidade e motivação da coelhinha colegial que adora rolos de papel higiênico.
"Quer o poder do papel, Shadow? Eu arranco dele pra você"!
Só pra concluir este tópico, Second Son não
decepciona no quesito caixinha de areia: é muito divertido viajar de um ponto a
outro da cidade, destruir drones e todas as outras coisas citadas nas linhas
acima. De fato, em certos momentos o jogo vai te irritar profundamente (como na
batalha dos anjos perto dos painéis. Quem jogou vai saber que não tem como isso
ser um spoiler) pra te deixar totalmente livre 90% do total da experiência. Polegar
pra cima pra Sucker Punch nesse jogo.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS SOBRE O FILHO CAÇULA
"Isso vai ser divertido".
Tirando alguns detalhes mais técnicos que não
consegui deixar de perceber (como o dos efeitos dos poderes de Delsin em
pessoas e objetos) e a duração, que eu acho que podia ser um pouquinho maior
(seria ótimo uma terceira parte da cidade, toda planejada para que usássemos os
quatro poderes de acordo com suas qualidades e defeitos), Infamous Second Son é
um ótimo jogo pra quem quer ter um gostinho da nova geração. Não foi meu
primeiro jogo, pois não aguentei e comprei o Dragon Age Inquisition antes que
Infamous chegasse, mas com certeza você não vai se arrepender do console novo
que comprou se seu primeiro jogo for esse.
É muito bom jogar um jogo bem satisfatório em todos
os seus aspectos, no qual a frase “ORGULHOSAMENTE Produzido pela Sucker Punch”
pipoca nas letrinhas finais. Em tempos onde produtoras pedem conselhos a
jogadores via Twitter sobre como proceder com suas próprias criações, jogar uma obra que sabe a quê veio e que se orgulha de
si mesma é coisa linda de se ver.
Se for para atribuir uma nota, eu darei um merecido
7,5 para Infamous Second Son. O
QUÊÊÊÊ?????!!!!!! Mas como assim, Shadow Geisel da Shadowlândia??????? 7,5 para
um jogo que você teceu elogios e mais elogios? Pessoal, vamos lembrar que 7,5
está DOIS PONTOS E MEIO ACIMA DA MÉDIA.
Eu não sou um daqueles analistas comprados da IGN que ficam dando 9/10 para
porcarias como The Order só por que a Sony pagou. Enquanto a Sony não me pagar,
farei justiça nerd com toda a força do meu ser obscuro.
Se for pra responder a clássica frase INFAMOUS
SECOND SON VALE A COMPRA? A reposta é um sonoro SIM. Aproveite que o jogo tem
quase dois anos, pechinche com o lojista até sua língua sangrar e se divirta
horrores com um dos melhores jogos de ação que este começo de geração pode te
oferecer. De longe, se existe um jogo para estrear com o pé direito na nova geração de games, esse jogo é Infamous Second Son. Não consigo pensar em outro exemplo melhor no momento.