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sábado, 23 de fevereiro de 2013

FUGINDO DE ALIEN COLONIAL MARINES


Não é à toa que o Marine está tentando se matar...
























Hoje eu estou triste. Muito triste. É que depois de quase seis anos de espera, fica quase impossível não se deixar abater por uma notícia dessas: Aliens Colonial Marines, ao que tudo indica, é um completo lixo.

Já com os ânimos meio que arrefecidos pelos duros golpes que a indústria de games vêm aplicando com precisão cirúrgica na própria mão que a alimenta, decidi dar um tempo na compra de jogos em lançamento.
Talvez este tenha sido o momento mais que oportuno pois, de acordo com os reviews que li e dos vídeos que vi, Alien Colonial Marines não cumpre nem metade do prometido durante toda a novela que foi o seu desenvolvimento.


CARTÃO DE VISITA

Permita que eu me apresente...



























Antes de continuar, gostaria de colocar os pingos nos is para esclarecer aqueles que não são fãs da série ou não estavam acompanhando as notícias sobre o título: Alien Colonial Marines é um jogo de tiro em primeira pessoa lançado pela Gearbox Software e produzido pela Sega, atual detentora dos direitos da franquia Alien no mundo dos games.
A desenvolvedora do game é muito famosa pelos jogos da série Brothers in Arms e por alguns mods oficiais da série Half-Life. E é justamente aí que está o problema: se ACM fosse feito por uma total desconhecida, talvez as expectativas em torno do título não fossem tão altas. Vindo de uma empresa com um vasto know-how em FPSs, o mínimo que esperávamos era um jogo de tiro razoavelmente competente. Infelizmente, ao que parece, não foi o que aconteceu.


Fan service de mau gosto


O segundo principal problema de ACM é o peso que carrega nas costas: o jogo tem a pretensão de dar continuidade a um dos filmes de maior sucesso dos cinemas, um criador de paradigmas (pro bem ou pro mal) da indústria: Aliens, O Resgate.
No jogo, controlaríamos um pelotão com a tarefa de investigar os eventos ocorridos durante o filme e descobrir o que aconteceu com os possíveis sobreviventes da catástrofe. Parece estranho? Sim, muito estranho para quem conhece o roteiro de Aliens de trás para frente. Os motivos são auto-explicativos.


MEU PRIMEIRO CONTATO COM ACM

Sou eu que tô viajando ou era pra esse cara estar em coma, no chão?



























Como este não é um texto profissional ou jornalístico, posso concluir que nove entre dez leitores do blog devem estar mais interessados em saber das minhas experiências com o jogo do que ler maçantes descrições sobre a desenvolvedora ou produtora do game. Então lá vai.

Tomei conhecimento da existência de ACM em uma revista de games, no ano de 2009. Nesse mesmo ano fui ao Youtube caçar vídeos do jogo, mesmo estando longe de comprar um videogame de nova geração (alguns meses de lonjura apenas). Dei uma olhada no teaser de anúncio do jogo e fiquei espantado com a qualidade da cena, que parecia ser “mais realista que o próprio filme”, de acordo com minhas palavras. E não era pra menos: dê uma olhada no vídeo abaixo e veja se um fã da série não tinha motivos suficientes para molhar as calças de empolgação (com o perdão da baixa qualidade da imagem. Foi o único vídeo que consegui encontrar):





Para essa nova geração de games, dois títulos da franquia Alien haviam sido anunciados: um FPS pela Gearbox e um RPG (!?) pela Obsidian, se não me engano. Do segundo não esperava muito, pois ainda não conhecia o trabalho da empresa com RPGs. Minhas expectativas eram com o FPS mesmo, pois minhas experiências passadas com os jogos desse gênero na franquia Alien tinham sido mais que satisfatórias.

O fato é que Alien Colonial Marines passou uma boa parte da atual geração de molho, sofrendo atrasos e deixando uma pulga atrás da orelha dos jogadores com relação as suas reais chances de chegar a ver a luz do dia. Isso até o ano de 2011, quando mais um teaser foi lançado para reacender a chama da esperança naqueles (tolinhos) que nunca perdem a esperança:





12 DE FEVEREIRO DE 2013

Essa foi a data de lançamento do jogo. Usando o motor gráfico Unreal 3 e sendo lançado para PS3, 360 e PCs, Alien Colonial Marines chegou fazendo muito, mas muito barulho...pelos motivos errados.


A PRIMEIRA (E ÚLTIMA) MEIA  HORA

Gostaria de esclarecer um detalhe: AINDA NÃO JOGUEI ACM. Não, o post não se trata de um review. Não dá pra analisar algo que não joguei. A sua razão de ser vem das impressões causadas em mim por aqueles que já jogaram o game e não têm muita coisa boa a falar a seu respeito.

O primeiro deles foi o Zangado. Infelizmente não posso colocar a janela com o vídeo, mas deixarei o link para quem quiser assistir:


Apesar do comentário inicial do autor do vídeo, de que “gráficos não fazem um game”, durante quase toda a primeira meia hora com o jogo essa foi a principal queixa do Zangado a respeito do game. E sabe por quê? Porque comprar Alien Colonial Marines é levar o maior gato por lebre que eu vi na atual geração de games. Mais uma janela de vídeo vai explicitar o meu ponto de vista (e de outros milhares):




A impressão que eu tive assistindo ao vídeo foi a de que ACM se utiliza do mesmo motor gráfico de Aliens VS Predator, de 2010. E, pode acreditar, isso não é um elogio...
O jogo citado não chega a ser ruim. Um pouco das minhas impressões acerca desse título podem ser encontradas no post Nono Passageiro, então não vou me prolongar nesse tópico.

Para que não fique a impressão de que ACM foi vítima de pura Ad Hominem, passarei para o segundo review que li sobre ele e que acabou servindo como o tiro de misericórdia na minha vontade em adquirir o jogo.


NO ESPAÇO, NINGUÉM VAI OUVIR VOCÊ GRITAR (DE RAIVA)

"Esta é uma história longa demais pra explicar. Vamos matar xenomorfos!"

























O título é uma alusão ao tragicômico texto da jornalista de games, Flávia Gasi, do eterno site Omelete.
No texto, Flávia deixa claro de uma forma bem competente os quês e porquês de ACM não dever ser comprado por quem procura uma experiência à altura da série nos cinemas. A seguir, comentarei alguns trechos do review.

Alien Colonial Marines, de acordo com o texto, sofre de sérios problemas de física e de I.A por parte dos inimigos e ajudantes do seu pelotão.
Os atrapalhantes nem me preocupam muito, pois detesto npcs metidos a expertos que te roubam aquele planejado headshot que levou vários segundos para realizar. O que mais me chamou atenção foi a descrição da I.A dos Aliens, estrelas principais do espetáculo: nesse e em outros textos, os aliens são comparados a “zumbis de Resident Evil”, que só sabem saltar de dutos de ventilação e vir correndo em linha reta pra cima do jogador. Um triste rebaixamento às criaturas que já davam aulas de stealth quando Snake e Sam Fischer ainda usavam fraldas.

O que afeta o jogador, em todo caso, é que a obra foi vendida como um jogo que não existe. Foram seis anos de desenvolvimento, muitos vídeos, e nada disso é encontrado no produto final”.


Um xenomorfo sendo photoshopado

Isso foi o que mais me irritou ao ler o texto de Flávia Gasi: a tentativa infantil e ingênua dos desenvolvedores de passar gato por lebre a jogadores com anos de bagagem com a franquia Alien. E o pior: de acordo com o texto a Gearbox teria terceirizado o desenvolvimento do game à infame Timegate, sendo que a parte de responsabilidade da Gearbox seria apenas no tocante ao multiplayer.

Muito triste e revoltante constatar o tipo de tratamento que as detentoras dos direitos de uma franquia dão a sua galinha dos ovos de ouro, não demonstrando o mínimo de cuidado em garantir que a sua propriedade intelectual será representada a contento.


Um jogo desses só levando na brincadeira mesmo...





















Ah, antes que eu me esqueça: Alien Colonial Marines levou apenas uma “ovada” por parte da escritora, sendo classificado como ruim de acordo com os critérios de avaliação do site.


GAME OVER, MAN. GAME OVER...

Nem com Gameshark...























Infelizmente, todos os indícios levam a crer que ACM parece ter caído na maldição dos jogos que tentam superar suas obras originais, seja em conteúdo ou continuidade de enredo, sem ao menos sequer chegar perto de alcançar o sucesso.
Gráficos medíocres (na melhor das hipóteses). Trailers e screenshots falsos... Como disse antes, a impressão que tive foi que o game usa o motor gráfico do AVP de 2010, de três anos atrás, sendo que ACM já sai perdendo para seu antepassado pois, logo de cara, descarta o controle das outras duas raças em prol de uma campanha puramente “humanitária”, se é que deu pra entender...

Foi pra isso que o jogo foi adiado tantas vezes? Infelizmente, minhas dúvidas sobre o jogo não param por aqui. De fato, alguns detalhes em games dessa franquia sempre me causaram certa irritação:

-por que raios os criadores de games acham que dá pra um humano sair no tapa com um Alien?


Acabou a bala? Senta-lhe o braço!

-por que os marines, tendo plena noção da ameaça que irão enfrentar, partem para as missões de peito aberto e trajando tecnologias obsoletas que não fazem jus à ameaça enfrentada (leia-se: trajes que não protegem contra queimadura por ácido; capacetes abertos e convidativos a um abraço de facehugger; armas de impacto e de explosão para lidar com verdadeiras bombas de ácido molecular; detectores do tipo “micro alterações na densidade do ar o meu rabo” em pleno século 22...)?
























-por qual motivo os diretores e roteiristas dos jogos não se desapegam de certos momentos “crássicos” da série, como a batalha de Ripley contra a Alien rainha na empilhadeira? Ao menos para mim, ficou claro no filme que Ripley estava apenas se valendo de seu aguçado senso de sobrevivência e improvisando um pouco diante da situação de desespero. Ainda na cena do filme fica clara a falha lógica no uso da empilhadeira: ela deixa o torso da heroína COMPLETAMENTE DESPROTEGIDO contra óbvios e esperadas estocadas com a calda por parte da matriarca enfurecida.
Mas em games de toda a sorte e momentos cronológicos diversos os marines teimam em usar o mesmo artifício que a tenente Ripley. Vai entender...


A arma definitiva

Depois de alguns vídeos desanimadores, um metascore de 46 no site Metacritic e uma nota 5,9 no Game Trailers, fica difícil até para o mais ferrenho dos fãs depositar alguma esperança na qualidade do game.
É difícil, também, partir em defesa de uma produtora que idealiza a cena da criatura mais letal do universo de bumbum para cima, pendurada pelo rabo. Infelizmente não achei nenhuma foto com o flagra da cena, mas é fácil assistir a esse hilariante momento em qualquer um dos vídeos citados neste post.

A Gearbox parece não ter conseguido escapar de cair no erro do qual todos esperávamos que ela justamente NÃO caísse: o de fazer um jogo genérico e americanóide de atirar em Aliens. O mínimo que esperávamos é que ela apresentasse o mesmo padrão de qualidade dos jogos da série na qual parece ter alguma expertise.  Claramente não foi o que aconteceu...


Não dá pra comprar só o boneco não? Jura que o jogo tem que vir junto?

Lembram do que eu costumo dizer sobre detalhes dando pistas da real qualidade de um produto? Até a edição de colecionador do game dá uma pista do “esmero” com que o jogo foi feito: ela vem com um boneco de um marine e um Alien retratando o clássico (e engessado) momento da luta de Ripley na empilhadeira. É isso mesmo que você leu: a Sega e suas comparsas querem te convencer que vale a pena pagar R$379,00 em um boneco e, de quebra, ganhar um jogo ruim e mal-acabado como bônus.
Nada de livro de artes; DVD com making off; CD com trilha sonora.
Mas, pensando bem, de que vale o conteúdo extra de um conteúdo de baixa qualidade?

Não joguei ACM e provavelmente nem vou chegar a fazê-lo. Talvez... E sabe por quê? Pelo mesmo motivo que não comprei o DVD de AVP 2: porque sou fã absoluto da série e acho, além de uma indignidade, um desserviço comprar um exemplar tão ruim e de baixa qualidade de uma das séries que mais gosto. É o tipo de recado que uma iniciativa porca como a deste game merece ser dado aos produtores: GAMERS, PRINCIPALMENTE FÃS DE FRANQUIAS CONSAGRADAS, SÃO MUITO EXIGENTES. NÃO SÃO LATAS DE LIXO COM DINHEIRO NA CARTEIRA ESPERANDO PARA ENALTECER O TRABALHO DE EMPRESAS PREGUIÇOSAS QUE QUEREM GANHAR DINHEIRO DA MANEIRA MAIS FÁCIL.


Esse filme joga a cronologia de AVP no lixo

É bom saber que ainda existem pessoas que se preocupam em criar de forma competente, como no caso do filme Prometheus.
Esse tipo de desastre com uma franquia deixa claro que o tempo passa para algumas séries. Os interesses vão diminuindo, ao mesmo tempo que o suposto potencial de marketing de um produto vai arrefecendo diante de produtoras gananciosas que só enxergam através de cifras.
Nem todas as séries clássicas têm a mesma sorte de casos como o de Batman Arkham Asylum, em que pessoas novas com boas idéias na cabeça decidem fazer verdadeiras declarações de amor a franquias as quais acreditam que nunca devem morrer. ATUALIZADO: o dia fatídico chegou, e se quiser ler a minha análise do jogo, cliquei AQUI.


Já na hora de pôr os pingos nos is com nessa franquia

Para não concluir o post em total clima de abandono e desilusão, gostaria de deixar um hilário vídeo que tem um pouco a ver com a paixão que descrevi no parágrafo acima.





Au Revoir!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

CHORO DISTANTE...

Há mais ou menos uns dois ano eu estava em uma fase não muito animadora da minha vida profissional: havia sido demitido de um emprego e “apenas” estudava, à espera de um concurso que fizesse valer as minhas suadas horas de estudo.


Nesse meio tempo, claro, eu tinha mais tempo para jogar videogames. E com mais tempo temos chances de conhecer franquias novas, nunca antes exploradas. Uma dessas séries na qual eu era um completo forasteiro era Farcry, um jogo do qual eu apenas havia lido em revistas e que me despertava certa curiosidade.

Minha incursão na série começou com Farcry 2. Nesse jogo controlamos um de seis (ou sete) personagens que têm a missão de encontrar e dar cabo de um traficante de armas conhecido pela alcunha de The Jackal.
O game se passa na África e tinha uns elementos bem chatinhos, como desgaste irreal de armas; os sintomas sempre presentes da malária, doença contraída pelo protagonista assim que põe os pés no continente e viagens intermináveis de carro para chegar aos lugares.

"Eu taco fogoooo"!













Dos elementos que eu gostava no Farcry 2, posso citar:

-controle de veículos (sim, a OBRIGAÇÃO de ter de viajar era um saco, mas o controle e física dos veículos eram deveras divertidos);

-fogo realista: o fogo no Farcry 2 é um dos mais bem feitos de todos os jogos que já joguei. Além de ter um visual bom até comparado aos jogos de hoje ele se alastrava de forma real, podendo até mesmo ser usado como elemento estratégico nos combates;

Acredite: essa maleta toda não vale nem "dois contos"...













-coleta de diamantes: no jogo você dispunha de um localizador de diamantes para te ajudar na (ingrata) tarefa de achar os pequenos notáveis em um mapa fictício de aproximadamente 50 km2 de extensão. Era um prazer e uma tortura ao mesmo tempo, pois eu me desviava do objetivo principal toda vez que via a luzinha verde do sinalizador piscar.

Felizmente, outros jogos nos quais eu tinha maior interesse apareceram e eu deixei meus companheiros de savana meio que de lado, de uma vez por todas...
Lógico, uma vez tendo adentrado no mundo de Farcry, minha curiosidade com o terceiro capítulo da série era mais que natural.

Capa linda, mesmo com esse bicho feio
















Esta semana, depois de um longo atraso por causa da abençoada semana de carnaval (se você odeia o carnaval deve ser porque não sabe o que é uma rotina de trabalho de oito horas diárias, seis dias por semana...) minha cópia do recém lançado Farcry 3 finalmente chegou e agora deixo vocês com as minhas primeiras impressões acerca da obra da Ubisoft.


-GRÁFICOS

Morte em espelho cristalinos













A regra já é mais que conhecida pelos leitores do blog: só falo de gráficos no caso de haver um bom motivo para elogios rasgados ou no caso de algo ter dado terrivelmente errado. Bem, o fato é que este jogo não se encaixa nem em um caso nem em outro.

O visual geral de Farcry 3 não é nem um pouco ruim. Tudo é muito bem construído e está em seu devido lugar. MAS, de acordo com as poucas horas em que pude experimentar o jogo, percebi dois detalhes que são irrelevantes para a experiência de jogo mas devem ser citados, pois este texto não deixa de ser um review pelo fato de falar sobre as primeiras impressões. Sabe como é: as primeiras impressões, às vezes, são como visitas inconvenientes que têm a mania de permanecer mais tempo do que o planejado.

O primeiro detalhe diz respeito ao estilo gráfico adotado no jogo: ao menos nos consoles, Farcry 3 lembra muito seu antecessor em vários aspectos. É bem fácil perceber que não houve muita evolução com relação aos visuais do jogo anterior. Não que isso seja uma falha, pois se for pra aturar telas de loading de mais de um minuto em prol de gráficos melhores (sim, Skyrim, a alfinetada foi no seu traseiro mesmo) eu dou preferência a visuais mais modestos em uma experiência de jogo mais continuada.
 Para ter a exata noção do que eu quero dizer, faça o teste: jogue Skyrim nos consoles e depois jogue Fallout 3 ou New Vegas. O fato é que os gráficos melhores do Skyrim não compensam a espera terrível nas suas telas de load interativas.

O segundo “problema” com relação aos visuais do jogo é por conta de um estranho filtro de tela que existe neste jogo (não dá pra mostrar com fotos. É muito sutil e só jogando mesmo). Se você prestar bastante (ou nem tanta assim) atenção perceberá um pequeno quadriculado em algumas texturas, como na mão de Jason ou em folhas da vegetação da ilha. Mais uma vez: não atrapalha mas não consegui deixar de notar.
Aliás, já que falei em Jason e na ilha na qual o jogo se encontra, gostaria de abrir um curto espaço para falar sobre o enredo do game.


-HISTÓRIA

Só faltou o assassino matador de jovens no cio...













A regra para história, nos meus reviews, é quase a mesma dos gráficos. Acho chato me prolongar em um tópico no qual o jogador é quem deve decidir se vale ou não a pena se dedicar em um jogo. Então, breve resumo.

Algo que me deixou muito aliviado, tanto no segundo como no terceiro game, foi o fato da introdução de Farcry nunca se prolongar mais que o necessário.
O que se deseja de um game que te dá a liberdade de andar em uma ilha cheia de coisas a se fazer e mistérios a serem descobertos? Partir direto pra ação ou ficar assistindo a meia hora de novela das nove? Foi isso que eu pensei...

Jogamos na pele de Jason Brody, um jovem que passava férias viajando pelo mundo com seus amigos e irmão mais velho. Depois de uma tonelada de clichês adolescentelóides sobre “curtir a vida em aventuras radicais”, Farcry 3 joga um balde de água fria na cabeça daqueles que achavam que estavam diante de um American Pie controlável por joystick:

R.I.P...













-os amigos de Jason, depois de um salto de paraquedas, se separam e vão parar em locais diferentes da ilha da fantasia. Sim, confesso: não me lembro o nome da ilha e tampouco esse fato tem alguma relevância para o texto...

-Jason e seu irmão motherfucker Grant Brody são aprisionados em um acampamento terrorista dominado por Vaas, o melhor personagem visto até agora no jogo.
Isto nem chega a ser um spoiler, pois logo no começo do jogo o personagem mais promissor é morto com um tiro no pescoço: Grant, o irmão mais velho de Jason, conta com treinamento militar e tudo mais, mas vai pro saco logo nos primeiros quinze minutos de trama. Cabe a Jason, um bundão que não sabe nem onde se encontra seu próprio nariz, encontrar seus amigos sequestrados na ilha.

Jogar com esse Backstreet Boy metido a Snake é dose...













-em um dos momentos de maior tensão no começo do game, Jason é obrigado a adentrar uma floresta e fugir pela própria vida, deixando para trás o corpo de seu irmão com um orifício a mais do que o planejado pela natureza.

De cara achei esse desenrolar dos fatos um tanto perigoso, pois o game nos deixa com dois horizontes nada originais e pouco agradáveis: continuar a história com o motherfucker com treinamento militar que come escorpiões no café da manhã (possibilidade descartada logo no começo) ou jogar com o eterno carinha chorão e cheio de feelings and emotions que tenta achar o seu eu interior enquanto aprende a viver em seu novo e perigoso mundo. Mas vamos ver como a história se desenrola ao longo do restante do game.


-JOGABILIDADE E PEQUENOS DETALHES GERAIS

Cachorros: pode dar adeus a uma investida stealth













A primeira coisa que reparo em um jogo inédito é o tutorial. Isso porque, via de regra, tutoriais em um jogo costumam ser bastante “ou oito ou oitenta” pro meu gosto: ou te tratam como um débil mental que nunca pegou em um controle de videogame na vida ou te afogam em uma maré de ações maçantes e demasiadamente demoradas. Isso quando não adicionam o fato cutscenes inevitáveis + mensagens capciosas em abundância.

Felizmente, esse não é o caso de Farcry 3.
Seu tutorial é bem natural, dura na medida certa e respeita o ritmo do jogador sem se prolongar onde não deve.
É divertida a forma como o jogo coloca tanto o jogador como o próprio protagonista para aprender o básico da sobrevivência na selva. As frases “...but I never shooted a person before” ou “ Alright. You can do this” servem para aproximar o jogador inexperiente do momento de vida pelo qual Jason está passando no momento: o de adaptação e de descoberta de uma nova realidade. E poder ouvir a voz de Jason interagindo com os NPCs do game pode parecer um detalhe bobo mas, para mim, é um detalhe de crucial importância para identificação com o protagonista que faz muita falta em jogos como Fallout ou Elder Scrolls (um dragonborn mudinho? Isso é muito contraditório...).

Essa é pra comer, passar nas perebas ou ficar doidão?













Não sei se foi por causa da minha sanha por altas dificuldades em um jogo, mas caçar é difícil pacas nesse jogo.
Durante uma das primeiras missões de tutorial, somos obrigados a coletar algumas plantas e coletar a pele de dois porcos do mato. Aconteceram duas coisas com relação a isso: ou os suínos partiam pra cima de mim depois que eu começava a atirar ou fugiam a perder de vista. Ambas ações frustrantes.

Sobre a coleta de plantas, só posso tecer elogios: elas ficam marcadas no mapa (assim como uma centena de outros sub-objetivos) de acordo com suas cores: vermelho para cura; amarelo para melhoria de atributos e azul para não faço ideia.
Nesse aspecto, Farcry 3 dá um show: há uma enciclopédia que mostra cada novo item adquirido, assim como: pessoas; locais a visitar; itens em geral; animais e etc..

Esse dia foi o da caça...













Antes que eu me esqueça: enquanto coletava plantas para a missão tutorial me deparei com uma experiência de puro terror em um game que não tem nenhuma pretensão de terror.
Para coletar plantas azuis, Jason deve nadar. Um parêntese sobre isso é que é muito bom nadar. A animação é realista, contando com duas velocidades de nado. Aliás, já que estou falando sobre detalhes, preciso dizer que OS PÉS E AS MÃOS DE JASON PODEM SER VISTOS DURANTE PEQUENAS AÇÕES como saltar obstáculos e o nado citado acima. Não preciso evidenciar como isso é “importante” para mim em um game.

Bem, o fato é que eu nadava tranquilamente numa pequena lagoa para catar as ervas azuis de Resident Evil quando UM FILHO DA PUTA DE UM CROCODILO ME AGARROU E ME ENGOLIU LAGOA ABAIXO. É disso que eu falava quando usei a palavra terror: levei um susto que chamou a atenção de todos que estavam em casa, no momento do ocorrido.

"Saiam da água"!













Um QTE para se livrar das mandíbulas do bicho foi iniciado, mas preciso dizer que meus nervos estavam em frangalhos e anularam quaisquer chances de sucesso no processo todo? Acho que não.
Só pra finalizar: se o animal em questão fosse um tubarão, só posso dizer aos leitores que este ignóbil auto-intitulado Shadow Geisel não estaria aqui para contar a história. E um aviso tardio aos pais marinheiros de primeira viagem que criaram seus filhos na década de oitenta, auge de filmes de terror como Tubarão e Tubarão e Tubarão: quando levarem seus pimpolhos de cinco anos de idade à praia, NÃO FIQUEM DIZENDO QUE TEM UMA PORRA DE UM TUBARÃO NA ÁGUA QUE VAI NOS PEGAR. Isso causa danos irreversíveis, além de não ter a mínima graça...


-SISTEMA GERAL

Não gostei dessa tatoo. Vou apagar e fazer outra...













O sistema de combate do jogo não é nenhuma novidade pra quem já jogou outros games da série. Você apanha armas dos inimigos mortos. Coleta itens dentro de baús. Ganha XP ao matar inimigos e acha toda a sorte de itens espalhados pelos cenários.
Algo muito bom, além de rolar um momento “mão boba” quando Jason vasculha cadáveres alheios, é o highlight de itens: não me lembro se era assim no Farcry 2, mas neste terceiro game todos os coletáveis são iluminados por um brilho amarelo sutil. Isso facilita bastante a coleta de itens. E eu gosto da cor amarela...

Ao evoluir, Jason pode dar um upgrades em uma de suas Tataus, tatuagens nos seus braços que melhoram características já existentes e adicionam novas com o completar das missões.

O uso de armas é bastante prazeroso, e alternar entre elas é bastante fácil graças a uma daquelas “rodas de armas” presentes na maioria dos jogos de tiro. Ainda não sei se armas deste jogo evaporam em pleno ar, como acontecia no segundo jogo, mas até agora não tive nada que reclamar do uso delas.

Algo que eu percebi no sistema do jogo é que, aparentemente, não dá pra dormir ou comandar a passagem do dia como acontecia no segundo jogo. Eu gostava muito do efeito de passagem das horas.
O sistema de conquistar áreas continua, sendo que agora temos um acesso mais rápido e prático tanto a compra de armas quanto aos locais já explorados, por meio do clássico Fast Travel. Essa era uma das maiores falhas nos jogos anteriores da série, sendo o principal motivo de reclamação de 9 entre 10 jogadores de Farcry 2.


-EXPLORAÇÃO

Humm... Vou de bote, de asa delta ou vou de táxi?













Esse aspecto do game foi ainda mais incentivado que no jogo anterior.
Farcry 2 era um jogo enorme mas, tirando a coleta de diamantes e conquista de novos territórios, não havia muita variedade de coisas para se fazer durante a jornada.

Em Farcry 3 o próprio tutorial e sistema do jogo já te avisam da “bronca” que vem pela frente: relíquias para coletar; animais para matar e caçar; animais raros para encontrar; pessoas procuradas para dar cabo; plantas exóticas a serem encontradas... Não sei se eu queria voltar à época em que eu tinha tempo de sobra para me dedicar a esses enormes mundos fictícios abarrotados de coisas para se fazer mas que falta tempo, isso falta.


-CONCLUSÃO DAS PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Espero que essa jornada não acabe nem tão cedo













Farcry 3 foi e está sendo amplamente elogiado pela crítica e pelos jogadores. Muitos “acusam” o game de se favorecer de todos os elementos que fizeram sucesso nos games anteriores e colocar tudo dentro deste caldeirão chamado Farcry 3. Aparar as arestas e melhorar o que dava certo? Desculpem-me se não consigo enxergar isso como uma falha.

Se o game tivesse gráficos inferiores à média, não trouxesse nenhuma mudança significativa ou não ampliasse as possibilidades dos elementos já consagrados (exploração de terreno, caça de animais e etc.) eu seria o primeiro a atirar pedras no game. Mas não parece que foi isso que aconteceu.

Mesmo não sendo um aficionado pela série, a impressão que tive ao assistir a vídeos com opiniões sobre o jogo é que os criadores do game procuraram dar ênfase a todos os pontos positivos dos outros jogos e corrigir as falhas que incomodavam os jogadores (como o já citado excesso de viagens a carro pelo mapa).

Uma falha óbvia do segundo jogo era a ausência de uma presença vilanesca que trouxesse identificação e aproximação do jogador com os motivos pelos quais o protagonista lutava.
De fato, eu joguei umas boas horas de Farcry 2 sem nunca ter se quer visto a cara do tal Jackal (exceto pelo começo), o  dito “vilão principal” da história. Com o terceiro game da série isso não chega nem perto de acontecer.

Vaas em uma de suas "consultas"...













Pelo pouco que fiquei sabendo, Vaas não é o principal vilão do jogo. Mas quer saber de uma? Os roteiristas do game terão que se esforçar muito para colocar na trama um antagonista mais interessante, assustador e magnetizante que Vaas no enredo.
Sim, mesmo nos primeiros dez minutos de jogo já chegamos a essa inevitável conclusão: Vaas (que parece um cruzamento de humano com pterodátilo) é interessante, assustador e tem um magnetismo vilanesco digno de um clássico vilão das mais famosas histórias.
Aliás, gostaria de compartilhar mais um pouco das minhas preciosas histórias de vida (acho que esse é um dos motivos pelos quais os leitores sempre voltam para ler as bobagens que aqui escrevo) para explicar o porquê da minha paixão por antagonistas em histórias de todo tipo.

Imagina o IPTU dessa casa...













Eu cresci na década de oitenta. E nessa época a principal forma de entretenimento para uma criança que se preparava para ir à escola (ou estava voltando dela. Aliás, por que raios os programas infantis passavam justo na hora em que seu público-alvo estava na escola?) era sentar no carpete da sala e assistir televisão.

Como todos sabem, década de oitenta é sinônimo de Caverna do Dragão, Smurfs e... Thundercats, um grupelho de humanóides meio-homem, meio-gatos que tinham uma origem que era plágio puro da saga da Fênix, dos X-Men.
E, do alto dos meus cinco ou seis anos de idade, o que mais me chamava a atenção nesse desenho? Duas palavrinhas que me causam calafrios até os dias de adulto: MUN-RAH...



A sagacidade; a forma decadente; a voz gutural... Tudo isso fazia de Mun-Rah um ícone vilanesco sem precedentes na minha inocente e inexperiente mentezinha de criança da década de oitenta. Por sinal: eu acho que Mun Rah era um vampiro ancião, não uma múmia...
Thundercats não era lá um dos maiores exemplos de grande roteiro nos desenhos dessa época, mas o que mais me atraía em Mun-Rah (além de seu gosto mórbido para decoração e sua voz de fumante ativo de 600 anos) era a sua observação diante do total fracasso para lidar com o problema que os Thundercats representavam: para quê se preocupar, uma vez que os Thundercats eram mortais e ele não? Paciência era tudo que ele precisava para derrotar seu inimigo...

Bem, perdi o rumo do texto mas tudo isso que falei tem tudo a ver com Vaas: ele me lembra um daqueles vilões clássicos do cinema e dos quadrinhos. Ele é violento, assustador e imprevisível. Alguém disse (acho que foi o Zangado em seu ótimo vídeo sobre o game) que Vaas deixava o jogador ansiando por suas aparições no decorrer do jogo. E isso é a mais pura verdade.

Cenas do próximo capítulo...













Para concluir, queria explicitar que Farcry 3 não só foi elogiado, como bastante afortunado em diversas premiações de jogos. A bela capa do game não me deixa mentir: “18 best of E3 Awards & Nominations”.
Isso quer dizer que o jogo abocanhou nada menos que 18 prêmios e indicações durante a E3. Prêmio de E3 significa alguma coisa? Sim, quando o vencedor é um game indiscutivelmente de qualidade, que fez por merecer todo o burburinho causado em torno de si.

Pois é... Pra quê dar prêmio de Jogo do Ano para aventuras em ilhas paradisíacas; passeios a 300km/h em uma enorme cidade acaralhada de carros pra colecionar ou games que te permitem entrar na pele de um assassino silencioso em clima de Steampunk quando se tem a opção de premiar novelinhas interativas com zumbis?
A resposta para esse questionamento vem na constatação óbvia do fato de que a indústria de games, no momento, se assemelha a um adolescente sem conteúdo que tenta se passar por maduro, numa tentativa forçada e prejudicial de convencer a todos de que “games são arte” e que podem ser exemplos de ótimas narrativas, tal qual cinema e quadrinhos já fazem a umas boas décadas...

Nossa! Quase ia me esquecendo da pergunta que não deseja silenciar a si mesma: FARCRY 3 ESTÁ VALENDO A COMPRA? SIM, mesmo tendo alguns problemas com o sistema de save e com a alta dificuldade do game (quem mandou bancar o "Warrior"...), este jogo promete muito e já conseguiu me fisgar mais que seu antecessor.

É faca na caveira!













E that’s all folks. Fico por aqui a até a próxima, com mais um supershow dos... tá bom. Ficou claro que eu não tenho ideia de como terminar este post. Vou apostar no que vem dando certo até agora...

Au Revoir!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

A TELA PERDIDA



A década de 90 foi uma época triste para o entretenimento. Digo triste no sentido de não haver veículos de informação como a internet para disseminar informações na velocidade da luz.
O principal meio de diversão para uma criança, além dos convencionais (brincadeiras de rua e etc.), era assistir televisão.
No ano de 1994, começou a ser exibido no Brasil, na extinta rede Manchete, o desenho animado Os Cavaleiros do Zodíaco. Esse desenho é baseado no mangá de Masami Kurumada, e foi exibido originalmente no Japão no ano de 1986, pela TV Asahi. A animação foi feita pela TOEI Animation. Agora que as devidas apresentações foram feitas, posso deixar as formalidades de lado e discorrer sobre as minhas impressões pessoais acerca do desenho.

A primeira vez que assisti aos Cavaleiros do Zodíaco foi no ano de 1994. O panorama da minha vida pessoal não era muito bom. Nessa época, eu morava no interior do meu estado. Eu era pré-adolescente. E só Deus sabe como as outras crianças do interior podem ser cruéis e maliciosas com crianças que vieram da “cidade grande”. Além de ir ao colégio, não restava muita coisa a fazer além de assistir televisão. O problema é que na minha casa só havia uma, e apenas uma TV em preto-e-branco. Pra piorar, canais como a rede Manchete tinham uma sintonia terrível na minha cidade. Tanto é que a maioria das pessoas mais abastadas sintonizavam os canais por meio de antena parabólica. Sem contar que no interior há (ou havia, não sei mais) uma tradição de emissoras “repetidoras”, ou seja, pequenas redes locais que transmitem parte da programação de grandes emissoras como Rede Globo e etc. e sobrepõem o restante com o que há de mais “pitoresco” da região local. Mais tosco do que isso impossível, acreditem.

Bem, o fato é que eu tinha que assistir ao desenho com uma imagem terrivelmente cheia de chuviscos (na verdade, tava mais para um temporal). Não dava pra ver muita coisa, mas eu me lembro do primeiro episódio a que assisti: o episódio da Guerra Galáctica, em que Seya luta contra o cavaleiro de urso.

É dessas linhas que eu tô falando












Me lembro que achava muito engraçado os exageros que haviam no desenho (como o medidor de força dos lutadores), e estranhava alguns elementos visuais típicos de animação japonesa, como aquelas linhas que representam os movimentos durante a ação. Uma coisa muito curiosa nessa fase do desenho é que o cavaleiro de Andrômeda, Shun, era o maior pegador (digo, pegador de mulheres). Ele tinha um fã clube de torcedoras na plateia e botava a maior banca de conquistador. Infelizmente, a constelação do seu signo foi mais forte e ele virou aquele estereótipo de homossexual que todos conhecem. Bem, na verdade, Shun não é homossexual. Ele até tinha um affair, a June (se não me engano).

Sobre o Andrômeda, tem uma coisa muito bizarra que não sai da minha cabeça: Shun é irmão de Iki, o cavaleiro de Fênix, dono de uma das melhores armaduras de todas as constelações. Iki, ao descobrir que seu irmão delicado e sensível havia sido sorteado para o treinamento de cavaleiro na Ilha da Rainha da Morte, se ofereceu para ir em seu lugar. Mas, e se Iki não tivesse dado a mínima e fosse para a ilha de Andrômeda no lugar do seu irmão? Das duas uma: ou ele ia entrar de vez pra irmandade ou ia repovoar a ilha com pequenos cabeçudinhos de cabelo azul. Sem contar o fato de que Shun acabaria morto logo nos primeiros dias de seu treinamento. Ou viraria escravo sexual do chefe da ilha, mestre de Iki...Mas, continuando...

Olha a cara do bullynador












Falando em Guerra Galáctica, essa fase inicial do desenho era bem mais variada que as fases subsequentes. Os cavaleiros de bronze tinham um pouco mais de personalidade (Ioga, por exemplo, era bem arrogante e convencido, e Seya praticava bully contra o Jabu de capricórnio), não eram uns zumbis vazios que só pensam em salvar Atena, salvar Atena...  

Algumas coisas no enredo tinham mais impacto (como a fatídica luta de Seya contra Shiryu. “O melhor escudo contra a melhor lança...”) e as motivações para as lutas eram mais bem elaboradas, até que Iki resolveu dar uma de badboy supremo e roubar a armadura de ouro de Sagitário, que não lembrava nem um pouco a armadura definitiva que aparece mais tarde, na saga das doze casas.
Depois que o foco sai da Guerra Galáctica, os cavaleiros vão atrás de Iki para recuperar a armadura. É nessa fase que o enredo do desenho começa a degringolar (ainda mais) e ir por um caminho sem volta. Me lembro de um episódio absurdo, em que o cavaleiro de dragão fura o corpo de Seya para que o veneno do golpe meteoro negro do cavaleiro fake de Pégasus saia do corpo de seu amigo. Shiryu fura Seya na base da dedada mesmo. Nada mais a declarar.

Apanha na cara, safado!












Depois que todos os cavaleiros se reencontram para enfrentar Iki, é a vez de Ioga de cisne mostrar a que veio. Ele quase consegue espancar o cavaleiro de fênix sozinho (em uma fase em que ele ainda não era um bebê chorão). Então, para acabar com a festa do siberiano, o roteirista resolve criar a regra mais estúpida da série: um golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro. Se essa regra fosse obedecida e contornada de uma maneira inteligente durante o decorrer do anime, tudo bem. Mas não é isso que acontece.
Bem, depois de quase morrer (acho que essa foi a primeira de muitas vezes) nas mãos de Iki, Shun, Ioga e Shiryu são salvos pelo cavaleiro de Pégasus, através da força do amor e da amizade de seus companheiros. Até a promíscua corrente de Andrômeda vai se jogar nos braços de Seya. A partir desse ponto fica bem claro o porquê do anime se chamar Saint Seya.

Se você assistiu a essa sequência, já sabe como terminará todas as outras sagas dos cavaleiros. Se não quiser, nem precisa assistir o resto. É só acrescentar o elemento “Atena incapacitada por alguma coisa que leva 12 horas para matá-la” e temos todo o roteiro da série resumido. O cúmulo acontece na saga de Hades, quando a “deusa” fica presa em um jarro. Boneca no Pote? Quase isso...

Depois de alguns episódios absurdos, é hora da parte preferida de 9 entre 10 fãs do desenho: a Saga das Doze Casas.



A história tem início quando os cavaleiros de bronze decidem acompanhar Saori ao santuário para levar um papo com o Mestre. Logo na entrada, Athena é atacada por uma saraivada de flechas fantasmas de um cavaleiro que só aparece uma vez em todo o anime. Seu nome é Sargita (eu suspeito que esse nome tenha sido mais uma das trapalhadas cometidas pela tradução brasileira do desenho), um cavaleiro patético que é morto por alguns meteoros de Pégasus.

Vai se acostumando, vadia












O detalhe aqui é como o enredo do desenho canibaliza a si próprio, mandando a lógica às favas: Saori é a deusa Atena. Devido a tal condição, ela é imune a qualquer golpe de qualquer cavaleiro. Seja um rabugento cavaleiro de lata ou um supremo cavaleiro de ouro. Ninguém pode feri-la. Então, por pura conveniência, os roteiristas decidem que as flechas FANTASMAS do cavaleiro de Sargita, sem mais nem menos, podem causar mal a Atena. E o pior: não só a machucam, como só pode ser removida pelo Mestre (depois descobrimos que apenas o escudo de Atena pode remover a flecha). Como se não bastasse, a flecha dourada vem com um prazo de validade: doze horas (nem mais, nem menos. Siga esse ritmo. Não tem erro) para perfurar o coração da deusa. Começa a jornada dos cavaleiros de bronze rumo ao impossível.

Discorrer sobre todos os detalhes dessa saga não faria muito sentido, visto que o texto não é sobre essa parte da história. Então, vou fazer um pequeno resumo dos eventos, bem como uma rápida descrição dos cavaleiros de ouro um por um, já que esses são os personagens mais interessantes do anime.

Nota do Escritor: nessa parte do texto eu não tinha a mínima noção das proporções que este artigo tomaria, então não encarem a afirmação acima como uma mentira deslavada, e sim como uma lufada de ingenuidade e total falta de planejamento por parte do autor, que no caso sou eu.
Para entender o porquê de os cavaleiros de ouro serem tão fodões, precisamos voltar para o conceito inicial de Cosmo.

Isso é um cosmo...












De acordo com a explicação de Mu de Áries, o cosmo é uma energia interior que pulsa no corpo de todos os cavaleiros. Um pequeno universo existe na alma de cada cavaleiro do zodíaco, e aquele que conseguir extrair mais energia de seu cosmo (queimar o cosmo) vence o oponente.
Existe um estado transcendental chamado Sétimo Sentido, que é alcançado quando o cavaleiro atinge o limite de seu cosmo. E é aí que está a diferença nos cavaleiros de ouro: eles conseguem permanecer neste estado constantemente, enquanto que a maioria dos cavaleiros ou nem se quer alcançam o estado ou permanecem pouquíssimo tempo nele.
Os sentidos são: visão; tato; audição; paladar e olfato. O quinto, de acordo com o desenho, seria a intuição. O sexto, de acordo com a minha concepção pessoal, seria aquele estado de espírito em que nos encontramos quando precisamos fazer algo que tem que ser feito.
Toda pessoa já deve ter passado, ou passará, por uma situação em que precisa realizar algo grande. Então você vai lá e faz. Sem que ninguém precise te dizer que você é capaz de fazer. Simplesmente acontece. Você sabe que pode fazer porque não há alternativa senão fazer. Você tem a confiança de realizar porque é capaz. E você é capaz porque sabe que pode realizar. Simples assim.
De quebra, os cavaleiros de ouro se movem na velocidade da luz e possuem armaduras que só não são mais legais que a armadura do cavaleiro de Fênix, pois esta tem a habilidade de voltar à “vida”. Começando o resumo.















-Mu de Áries: eu já achava ele meio Emo antes mesmo do termo Emo existir, então pode-se concluir que o bicho é menina pra caramba. Mu é muito forte (dããããã. Ele é um cavaleiro de ouro!), mas isso não fica claro nas doze casas. Nessa saga os golpes desse personagem nem chegam a serem revelados, fato que só acontece na saga de Hades.
O papel desse personagem, aqui, é de guia e conselheiro dos cavaleiros de bronze. Ah, Mu também faz bicos como consertador de armaduras para ganhar um extra. Um dos cavaleiros mais sem graça, ao menos até agora.

















-aldebaran de touro: Aldebaran tem um nome bem legal, e o que eu mais gosto nele é a sua vontade de deixar os cavaleiros de bronze passarem por sua casa só pra ver o circo pegar fogo. Nunca entendi a patacoada que fizeram com ele na saga de Odin e Hades. Efeminados com golpinhos espetaculosos serem mais fortes que um brucutu de três metros de altura por dois de largura é típico dos japoneses.

Momento clássico da série












Um chifre quebrado, uma promessa cumprida e algumas gargalhadas de Aldebaran acabam dando a luta por encerrada.

Outra coisa: há o boato de que Aldebaran é brasileiro. O que isso quer dizer? Que os japoneses acham que todo brasileiro mede três metros de altura, sofre de casos crônicos de monocelha e pesa 220kg. Se a regra do L (não o do Death Note) se fizer valer nesse caso, então Aldebaran deve ter um micropênis de 2cm. Pronto. Mais uma especulação em forma de bizarrice gratuita e sem muita razão de ser.














-Gêmeos de Gêmeos: a identidade desse cavaleiro não é revelada, então não podemos chamá-lo pelo nome. Bem, depois, ficamos sabendo que um dos cavaleiros de gêmeos é o próprio Mestre Ares. Ele controla a armadura de gêmeos durante a luta de Shun, Seya, Yoga e Shiryu. Aliás, futuramente nos é revelado que os cavaleiros de gêmeos se chamam Saga e Kanon (adoro esse último nome). Então, pra quê raios o cara inventa de se chamar Ares? Ares é o deus da guerra (selvagem, sangrenta) na mitologia grega. Por que raios um governante do santuário iria querer associar seu nome a uma coisa indiscutivelmente ruim, em vez de se chamar Mestre Kanon ou Mestre Saga? Aliás, Atena também é a deusa da guerra, então os dois não estão em ideais tão opostos, afinal de contas.

Este é um dos episódios de que eu mais gosto nesta saga. A música é ótima e tenebrosa. Aqui, a dualidade impera: a casa de gêmeos tem duas entradas; os cavaleiros, depois de várias tentativas frustradas de atravessar, se dividem em duas duplas; o cavaleiro de gêmeos aparece em dois lugares ao mesmo tempo. E ele é imponente e assustador.
A forma como pégasus o descreve ao incrédulo Shiryu (que não enxerga com os olhos) é assustadora e sobrenatural. Essa parte me lembra muito o mito do minotauro de Creta, por causa de todo o clima de terror e suspense. O silêncio do cavaleiro de gêmeos é frio e sólido como uma rocha. Aliás, por estar sendo controlada à distância, a armadura se parece muito com uma estátua. E todos sabem como estátuas podem ser assustadoras.
O seu golpe, Outra Dimensão, é original e diferente de tudo que foi visto até então no anime.

Encrenca pela frente...












Aqui, a lógica ainda permeava o enredo do desenho, como Shiryu conseguir passar pelas ilusões de gêmeos pelo fato de não enxergar (a cena de dragão puxando pégasus pelo braço contra uma parede é antológica, pois Seya morre de medo de dar com a cara em uns poucos tijolos quando foi soterrado por blocos de concreto na casa de touro, e ainda saiu vivo. Vai entender...) ou o detalhe de gêmeos caminhar sobre a barreira da corrente de Andrômeda (os roteiristas ainda se lembravam que a corrente solta choque) sem nenhuma dificuldade (pois ele é uma ilusão).

Fumou maconha, Shiryu?












Aliás, esse momento, para mim, é um dos poucos em que mostram a serenidade e o potencial de um cavaleiro que evita lutar para não machucar pessoas sem que haja necessidade.
Andrômeda se encontra sozinho com o cavaleiro de gêmeos, que agora volta sua atenção em tempo integral a esse cavaleiro, uma vez que (o bundão) Yoga está desacordado e os outros dois conseguiram escapar da ilusão.

“Mantenha a calma se não quiser se ferir. O cavaleiro de ouro de gêmeos não está aqui...”

Shun se transformando em estrela. A Loka!












Ainda nesta casa, Shun começa a despertar o seu sétimo sentido, depois de perder a chance de escapar da casa de gêmeos com a ajuda de (adivinhem só) Iki de Fênix.
Outro ponto importante na narrativa do anime se encontra nesse trecho: a forma como o desenho engana o telespectador e o faz pensar que o perigo passou é um golpe de mestre (Shun ponderando sobre como foi ajudado e como, agora, pode atravessar a casa; o marcador da casa de gêmeos se apagando; a preocupação de Andrômeda com o destino de seu amigo, Yoga). Mas, de repente...

A ilusão é refeita, e a ameaça invisível de gêmeos retorna para assombrar o solitário cavaleiro de Andrômeda, que não pode mais contar com a ajuda de seu irmão mais velho.
A forma como gêmeos reaparece no meio das colunas da casa é assustadora:

“Idiota! A saída de gêmeos fechou novamente. Não existe mais saída para você!”

Boa, Shun!












Andrômeda decide que não vai mais depender apenas da ajuda dos outros, e acerta Ares com a corrente de Andrômeda. O poder do cosmo de Shun guia a corrente até a sala do mestre. A corrente cruza distâncias inimagináveis e acerta o oponente no rosto.
Gêmeos se levanta de seu trono, vendo o erro que cometeu ao subestimar a força de Andrômeda. Ele decide ir pessoalmente ao encontro do cavaleiro, mas é impedido pela voz de um interlocutor misterioso.
Quando retrai a corrente, um rosário vem junto com ela, dando uma ideia ao cavaleiro de quem realmente foi seu inimigo.

“O cavaleiro de gêmeos nunca esteve aqui...”

Nunca confie num cara com um chestburster na cabeça












Yoga foi totalmente tragado pelo golpe de Gêmeos e vai parar na casa de Aquário, se adiantando uns duzentos episódios na frente de seus colegas. Abordarei esses eventos quando for falar sobre Camus de Aquário.

Vá para uma Outra Dimensão, seu viadinho!











Fica a sugestão pra quem quiser assistir o episódio na íntegra (o blog não apoia a pirataria mas você sabe o que eu quero dizer.)



Nota: o mais hilário sobre esse episódio é a forma como os criadores do anime decidiram mostrar o cérebro de Ares maquinando e planejando O MAL contra os cavaleiros de cisne e Andrômeda. Impagável.

O MAAAL!












Nota 2: antes que eu me esqueça, a dublagem brasileira era excelente. Não poderia me perdoar se deixasse esse detalhe passar batido.

















-MÁSCARA DA MORTE DE CÂNCER: algo muito curioso nesse personagem é a relação de seu signo com a morte. Será que o roteirista do anime/mangá levou em consideração o peso do nome Câncer do signo para desenvolver esse cavaleiro de ouro?
Também gostaria de começar a falar da casa de câncer com uma pequena reflexão sobre as ideias contidas neste anime, até aqui.

Muitos acusam Os Cavaleiros do Zodíaco de ser um desenho animado totalmente ruim, sem qualidades.
Dizem que a história é repetitiva, o que não deixa de ser verdade; que o escapismo rola solta sem o menor pudor (também não foge da verdade) e que as outras sagas seguem uma linha totalmente previsível e dentro dos trilhos que as Doze Casas estipulou.
Concordo com a maioria das críticas negativas feitas ao desenho. Assistir a obras primas da cultura japonesa (como Death Note) e comparar com Cavaleiros do Zodíaco é o mesmo que chutar cachorro morto. MAS, havia muita sabedoria e lições valorosas nas entrelinhas que circundavam o roteiro do desenho.

Um bom exemplo disso, além da capacidade supra-humana dos cavaleiros de bronze de superar os seus obstáculos em prol de uma pessoa que vale a pena ser protegida, se encontra na parte em que Shiryu e Seya chegam à entrada da casa de Câncer.
Shiryu pede a Seya que o deixe lutar esta batalha (pois ele tem uma rixa antiga com o cavaleiro de ouro, Máscara da Morte) e pede para que o amigo lhe informe quantas horas restam no relógio de fogo (pois, dããã, ele é cego!).  Seya afirma que o ponteiro se move de gêmeos para câncer. É então que Shiryu diz: “isto significa que nós só temos nove horas”.
Seya rebate a afirmação de seu colega, dizendo: “não deveria pensar assim. Se você diz que só temos nove horas, acaba se desesperando e não consegue realizar tudo aquilo que você pode, Shiryu”. Seya, diante de um sorriso de seu amigo, diz que “ainda temos nove horas. Mas é melhor irmos depressa!”.

Bem, o que mais importa nessa parte é perceber como a vida é dura com o cavaleiro de Dragão. Além de ele ser órfão (como todos os outros) e perder a visão, Shiryu tem o azar de ser o primeiro a encarar um cavaleiro de ouro que realmente está disposto a (e é capaz de) acabar com a raça dos cavaleiros de bronze que invadiram o santuário. É só parar pra pensar: Mu já era um aliado antes mesmo dos heróis saberem que ele era um dos doze cavaleiros de ouro. Aldebaran levava as coisas na brincadeira, movido pela curiosidade de descobrir até onde os cavaleiros de bronze chegariam (ele até se diverte com a perda do chifre de sua armadura, recusando a oferta de Mu em consertá-la) e nem se empenhou de verdade na luta. Gêmeos foi atrapalhado pela cegueira de Shiryu e pelo cavaleiro de Fênix (tá podendo, heim Iki?). Mas Máscara da Morte não. Ele escolhe Shiryu como oponente pela desfeita nos Picos Antigos. E a batalha dos dois é uma das melhores da saga das dozes casas.

Ondas do Inferno!












“A casa de Câncer está repleta de cabeças mortas, Shiryu!” Essa frase de Seya dá uma pista de toda a tristeza, injustiça e terror que seriam mostrados nesta luta. A casa de câncer exerce um fascínio aterrorizante em mim, e deixa brecha para muitas e muitas reflexões acerca da vida e da morte. Mas falarei de forma mais apropriada e completa sobre ela e o cavaleiro de câncer (o verdadeiro) quando a hora chegar.

Máscara da Morte é terrível (nunca ficamos sabendo qual o verdadeiro nome desse cavaleiro. Será que era Máscara da Morte mesmo? Bizarro). Seu nome é atribuído às cabeças que servem como troféus de Playstation 3 e que estão espalhadas pelo chão e pelas paredes. Nem crianças escaparam da maldade de um cavaleiro de ouro que devia proteger Atena mas apoia o Mestre Ares, mesmo sabendo que ele é mal. Aliás, esse detalhe das cabeças de infantes me deu a impressão de que Máscara da Morte também é um molestador de criancinhas. Se isso se confirmasse, eu não ficaria nem um pouco surpreso.

Diga que não é assustador!












Ele leva Shiryu ao Seikishike (o monte no qual os mortos são jogados no reino de Hades) através de seu golpe Ondas do Inferno. Nem um tijolo é tirado do lugar na casa de câncer. A batalha acontece no campo espiritual.
Já no mundo etéreo, Shiryu tem a terrível visão de seu amigo, Yoga, caminhando rumo ao fosso que leva ao mundo inferior. Ao tentar acompanhar o amigo, ele é impedido por Atena, que também se encontra no precipício (na forma de uma estátua de platina!!??!) e manda o cavaleiro de volta ao mundo físico. Shiryu, assim como Shun na casa de gêmeos, tem uma segunda chance concedida por um aliado.

Nota: acho que uma grande oportunidade narrativa foi desperdiçada aqui. Explico: antes de chegar nesta casa, já era de conhecimento do espectador que Kamus de aquário havia matado Yoga. Esse episódio acontece pouco depois que Shun fica sozinho com o cavaleiro de gêmeos. Eu, particularmente, acho que seria de um impacto mil vezes maior se o roteirista tivesse escolhido mostrar o destino de Yoga apenas em seu encontro com Kamus. O desenrolar dos fatos não seria mostrado naquele momento, apenas em um flashback quando ele atingisse a casa de aquário.
Quando Shiryu avistasse seu amigo no Seikishiki, a reação de espanto de dragão seria a mesma do espectador e vice-versa. Mais ou menos essa:














Mas quem sou eu para dar dicas de técnica de escrita e roteiro sobre a obra de um escritor profissional, não é mesmo?

A oportunidade dada por Atena não dura muito. Máscara da Morte o atinge novamente com as Ondas do Inferno (se ele não escapou da primeira vez, por que escaparia da segunda?) e a verdadeira batalha tem início.

Shiryu é arrastado pelos cabelos por câncer, mas este não consegue arremessar dragão no abismo. Os japoneses provam que a pentelhação de uma japinha carola que só sabe sentar sobre os tornozelos e orar é mais forte que qualquer cavaleiro de ouro.
Depois de apanhar que nem cachorro sarnento, ver a sua namoradinha ser arremessada em um abismo (coitada de Shunrey. Louca pra levar um cólera do dragão que nunca acerta o alvo, se é que deu pra entender... Brincadeiras de lado, o amor de Shiryu e Shunrey é muito bonito. Pena que fique tudo muito implícito e subjetivo) e também ser arremessado em um abismo (só que sobrenatural), Shiryu se emputece e dá uma sova homérica em Máscara da Morte. Caramba, é sério: a sova que Máscara leva de Shiryu é pior que a da batalha entre Neo e o agente Smith. Pior que a sova que o Marvel Man leva do Kid Marvel Man. Pior que os arranca-rabos homéricos vistos na série Dragon Ball.

Um baita erro de perspectiva












Quando volta ao seu corpo físico, ele descobre que o despertar do sétimo sentido é capaz de realizar milagres, como a cura de sua cegueira. O problema é que, depois dessa saga, Shiryu perderia e recuperaria a visão com mais facilidade com que uma dondoca troca de poodle.














-Aiolia de Leão: sim, o nome desse cavaleiro é Aiolia, não Aioria. É que os japoneses não possuem a consoante L em seu alfabeto, então trocam o L pelo R (watashi wa Eru desu...).
Seya chega sozinho à casa de leão, crente de que não apenas passará com facilidade por ela como encontrará um aliado em sua cruzada. Da última vez que haviam se encontrado, Aiolia havia descoberto que Saori Kito era a reencarnação da deusa Atena, e jurou lealdade a sua causa. Não só isso, ele também prometeu que iria ao santuário tomar satisfações diretamente com o Mestre, que jurava de pés juntos que Atena se encontrava no santuário sob seus cuidados diretos. Isso nos leva a um dos flashbacks mais legais de toda a saga...

Depois de alcançar a sala do Mestre no santuário, Aiolia foi bater um papo com o chefão pessoalmente. Aqui está a cena na íntegra (adiante para o tempo de 17 minutos).




Se você não assistiu ao vídeo, ou não se recorda dos eventos, faço um breve resumo: Leão foi confrontar o Mestre e é atrapalhado pelo cavaleiro de Virgem. Mas diabos, ele foi tirar satisfações com o Mestre justo no santuário, onde havia mais dez cavaleiros (sagitário não dá as caras) de ouro além dele próprio. O que ele achava que ia acontecer?
Virgem e Leão começam a travar uma batalha e chegam à conclusão de que seus poderes são equivalentes (e é claro que isso não faz a menor lógica. Como diabos um cavaleiro que ataca com poder bruto consegue se equiparar ao cavaleiro que está mais próximo de Deus em poder?), e se continuarem vão iniciar uma Guerra de Mil Dias, a lendária guerra (que obviamente não durou mil dias, assim como a Guerra dos Cem Anos também não durou cem anos) travada entre o mestre Doko e Shion de Áries.
Para equilibrar as coisas, Ares lança o maior golpe de toda a saga. O golpe mais fuderoso e estiloso de todos os tempos. Inescapável. Infalível. Indefectível. O (rufar de tambores, please) SATÃ IMPERIAL.

Satã Imperial em ação



O cara que bolou o nome desse golpe merece um prêmio Nobel da Paz. Merece ir para o Valhala dar uns pegas na Valquíria Lenneth quando passar desta pra melhor.
O Satã Imperial funciona da seguinte forma: depois de ser atingido por um ataque mental aplicado diretamente no cérebro, a vítima vira um tipo de zumbi programado para matar um inimigo escolhido pelo executor do golpe. O alvo do golpe terá que realizar a missão até que a vítima seja eliminada (ou que a vida de alguém próximo seja tirada, como ficou comprovado depois).
Esse legendário golpe só é utilizado pelo Mestre Ares em toda a série. Não cheguei a assistir a saga de Hades até o final, visto que essa sofre uma queda vertiginosa na qualidade depois que os cavaleiros chegam ao submundo, mas acho que nenhum dos cavaleiros de gêmeos chegam a utilizá-lo novamente.
Antes que eu me esqueça, o Satã Imperial (o satã deve ser por causa do ato maligno de assassinato que a vítima deve cometer para se livrar do efeito, e o imperial deve ser pela imposição do ato) se enquadra na mesma categoria de golpes de manipulação de mente, como o famoso Golpe Fantasma de Fênix.

Pesquisando um pouco sobre o golpe esbarrei em alguns questionamentos, como o fato de Canon conseguir soltar o golpe que o seu irmão gêmeo dominava. Ouvi boatos que afirmavam que isso era possível por causa da armadura de gêmeos. A ideia, tirada do mangá, era que a armadura continha todo o conhecimento para que o cavaleiro de ouro de gêmeos soubesse como ser o cavaleiro de ouro de gêmeos e daí em diante.
Eu, particularmente, acho essa ideia BEM IDIOTA E ESCAPISTA. Mesmo sem precisar pensar muito, consigo tecer uma teoria mil vezes mais interessante que essa. duvida? Então lá vai, mais uma vez, eu entregando de graças as minhas ótimas e originais ideias de roteiro para esses escritores preguiçosos: o caminho para um cavaleiro ser um cavaleiro não estaria em sua armadura, e sim em sua constelação.Simples assim. Isso explicaria porque Afrodite de Peixes usa golpes com rosas, assim como seu ancestral Albafica de Peixes. Tá vendo? Continuando...

Depois de adentrar a casa de leão e quebrar a cara completamente, Seya até que consegue enxergar os golpes na velocidade da luz, mas apanha de qualquer jeito. Ele, então, é salvo por Cassius, que se joga na frente dos golpes de Aiolia.
O efeito do Satã Imperial passa e o cavaleiro de ouro se dá conta da merda que fez. Ele cura (???) a perna de Seya e fica na casa de leão feito um bundão quando podia ajudar um pouco, só pra variar.
De resto, a casa de leão é uma das mais chatas das doze casas. É repleta de longos diálogos (Satã Imperial + Cavaleiro de Ouro zumbi = mata logo esse cara, porra!) e flashbacks quase intermináveis.

Bate que eu gosto!












Outra coisa que fica muito clara nessa parte é como a autoflagelação forçada dos cavaleiros de bronze seria explorada ao limite por parte do roteiro do anime. Quer dizer, Seya apanha como um cachorro sarnento na casa de Touro. Os outros cavaleiros também. Mas tudo tinha uma razão de ser e consequências (mesmo que temporárias) indiscutíveis.
Nos episódios seguintes, parece que o sofrimento (exagerado, pois os cavaleiros já haviam dado seus primeiros passos em direção ao Sétimo Sentido) era apenas uma forma de os escritores mostrarem ao público como os cavaleiros de ouro eram fodões e como o sofrimento seria recompensado.

Isso leva a um outro raciocínio com relação ao anime no geral: Raios! Raios disparados por Zeus, por Lezzard Valeth, pelo Imperador de Guerra nas Estrelas e por todos os lordes Sith ao mesmo tempo! Por que demônios os cavaleiros de bronze não saem da lama nunca?
Digo, eles derrotam cavaleiros de ouro; derrotam demônios; deuses, guerreiros deuses e o que você quiser colocar na sua frente, mas eles nunca dominam o cosmo máximo de uma vez por todas. Nunca ganham armaduras melhores (apenas circunstancialmente). Ou seja: nunca conseguem se impor, evoluir, mostrar aprendizado que os leve a mudanças práticas. Suas apoteoses sempre são fugazes, passageiras.
Uma desculpa muito bunda suja e nariz catarrento sai da boca de Mu, na saga de Hades, a de que “os cavaleiros de bronze são capazes de realizar milagres”. Ah, tá. Isso explica tudo...

Ainda sobre a casa de leão, a partir desse episódio há uma queda vertiginosa na qualidade da animação e do roteiro como um todo. Percebam o ridículo: Cassius tenta impedir a passagem de Shiryu e Shun, enquanto lhes explica que Aiolia se encontra sob efeito do Satã Imperial. E sabe o que é pior? É que ele quase consegue.

Causa Mortis: Excesso de Shoryukens na cabeça












Cassius, um aspirante a cavaleiro cujo maior talento é parecer com o Birdie do Street Fighter Alpha. Um cara que nem armadura tem consegue impedir o avanço do cara que voltou da morte umas três vezes e derrotou um cavaleiro de ouro sem ajuda de ninguém. Ele também consegue se opor a um cavaleiro que acertou um golpe de corrente no rosto do mestre do Santuário a trocentos anos-luz de distância. Ridículo.
Ridículo, também, é perceber como o roteirista se utilizou de um recurso totalmente débil mental e de início do desenho, rebaixando os cavaleiros que têm a missão de salvar uma deusa a meros sacos de pancada na mão de um brutamontes.

















-Shaka de Virgem: não sou muito fã desse cavaleiro. Até gosto do seu estilo meio transcendental de ser, sendo que ele não é emo feito Mu por causa disso. E note que eu falei que ele não é emo POR CAUSA DISSO, e não que Shaka não é emo.
O que me irritou nesse cavaleiro tem mais a ver com o roteiro do desenho. Qual o golpe principal de Shaka? O Tesouro do Céu. Belo nome, bem pomposo para o “cavaleiro mais próximo de Deus”. O que isso significa nem o roteiro do desenho explica, uma vez que Shaka é um discípulo de Buda e não do Deus católico.
O efeito do Tesouro do Céu é ao mesmo tempo simples e mortal, se você parar para pensar sobre ele por um segundo: esse golpe retira os sentidos do corpo da vítima. Não preciso explicar muito, pois quem assistiu à saga das Doze Casas está mais que familiarizado com o conceito. E é justamente por isso que eu detestei essa parte do desenho: depois do encontro com Shaka, QUASE TODOS os golpes dos outros cavaleiros retiravam, gradativamente, os cinco sentidos do oponente. Não vou listar os cavaleiros que farão isso daqui pra frente, pois é melhor falar disso quando a hora de cada um chegar.

Depois de fazer os amigos de Iki nanarem, Shaka aplica o Ciclo das Seis Existências no cavaleiro de Fênix. É um golpe assustador que envia a vítima para um dos seis infernos, após a sua morte. Não estamos falando de uma lavadora de roupas, mas aqui vão as minhas impressões sobre os seis ciclos:

CICLO 1: o Inferno.












Montanhas de espinhos; poças de sangue; lagos de fogo. Uma voltinha por qualquer cidade brasileira e você verá que não é nada muito diferente das condições urbanas às quais estamos acostumados a ver no dia-a-dia.

“Aqueles que caírem neste mundo sofrerão eternamente”.

Não sei se é muito justo pagar eternamente por erros cometidos durante um curto período das nossas (confusas; despreparadas e turbulentas) existências, mas sabe como são esses conceitos religiosos: não fazem muito sentido, necessariamente.

CICLO 2: o Mundo dos Espíritos Famintos.












“Aqueles que caírem neste mundo só terão pele e ossos e o estômago inflamado”.

Me desculpe, Shaka de Virgem, mas acho que aqui você não está sendo nem um pouco original. Este inferno já existe no nosso mundo:

Essa é pra você pensar um pouco antes de reclamar por bobagens...












CICLO 3: o Mundo das Bestas.












“Nele todos serão transformados em bestas, onde o mais forte devora o mais fraco”.

Ok. O cientista social Shaka de virgem acaba de descrever as bases do sistema capitalista. Próximo.

CICLO 4: Azura, o Mundo da Luta.











“Haverá sangue e morte o tempo todo”.

Um pouco (mais) de cultura inútil:
“Azura é uma personagem do Livro dos Jubileus considerada como a esposa e irmã de Seth, o qual, segundo a Bíblia, foi o terceiro filho de Adão, nascido depois da morte de Abel, através do qual descendeu o patriarca Noé”Fonte: Wikipédia.

Como não costumo levar muito em consideração as histórias do antigo testamento (pois são sem pé-nem-cabeça pra caramba), citarei uma fonte que acho que combina mais com a descrição de “luta sem trégua” descrita por Shaka:

“Azura é a princesa Dédrica do Crepúsculo e do Amanhecer; das magias entre a Noite e o Dia”. Fonte: The Elder Scrolls.

Uma coisa que fica entre o dia e a noite é algo que não acaba, certo?
Neste mundo as pessoas travam uma guerra sem fim, como em um MMO em que você não pode explorar; trollar ou trocar itens, apenas upar. Bem chato, por sinal.

CICLO 5: o Mundo dos Seres Humanos.













“A felicidade, o ódio e a tristeza tornam instável este que é o Mundo dos Seres Humanos”.

Se você é ingênuo o bastante para se perguntar “por que o mundo dos humanos é considerado um inferno”, eu adianto a resposta com uma outra pergunta: existe algo pior que a insegurança?
Pare pra pensar um pouco em como quase tudo relacionado à vida do homem gira em torno da sua busca por um pouco de certeza, respostas e explicações para tudo o que acontece a sua volta.

O homem tece teorias. Busca conhecimento (no melhor estilo E.T. Bilu). Cria mundos próprios e fictícios quando o real não o satisfaz. Tudo isso para suprir uma necessidade palpável de se firmar, de ter algo em quê se apoiar. Até a sua própria felicidade é depositada nas costas alheias, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.
Então, é por esse e outros motivos que eu considero o Mundo dos Seres Humanos um dos piores infernos oferecidos por Shaka.
Pena que, fora do desenho, nos é negada a chance de escolha. Eu, particularmente, iria de bom grado para o Mundo das Bestas. Do alto dos meus 1,79m de altura e 80kg, eu teria uma chance bem maior de me sair bem sucedido nesse do que no mundo real.

CICLO 6: O Paraíso.












“É um lugar onde um único pensamento faz você cair no mundo das bestas, dos espíritos famintos ou do inferno”.
Só de pensar neste mundo eu tenho calafrios. De longe, o pior dos mundos. Principalmente se você levar em consideração os meus queixumes sobre insegurança no ciclo acima.

Imagina você estar no lugar perfeito, mas não poder ter uma ÚNICA PORRA DE UM PENSAMENTO IMPURO NA CABEÇA?
De fato, se você levar em conta que todos os ciclos são destinados a castigar os humanos, pela descrição do sexto ciclo podemos inferir que todos os humanos que estão nos outros cinco ciclos já estiveram, ao menos uma vez, no sexto.

“Você está morto? Que mundo escolheu, Iki”?
Essa enigmática frase de Shaka e uma maravilhosa música de suspense encerram a primeira parte do confronto com o Homem Mais Próximo de Deus.












Iki escapa do golpe de Shaka, e o ataca com o Golpe Fantasma de Fênix. Logicamente, esse golpe não causa nenhum efeito em um cavaleiro especializado em golpes mentais como Shaka.
O cavaleiro de ouro estilhaça a armadura de fênix de Fênix (sim, o eco foi proposital), e vemos algo bem ilógico que acontece desde o começo deste anime.
Os cavaleiros recebem armaduras baseados em suas constelações. Essas, por sua vez, são feitas de três metais: bronze, prata e ouro. Agora preciso me desviar um pouco para me queixar de outra coisa que me irrita muito (até nas fases mais recentes): os cavaleiros de prata foram muito escanteados em toda a série. Se um cavaleiro de bronze pode alcançar o sétimo sentido para salvar Atena, quão longe chegaria um cavaleiro de prata com semelhante objetivo? Pelo desenrolar das coisas, nunca saberemos.

Pronto, me queixei e quebrei um parágrafo com isso. Agora posso continuar.
POR QUÊ RAIOS AS ARMADURAS, FEITAS DE METAL, SE QUEBRAM COMO SE FOSSEM DE VIDRO, EM VEZ DE AMASSAR?

Bem, o fato é que Shaka pulveriza a armadura de Iki e mete fogo no cavaleiro de fênix, que renasce quase que instantaneamente de posse de armadura sua armadura reconstruída.
O que me chama atenção nessa parte é que Iki representa, de forma geral, a força de vontade dos outros cavaleiros de NÃO DESISTIR, EM HIPÓTESE ALGUMA, DE UMA COISA QUE DESEJA. Principalmente se o motivo for nobre. Também fica a impressão de que Iki venceu Shaka pelo simples fato de ser o único capaz de fazê-lo.
Outra coisa que me chama atenção, também, é a duração do “sono” dos outros cavaleiros que foram atingidos por Shaka. Mas deixa pra lá. Vamos fingir que foi tempo psicológico passando.

Tendo percebido o erro que cometeu ao tentar uma técnica tão “hexacotômica” como o Ciclo das Seis Existências, Shaka decide usar o Tesouro do Céu, e toda a palhaçada de “perder os cinco sentidos” chegava sem previsão de quando ia partir.












“Saiba que o Tesouro do Céu é a Verdade do Universo. Este tesouro é o mundo da perfeita harmonia”.

Pra começar a discorrer sobre esta parte, queria dizer que a música que toca quando Shaka “decora” o piso e as paredes da casa de virgem com o Tesouro do Céu é tenebrosa e aterrorizante. E as palavras de Shaka, para mim, fazem o mais completo sentido. É só parar para pensar no efeito desse golpe.

O Tesouro remove cada um dos sentidos da vítima. O simples fato de estar totalmente cego diante de um oponente já é algo desesperador por si só. Mas aonde eu quero chegar é na parte da “perfeita harmonia”.
Para entender meu ponto de vista, é necessário que o leitor se desvencilhe, mesmo que apenas por um momento, de toda e qualquer crença religiosa ou opiniões pessoais e se atenha apenas aos fatos. Se você for capaz de tal exercício mental, já está pronto para responder a minha pergunta: QUAL A CONSCIÊNCIA QUE VOCÊ TINHA QUANDO AINDA NÃO HAVIA NASCIDO?

Eu, pelo menos, não tinha nenhuma. Nenhuma lembrança. Nenhuma dúvida. Nenhuma vontade. Nenhum questionamento. Nenhuma expectativa. Nenhum temor. E nenhum sofrimento. Nada. O vazio. Algo que pode ser considerado, por muitos ramos filosóficos, como a verdadeira PAZ.
Partindo desse pressuposto, posso considerar que a “Perfeita Harmonia” descrita por Shaka realmente pode ser alcançada através do Tesouro do Céu. Aí Iki vem com um estraga-prazeres chamado Sétimo Sentido que acaba com toda a festa.

Fênix tentando o Moonwalker? Isso deve doer...












Sim, mesmo privado dos cinco sentidos que permitem a um cavaleiro lutar (acho que o sexto sentido, a intuição, não pode entrar nessa conta, pois fica meio difícil derrotar um cavaleiro de ouro na base do “eu acho”...) Iki desperta o Sétimo Sentido.
Mas, antes disso, Shaka prova que não é tão iluminado quanto parece e retira a fala de Iki, quando este questiona os motivos desse cavaleiro seguir o Mestre Ares mesmo sabendo que ele é maligno. Pouco iluminado; infantil e um mau perdedor, pois Shaka só responde ao questionamento de Iki depois de retirar a sua fala, impossibilitando qualquer forma de um debate civilizado. Shaka, seu Emo de merda! Pronto, falei. Agora é tarde.

Depois de retirada a sua audição, Iki é jogado no abismo frio do desespero e da obliteração; da incerteza e da insegurança. Em seus últimos momentos, o cavaleiro chama pelo nome de Atena. O rosto em lágrimas da estátua da deusa é focalizado e o episódio termina no mais completo silêncio.

Depois de uma longa batalha psicodélica regada a muito filosofismo e viagem na maionese, Shaka é derrotado por Iki, que chega atrasado ao casamento mas consegue chamar mais atenção que a própria noiva.

Encochada Atômica, um poderoso golpe...












Iki e Shaka morrem (fênix usa o golpe mais terrível e poderoso de toda a série, a Encochada Atômica com Direito a Voo de Purpurina), com o pedido do cavaleiro de Fênix ao seu irmão para que o mesmo enfrente as adversidades vindouras como um verdadeiro homem. E eu te pergunto, Iki: não tinha como pedir uma coisa mais fácil ao seu delicado irmão não?
Os dois são resgatados por Mu através de sua telecinese (???!!!), e reaparecem mais à frente.

Uma coisa muito boa a respeito de Shaka é a sua participação na saga de Hades: ele simplesmente é muito forte e consegue chutar a bunda de três cavaleiros de ouro simultaneamente.
Também queria aproveitar a oportunidade para acrescentar algo: ainda na casa de leão, Aiolia adverte que os cavaleiros não podem permitir que Shaka abra os olhos. WTF? Como impedir uma pessoa que se move na velocidade da luz de abrir os próprios olhos?

“Quando Shaka abre os olhos, todos morrem a sua volta!”. Uau! Esse cara deve ser os pés da besta. Deve abrir garrafa de refrigerante no dente. Deve ser mais bonzão que o Dante, Wolverine e Wesker juntos.
É então que, durante a sua luta com Iki, fica claro o motivo de não deixar que Shaka abra os olhos: quando ele está de olhos fechados, está concentrando o seu cosmo para mandar ver nos adversários. WTF? WTF? WTF? Que porra de raciocínio é esse? Isso é conselho que se dê? Não deveria ser o COMPLETO INVERSO? FAZER SHAKA ABRIR OS OLHOS PARA QUE PERDESSE A SUA CONCENTRAÇÃO E SEU COSMO PARASSE DE CRESCER INFINITAMENTE? Cara, sem palavras.

Considerando que esse não foi um patcha erro de tradução, a essa altura do campeonato os roteiristas já estavam tão drogados e escrevendo tanta besteira que nem se quer sabiam o que fazer para alcançar o efeito de dramatização necessário para impactar o espectador. Sad, but true...


















-CASA DE LIBRA: aqui não há um cavaleiro. Há apenas a casa de libra.
Como todos sabem, o cavaleiro que deveria estar guardando a casa de libra é o Mestre Ancião, o mentor de Shiryu. Ele não se encontra na casa, então a passagem dos cavaleiros de bronze por essa casa não devia durar mais que dois minutos do episódio, não é mesmo? Ledo engano, meu caro.

Ao entrar nessa casa, eles dão de cara com ninguém menos que Yoga de Cisne. Ele levou um pau homérico de seu mestre e foi aprisionado em um caixão de gelo por não conseguir deixar de ser um bunda mole de marca maior. Essa batalha eu vou detalhar quando chegar na penúltima casa do zodíaco.

Yoga está preso e o mestre de Shiryu envia a sua armadura, a de Libra, para que seja possível quebrar o esquife de gelo.

Soninho gelado...












Cara, a armadura de libra é a coisa mais legal que pode ser vista em toda essa série. Se eu tivesse nascido entre o dia 24 de setembro e o dia 23 de outubro, eu acho que teria urinado sangue de tanta felicidade quando chegou neste episódio.
Essa armadura é tão fodástica que servia de suporte para todos os outros cavaleiros de ouro, quando estes utilizavam armas nas lutas.














A ideia do Mestre Doko é quebrar o esquife com uma das armas que compõem sua armadura.
Então, cabe a Shiryu escolher a arma mais apropriada para tal tarefa. Pois bem...
Raios, raios, raios que causam dano não elemental! Por que o Mestre Doko não diz de uma vez a arma mais apropriada, uma vez que um simples erro poderia custar a vida do cavaleiro de Cisne? Bem, quem sou eu para tentar compreender o raciocínio de velhinhos de 300 anos que são a cara do Yoda?

Vejamos quais eram as opções do cavaleiro de Dragão:













1-A BARRA DUPLA (mais conhecida pelo nome de Nunchuk por aqueles que assistiram ao menos a um filme de Steven Seagal na vida): uma arma que solta quantidades tão grandes de purpurina dourada que deve ter custado a vida de milhares de (como posso dizer isso sem parecer homofóbico?) bambis de toda a Grécia contemporânea;













2-O TRIDENTE: um tridente comum, exceto pelo fato de que também solta purpurina;













3-A ESPADA: que parece muito com um daqueles itens que você levaria 100 horas para conseguir no The Elder Scrolls Oblivion;













4-A BARRA TRIPLA: ??? Você já ouviu falar em tal arma? Ela parece um cassetete de policial (não que eu já tenha visto, pessoalmente, o cassetete de um policial, se é que você me entende...);













5-A TONFA: na verdade, na parte em que Shiryu fala “TONFÁ”, ele está se referindo à barra tripla acima. Houve um erro de sincronia e/ou tradução nessa parte (eu acho). essa parte é uma confusão dos diabos;













6-O ESCUDO: a mais legal de todas, pois é o Disk Armor de Rygar. Não conhece Rygar? Esse aí é um carinha que já arregaçava criaturas mitológicas quando Kratos ainda usava fraldas.














Shiryu explica que existem apenas seis tipos de armas, só que elas vêm em dobro. Sacou? Seis vezes dois é igual a doze. Doze armas para doze cavaleiros governar...
Aham, continuando...
Qual seria a melhor opção para quebrar um cubão de gelo sem danificar o seu interior? Acho que um objeto rombudo, que servisse para estilhaçar o gelo em pequenos pedaços, certo?
E qual arma Shiryu, sabiamente, escolhe?

A PORRA DA ESPADA!!!

Tentando torar o amigo ao meio...













WTF! WTF! WTF10000000

Que raios de raciocínio é esse? Escolher uma arma que pode fatiar o seu amigo ao meio? Esquece...
Depois dessa total prova de desrespeito às leis da física, Yoga é libertado. E é aqui que teremos uma das maiores CENAS DE BOIOLAGEM EXPLÍCITA nunca antes catalogada em um desenho japonês.
Digo e repito: não sou racista. Não sou sexista. Não sou separatista. Tampouco homofóbico. Uma das coisas que mais prejudica a humanidade (além dos extremismos religiosos e das guerras) é o uso de rótulos.
Mas cara, não tem como botar a mão no fogo por Andrômeda depois do que está por vir.

O primeiro beijo gay nos animes












Yoga, um cavaleiro (de cisne e que usa golpes do elemento água sólida, rsrsrs) que VIVEU A VIDA TODA NA PORRA DO GELO, não aguentou ficar por meras horas submetido a uma temperatura próxima do zero absoluto.
Quando foi libertado, seu corpo continuou frio e precisava ser aquecido pelo calor de outro corpo humano. Mas apenas isso não bastava. Esse corpo precisava queimar o cosmo e alcançar o Sétimo Sentido para poder aquecer o sangue de Yoga.
Shun, guiado pelas tendências suicidas de sua constelação, decide sacrificar a própria vida para reviver seu companheiro.

Agora para pra pensar: você realmente acreditava que, a essa altura do campeonato, o sacrifício de Shun seria definitivo? Isso mesmo que eu tava pensando... Posso continuar?

Como eu dizia, guiado pela sua constelação... quer saber de uma? Constelação é o Kr@jo!!! Shun é o maior viadinho de merda, que tava esse tempo todo de olho no galego de olhos azuis do Yoga e não ia perder uma oportunidade dessas nem que o cometa Haley desse trezentas piruetas em volta da terra!

Amor, I love you!












Quando eu assisti a esse episódio na presença de meus outros dois irmãos, fui dominado pela mais desconcertante sensação de vergonha alheia que um desenho japonês é capaz de causar. Eu simplesmente não acreditava no que estava diante de meus olhos. E, se você deixar os impactos sociais e psicológicos de lado e analisar a questão por uma ótica meramente de continuidade do desenho, verá que Shun é um puta viadinho do mesmo jeito.

Veja bem: Seya levou o maior pau de Aldebaran PARA COMEÇAR A DESPERTAR O SÉTIMO SENTIDO. Despertou, sendo que levou um arranca-rabo de Leão que quase lhe custou uma das trezentas vidas de que ele ainda dispõe.

Shiryu lutou sozinho contra Câncer, como um macho de verdade faz, sem mimimi ou ajudinha de ninguém (Shunrey não conta. Não conta porque eu não quero e pronto!).

Iki, se eu fosse um membro da Irmandade, a minha saída de escape estaria a sua disposição por você peitar o cavaleiro mais próximo de Deus sozinho e, de quebra, ainda lhe passar uma lição de humildade.

Então, de que forma o cavaleiro de Andrômeda precisa alcançar o cosmo máximo e provar do que é capaz? FORNICANDO COM UM DE SEUS COMPANHEIROS DE LUTA!
Cara, é sério: repare na perninha de Shun quando se deita sobre o corpo de Yoga. Parece que ele está sofrendo por fazer algum tipo de sacrifício? Eu acho que não...
Nem sei porque me revolto tanto quando penso nisso. O que se podia esperar de um cavaleiro que usa uma armadura cor-de-rosa com tetas? Pois é...

Fala a verdade: isso parece um sacrifício pra você?












O proctologista mais temido da história















-CASA DE ESCORPIÃO: essa casa começa com Shiryu contando a história da lebre e do viajante. Não vou repeti-la aqui. Se você não conhece, procure pelo episódio 60 no Youtube.
A despeito de todas as brincadeiras e de todas as minhas queixas com relação ao cavaleiro de Andrômeda, essa parte do anime mostra o verdadeiro valor de um cavaleiro que luta por não ter escolha pois, se pudesse, não machucaria seus oponentes.
A história de Shun é um exemplo muito bonito de altruísmo e de autossacrifício.
Seya e Shiryu decidem voltar para a casa de libra, a fim de impedir que Shun se mate pelo seu amigo. Mas eles são interrompidos pela pergunta capciosa:

“Por que estão fugindo do escorpião”?

Já fez seu exame este ano?












Eu respondo, Milo: por que escorpiões são venenosos. Pronto! Posso passar para a próxima casa, pois detesto esse cavaleiro e estou com uma baita preguiça de discorrer sobre essa batalha.

Ráááááá´! Pegadinha do Monte Pyton!!!
Imagina se eu ia pular um dos cavaleiros de ouro mais legais das doze casas! Eu não me chamaria Shadow Geisel se isso acontecesse. Então, vamos lá!

Pra começar, a voz de Milo é a mesma do James, de Pokémon, e eu adoro a voz desse dublador. É muito engraçada e divertida.
Mas não se engane: o cavaleiro de ouro que derrubou a Ilha de Andrômeda é terrível.
Seya meio que se gaba por estar despertando o sétimo sentido e por ter derrubado o capacete da armadura de escorpião da cabeça de Milo. É aí que este explica que há um verdadeiro abismo entre um cavaleiro que está perto da velocidade da luz e de um que já domina golpes na velocidade da luz.

A Agulha Escarlate é a agulha do escorpião, e também um golpe terrível. Causa uma dor intensa no oponente que vai debilitando-o até que ele alcance a sua morte.
Quando estava prestes a matar os dois cavaleiros de bronze, Milo é interrompido pelo cosmo gelado de Yoga, que carrega Shun nos braços (\o/) e restaura o ânimo dos companheiros caídos.
Se ninguém disse isso, eu o faço: esse, depois da luta de Cisne contra Fênix e contra o cavaleiro de prata de Fogo, é um dos maiores momentos de Yoga.
A sua confiança; sua coragem; sua força de vontade são muito intensas e quase palpáveis. Pena que o episódio seguinte seria estragado por uma péssima animação e estilo do desenhista.












Yoga dá uma bela lição de moral em Milo enquanto aprisiona o cavaleiro em um círculo de gelo que trava seus movimentos.
Quando eu assisti essa cena... Cara, eu senti um puta orgulho do cavaleiro de Cisne. No mesmo instante que a vi me lembrei da sua postura na luta contra Fênix. Eu pensei: agora vai. Yoga vai dar uma sova em Milo e recuperar as suas bolas há muito tempo perdidas.












Então os roteiristas do anime decidem que é hora de tacar uma cena pra encher linguiça na qual Tatsumi aparece (com uns trinta anos de atraso) para proteger Saori.
Uns cavaleiros genéricos aparecem para justificar a presença de Tatsumi e ele dá cabo (??) quase de todos. E tudo isso BEM DEBAIXO DO NARIZ DE UM CAVALEIRO DE OURO QUE NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA SEGUIR AS ORDENS DE ARES.
Quando eu assistia esse desenho na adolescência, eu detestava essa parte. Mas sabe de uma coisa? Ela representa muito bem a bundamolice do cavaleiro de Áries, que só sabe fugir por teleporte, consertar armaduras e escovar seus vastos e sedosos cabelos cor púrpura. Êta emo covarde filho de uma... Continuando...

O entrave de Yoga e Milo começa!
Escorpião prova que arrogância e discursos pomposos são mais poderosos que qualquer círculo de gelo, e se livra do seu efeito simplesmente porque sim.
James, quer dizer, Escorpião aceita o desafio de Yoga e alerta que vai enfrentá-lo com todas as suas forças.
Milo usa o seu (criativíssimo) golpe Restrição para tentar selar os movimentos de Cisne. Yoga apenas fica olhando com a maior cara de “eu sou o fodão” do mundo enquanto uma barreira de ar frio o protege da investida de Milo.
Cara, é sério. Eu quase tenho vontade de mijar nas calças quando assisto a essa cena.
A postura de Yoga. O efeito de azulado que o envolve. A sua resolução. A certeza de que tem plena capacidade de derrotar o oponente. “Casa comigo, Yoga”!!! Ops! Desculpem. Acho que me empolguei.

É ou não é o fodão?












Mas agora falo sério: Cisne volta com tudo neste episódio, nos dando a certeza de que deixou de ser um bebê chorão que não consegue largar a barra da saia de sua mãe. Aliás, apesar de todas as brincadeiras e perseguições a respeito das bolas do cavaleiro de cisne, a história de seu drama pessoal é uma das mais tristes que eu já vi em um desenho animado. Falarei mais disso quando chegar à casa de Aquário. O que quero deixar claro é que, NESSE MOMENTO EM ESPECÍFICO, Cisne estava em seu auge.

Ao longo de todo este episódio, há um misto de animação aceitável com animação bem feiosa, como eu havia dito. Mas o pior na queda da qualidade ainda vai ser na próxima parte da luta dos dois.
Cisne e Milo atacam ao mesmo tempo. Yoga consegue congelar o cavaleiro de ouro e pensa que escapou da Agulha Escarlate. Ah, tolinho...

“A Agulha Escarlate ataca o sistema nervoso central e paralisa todo o seu corpo com uma dor muito intensa...”

Cisne percebe buracos de agulha em sua armadura e se estropia todo de dor. Um detalhe interessante sobre essa luta, mas totalmente irrelevante, é que Milo luta quase ela toda usando a sua capa. Eu disse que era doido. Quem não acreditou, problema.

É só uma picadinha. Num dói nada...












“Renda-se ou morrerá. Eu vou dar tempo para você pensar nisso enquanto recebe quinze golpes. Sentirá uma dor incrível. Sem mencionar que os quinze golpes representam as quinze estrelas da constelação de Escorpião.”

Outro detalhe interessante (para mim) é que Milo é o único cavaleiro de ouro que faz uma associação direta de seu signo. Explico:
Aldebaran, de touro, ataca com o Grande Chifre. Apenas uma menção ao animal do touro.
Aiolia ataca com a Pata do Leão. Outra menção de leve.
Máscara da Morte (cara, eu ainda não acredito que esse seja o nome desse cavaleiro. Se você souber o verdadeiro nome de Câncer, por favor, me avise) não tem nada a ver com caranguejos. Mas Milo não.
Além de usar uma armadura totalmente inspirada no aracnídeo ele ataca com ferrão do Escorpião e tem uma personalidade muito parecida com as descrições deste signo:

“Escorpião é um signo intenso, com uma energia emocional única em todo o zodíaco. Ainda que possam parecer calmos, os escorpianos têm uma agressividade e magnetismo escondidos internamente. São afáveis, sociáveis, reservados, corteses e, ainda que pareçam estar um pouco afastados da ação, em realidade estão observando tudo com seu olhar crítico.
O escorpiano é tremendamente poderoso e seu caráter pode causar enormes benefícios ou grandes riscos para os demais”.

Signo de lagosta? Esse eu não conhecia!















Os pontos destacados em negrito são um resumo do que é o Cavaleiro de Escorpião, Milo. A sua postura de “pagar pra ver” (no final da batalha) tem muito a ver com os “grandes riscos” citados nas características do signo. Continuando a luta.

As agulhadas de Milo foram descaradamente copiadas em um recente jogo de luta desta geração. Ainda não descobriu qual é? O vídeo abaixo vai refrescar a sua memória:



Eu sei. Eu sou demais. Não deixo passar nenhuma referência. Mas assim minhas bochechas ficam coradas e eu fico sem jeito. Bem, continuando, mais uma vez.

“Antares, a grande estrela localizada no centro do escorpião. Ela está no coração da constelação. E é o golpe fatal da agulha escarlate”.

É picadura que não acaba mais...












Depois de receber 14 picadas de Milo, o cavaleiro de ouro revela a Yoga que nunca aplicou a Antares em nenhum outro oponente. O que me leva à conclusão de que:

a-Milo fugiu de todas as outras lutas antes da de Yoga;

b-os oponentes anteriores de Milo eram fracos pra caramba, a ponto de serem inferiores a um cavaleiro mais chorão e fracote que o próprio Shun.

Antares é um golpe bem legal, mas eu gostaria de ver mais técnicas do cavaleiro de Escorpião.
Milo tenta disparar a Antares, mas não consegue, graças às botinas de gelo que Yoga lhe deu de presente. Como todo bom cavaleiro que utiliza golpes de gelo, Cisne dispara o seu “golpe mais forte”, de acordo com suas próprias palavras: UM SHORYUKEN!
Isso mesmo: o golpe mais forte de Cisne não é a Execução Aurora. É uma porcaria de um soco no queixo. Vá se lascar, Yoga. Não quero mais me casar com você. E, se eu o fizesse, seria com separação de bens!

Frente, baixo, frente no soco












Agora, preparem-se para um dos episódios mais frustrantes e decepcionantes que eu já assisti dessa saga. Adianto logo que não tem a ver com o enredo. Mesmo que aos trancos e barrancos, Yoga acaba provando a sua maturidade como cavaleiro e se faz respeitar. Eu me refiro à qualidade da animação mesmo.

O QUE PORRA ACONTECEU AQUI? COLOCARAM UMA CRIANÇA RETARDADA PARA DESENHAR E ANIMAR O DESENHO?
É sério. Vá no Youtube e pesquise “ Cavaleiros do Zodíaco-Saga do Santuário- Episódio 62 (como você acha que eu assisti a todos os episódios até então?).
Repare na cara de Milo e Yoga. Repare na falta de detalhes e efeitos nas armaduras e nos golpes. Repare nas variações de cor das armaduras, dando a impressão de que acabou o lápis de cor no meio do trabalho e o carinha teve que improvisar com o que tinha. Repare na verruga ao lado do nariz dos personagens, que os faz parecerem filhotes de urubu. E o que aconteceu com a boa aparência de Escorpião? Aqui ele tá mais parecido com a Carmem San Diego. Nossa! Que tosco. Dá vontade de vomitar na cara de quem fez essa palhaçada. Compare a animação da série até o começo das Doze Casas e entenderá a minha revolta. Continua...

Verruga? Passa Pointts que ela seca!












Yoga começa a choramingar e... Peraí! Continua o caramba! Ainda tenho um recado para esse desenhista, do qual não quero saber o nome ou as deficiências fisiológicas que o levaram a criar tamanha obra-prima.
O recado é esse:


Olinda, 15 de Outubro de 2012.

Prezado Sr. Fushiko Takavara

Como um grande fã da obra conhecida internacionalmente como Saint Seya, reconhecida aqui em meu país como Cavaleiros do Zodíaco, gostaria de avisar ao digníssimo Sr. que vossa senhoria não tem o mínimo talento para desenho.
Se, em algum momento da sua vida, alguém da sua família ou a Sra. Sua Mãe lhe contou a grande mentira de que você tinha futuro, e até teve a pachorra de lhe fazer elogios, fique o Sr. sabendo que foi apenas para tentar lhe trazer alguma espécie de arcabouço diante das intempéries e vicissitudes que a vida, inevitavelmente, lhe traria no futuro.

Agora que o Sr. é um ser humano adulto e gozando de total saúde física e mental (acredito eu), gostaria de fazer a revelação de que sua arte é uma droga. Você estragou uma das melhores lutas da série com seu desenho desleixadamente ruim.
E não foi só isso. O Sr. frustrou as expectativas de um pré-adolescente de 13 anos acerca de um futuro melhor.

É por essas e outras que eu desejo, humildemente, que o Sr. tenha as duas mãos esmagadas por um rolo compressor para aprender a nunca mais PHoDer com as expectativas dos outros.

Cordialmente, o sempre seu (inimigo mortal) Shadow Geisel.

Por causa dos ferimentos das agulhas, Yoga começa a perder não apenas uma quantidade maremótica de sangue, como também (rufar de tambores): OS CINCO SENTIDOS!!!
Lembram do que eu disse, de que nos episódios posteriores ao Tesouro do Céu de Shaka, até uma reles topada faria um cavaleiro perder os cinco sentidos? Pois é, vai se acostumando...

O mais terrível no cavaleiro de escorpião não é a picada da sua agulha, mas o desprezo e desrespeito que ele demonstra por oponentes mais fracos que ele. Pior do que matar Yoga, é quando Milo manda que o cavaleiro vá embora das doze casas e do santuário, por não ter conseguido despertar o sétimo sentido.
Ser considerado uma perda de tempo por um oponente é mil vezes mais humilhante que a derrota em si.

Yoga faz um resumo dos eventos que permitiram o seu retorno da prisão de gelo. E, cara, muita gente acusa Os Cavaleiros do Zodíaco de ser um desenho piegas e sentimentalista, mas o discurso de Cisne é uma das maiores declarações de amizade (além da de Sora no coliseu de Hércules, no primeiro Kingdom Hearts) que eu já vi em qualquer lugar que seja.
Yoga afirma que, por causa de sua vida sofrida, amaldiçoava a própria existência. Mas depois que testemunhou a coragem de seus companheiros em luta, passou a agradecer a Deus por Este ter lhe permitido compartilhar do mesmo momento de vida que seus amigos. Sniff, sniff. Onde está o meu lenço quando mais preciso...

Pega o beco, ser inferior!












No momento derradeiro da luta, Milo faz um discurso que me faz lembrar o código de honra dos samurais japoneses nas eras feudais, dizendo a Kamus que vai acabar com Yoga com todas as suas forças por reconhecer o seu valor como cavaleiro.
Parece uma coisa contraditória, acabar com um oponente que tem potencial, mas essas questões de honra são meio difíceis de digerir mesmo.

A chama da casa de Escorpião finalmente se apaga, mas o pensamento de Cisne nunca esteve tão iluminado como agora: ao se recordar do sacrifício de Shun e seus amigos, Yoga finalmente entende que há certos momentos em nossa vida que precisamos ser mais fortes não por nós, mas por aqueles com quem nos importamos. Não importa o que aconteça. Não importa a nossa fraqueza.
Uma vez, em algum momento de minha infância que não sei ao certo, li uma frase que dizia “SE VOCÊ NÃO TEM CORAGEM, HAJA COMO SE TIVESSE. SE VOCÊ TEM MEDO, FINJA QUE NÃO TEM”. E é isso que Yoga, de uma vez por todas, compreende.

“Mesmo a minha poderosa armadura de ouro ficou totalmente congelada depois do ataque de Yoga”...












Milo foi atingido em todos os pontos de sua constelação pelo Trovão Aurora de Cisne, ao mesmo tempo que desferiu o golpe Antares em seu rival.
De fato, Yoga despertou o sétimo sentido e Milo só não morreu por causa da armadura de Escorpião.

Milo decide salvar Yoga, PARANDO AS SUAS HEMORRAGIAS COM UM NOVO ATAQUE DE AGULHA! WTF?

Bisturi é para os fracos












Bem, acho chover no molhado explicitar o quão sem lógica esse “procedimento cirúrgico” é. Mas o que mais me impressiona no cavaleiro de escorpião é a sua curiosidade e hombridade de admitir que não está salvando a vida de Yoga, e sim lhe poupando para o enviar a sua mais dura lição como cavaleiro.
Cisne avança, cambaleando, e mais um valoroso guerreiro nasce neste dia.














-CASA DE SAGITÁRIO: preciso dar uma interrompida federal no raciocínio para deixar uma coisa clara: quando comecei a escrever este texto, o fiz de uma forma totalmente errada.
Eu estava comentando partes importantes dos episódios BASEADO APENAS NAS MINHAS MEMÓRIAS DE MAIS DE 10 ANOS ATRÁS. Acho que deu pra perceber isso, por causa do tamanho da descrição das casas de Mu e de Aldebaran.

Quando vi a asneira pouco profissional que estava fazendo, decidi começar do zero e assistir episódio por episódio das doze casas para poder rechear o artigo com TODAS as minhas opiniões mais relevantes.
Eu sei, eu sou doido e às vezes tenho mais tempo livre do que costumo me queixar. E claro, a minha real falta de tempo é a causa deste post ter levado vários meses para ser concluído. Mas, o que eu quero dizer, é eu que estava revendo tudo para ter uma base e analisar os fatos por um prisma mais esclarecido. Mas o episódio da casa de sagitário é TÃO IMBECIL E INSUPORTAVELMENTE CHATO E EMBROMADOR que eu sinto a necessidade de retroceder em minha estratégia e falar apenas das partes das quais me recordo.
Nem se preocupe, pois não tem nada de interessante nesse episódio. Sinto muito aos sagitarianos que estavam ansiosos por esta parte do texto. Mas a culpa não é minha, e sim da falta de noção dos roteiristas. Quer ver uma parte legal sobre o cavaleiro de sagitário? Assista aos flashbacks que Aiolus peita o Mestre Ares em pessoa (e Shura) para salvar a Baby Atena.

Não mate a baby Atena, please!













RESUMO DO CHATÍSSIMO EPISÓDIO DA CASA DE SAGITÁRIO:

Os quatro cavaleiros de bronze, já reunidos, chegam a esta casa e são molestados pela armadura de sagitário, que tenta matar Seya.
Eles ficam presos em um tipo de armadilha do Scooby Doo e conseguem voltar ao salão principal depois de descobrirem que tudo era uma ilusão, ou seja lá o que a minha memória me permita lembrar. Whatever...

Qual o fato mais relevante sobre este episódio? A armadura de Sagitário aparece no santuário e vai até a casa de seu signo.
Como já falei, esse episódio é um saco e os personagens vão ficando pra trás um após o outro, presos em armadilhas do tipo Super Amigos.
A babação em cima de Seya começa a aflorar em níveis estratosféricos a partir daqui, já que todos os seus companheiros vão se sacrificando para que Seya possa avançar.

Acerta! Acerta! Acerta...












É então que a armadura revela um tipo de testamento de Aiolus, jurando lealdade e proteção à Atena. Os cavaleiros de bronze, nobremente, decidem repetir o juramento de Aiolus e prometem dar a vida para proteger Atena e blá blá blá.

WTF! WTF! Cansei de wtf...
COMO ASSIM? QUER DIZER QUE TUDO QUE ESSES INFELIZES SOFRERAM NAS MÃOS DOS CAVALEIROS DE OURO TINHA SIDO EM VÃO, VISTO QUE ELES NÃO POSSUÍAM A REAL INTENÇÃO DE PROTEGER ATENA? SÓ PASSARAM A ACREDITAR NISSO DEPOIS DE UMAS PALAVRAS NO REBOCO DE UMA PAREDE? E outra coisa: se você der uma olhada na descrição da deusa Atena da mitologia, verá que ela TAMBÉM é uma deusa da guerra só que, diferente de Ares, Atena é a deusa das guerras sociais, enquanto que Ares é o deus das guerras selvagens. Então, não acho tão nobre proteger esse tipo de divindade.

Sempre choramos em casamentos












Só pra constar, como uma reles estatística, essa é a primeira vez que os quatro companheiros estão juntos novamente, depois da casa de gêmeos.
Outra curiosidade que me vem à mente é sobre o posto de cavaleiro de Sagitário. Será que depois da morte de Aiolus não abriram mais concurso público para cavaleiro de Sagitário não, heim? Seya teria uma larga vantagem, já que concorreria a uma vaga de cota por já ter vestido essa armadura mais vezes que o próprio Aiolus.
















-CASA DE CAPRICÓRNIO: agora que a bosta já foi arremessada no ventilador, resta ao Shura, de capricórnio, dar cabo de QUATRO CAVALEIROS QUE JÁ DESPERTARAM O SÉTIMO SENTIDO VÁRIAS VEZES E MATARAM E CHUTARAM AS BUNDAS DE TANTOS OUTROS CAVALEIROS DE OURO. Boa sorte, Shura. Você vai precisar...

A batalha nessa casa começa com os cavaleiros contando a lenda de que, certa vez, Atena presenteou o seu cavaleiro mais fiel com a sagrada espada Excalibur (?!? Quando mundos colidem?).
Os cavaleiros duvidam da possibilidade de haver alguém mais fiel a Atena que eles, e pensam que atravessaram a casa por ela estar vazia.

Me aguarde...












É então que Shura corta o chão com seu golpe, criando um abismo.
Shiryu livra os três cavaleiros mas Shun, como mulherzinha que é, cai no buraco apenas para justificar a utilidade de sua corrente.
Aliás, algo que eu nunca disse sobre a corrente de Andrômeda: o fato mais curioso sobre essa corrente nem é ela se esticar infinitamente, visto que as armaduras são artefatos mitológicos e, muito provavelmente, mágicos.
O mais curioso acontece durante algumas animações de ataque, quando aparecem três ou quatro pontas de corrente, quando obviamente só deveriam aparecer duas (ataque e defesa, sendo que a de defesa estaria lá de enxerida). Mas deixa pra lá.

Shura já começa com o pé esquerdo, mostrando que é um puta covarde deixando os oponentes pensarem que a casa não tinha nenhum guardião, apenas para atacá-los pelas costas. Shiryu fica em um dos lados do abismo, enquanto seus amigos prosseguem.

Shiryu não escapou junto com os outros, pois sabia que se o tentasse, Shura atacaria a todos no ar com a Excalibur. Aliás, a armadura de Shura é imponente e muito bonita (mesmo com o hidrocor amarelo acabando). Os capricornianos que assistiam ao desenho esperando por esse cavaleiro não devem ter ficado nenhum pouco decepcionados.
Shura, por sua vez, revela que não os atacou dentro da casa para não manchar o salão com o sangue de traidores desprezíveis.

“Mas que força incrível! Rasgou a minha perna e o chão também!”

Faixas de luz são o que há!!!












Essa é a descrição do golpe Excalibur, de Shura.
Uma coisa que eu acho muito legal neste cavaleiro é a originalidade de seu golpe. Eu sei, o desenho usa a associação da história de Atena e o cavaleiro fiel, mas eu queria saber: DE ONDE RAIOS OS ESCRITORES TIRARAM A IDEIA DE APROXIMAR O SIGNO DE CAPRICÓRNIO À LENDA DO REI ARTHUR E A ESPADA EXCALIBUR?
Claro, seria muito chato se todos os cavaleiros de ouro tivessem golpes relacionados ao animal de seu signo (sendo que alguns signos não contêm animais), mas acho que a inspiração para essa referência é algo incompreensível para os fãs leigos.
Bem, o fato é que ficou muito legal, e eu adoro quando escritores têm coragem para dar esse tipo de virada de roteiro. É a prova de que os caras não têm medo de inovar e confiam em suas próprias criações, algo muito diferente do que se tem visto nos games de hoje em dia, só pra citar um exemplo.

Shura é puro poder












O efeito do golpe de Shura é um dos meus preferidos de todos os tempos. A Excalibur corta o ar através de faixas douradas super velozes, que se expandem e cortam tudo pelo caminho. Algo meio frustrante ocorrerá com relação a isso, mas falarei no momento certo.
Shura afirma que foi o cavaleiro responsável por punir Aiolus pelo crime de tentar matar a Baby Atena. A cena se passa durante um flashback, no qual ficamos cientes da técnica do cavaleiro de Sagitário: O TROVÃO ATÔMICO!

O QUÊ? TROVÃO ATÔMICO? QUE PORRA É ESSA? O IRMÃO DE AIOLIA, UM CAVALEIRO QUE BATE DE FRENTE COM SHAKA DE VIRGEM, USA UM GOLPE CHAMADO TROVÃO ATÔMICO?
Cara, se eu fosse desse signo teria tentado voltar ao útero de minha mãe, de tão sem graça que foi essa técnica. Bem, o fato é que eu tentei voltar ao útero da minha mãe quando descobri o cavaleiro de ouro que representava o meu signo. Você aí já deve estar dando risadinhas e provavelmente sabe de quem eu estou falando, não é? Tudo em seu momento certo...

Meteoro... quer dizer, Trovão Atômico!












O pior desse golpe de nome infantil pra caramba é que ele lembra muito o Pégasus RyuSeyken, ou Meteoro de Pégasus. Continuando com a aula de Ginsu 3000...
Essa é uma das batalhas em que um cavaleiro de bronze menos ataca. E quando Shiryu lança o seu primeiro Cólera do Dragão, Shura revida utilizando a força do próprio golpe de dragão com sua incrível técnica PEDRA SALTITANTE. Aham... é... o quê que se pode dizer numa hora dessas...
Bem, peço desculpas aos leitores do post pois perdi, temporariamente, toda e qualquer capacidade de escrachar uma coisa tão ridícula. O problema é que esse golpe é tão sem noção e ridículo que fica óbvio demais falar mal dele. Desculpem. Eu não consigo. Acho que esse nome já diz tudo. Pedra Saltitante... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Desculpem, não deu pra segurar...

Pedra Saltitante... Pode rir também, Shiryu












Shura parte o escudo de Shiryu ao meio. Para provar que não está de brincadeira, destroça a armadura de Shiryu logo depois, provando que não tem apenas papo furado de quem é mais forte mas só sabe latir.
Para escapar da morte certa, Shiryu utiliza uma técnica chamada Defesa com a Mão Nua, que consiste em segurar o braço de Shura com as duas mãos.
Essa cena seria antológica e grandiosa, não fosse pela queda na qualidade da animação do desenho.

Defenda a mãe nua! Ops, confundi












“Um dragão surgiu nas costas de Shiryu!”

Shiryu consegue parar a Excalibur de Shura e promete que irá derrotá-lo para vingar a morte de Aiolus. Assim se encerra a parte um da batalha entre o dragão e capricórnio.

Na segunda parte dessa luta, algo que já fica claro é que a qualidade da animação do início das doze casas retornou.

“Agora enfiarei a minha Excalibur no seu coração, Shiryu!”

Shura é muito esperto. Ele percebe a falha na execução do Cólera do Dragão, aquela que deixa o seu peito desprotegido por um milésimo de segundo. E não é exagero, já que os cavaleiros de ouro atacam na velocidade da luz.

Enfia dedo... enfia mão... Esse desenho é a maior putaria!












Então, algo bizarro acontece: Shura enfia os quatro dedos no coração de Shiryu, que continua falando e agindo normalmente, e até consegue quebrar o antebraço da armadura de Capricórnio com Shura ainda dentro dela.
Um detalhe sobre essa cena, que eu só descobri depois em minhas andanças pelo Youtube, é que ela foi alterada, ou censurada, para atender à vontade de alguma entidade sobrenatural desconhecida que não vê problema nenhum em mostrar todas as outras milhares de cenas de violência no desenho até então. Bem, na cena original, Shiryu cortava fora o braço de Shura, não apenas quebrando-o. Para os preguiçosos, aqui vai o vídeo:



Algo bem interessante é que Shiryu alcança o sétimo sentido bem rápido. Isso devia ser padrão em todas as lutas depois que acontecesse pela primeira vez. Se impor um pouco diante de um oponente mais forte não mata ninguém.

“Para o Último Dragão só resta o arrependimento”.

Um flashback com o mestre ancião revela a existência de uma técnica secreta chamada O Último Dragão, que é bem forte mas mata o cavaleiro no processo.
Que velho irresponsável do caramba, deixar um aprendiz ciente de algo que pode lhe matar...
Bem, o restante desse episódio é bem chato, pois essa coisa de Shiryu se sacrificar “para vingar Aiolus” pareceu uma bela desculpa para tirá-lo da trama quando chegasse a hora do “mamãe passou açúcar em mim” enfrentar o mestre Ares.

Pela cara, essa foi a primeira Encochada Atômica de Shura...












Shura enfia a mão de novo em Shiryu. O cavaleiro de capricórnio fica com o braço dentro de Shiryu, que executa o Último Dragão.
Shiryu consegue converter Shura e o convence de que o bebê que ele tentou matar era a deusa Atena.
Shura percebe que não conseguiu matar o bebê por causa do cosmo da deusa, e se dá conta da merda que fez. E o puto egocêntrico ainda arrotava que era o cavaleiro mais fiel à Atena. Ele decide doar a sua armadura de ouro para que Shiryu sobreviva a uma queda de caralhocentos metros de altura.
Mas não adianta. Shiryu morre, vira purpurina e todo mundo passa o resto do episódio se lamentando e gritando “Shiryuuuuuuuu! Vai tomar... Cajuuuuuuu!”















-CASA DE AQUÁRIO: “Não temos tempo para sofrer pela morte de Shiryu. Temos que seguir em frente!”.

Essa frase de Yoga inicia o começo de sua batalha decisiva contra Kamus de Aquário.
Mas, antes de resenhar os acontecimentos deste episódio, preciso voltar à parte da casa de Gêmeos em que Yoga é acertado em cheio pela Outra Dimensão. Rebobinando a fita...

Episódio 47

Depois de passear no espaço sem traje espacial, Yoga desperta e um flashback se inicia, no qual o Cavaleiro de Cristal revela a existência de seu mestre, Kamus de Aquário.

Com essa armadura, podia ser o mestre de Shun...














Kamus avisa Yoga de que não o deixará passar. Algo bastante notório, além da beleza da animação desse começo das doze casas, é a forma como o poder dos cavaleiros de ouro era retratado de um jeito mais pomposo e com grandiosidade.
Kamus, sem se mexer, abre a palma da mão e um turbilhão de raios dourados se mistura com um potente ataque de gelo. Para mim, essa é a verdadeira postura de uma pessoa que se move tão rápido que pode se dar ao luxo de parecer que está inerte enquanto ataca.

You Will Suffer!!!












Yoga é patético. Ele rasteja e tenta lamber a bota da armadura de Kamus...












...que lhe dá um belo (e merecido) chute...












...e dispara novamente.

Tremble!!!












Aliás, dava pra fazer como se faz nas partidas de futebol, quando se computa o tempo que um time tem a posse da bola, e contabilizar quantos minutos o cavaleiro de Cisne passa beijando o chão nesse episódio.

Posso levantar agora, mestre?












Kamus não se importa nem um pouco em saber que Yoga foi o responsável pela morte do cavaleiro de Cristal (ele até xinga seu pupilo para provocar Yoga), e pergunta novamente se ele vai embora ou vai lutar.
Kamus, você se acha o bonzão, mas eu queria ver se você levasse um Satã Imperial no rabo, se ia conseguir escapar e mostrar que é um “cavaleiro de verdade”. Só um precedente: Aiolia, que tinha força pra peitar Shaka de Virgem, não conseguiu resistir ao efeito desse golpe. Continuando...

Kamus usa um dos golpes mais baixos que eu já vi um cavaleiro de ouro usar (e não estou falando da Exclamação de Atena), e lembra Yoga de que sua mãe descansa no navio afundado no mar da Sibéria.
Depois de usar seu poder para que Yoga visualize a sua mãe, Kamus dispara um raio que empurra o navio em um abismo inalcançável. Agora preciso dar uma pausa no raciocínio, novamente, para discorrer sobre esse fato.

Agora nem a Lara Croft alcança esse navio












Yoga de cisne é um chorão. Ele chora por causa de seu mestre. Não consegue superar a perda de sua mãe, mesmo depois de adulto. Reluta em atacar Kamus pelo fato dele ser, indiretamente, seu mestre também. Mas eu tenho que abrir um parêntese aqui:

Yoga, assim como todos os outros cavaleiros, é órfão. Perdeu sua mãe em um terrível acidente, sendo que a sua genitora se sacrificou para que ele pudesse escapar em um barco salva-vidas. Mas, diferente dos outros, ele ainda tem um laço continuado com a sua mãe.

Quem já perdeu um parente importante sabe como é ruim. Quem já perdeu a própria mãe sabe que é algo que nunca pode ser reparado.
Nós superamos. Aceitamos. Nos resignamos. Mas nunca mais é a mesma coisa.
E uma coisa que me impressiona na covardia de Cisne é justamente isso: ele não se empenha em chutar o traseiro do cavaleiro de Aquário NEM DEPOIS QUE O FDP ENTERROU A SUA MÃE DE UMA VEZ POR TODAS.

Até que tá bem conservada...












Cara, se fosse eu, chutaria o traseiro desse son of a bitch de um jeito que ia dar pra ver até da lua.
De qualquer forma, a voz do dublador de Yoga é muito bonita e passa toda a tristeza do cavaleiro ao perceber que nunca mais poderá visitar o corpo de sua mãe conservado no mar gelado.
É de cortar o coração a cena em que Yoga grita “mamãe”, enquanto assiste sem poder fazer nada ao navio descer no abismo. Ao cavaleiro de sangue frio, resta apenas a revolta e atacar seu mestre.

E agora? Quem vai preparar meu leitinho quente?












“Você deve ser um idiota se pensa que uma técnica básica como o Pó de Diamante pode me derrotar”!

Kamus insulta até um golpe que ele mesmo criou (provavelmente). Mas nem isso é capaz de fazer Yoga virar homem e chutar o traseiro de Kamus como ele merece.

Kamus leva o Trovão Aurora como quem se refresca em frente a um ventilador; esquiva de tantos outros ataques de Yoga e reverte suas investidas contra o próprio cavaleiro de cisne.
Não há mais o que fazer. O mestre de Yoga, mesmo do seu jeito estranho, tentou de todas as formas fazer de seu pupilo um cavaleiro mais forte e preparado para enfrentar oponentes que não teriam a mesma paciência em ouvir todos os seus dramas pessoais.

Não existe mas é assustador












Kamus utiliza uma versão bem mais poderosa do Execução Aurora e manda Cisne pelos ares.
É triste a cena em que Yoga vai caindo em pranto, desistindo de lutar e decidido a se juntar a sua mãe e mentor no outro mundo.
Kamus, com muita tristeza, prende Yoga no famoso esquife de gelo, pois acha melhor ele mesmo matá-lo do que permitir que outros cavaleiros de ouro o fizessem.

Não aceito mas entendo, Yoga...












O mestre de Yoga se mostra ser um dos mais sensíveis e humanos cavaleiros de ouro, quebrando a impressão de frieza que deixou no começo do episódio.
Vinte episódios e várias páginas de Word depois, é hora de pupilo e mestre travarem uma última batalha de vida e morte, dessa vez de igual pra igual.

Yoga ordena que seus amigos avancem e o deixem lutar contra Kamus sozinho. O Mago da Água e Gelo não oferece resistência enquanto Seya e Shun passam ao seu lado, em uma cena tensa de vários segundos de silêncio absoluto.

"É só não demonstrar medo..."











"Se a gente correr ele avança..."











"Só mais um pouco..."











"No três e a gente começa a correr"













“Qual é o Zero Absoluto, Yoga”?

Mesmo tendo aceitado o desafio de Yoga e querendo lutar com todas as suas forças para enterrar o cavaleiro de cisne definitivamente, Kamus ainda tenta passar uma última lição ao seu aluno.
E a única coisa que Yoga consegue aprender é a apanhar e ser atingido mil vezes durante o combate.
Kamus decide aprisioná-lo novamente no esquife de gelo.

Economizou no gelo dessa vez, heim Kamus?












“Aquele que poderia libertá-lo com a espada de libra não está mais aqui. Durma em paz, Yoga, e desta vez para sempre”.

“Shiryu que cortou este caixão com a espada de libra morreu acreditando que nós protegeríamos Atena. Eu não posso morrer aqui!”

Yoga acende o seu cosmo e quebra o esquife de gelo por dentro, mostrando que sabe levar as coisas a sério e que evoluiu muito desde seu último encontro com Kamus.

Shazemmm!












“O ar frio está paralisado entre mim e Yoga. Como isso é possível?”

Quem respirar perde












Yoga ataca primeiro e Kamus inicia um cabo de guerra com seu aluno.
Aquele que baixar a temperatura do ar mais próximo do zero absoluto vencerá.
Kamus dá uma aula relâmpago de química, informando a Yoga o ponto de solidificação das armaduras de ouro, prata e bronze.












"Bronze, prata e ouro: qual das três se quebra primeiro?
Tanto faz, pois todas são feitas de vidro..."

Essa é uma das partes mais legais desse anime. Yoga, inconsciente, apenas dispara ar frio da mão, sem nem se importar com as palavras de seu mestre. Aliás, eu não acho que ele esteja inconsciente. Yoga está apenas concentrado ao máximo seu objetivo: vencer a qualquer custo!












Yoga desperta de seu transe e concentra a energia dos dois ares frios em suas mãos. Sua armadura se despedaça no processo. Ele repele o ar frio e derruba seu mestre, pela primeira vez.

Vai garoto! Põe pra fora!












A armadura de Kamus é congelada, provando que cisne conseguiu alcançar o zero absoluto.
O mestre de cisne lamenta que Yoga esteja tão perto de morrer, justo quando conseguiu alcançar tamanho poder. Entretanto, cisne não poderia ganhar, visto que não sabe nenhuma técnica que aproveite o zero absoluto. E começa o momento mais legal da batalha: Yoga, depois de ser acertado tantas vezes pela Execução Aurora de Kamus, prova que é um bom aluno e copia na cara dura a técnica de Kamus.
Sim, isso faz todo o sentido e foi muito bem aproveitado no roteiro do desenho.
Aliás, essa luta é tão bem sincronizada que me faz acreditar que o antigo roteirista havia se afastado da série por um tempo e retornado a tempo de nos proporcionar um embate épico entre os dois cavaleiros de gelo.












Como em um clássico duelo de velho oeste, os dois disparam as suas Execuções Aurora.
Toda a casa de Aquário fica congelada. O poder dos dois cavaleiros se igualou.





















Kamus, agora, se sente orgulhoso pela evolução de seu pupilo.
Os dois caem no chão da casa de Aquário. Mais um valoroso guerreiro se vai.



O nome "Afrodite" não combina com esse brucutu





















-CASA DE PEIXES: qual seria a coisa mais óbvia de se esperar de uma pessoa que escreve um texto quilométrico sobre as doze casas do zodíaco (além de que ele se interne em um hospício)? É claro, que quando chegasse à casa de seu respectivo signo, essa pessoa se manifestaria a respeito, de alguma forma. Como isso não aconteceu nas outras casas, você já pode dar vazão a sua risadinha de escárnio.

Nem me pergunte pra quê serve esse buraco...
















Bem, a casa de peixes é a última, ao menos se ignorarmos o suposto décimo terceiro signo, Serpentário. Aliás, aqui vai um pouco da teoria que explicaria a existência do signo de Serpentário (muuuuuuuuito legal esse nome. Tem até um personagem em FF Tactics que leva essa alcunha):

Ele podia ser menos menina! Muito Milo pro meu gosto...



















“Astrônomos do Planetário de Minnesota, nos EUA, afirmam que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês.

A questão opõe astrólogos, que se baseiam na posição dos astros para fazer o horóscopo, e os astrônomos, preocupados com a posição atual de estrelas e planetas.

“Quando [os astrólogos] dizem que o sol está em Peixes, não está realmente em Peixes”, disse Parke Kunkle, um dos integrantes do Minnesota Planetarium Society à revista "Time". O signo astrológico é determinado pela posição do sol no dia em que a pessoa nasceu, o que significa que, de acordo com os astrônomos, tudo o que se sabia sobre horóscopo está errado.

Ainda de acordo com os o grupo de astrônomos, um 13º signo deveria fazer parte da astrologia, que teria imprecisões desde o seu início. A explicação é que, na Antiga Babilônia, apenas 12 das 13 constelações foram levadas em conta, ignorando Serpentário, que tem como símbolo a cobra.

De acordo com os astrônomos de Minnesota, esta é o período correto que identificaria cada signo:

Capricórnio: de 20 de janeiro a 16 de fevereiro
Aquário: de 16 de fevereiro a 11 de março
Peixes: de 11 de março a 18 de abril
Áries: de 18 de abril a 13 de maio
Touro: de 13 de maio a 21 de junho
Gêmeos: de 21 de junho a 20 de julho
Câncer: de 20 de julho a 10 de agosto
Leão: de 10 de agosto a 16 de setembro
Virgem: de 16 de setembro a 30 de outubro
Libra: de 30 de outubro a 23 de novembro
Escorpião: de 23 a 29 de novembro
Serpentário: de 29 de novembro a 17 de dezembro
Sagitário: de 17 de dezembro a 20 de janeiro “

Já tá matando a cobra. Vou nessa antes que ele mostre o pau...















Esse artigo, do site G1, é bem interessante, pois não só fala do signo de Serpentário como também “bagunça” a ordem mais conhecida dos signos. Eu, por exemplo, seria do signo de Aquário se fosse considerada a nova ordem dos signos. Nem precisa dizer como eu torcia pra que isso fosse mudado. E a minha curiosidade em conhecer o “Cavaleiro de Ouro de Serpentário” ( um mais tenebroso e menos menina) não conhece limites.
Acabei fugindo do que eu queria dizer, pela trilhonésima vez.
Resumindo, para bom entendedor, meia palavra basta: se chegou na última casa e eu ainda não tinha disparado a frase “esse é o cavaleiro do meu signo”, só pode significar uma coisa: POR CAUSA DESSE DESENHO, EU PASSEI A ODIAR ROSAS. NÃO IMPORTA SE SÃO BRANCAS, NEGRAS OU VERMELHAS.

Isso foi falta de surra quando era pequeno!














Antes de começar a falar sobre essa luta, preciso adiantar que não vou falar nem uma palavra negativa ou pejorativa a respeito de Afrodite de Peixes. Uma pessoa, certa vez, fez isso de maneira mil vezes mais engraçada e antiprofissional que eu. Abaixo, a janela do vídeo. É um vídeo longo, então adiante para o tempo de 5:40.

Nota: enquanto editava a postagem, tive grandes dificuldades para inserir janela do vídeo no post. depois de umas boas horas, descobri que a incorporação do vídeo havia sido desativada. vou colocar o link para que os leitores possam acompanhar no próprio Youtube mesmo. Esse vídeo é muito engraçado. Se você leu até aqui, não deixe de assistir: http://www.youtube.com/watch?v=j0vQpw0CQ7c

Concordo com várias coisas que o Zangado diz sobre a tragédia que foi esse cavaleiro de Peixes. Principalmente com relação à posição de sua casa. É só parar pra pensar: a casa de peixes é a última barreira, linha de defesa, que um suposto invasor teria que enfrentar para chegar à sala do mestre do santuário e encontrar Atena.
Era pra ele ser um dos mais fortes, senão O mais forte dos cavaleiros de ouro. Mas não... Em vez disso, quem guarda a posição mais importante de todas as casas é aquele... aquela... coisa. Ops, disse que não falaria mal de Afrodite de Peixes. Então, vamos começar. E eu prometo que vou ser o mais profissional e menos passional possível.

Depois de uma (desnecessária) recapitulação sobre a batalha de Kamus (não estou falando daquele pequeno resumo do início do episódio não), os roteiristas acharam que seria extremamente interessante passar vários minutos embromando com uma cena inútil que mostra Tatsumi e os cavaleiros de bronze desqualificados. Então, um corte para a sala do mestre.

Um monólogo de Ares nos deixa por dentro da situação de todos os cavaleiros de ouro nas doze casas. Uma coisa bem legal é que até a armadura de sagitário, que não possui dono, “mira a sua flecha ameaçadoramente em direção ao santuário”, nas palavras do próprio Ares.

Espelho, espelho meu...












O pior, Ares aposta todas as suas fichas na força do cavaleiro de Peixes. Nossa, quanta ingenuidade. O que ele achou que Shun e um cavaleiro do naipe de Afrodite iam fazer? Lutar pra valer é que não seria. Tava mais fácil eles pararem para comentar sobre a beleza dos cabelos de Kamus, ou a imponência do peitoral da armadura de Aiolia... acho que já deu pra entender.

O caso é que mais da metade desse episódio não tem nada a ver com a luta na casa de peixes. E acho que isso nem é tão ruim assim, afinal de contas.

Nem as sombras conseguem esconder  o espalhafato de Afrodite












Depois de um tropeço de Shun e dos temores de Seya de que este esteja sendo coagido por sua constelação a se sacrificar, mais um flashback tem início, dessa vez sobre a Ilha de Andrômeda. Nota: este flashback tem a óbvia função de nos forçar a uma identificação com a revolta de Andrômeda, durante a vindoura batalha de peixes.

Cara, essa ilha é tão gay, mas tão gay, que se você prestar muita atenção verá que até os redemoinhos de vento que passam atrás de Albion, o mestre boa pinta de Shun, são COR-DE-ROSA. ISSO MESMO QUE VOCÊ LEU: REDEMOINHOS COR-DE-ROSA. Sem comentários.


Redemoinho gay... essa é boa...












Esse personagem, o mestre de Shun, é muito interessante.
Ele é um cavaleiro de prata que tem total competência e poder para ocupar o posto de um cavaleiro de ouro, mas não o faz devido a sua natureza pacifista.
Diferente do mestre de Yoga, que era um fracote assim como seu aluno, Albion chuta bundas como a de Afrodite no café da manhã. E ele é bem apessoado pra caramba, levando-me a crer que ele seja um tipo de pedófilo que cultiva vários mancebos em sua Ilha da Fantasia particular. Não entendeu a referência? O remédio já conhece: yubato de tubinolol.












Shun e Seya enrolam tanto conversando besteira que o fogo da casa de Aquário se apaga, logo depois da aula de cosmo infinito. O papo furado é interrompido pelo arremesso de duas rosas vermelhas, que se fincam no chão. Então, aquela música imponente de aparição de um cavaleiro de ouro começa a tocar (apesar de que eu acho que a melodia apropriada para essa ocasião seria I Will Survive).

Cara, Afrodite é muito gay. Eu disse que não falaria mal deste cavaleiro, e chamá-lo de gay não é falar mal ou escrachar, é simplesmente dizer o óbvio ululante.
Afrodite é tão gay, mas tão gay, que me obriga a definir a palavra gay, de acordo com o dicionário Michaelis:

“n, adj gay, homossexual.”

Droga, não era essa a definição que eu queria, até porque não sabemos se Afrodite sente atração pelo sexo oposto ou simplesmente foi amaldiçoado pelas trollagens de sua constelação.

Só não vale puxar o cabelo












A palavra gay, antes de ser utilizada para designar homossexuais, significava “alegre”, “chamativo”.
E é isso que Afrodite é.
Ele é tão espalhafatoso, que já faz a sua primeira aparição com uma rosa entre os dentes. Muito me espanta o fato de não tocar um tango durante a sua batalha, de tão ridículo e risível que é este cavaleiro.
Ele também vem com o elmo de sua armadura debaixo do braço. Deve ser para não ocultar e despentear as suas belas madeixas azul-claras. Argh... Quem mandou eu ser super ansioso e nascer de sete meses...

“O cavaleiro de ouro que defende a casa de peixes é o cavaleiro mais FORMOSO dos oitenta e oito combatentes...”

Essa é a definição do próprio mestre Ares. Pois é... Pra quê ser o mais veloz (Milo)? Pra quê ser o mais forte (Shura, mas há controvérsias)? Pra quê possuir uma armadura com seis tipos de armas? E pra quê ser o homem mais próximo de Deus, quando se pode ser o cavaleiro "mais formoso de todos"?

Um close no rostinho meigo da figura e a sua “bela” voz nos é revelada.
Cara, Afrodite é tão gay, mas tão gay, que em volta dele ficam voando umas purpurinas douradas. Seu cabelo se meche para os lados enquanto ele fala. ELE USA BATOM. POOOOOOOOOOOOOOORRA! UMA DESGRAÇA DE UM CAVALEIRO QUE USA BATOM!!! O QUÊ QUE SE PODE DIZER SOBRE UMA COISA DESSAS? PORRA DE AFRODITE! (OBRIGADO, ZANGADO, POR CONSEGUIR EXPRESSAR A FRUSTRAÇÃO COM ESSE PERSONAGEM DE UMA FORMA QUE NINGUÉM CONSEGUIU ANTES)

Ele tem um brilho nos olhos que me lembra o Bob Esponja:

Afrodite de Peixes... Esponja do mar...















E o pior de tudo, se é que ainda dá pra ficar pior que isso: ELE TEM UMA PUTA VOZ DE TRAVECO! SIM, EU ACHO QUE AFRODITE DE PEIXES É UM TRAVESTI.
Pronto. Falei,e chamar uma pessoa de travesti não é falar mal.

Quando Shun avista a rosa entre os delicados e belos lábios cheios de gloss de Afrodite, ele se dá conta de um fato terrível (além de ficar com uma inveja de matar) que só será revelado mais pra frente, quando os dois estivem puxando os cabelos, quer dizer, lutando.

Que porra é essa?












Quando Seya avança, Afrodite tenta impedi-lo, mas Shun prende seu braço com a corrente. Então Peixes revela seu plano maligno, capaz de deixar o próprio Ozimandias em torpor diante de sua insignificância: UMA ENCOMENDA DE ROSAS. É assim que o cavaleiro de peixes pretende deter o cavaleiro de Pégasus. Tá... Tudo certo...
Seya cai de cara no chão e Afrodite encerra o episódio com uma risadinha afetada.
Hora da parte dois da luta.

E aí eu pergunto: o que seria pior que dois cavaleiros efeminados puxando os cabelos um do outro? Dois cavaleiros efeminados puxando os cabelos um do outro e o retorno do Sr. Takavara no comando da animação.
Sim, é isso mesmo que você está pensando. Tinha como ficar pior sim, e a batalha mais ridícula de todas as Doze Casas é ilustrada pelo pior desenhista da série. A cereja do bolo, sem sombra de dúvidas...

Continuando, no episódio 69 (eu juro que o número do episódio é esse mesmo), Afrodite diz que quem aspira o pólen das rosas diabólicas perde os cinco sentidos gradativamente. Lembram do que eu falei sobre tudo retirar os cinco sentidos? Pois é...

Aaaaaaai... meu cabelo!












Embalados por um rockinho mela cueca dos mais vagabundos, a batalha do gloss e blush começa!
Peixes explica que, pela desobediência de Albion ao mestre do santuário, Milo de escorpião foi enviado à Ilha de Andrômeda para castigar o cavaleiro rebelado. Mas o mestre de Andrômeda era tão forte quanto um cavaleiro de ouro, e Milo teve dificuldades para ganhar. Foi então que Peixes se intrometeu e jogou uma rosa no mestre de Shun (rosa essa que, provavelmente, removeu seus cinco sentidos), determinando o rumo do combate.

Corrente cor-de-rosa...












O resto da luta é patético e totalmente sem graça. A animação é tão feia quanto os beiços besuntados por gloss de Afrodite. Eu, sinceramente, não tive paciência de reassistir a todo o episódio, mas me recordo de uma parte ridícula na qual peixes desaparece e Shun fica tentando acertá-lo com a corrente.

Besuntados com sebo de carneiro










As rosas negras de Afrodite quebram a armadura de Andrômeda, como de praxe. Ao menos, a boa qualidade da animação retorna a tempo de nos apresentar o apogeu de Shun.
Em um flashback até interessante, Shun prova que pode atacar mesmo sem as correntes de sua armadura e consegue quebrar o braço da armadura de prata de Albion.
Depois é vez de Afrodite fazer o test drive do mais novo golpe de Shun, a Corrente Nebulosa, uma técnica que utiliza uma corrente de ar (rosa, como esperado) para atacar o inimigo. Algo interessante sobre essa técnica: em teoria, a Corrente Nebulosa é o golpe mais forte de toda a saga. Isso porque ela não tem limite. Uma vez que comece a se expandir, o golpe de Shun aumenta de força indefinidamente. Isso teria alguma utilidade narrativa se os roteiristas do desenho não fossem especialistas em mandar a lógica às favas quanto bem lhes convém.

Corrente de ar! Entendeu?












Afrodite, então, joga toda a lógica água abaixo e revela a Shun seu mais mortífero golpe, que nunca tinha sido usado antes contra um oponente (eu já ouvi essa conversa fiada mais de mil vezes, só nas doze casas): A Rosa Sangrenta.
Peixes faz mais uma recapitulação dos efeitos de suas rosas, mas essa é bem relevante para podermos entender o porquê da lógica ter ido ralo abaixo:

As Rosas Vermelhas matam gradativamente.
As Rosas Piranhas (ou Negras) matam instantaneamente.
A Rosa Branca é um golpe que, segundo Afrodite gosta de arrotar, não pode ser evitado por ninguém. Raios! Por que esses caras adoram criar regras apenas para que elas sejam sumariamente ignoradas durante o desenho? Bem, a falta de lógica no golpe mais poderoso de Afrodite é que a Rosa Branca só vai matar o oponente quando sugar todo o seu sangue e se tornar vermelha, fazendo deste golpe que devia ser mais forte uma versão inferior à segunda técnica do cavaleiro. Deu pra entender?

Daria uma boa arma num FPS












Afrodite consegue ARREMESSAR UMA ROSA DIANTE DE UMA TEMPESTADE E ACERTAR O CORAÇÃO DE SHUN. A física foi pro espaço. Este, depois de atingido, eleva seu golpe ao máximo (ele se transforma na Tempestade Nebulosa) e acaba com toda a produção e maquiagem de peixes, que deve ter tido um trabalhão dos diabos para fazer.
Afrodite morre (graças aos céus).
Shun morre sem conseguir ajudar Seya. E mais um guerreiro extremamente efeminado e bunda mole tomba.

Venha, Cobra...












No episódio seguinte, Marin une forças a China para derrotar uns NPCs genéricos que querem impedir o seu avanço.
Marin vai até Seya e lhe empresta a sua máscara para que Seya não seja afetado pelas rosas, ignorando totalmente os FERIMENTOS JÁ SOFRIDOS E OS ESPINHOS, QUE NÃO DEIXARIAM DE FURAR SEYA POR CAUSA DA MÁSCARA.
Seya sente o cosmo de Marin e tem a certeza de que ela é a sua irmã mais velha, que conseguiu chegar ao santuário antes dele (mesmo que esta tenha ficado na fundação quando Seya foi para a Grécia se tornar cavaleiro) e se tornar uma experiente instrutora de trainees. Vai entender a linha do tempo desse desenho. Mas tudo bem.

Kiss-me!












Uma coisa bizarra é que a máscara de Marin se molda ao rosto de Seya, convenientemente.
Marin explica o efeito das rosas diabólicas e não parece se incomodar nem um pouco pelo fato de Seya poder ver o seu rosto, o que prova que os escritores tinham uma cena de incesto planejada para os dois, mais à frente (quem assistiu à saga completa sabe o porquê).
Seya, depois de três horas sofrendo o efeito das rosas, tem a brilhante ideia de soltar alguns Meteoros de Pégasus para acabar com elas. E assim, consegue salvar Marin e alcançar a sala do Mestre.

Haja pano pra cobrir esse Boneco de Olinda












O mestre Ares, que parece andar sobre pernas-de-pau e ter dois metros de ombro, demonstra ser um cara legal e ensina a Seya como salvar Atena. Mas não sem antes passar meia hora falando besteira e embromando até que a sua personalidade maligna tome conta de seu corpo.

Isso me lembra de uma série de vídeos do Youtube, que se chama “How It Should Have Ended”. Nela, o autor faz um exercício de imaginação e nos mostra possíveis finais (mais práticos e diretos) de filmes e afins.
O “Como Devia Ter Terminado” das doze casas seria mais ou menos assim:


Seya adentra o salão do mestre:

Seya:

-Basta, Ares! Finalmente cheguei ao fim das doze casas e vim te socar até você retirar a flecha maligna do peito da verdadeira Atena.

Ares:

-Seya! Acredite em mim. Eu sou o cavaleiro de gêmeos, sofro de dupla personalidade e estive sob a influência do meu alter ego maligno todo esse tempo. Para te provar que estou dizendo a verdade, ficarei ajoelhado enquanto lhe explico o que você precisa fazer para salvar Saori.

Seya:

-Qualé, Ares acha que eu vou cair nes...

Ares:

-Silêncio, Seya. Me ouça! Para salvar Atena, tudo que você precisa fazer é apontar o Escudo de Atena em direção à flecha. O escudo está na sala de Atena, que fica atrás de meu trono. Se não acredita, vá lá e faça o teste. Você não tem nada a perder. Se eu estiver mentindo, você pode voltar aqui e tentar arrancar a verdade à força. Mas você pode ver que as minhas intenções são boas, pelo cosmo benigno que estou emanando.

Seya:

-Esse cosmo... não tem como ser de uma pessoa maligna...Mas, mestre...

Ares:

-Ande logo, Seya. Atena não tem muito tempo e a qualquer momento o meu lado maligno pode emergir e tomar conta do meu corpo. Evite uma batalha desnecessária e vá salvar Atena.

Seya:

-Certo.

Pronto. Essa sequência não duraria mais que três minutos e uma cena cheia de exageros e diálogos afetados poderia ser evitada, muito embora que depois Ares tentasse matar Seya. Mas não...

Tem algo de muito estranho nesse cara...












Voltando à dura e burocrática realidade dos desenhos animados...
Depois de passar quase doze horas sendo espancado e sem suprir nenhuma de suas necessidades fisiológicas, como ir ao banheiro, comer ou dormir, Seya embroma o suficiente para que o lado mal de Ares venha à tona. E a regra é: cabelo azul = bonzinho; cabelo cinza = malzinho.

O mestre Ares castiga Seya com sua técnica mais poderosa, a Risada Afetada do Cavaleiro de Ouro de Gêmeos. 
aqui temos a opinião real do mestre ares sobre seya:



E aqui vai mais uma, do nosso querido Calça Quadrada:



Pronto, agora que já rachei o bico de tanto rir, posso continuar e acabar com esse terrível episódio de uma vez por todas.

Ares fica totalmente pelado na frente de Seya (acho que Shun se arrependeu amargamente de ter ficado na casa de peixes...) e chama a armadura de gêmeos para lhe proteger.
Gêmeos ataca Seya com a Outra Dimensão, e diz que ele vai continuar vagando para sempre no labirinto do tempo e espaço, apenas para ver Seya caindo no chão da sala cinco segundos depois de gritar como uma colegial desesperada.
Nossa! Como é bom ver a lógica do desenho ser triturada no moedor da irracionalidade sem o menor pudor.
Então, posso me reservar ao direito de presumir que Yoga foi trocentas casas à frente por pura frescura mesmo.

...”eu não vou tirar a vida dele, mas acabarei com todos os seus cinco sentidos!”

Ai, ai... preciso dizer alguma coisa? Continuando...

Salvar Atena... Salvar Atena...












No episódio seguinte, Shaka entra em contato com Mu de Áries e lhe informa que foi parar em lugar estranho (como lugar estranho, entenda-se: preguiça dos roteiristas), e que precisa da ajuda do amigo para escapar. Ele também pede para que Mu ajude a resgatar Iki de fênix.
Áries diz que Shaka não precisa de ajuda para escapar, mas acaba cedendo ao seu pedido.

Shaka volta, acorda Iki e restaura a sua armadura de bronze. Ok, o escapismo atingiu massa crítica e não existem mais regras no desenho. Quanta ingenuidade a minha, a de achar que apenas os habitantes de Jamir dominavam a arte da restauração de armaduras...
O cavaleiro de Virgem pede para que Iki se apresse e vá ajudar Seya, que luta sozinho contra o mestre do santuário. O motivo pelo qual Shaka não mexe o seu traseiro emo e se junta a Iki para ajudar Seya pode ser entendido através do trecho sublinhado do texto.

Minha vez de encochar!!!












Seya aplica o golpe da Encochada Atômica com Direito a Voo de Purpurina em Ares, mas não é o suficiente. Iki aparece para dar tempo a Seya de ir à sala de Atena.
Fênix é atingido pela outra dimensão, mas consegue voltar. Certo, oficialmente esse desenho virou a casa da mãe Joana, sem regras, e o golpe Outra Dimensão perdeu toda e qualquer moral que já teve um dia.













Pégasus alcança a sala de Atena.












Finalmente, Seya consegue pegar o escudo que pode salvar Atena, mas está completamente cego e não sabe para onde mirar (finalmente essa palhaçada de remover os sentidos serviu de base para roteiro). Atena guia Seya através de seu cosmo, provando que é uma vaca egoísta que só sabe se mexer para algo quando isso envolve salvar o seu próprio traseiro.

O pobre do Seya se ferrando...











... só pra salvar essa cachorra"!












O fogo da casa de peixes se extingue, mas Seya consegue banhar Atena com a luz dourada do escudo aos 45 minutos do segundo tempo.
Essa cena é uma das mais legais e tensas de toda a saga. É como quando eu fui ao cinema assistir ao último capítulo de O Senhor dos Anéis: todo mundo já sabia o final do filme, mas o silêncio dominou a sala de cinema e as pessoas ficaram grudadas à poltrona até que o Frodo queimasse o anel no fogo. Ok, essas piadinhas sobre a sexualidade do hobbit já estão mais que datadas.

Seya encarna o verdadeiro papel de um herói nessa parte. Mesmo que você deteste este personagem (como eu), tem que admitir que ficamos muito orgulhosos do esforço do cavaleiro raquítico de bronze em conseguir acertar Atena mesmo depois de ter levado um baita soco de Ares na barriga. \o/
O episódio acaba com a flecha desaparecendo do peito de Atena (por meio de um efeito digno de Space Paranoids) e a deusa abrindo os olhos.
Finalmente, a vaca da Atena está salva.

“Nós não fizemos nada. Somente Seya e os outros cavaleiros sofreram muito.”

Essas são as palavras do mestre ancião. Ainda bem que esse filho da mãe admite.
Então, depois de ficarem parados olhando as coisas acontecerem, os cavaleiros de ouro que restaram resolvem se reunir à Atena.












“Cavaleiros defensores de Atena. Agora é a minha vez de salvá-los.”

Palavras de Saori, que inicia uma peregrinação nas doze casas com o intuito de reviver os cavaleiros de bronze mortos. Ok. Deixa eu digerir essa parte da história... burp! Pronto.

WTF NA VELOCIDADE DA LUZ!!!

Levanta-te e anda!












Atena sai de casa em casa tacando Phoenix Down nos cavaleiros de bronze. Porra!!! Por que nada nesse desenho é pra valer? Seria bem mais interessante se a saga continuasse sem os companheiros de Seya. Novos personagens seriam muito bem-vindos e trariam mais profundidade, maturidade e algum senso de continuidade ao enredo. Ah, não posso me esquecer de dizer que, enquanto Atena passeia pelas casas, Seya é espancado da forma mais gratuita possível pelo mestre Ares.

Uglypeople.com












Enquanto isso, Iki reveza a sessão de espancamento gratuito com Seya. Ares ataca fênix com uns socos genéricos que...adivinhe só: VÃO RETIRANDO SEUS CINCO SENTIDOS. Aham... oras, e por que não? Permitam-me continuar o texto antes que os meus cinco sentidos desapareçam também, sem razão aparente.
Shun, Yoga e Shiryu atacam com seus melhores golpes, que são desviados por Ares, sem nenhuma explicação. Três cavaleiros com o cosmo máximo não conseguem acertar um reles cavaleiro de ouro porque ele não quer e pronto! Simples assim.

Cai pa dento se tu é homi"












Os cinco cavaleiros de ouro não fazem nada para ajudar, o que não chega a ser nenhuma surpresa a essa altura do campeonato. E o resto é uma cena idiota em que Ares se empala no cajado de Atena e se arrende de tudo. Arghhhhh....
Preciso dizer o quão sem sentido e desnecessário foi esse episódio?

Moça, como é que eu chego na rua... Argghhh!!!












Este foi o final das doze casas, a saga mais interessante da série principal dos cavaleiros do zodíaco.
O próximo episódio revela a trama de Odin e os guerreiros deuses.
Não tenho o mínimo interesse em continuar a falar dos episódios seguintes, pelo simples fato de que eles não passam de uma repetição das características dos acontecimentos das doze casas (Atena sendo incapacitada por algo que levará doze horas para matá-la; inimigos invencíveis sendo vencidos; exageros e mais exageros e lá vai o trem...).

Isso só pode ser brincadeira...












Queria atentar para as novas armaduras dos cavaleiros de bronze: são feias pra caramba e vão de encontro à ideia das armaduras originais (a de proteger o corpo), visto que essas são ainda menores que as anteriores. Repare no capacete de pégasus e Andrômeda antes e depois. Shun usa praticamente uma tiara em vez de seu elmo. Ridículo. Só pra vender novos bonecos, mesmo.

Outro fato: Aldebaran é derrotado com um único golpe de um guerreiro-deus. Uma coisa patética a forma como retratam este personagem como um fracote apenas para tentar causar um impacto barato e justificar a força dos novos oponentes.
A mesma coisa foi feita na saga de Hades, quando Aldebaran nem dá as caras e é morto por um espectro ridículo que ataca com perfumes. Triste.

Mas quero avisá-los de que estas 37 páginas de Word (de longe, o artigo mais longo desde que criei o blog) serviram apenas como uma longa introdução para dar lugar ao verdadeiro motivo deste post.



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A TELA PERDIDA




Posso dizer que o verdadeiro trabalho começa agora!
Depois das doze casas, teve a saga de Odin (chata e repetindo algumas coisas de forma pouco criativa, como Shiryu ficar cego novamente); a saga de Poseidon (a mais fraca e sem graça de todas, com inimigos tão sem criatividade e irrelevantes que mal conseguiam sustentar as suas razões de ser no enredo); a saga de Hades (muito boa no começo, pois mostra a peregrinação de Mu pelas doze casas) e tantas outras histórias e sub-histórias aonde Seya, por meio da armadura de Sagitário, salva a pátria milhares e milhares de vezes.

A característica comum a todas elas é a forçação de barra e a repetição, além da queda gritante de qualidade no roteiro. Felizmente, o Sr. Takavara parece ter recebido meu recado e desistido de exercer a profissão.
O que sobra depois das doze casas é um hype injustificado e a sanha sado-masoquista de continuar assistindo algo, mesmo sabendo que é ruim. Até que veio o ano de 2009. E eu pensava que, depois de Death Note, poucos animes teriam a capacidade de me surpreender novamente...

Lost Canvas é um prequel, ou seja, se passa antes de todos os acontecimentos da saga principal. A história acontece no ano de 1744 e começa na Europa, mostrando os três personagens principais Sasha, Tenma e Alone em sua cidade natal.



Caso você ainda não tenha percebido ou tenha se esquecido, devido à prolixidade do texto acima, esse anime é a razão da minha vontade de escrever sobre cavaleiros do zodíaco, uma série que mora no coração de muitos até hoje em dia, mas que tem uma qualidade de roteiro pra lá de duvidosa.

Comecei a escrever este texto no dia 13 de junho de 2012, movido apenas pela vontade de homenagear um ótimo desenho que eu, sinceramente, nunca pensei que sairia de um universo tão saturado quanto o de Saint Seya.
Aliás, assistindo à Lost Canvas com a dublagem em japonês, finalmente me dei conta de que o anime não se chama Seya O Santo, ou algo que o valha (mas isso já serviria para explicar a bajulação em torno desse cavaleiro).
Durante todo o anime, os personagens pronunciam o termo “Gorudo Sento”, que é a romanização de Santo de Ouro. Ou seja: Saint, ou santo, é a forma como os cavaleiros são chamados na história. Picikes Gorudo Sento: Cavaleiro de Ouro de Peixes.

Lost Canvas retoma a história da saga de Hades, só que aborda os acontecimentos da última guerra santa que houve com o soberano dos mortos.
No primeiro contato que tive com este anime, na casa de um amigo através do Youtube, logo de cara já achei um grande erro falar de algo que já havia sido contado. Ledo engano, pois The Lost Canvas retrata o universo dos Cavaleiros do Zodíaco de uma forma única, adulta e séria como nunca vista antes.
Sem mais delongas, vamos esmiuçar episódio por episódio. Prepara o colírio, ajeita os óculos na cara e cai dentro.


EPISÓDIO 1: A PROMESSA

Eu não já disse que prometi, porra!













O episódio começa com o sensível jovem de cabelos loiros, Alone, passeando de forma completamente autista pelas ruas de sua cidade natal.
Depois que Alone se mete em encrenca, Tenma aparece para salvar o seu traseiro perfumado por bálsamos de rosas.

Ei, autista é a mãe!!!













Me sinto muito feliz em informar que esse primeiro episódio é o menos interessante de todos os 26 a que assisti. É um episódio de introdução com a função óbvia de nos fazer sentir empatia pelos protagonistas. E até que isso funciona muito bem. Continua...

Alone é um talentoso pintor. Ele recebe a visita de um dos mais terríveis personagens que aparecerão nestes 26 episódios. Depois ficará mais claro o porquê.

Você não faz nem ideia...













“Eu busco uma cor que reflita o pôr-do-sol”.

Alone trabalha em uma fantástica pintura. Mas o título do post ou do desenho não fazem referência a ela não. Essa cena serve apenas para mostrar a ligação que Alone tem com as artes e a sua forma de enxergar a beleza no mundo.
Uma coisa muito engraçada nesse personagem é que ele é tão emo e sensível que, enquanto pinta ao ar livre, animaizinhos de toda sorte aparecem do nada para lhe fazer companhia e mostrar que pessoas sensíveis sempre estão cercadas de coelhinhos felpudos e esquilos e casais felizes de pássaros (e ursos selvagens estranhamente calmos...). Mas eu não consigo deixar de gostar de Alone.
Acho que aqui ocorre o mesmo que aconteceu com Final Fantasy 10: o roteiro é tão conciso que consegue fazer nós nos apegarmos a um personagem totalmente mala-sem-alça como Tidus ou Waka.

Amigo da natureza!













A cena do (provável) primeiro beijo de Alone é tão estranha quanto a visão de dois japoneses de desenho animado se beijando pode ser, mas já dá uma pista da qualidade da trilha dessa série. A trilha de Lost Canvas é excelente, caso eu ainda não tenha dito isso antes. Com certeza eu direi isso novamente, com o decorrer do post, mas não queria deixar a oportunidade passar.

Agora o desenho nos apresenta ao primeiro cavaleiro de ouro: Dohko de Libra.

Quando eu crescer, quero ser assim













Eu posso acabar sendo mal interpretado e zoado futuramente, mas queria tecer o seguinte comentário: Dohko é o cavaleiro mais bonitão entre os doze cavaleiros de ouro. Não sou muito de ficar admirando a beleza masculina de personagens de desenho ou de videogame, mas Dohko é boa pinta pra caramba. Ele me lembra o personagem Gabriel, de Castlevania Lords of Shadow (epaaaaa! Ninguém é meu lord não senhor!).
Fica difícil acreditar que ele vai se transformar naquele mestre Yoda prendendo a respiração por duzentos anos seguidos. Pagação de pau à parte, continuemos com a história.

Um flashback de Tenma revela a terceira peça do quebra-cabeça: Sasha, a irmã de Alone.

Mas que coisinha mais tchutchuca!!!













Com todas as apresentações tendo sido feitas, fica muito claro o papel de cada um na história: Alone é a alma sensível e sofredora. O amante da paz e das artes. Isso terá uma função no decorrer da história, caso você não tenha assistido à primeira saga de Hades.
Tenma é o garoto impulsivo de bom coração. É ingênuo e defende os amigos nos campos de atuação em que eles se mostram completamente incompetentes (ou seja, as lutas). Sasha é a menininha indefesa que fica no meio de tudo sempre. Até aqui não tínhamos nenhum motivo para crer que ela não seria mais uma princesa Peach a ser eternamente presa pelo vilão e salva pelo herói. Bem, se isso acontecesse eu não estaria escrevendo este post e tecendo elogios ao roteiro dessa saga.

Bye, bye! So long! Farewell!













Dohko leva Tenma para o santuário, para que se inicie o seu treinamento como cavaleiro.
O episódio acaba com o misterioso visitante e a beijoqueira conversando sobre o despertar do Imperador dos Mortos, Hades, que deseja acabar com toda a vida na terra para estabelecer seu reinado. Bastante plausível aquele que governa os mortos querer matar tudo que vive no planeta.

Uma última consideração sobre esse episódio é que ele não aparenta ser nada de mais.
Se eu não tivesse começado a assistir essa série pelo episódio 6, dificilmente teria motivação para continuar acompanhando a partir daqui.
Mas não cometa esse erro: a qualidade dessa saga é crescente, com seu gráfico sendo representado por uma seta com origem no ponto zero  e ascensão a perder de vista. Nossa! Agora eu me superei nas referências matemáticas!


EPISÓDIO 2: O DESPERTAR DE HADES













O episódio começa com Shion de Ares passando pelos doze cavaleiros de ouro e indo se apresentar ao Mestre do Santuário.
Depois a cena corta para o campo de treinamento dos aspirantes a cavaleiros, onde uma Amazona surra a cara de um outro sujeito genérico.
Aqui fica claro que os exageros (tipo, quebrar colunas de pedra e essas coisas comuns nas outras sagas) não sumiram da mitologia do desenho. Felizmente isso não atrapalha a forma como o enredo é contado.

Baka, Tenma!!!













Tenma se prepara para treinar quando é apresentado a Yato, um tipo de Seifer do santuário que o desafia para brigar pelo simples fato de se achar o bonzão do pedaço.
Se você está lendo até aqui é porque já assistiu aos episódios e quer saber quais tosqueiras tenho guardado pra falar do desenho. Dessa forma, não chega a ser um spoiler dizer que Tenma é o cavaleiro de pégasus e Yato o cavaleiro de Unicórnio.

Yato é arrogante e super-confiante, e dá um belo tapão na mão de Tenma quando este a oferece como forma de cordialidade. A luta entre os dois começa.

Sai pra lá, jacaré!











Tenma leva um belo shoryuken de Yato e sai cabisbaixo, humilhado pelos gracejos de seu rival de que ele “devia voltar pra casa, pelo seu próprio bem. Dohko deve ter cometido algum engano”.
É então que libra aparece para explicar a Tenma que ele perde as lutas por não conseguir controlar seu cosmo, a verdadeira origem da destruição.

Dohko ensinando cosmologia...













Esse conceito de cosmo já é bem conhecido pelos fãs do anime. Não há muito o que acrescentar. Queria atentar para o detalhe do clichê do “carinha ultra poderoso que só consegue despertar sua força em situações de extrema tensão e perigo”. Até aqui não há muitos motivos para acreditar que Lost Canvas faria muito diferente das séries nas quais se baseia. Mas a pressa é inimiga da perfeição...

Tenma confunde uma garota com seu amigo Alone, apenas para descobrir que está diante de Sasha, sua amiga de infância e companheira de orfanato.
Mais uma observação aqui: SASHA É EXATEMENTE IGUAL À SAORI KIDO, da série original. Sem tirar nem pôr. Ela é praticamente uma versão criança da Saori.

Meiguice atingindo massa crítica...













Isso me assustou um pouco mas depois fiquei tranqüilo, pois constatei que as semelhanças eram meramente físicas: Sasha é meiga; linda; seu nome é muito bonito e ela é doce e gentil sem parecer forçada. Não é uma vaca egoísta que torturava seus colegas de infância e depois ficou boazinha porque o espírito de uma deusa baixou no seu couro. Sasha não tem nenhuma mancha negra em seu passado. Ela é linda e eu amo a sua meiguice.

Tenma lembra a amiga de sua promessa de retornar como cavaleiro e mostra a pulseira de flores que ganhou de presente dela. Esse detalhe é importante e terá sua função futuramente.

A conversa dos dois é interrompida pelo ataque de um espectro. Adianto logo que não vou citar o nome dos espectros pela sua estrela-guia, a menos que isso renda comentários engraçados ou irônicos de certa forma.
Esse espectro me lembra um assassino serial, por causa da sua conversa de adorar ouvir criancinhas gritando.

De trás de ti, imbecil! (Desculpe, Sasha, não resisti!)













Tenma é preso pelos tentáculos mas consegue se soltar. Ele desperta o cosmo e parte para cima do Dr. Octopus para ajudar Sasha.
Sim, Sasha é a reencarnação da deusa Atena. Pode colocar o queixo de volta no lugar agora, caso ainda não tivesse percebido. Mas o que eu mais gosto da relação de Sasha e Tenma é que este tem um motivo mais sólido e convincente para sua obsessão em ajudar Atena... ajudar Atena... cérebro...

Os dois já eram amigos antes de aceitarem seus respectivos empregos (a de cavaleiro babão e deusa fru-fru que só faz sofrer presa em alguma coisa que demora doze horas para matá-la). Não é como Seya, que bajula Saori pelo simples fato dela ser a deusa Atena. De fato, Seya não ia nem um pouco com a cara de Saori antes de descobrir que ela era a reencarnação da deusa.

“Pare! Não permitirei que você machuque Tenma desse jeito!”

Vai encarar, dentuço?













Sasha desperta seu cosmo e vai em direção do espectro. E, cara, isso já é muito mais do que a Saori fez por qualquer um dos cavaleiros em toda a saga das doze casas e das que viriam a seguir.
O espectro sente algo de estranho, e se dá conta de que se vê diante de uma deusa ao invés de uma criança. A forma como o desenho retrata os deuses nessa série é muito boa e interessante. Falarei disso mais tarde, na minha parte favorita da saga (lá pro episódio 17, mais ou menos).

Shion de ares aparece e dá cabo do espectro, deixando bem claro quem são as verdadeiras estrelas do desenho. E assim Tenma fica sabendo que Sasha é a deusa Atena.
Alone pintava um quadro quando sente um distúrbio na força e percebe que a sua irmã também despertou.

Uma deusa despertando está!













Dois anos se passam e a cena é a luta de Tenma conquistando a armadura de pégasus. Lembra que eu disse que as coisas iam ficando mais e mais interessantes bem rápido nesse desenho? Pois é...

“Eu o reconheço como Cavaleiro e lhe concedo esta armadura”.













O momento em que Tenma assume o papel do cavaleiro de pégasus é grandioso, com direito a transformação a la Sailor Moon e tudo. Aliás, eu adoro a música da abertura daquele desenho. É cafona pra caramba mas não consigo deixar de gostar: E a Sailor Mars é, até hoje, um dos maiores exemplos de mulher forte e capaz que eu já vi.



“Tudo que eu pinto acaba morrendo”.

Você pinta com meu pinto?













Tenma se torna o cavaleiro de pégasus. Sasha está mais velha e mais linda do que nunca. E Alone percebe que o poder do imperador dos mortos só traz morte e cinza para os seus quadros. Isso é praticamente um Death Picture. Bem, viajei um pouco na maionese. Mas é que escrever sobre ótimos desenhos me faz lembrar de outros ótimos desenhos.
A questão é perceber a rapidez e diligência do caminhar dos eventos desse anime: EM UM EPISÓDIO E MEIO JÁ TEMOS TODOS OS ELEMENTOS A POSTOS PARA CONTAR UMA ÓTIMA HISTÓRIA. E é assim que se faz!

Pandora (a beijoqueira com voz de Lilika na dublagem brasileira) leva Alone para ver a tal pintura que pode fazer até o mais vil dos criminosos cair em prantos, na catedral da floresta.
Lá, Alone consegue ver a monstruosa pintura dele mesmo sobre uma pilha de corpos. Ele também descobre que matou todos os seus companheiros de orfanato com um quadro que havia pintado há alguns dias.

Eu sei, Alone: a morte é uma coisa terrível













Não é querendo bancar o advogado de personagens com 200% de emosterona no sangue, mas uma coisa dessas seria suficiente para deixar até o mais durão dos durões derramar lágrimas de desespero.

Muito pesada essa cena











Alone é influenciado a acreditar que a morte é benevolente, pois livra as crianças da fome e das injustiças do mundo. Se tornando o deus da morte, Alone seria o verdadeiro salvador da humanidade.
Esse ponto de vista lembra muito aquele da aniquilação total sobre o qual discorri no episódio de Shaka de Virgem, por sinal.

“Hades despertou. É o começo da guerra santa”!


EPISÓDIO 3: A GUERRA SANTA COMEÇA

Uma coisa que eu nunca havia reparado no começo desse episódio (mesmo tendo assistido a saga outras duas vezes) é que o cavaleiro de andrômeda aparece na introdução. A armadura é igual a da fase de Odin.
15 minutos de fama













Bem, o episódio começa comigo escrevendo que o episódio começa mostrando os cavaleiros de prata partindo para uma missão de reconhecimento (ficou zonzo? Pode voltar pra ler de novo, eu deixo).
Uma frustração com relação a essa e outras séries é o total descaso com os cavaleiros de prata.
Neste mesmo episódio chegam a afirmar que eles quase se equiparam aos cavaleiros de ouro em poder.
Na saga das doze casas fazia todo o sentido eles não aparecerem muito, pois a maioria tinha sido derrotada nos episódios anteriores. Sem contar o fato de que eles estavam à serviço do mestre Ares.
Aqui a coisa devia ser um pouco diferente, visto que a participação deles se resume a este episódio e um detalhe que falarei mais adiante.

As Flechas Fantasma de Sargita tocando o terror













Um dos cavaleiros de prata usa o golpe Flecha Fantasma. Acredito que esse seja o mesmo golpe que derrubou Saori na saga do santuário. Só um lembrete (se soubessem o sauseiro que esse cara ia causar tinham acabado com a sua constelação aqui mesmo...)
A cena continua com a perseguição deles a um espectro.
Eles chegam a um corredor e se deparam com Pandora, que diz que cavaleiros como eles deviam se envergonhar. A cena corta para a sala do mestre do santuário. MUITA ATENÇÃO AQUI. Era sobre esse detalhe que eu havia falado quando citei a participação dos cavaleiros de prata. É um sinal bastante sutil da qualidade do enredo de Lost Canvas.

O cavaleiro de prata faz um report da missão, e afirma que chegaram a uma catedral e encontraram espectros lá.

“Todos foram aniquilados, sem sobrar nenhum”.

Entendeu, seu idiota? Eu disse que TODOS foram aniquilados













Preste muita atenção à frase acima, pois foi EXATAMENTE NESTE PONTO QUE EU PERCEBI QUE LOST CANVAS NÃO ERA UM RELES DESENHO SOBRE CAVALEIROS DO ZODÍACO.

Dizem que o diabo está nos detalhes. Bem, se o diabo está nos detalhes, Deus também pode ser encontrado neles, a meu ver.
Detalhes são muito importantes, pois nos dão uma pista da qualidade de qualquer coisa que seja: detalhes da capa de um jogo; dos ângulos de câmera de um filme; do figurino de uma peça de teatro; nas descrições de um livro.
Os detalhes são um indício de que alguém “perdeu tempo” pensando em como enriquecer uma obra, seja direta ou indiretamente.
Eu presto muita atenção a detalhes, e foi este detalhe de diálogo que me fez acordar para a qualidade do roteiro desse anime.

Cavaleiros que usam armas nunca se dão muito bem













Depois de proferir essa frase, os cavaleiros de prata atacam a deusa Atena, todos ao mesmo tempo.
Os cavaleiros de ouro intervêm e percebem que o poder dos três é incompatível com as habilidades dos cavaleiros de prata.
Suas armaduras revelam um brilho negro que denuncia sua verdadeira natureza: os cavaleiros de prata usam Sapuris (Súplices), ou “Jóias do Submundo” nas palavras de Shion.

Os cavaleiros de prata foram mortos pelos espectros e venderam a alma a Hades para voltar à vida. E isso me faz lembrar do (amado por mim) recurso do Impostor, que era tão utilizado em filmes e desenhos dos anos 80.

Shion é fodinha. Foda é o pai dele!!!













O fato é que toda a pompa dos cavaleiros de prata se desfaz com um simples golpe de Shion e Dohko. Eles viram pó aos pés de Sasha e ela descobre que eles estavam, na verdade, sendo controlados.

Fica decidido que os dois cavaleiros de ouro partirão para a cidade de Tenma para continuar a missão dos cavaleiros de prata na catedral.
Dá pra ver que, entre os cavaleiros escolhidos por Shion e Dohko, está um carinha de armadura vermelha que não sei quem é e um cavaleiro de prata de armadura meio cor-de-rosa.

Curioso, esse tem jeito de homi...
Se você não se lembra, esse cavaleiro é aquela bicha louca que Seya enfrenta em uma praia. Ele era tão emo que nem tinha genitália. Vinha com uma conversa fiada de que nunca tinha sido machucado por um oponente e, quando se sujou com o sangue de Seya, tirou toda a roupa para se banhar nas águas do mar.
Sério, esse cara merecia levar uma surra de chicote do Richter Belmont pra deixar de ser frutinha. Observações homofóbicas à parte, continua a história.












NOTA DO EDITOR: eu pesquisei o nome da figura: Misty de Lagarto. Apesar de não gostar de Pokèmons de água, a luta do cavaleiro contra Seya se passa em uma praia.
Enquanto editava o pos, topei com um artigo muito bom da Wikipedia listando os 24 cavaleiros de prata. Aqui vai o link para a completíssima lista:

http://nikkeypedia.org.br/index.phptitle=Cavaleiros_de_prata_da_saga_Santu%C3%A1rio&redirect=no&printable=yes#Algethi_de_H.C3.A9rcules

E agora, quem poderá nos ajudar?













Tenma pergunta o que Sasha disse sobre o fato de os espectros estarem aparecendo em sua terra natal. Dohko diz que Atena está rezando pela segurança deles. E aí eu pensei: puta que pariu! A FDP inútil de uma figa vai ficar trancada em uma sala orando enquanto Hades toca o terror mundo afora! Não há esperança mesmo para essa série...
Bem, tentarei mostrar ao longo do texto como eu estava enganado sobre a função dessa personagem na trama.

Minha mãe é a Genova! Obaaa!!!













Tenma se precipita na frente dos outros a tempo de ver Sephiroth queimando a sua cidade natal. Ou mais ou menos isso.
Os cavaleiros de ouro encontram Yato sendo fustigado por Hades, que flutua como uma anêmona acima deles. Esse não é lá um detalhe muito importante, mas flutuar como uma anêmona é um sinal indiscutível de superioridade divina. Se você quer impressionar seus inimigos e mostrar quem é que manda, já sabe: paire como uma anêmona sobre suas cabeças. Não tem erro.
Pela primeira vez, Tenma vê Alone na forma de Hades e pode apostar que esse assunto ainda vai render muito pano pra manga nessa série.

Para de se mexer, Tenma!













Alone mostra o retrato que prometeu dar a Tenma quando este retornasse como um cavaleiro de Atena: um moleque de rua sem olhos e boca! Nossa! Esse cara se acha o Van Gogh, mas pinta mal pra caramba!

Você não me parece muito bem. Quer um copo d'água?













Alone faz um xis de mapa do tesouro no quadro de Tenma e ele cai duro como um peixe morto. E quando cai ele destrói a pulseira de flores que Alone usava.
Tenma está morto. Alone chora lágrimas de sangue e se despede de seus ex-amigos e de si mesmo.

Dohko prepara um ataque contra Alone mas é impedido por Kagahu de Beno, da estrela celestial da violência.
Lembra quando eu disse que só comentaria o nome dos espectros em um tom cômico ou de ironia? Pois bem, a ocasião se enquadra na minha exigência.

Um inimigo se kagahô todinho só de me ver













Kagaho de Benu. Eu sei, o nome é japonês, mas soa como se fosse francês. E o primeiro nome desse personagem teria o incrível potencial de arruinar quaisquer chances dele se mostrar um inimigo imponente e fodão pra caralho se não fosse pelo fato de que Kagaho É FODÃO PRA CARALHO.
As constelações dos espectros geralmente remetem a características nada bonitas da personalidade humana como crime, por exemplo. E a desse personagem não é nem um pouco sutil: o que esperar de um inimigo que responde pela Estrela da Violência? QUE ELE SEJA MAIS CACETEIRO QUE O CHUCK NORRIS E O AGENTE SMITH JUNTOS, não é mesmo?

E Kagaho está muito à altura das comparações acima. Ele ataca com fogo. Quer coisa mais violenta e incontrolável que o fogo? E outra: de zero a dez na escala Emo, Kagaho atinge -1. Só não entendo o “celestial” do seu nome. Acho que é de praxe para os espectros.
De acordo com o próprio Dohko, o poder de Kagaho se equipara ao de um cavaleiro de ouro. E o seu golpe Corona Blast é bem impactante e legal. Não é um dos melhores, de fato, mas é bem legal.

Ducha Corona Blast: se não matar deixa limpinho













O objetivo de Hades era levantar o seu atelier no solo que já foi a sua cidade natal. E Minos de Griffon, da estrela celeste da Nobreza, aparece em cena para contrariar a minha observação sobre as constelações dos espectros e para executar a tarefa de matar Atena e todos os cavaleiros do santuário.
Se prepara que a coisa vai ficar cada vez melhor daqui pra frete!

Quem te conhece que te compre













Não, essa frase não indica o fim do episódio.

Mistériooooooo.......













O episódio termina com uma estranha encapuzada observando Yato e sua descrença diante do corpo sem vida de Tenma.



EPISÓDIO 4: A PULSEIRA DE FLORES














Este episódio começa com o relatório de missão de Shion à sua patroa, a deusa Atena.
Shion informa que: dois cavaleiros de bronze morreram na missão; uma barreira foi erguida em volta do atelier de Hades e que este escolheu o corpo de um jovem chamado Alone para reencarnar.

Só agora a ficha caiu, digo, gastou o crédito...













Sasha não derrama nem uma lágrima perante os cavaleiros de ouro e começa a dar novas instruções para o início da batalha. Essa sim é a postura de uma deusa que guerreia com estratégia.
Depois que fica sozinha, Sasha fica cabisbaixa, completamente absorta em seus tristes pensamentos. Me pergunto qual parte de deusa e qual parte humana foram responsáveis pelos atos da personagem nessa parte. E a guerra continua.

Eu pegava!













Yato remove o corpo de Tenma dos escombros, demonstrando sua insatisfação por estar “ajudando” seu antigo rival. A motivação do cavaleiro de bronze de capricórnio é bem simples: se Tenma morrer, Sasha irá ficar triste e chorar.
Eu sei, nem um pouco altruísta de sua parte mas na vida real é assim que funciona.
É quando o anime nos apresenta mais uma peça do quebra-cabeça: Yuzuriha, uma amazona da terra de Jamir.
Se você leu a palavra Jamir com a mesma empolgação de quem lê uma bula de remédio, só pode ter havido um terrível engano e você foi parar no post errado do blog:
Jamir é a terra de Shion e Mu de áries. A terra dos cavaleiros-emo especializados na arte da telecinese.

Se tirou a máscara é porque tá a fim













Aqui preciso abrir um importante parêntese para justificar o meu descontentamento com o roteiro desse desenho: JAPONESES SÃO A RAÇA MAIS MACHISTA QUE JÁ CAMINHOU SOBRE A FACE DA TERRA.
O que acontece com o roteiro de Lost Canvas, no geral? Simples: ele põe ordem na bagunça que era o roteiro da série original e, de quebra, ainda adiciona muita coisa boa e interessante à mitologia da série.
Mas nem o bom senso dos roteiristas deste desenho conseguiu quebrar um grande tabu da cultura japonesa, a de que mulheres só servem como objeto de fetiche dos homens ou para serem salvas pelo herói machão da história (no caso do japoneses, um machão andrógino com roupas espalhafatosas).

Se discorda do que digo preste um pouco de atenção às roupas de Yuzuriha.
Quando está sem a armadura ela usa um shortinho BC que é puro hentai service.
Seu corpo é coberto por umas faixas e ela usa um cachecol cor-de-rosa. Será que mulheres só podem usar a maldita cor rosa? Raios! Isso parece coisa de primário: meninos no lado azul da sala. Meninas no lado rosa da sala. Me poupe!

O lugar de Yuzuriha, de acordo com os japoneses...














Antes os exemplos de machismo ficassem apenas no campo do visual.
Sabe esse cachecol cor-de-rosa que ela usa? E se eu te disser que essa é a principal forma de ataque da personagem?
Pra quê criar buracos negros que arrastam o inimigo para longe? Pra quê esmagar átomos com o punho? Pra quê disparar trezentos socos por segundo quando você pode jogar um pedaço de pano no inimigo?

Eu sou uma cavalera de prata, porra. Me respeita!















Para completar a lista de queixumes sobre o tratamento indigno que deram a essa personagem, preciso me adiantar um pouco no enredo e revelar o fato de que Yuzuriha usa uma armadura de prata e sua força é equivalente a de um desses cavaleiros.
A armadura (acho que a constelação é o Grou) só cobre os seios da amazona, pois todo ser macho que se preze sabe que as tetas são o ponto vital de qualquer personagem feminina que dê as caras em um anime. E o fato dela ser uma amazona de prata não significa muita coisa, visto que suas ações são comumente ofuscadas por dois meros cavaleiros de bronze. Sem mais o que dizer...

Felizmente o dano causado a uma das personagens com maior potencial na saga se restringe ao que eu citei acima, pois a personalidade de Yuzuriha é forte e muito bem construída. Prosseguindo.

A bela amazona informa que o cavaleiro de pégasus não está completamente morto (como diabos se fica meio morto?) e explica a missão da qual foi incubida: resgatar o corpo de Tenma e recuperar a sua alma no mundo dos mortos.

Errou!













Depois de um rápido e conveniente teleporte, estamos em Jamir.
Yato e a amazona chegam a uma torre que serve de oficina de armaduras. O desconfiado cavaleiro de unicórnio deduz que Yuzuriha foi a responsável pela morte dos donos das armaduras danificadas e começa a atacar. Yuzuriha apenas se desvia, e o rompante de imbecilidade de Yato é interrompido por um clarão de luz e somos apresentados a um dos personagens mais legais do anime.

Prazer: meu nome é Um dos Personagens Mais Legais do Anime!













O mestre de Yuzuriha remove a armadura do corpo de Yato e a amazona corta o próprio pulso (com o cachecol) para reviver a armadura morta. Aqui fica clara a razão das faixas: o velho fdp usa a sua discípula como bucha de canhão para consertar armaduras. Por que diabos eu gosto tanto desse personagem mesmo? Depois tudo se esclarece.

Então o verdadeiro objetivo da missão dos heróis começa a ser trabalhado: Tenma não está morto e deve ser resgatado. Aí você pergunta: mas Shadow, você me obriga a ler um post de mais de trezentas páginas, que só serve de introdução para o verdadeiro assunto do texto, e me recomenda um desenho cheio de buracos de enredo como esse? O imperador da morte em pessoa deu cabo de Tenma. Em um roteiro que se preze esse cavaleiro devia permanecer morto.
Então eu digo: calma, peregrino: a estrada é longa e o caminho é deserto. E o lobo mau passeia aqui por perto...

Essa pulseira ainda vai dar muito o que falar













O consertador de armaduras atenta para a pulseira de flores que adorna o braço de Tenma: ela continua viva mesmo depois de vários anos.
A pulseira, de fato, é um artefato mágico criado pela deusa Atena quando Sasha ainda nem tinha noção dos poderes que habitavam seu corpo mortal. Foi por isso que Tenma não foi direto para o mundo dos mortos.

Alguém vai precisar trocar de cueca













O mestre faz toda uma cena com uma espada e diz que, para salvar Tenma, Yato precisa morrer. Em um dos poucos momentos de humor do anime, Yato suspira e diz que ele podia ter simplesmente entregado a espada a ele.
A espada, na verdade, é um conduíte que contém o sangue de Atena e foi usado na última guerra santa. O item permite que humanos normais (e vivos) passeiem pelo mundo dos mortos. A seguir acontece uma cena que é um belo exemplo daquilo que eu falei sobre pôr ordem na bagunça e acrescentar à mitologia da série antiga.

Para levar Yato ao mundo dos mortos, Sage (se não me engano) utiliza a técnica Ondas do Inferno que, vejam só, tinha a curiosa peculiaridade de... enviar o espírito do oponente até o Sekishike, a entrada do mundo dos mortos.

Seikishike! Mais conhecido como Ondas do Inferno













Yuzuriha aterrissa em cima de Yato e fala que foi enviada pelo seu mestre para protege-lo de qualquer perigo. Yato fica com as bochechas vermelhas de vergonha. Acho que ta rolando um clima entre esses dois. No que dá o cruzamento de um unicórnio com um grou? Só deus sabe...
Yato responde com a frase: “não brinque assim. Essa é o meu papel, o de um homem.”
Eta personagem machista da porra!

Diga "Aaaaaahhhh"...













Continuando, Tenma finalmente desperta e dá de cara com um espectro. Eu gosto desse cavaleiro por causa de sua armadura, que tem uma cara que grita para causar ferimentos no oponente.
A mandrágora é uma planta que existe de verdade. A lenda diz que a mandrágora deve ser colhida em uma noite de lua cheia. Suas raízes devem ser amarradas a um cão preto e puxadas. Se um dos requerimentos forem descumpridos, a planta grita até matar quem estiver por perto.
Lendas atribuem o nascimento de mandrágoras ao esperma de um homem enforcado que caiu no chão e germinou. Fico imaginando que tipo de pessoa pensa em... como posso dizer isso sem ser rude ou grosseiro... bater punheta estando com a corda no pescoço. Desculpem. Não consegui evitar em ser rude e grosseiro. Mas vamos continuar...

Ô coisinha tão bonitinha de pai

















Tenma de pégasus, um cavaleiro que consegue destruir uma pilastra de rocha maciça, continua preso por reles correntes de aço, sem conseguir se desvencilhar. Yuzuriha e Yato chegam para salva-lo.

Enquanto discutiam sobre o escândalo que Tenma faz para tentar se livrar das correntes, eles são interrompidos por um cavaleiro portando uma foice enorme e dentes de jacaré mais enormes ainda. E aqui eu abro mais um parêntese...

Morreu por causa da feiura. Simples assim...













Pare um pouco para se recordar do que aconteceu a todos os cavaleiros que possuíam essa aparência (grotesca), com dentões desproporcionais saltando da boca.
E aí, lembrou? Pois é, todos eles foram espancados por cavaleiros sem moral nenhuma, ou foram derrotados por seus próprios aliados para servirem de exemplo de que um cavaleiro não é obrigado a ser traiçoeiro, sem honra e patético só porque é do MAL.
Foi exatamente isso que aconteceu àquele cavaleiro com dedinhos de sapo na primeira saga de Hades.

“Eu vou te cortar. Dos ouvidos até o cérebro”.

Morram, onanistas de merda!













O espectro da estrela do ferimento ataca com seu “Estrugido Lancinante do Enforcamento”.
Um detalhe aqui é sobre a palavra “estrugido”.
Estrugir quer dizer “vibrar fortemente; estrondear”. Essa tradução se aplica bem ao golpe desse espectro, mas sempre fico meio desconfiado com essas traduções de desenhos japoneses encontradas na net.
Isso porque os caras sabem traduzir do japonês para o português, mas não conseguem se ater a regras básicas da ortografia do próprio idioma.

Só Yato mesmo pra perder pra Mandrágora













Yato tenta atacar com os punhos mas é imobilizado pelo espectro. Então ele decide usar a outra alternativa de que dispõe: estrear o seu golpe Galope do Unicórnio, uma das técnicas mais sem graça entre os cavaleiros de bronze (pois é single hit, diferente do Pegasus Ryuseiken que é multihit e vai ficando cada vez mais intenso a ponto de arrancar a proverbial frase “isso não são meteoros! É um cometa!” dos oponentes desse cavaleiro).
Esse golpe fraco é suficiente para quebrar a face da sapuris de Mandrágora. E eu fico pensando como esses espectros são uns bundões do caralho...

“Mandrágora, agora será você quem irá gritar”!

Putz, que frouxo. Sobrou pra mim...













Tenma consegue derrubar a parede à qual estava preso (mas não conseguiu quebrar as correntes! Essas são da boa mesmo!) e mata o espectro com um Pegasus Sui Seiken.

O episódio acaba com Yuzuriha revelando que uma outra missão deve ser realizada ainda no mundo dos mortos.

EPISÓDIO 5: ROSAS VENENOSAS

Vou te mostrar o que é um Cavaleiro de Peixes!













O episódio se inicia em uma vila nos arredores do santuário. Posso estar enganado, mas acho que essa vila é a mesma na qual Cassius morava, durante o episódio da casa de leão.

É um pássaro?  É um avião? Não, é melhor: é Albafica de Peixes













Começa o ataque de Minos ao santuário.
Ele usa o golpe chamado “COSMIC MARIONATION”, que é traduzido como Marionete Cósmica. Marionation deveria ser traduzido como MANIPULAÇÃO. Manipulação Cósmica é mais adequado para a técnica de um dos três juízes do inferno.
Ah, só um detalhe: ouvir um dublador japonês pronunciando a palavra Marionation é  uma coisa engraçada pra caramba! Me faz lembrar da banda Massacration, dos caras do Hermes e Renato (quando ainda tinham alguma graça e não haviam sido comprados pela igreja universal).

Nunca pensei que diria isto, mas EU ADORO ROSAS! Vermelhas, brancas ou negras













É chegada a hora de Minos e seus asseclas trilharem o caminho das rosas. E faço mais uma pausa para reflexão nerd...

Ah, um dos momentos mais aguardados por mim desde a criação deste blog sobre games. Um momento tão agradável quanto o aroma de rosas...
Não é exagero afirmar que realizo um sonho ao escrever este trecho do artigo em especial. O sonho de ver o meu signo sendo representado por qualquer um que não seja AQUELA BICHA FILHA DA PUTA DO AFRODITE DE PEIXES!
Lembre-se de que a promessa de não xingar Afrodite foi feita na saga das Doze Casas. Aqui estamos em outro território, e posso extravasar a minha ira contra essa aberração da forma que me convier.

Não se preocupe, Shadow: vingarei a nossa honra de piscianos...













Por esse episódio já dá pra perceber que essa série não segue a ordem das doze casas. Claro, não faria o menor sentido os cavaleiros de ouro ficarem parados em sua respectivas casas enquanto os espectros estavam à solta tocando o terror no santuário. Mas estou me adiantando um pouco.

Péssima ideia...













Os imbecis espectros que acompanham Minos julgam inofensivas as rosas que encontram no meio do caminho, e descem ribanceira para dar sentido à existência da música abaixo:





Uma tenebrosa música de órgão revela a imprudência dos inimigos: o sangue começa a jorrar de suas bocas. As rosas no chão são extremamente venenosas. O espectro do exército de Radhamantis (digo isto aqui e agora: NÃO EXISTE NOME MAIS LEGAL QUE ESSE EM NENHUMA OBRA DE NENHUMA OUTRA ESPÉCIE) avisa que o simples aspirar do perfume das rosas demoníacas é capaz de matar o inimigo.

Pegaram em bomba!













“O responsável por essa emboscada é...”

Por que homem não ode cruzar as pernas também?












O espectro aponta para um belo cavaleiro de cabelos azuis sentado em uma coluna acima do chão...

“Meu nome é Albafica de Peixes.”














Minos dá uma bichada federal e fica elogiando e discorrendo sobre como Albafica é bonito e orgulhoso de sua força e poder.

Eu nasci no dia 3 de março de 1982. Sim, além de estar ficando velho eu sou do signo de peixes, como já havia dito nas doze casas.
Uma coisa que me chamou muita atenção na outra ocasião em que os cavaleiros de ouro aparecem é que os escritores não se preocuparam muito em seguir as descrições de cada signo para traçar a personalidade desses personagens.

Veja bem. Veja muuuito bem: não estou dizendo que acredito em mapa astral, destino determinado pelos signos ou no lançamento do Bioshock Infinite. Eu tenho uma dificuldade extrema em acreditar em fantasias, exceto naquelas que divertem.
O que estou querendo dizer é que os criadores poderiam ter levado mais a sério a “brincadeira” de se inspirar nos respectivos signos para tecer a personalidade dos cavaleiros de ouro.
Signos são uma bobagem, e eu me divirto horrores vendo como algumas pessoas são tolas a ponto de achar que a posição de um corpo celeste e um dia específico do ano são capazes de fazer milhares de pessoas completamente diferentes se comportarem do mesmo jeito. Mas aqui eu abro uma exceção, pelo simples fato de que a descrição do signo de peixes CASA PERFEITAMENTE COM A MINHA PERSONALIDADE E COM A PERSONALIDADE DE ALBAFICA DE PEIXES.














Vejam bem, novamente. Estou fazendo uma coisa extremamente desaconselhável e arriscada. Chega a ser constrangedora a semelhança entre a personalidade descrita neste signo com a minha em particular. E eu me exponho demais com o simples ato de admitir isso. Abaixo seguem algumas informações sobre esse signo. Mesmo que você (assim como eu) não dê a mínima para essa superstição, vale como uma interessante fonte de conhecimentos sobre mitologia. Sinalizarei o final do trecho para facilitar a vida daqueles que não estiverem interessados e ler.

NOTA: as informações foram coletadas do site Toca do Elfo.

Peixes - 20 de fevereiro a 20 de março

"A ti Peixes, não foi por acaso que te deixei por último, pois te dou a mais difícil de todas as tarefas. Peço-te que reúnas todas as tristezas dos homens e as tragas de volta para Mim. Tuas lágrimas serão, no fundo, minhas lágrimas.
A tristeza e o padecimento que terás de absorver são os efeitos das distorções impostas pelo homem à Minha idéia, mas cabe a ti levar até ele a compaixão, para que possa tentar de novo. Será tua a missão de amparar e encorajar a todos os teus irmãos, fazendo-os acreditar que eles são capazes, e sempre podem tentar novamente.
Por esta tarefa, Eu te concedo o Dom mais alto de todos: tu serás o único de Meus doze filhos que Me compreenderás. Mas este Dom do Entendimento é só para ti, Peixes, pois quando tentares difundi-lo entre os homens eles seguirão outros caminhos e poucos te escutarão."

Mitos do signo de Peixes

”Alguns mitos associados à peixes são de Poseidon, o nome grego de Netuno, o senhor das águas subterrâneas (que com seu tridente tinha o poder de abalar a terra e o oceano, formando terremotos e maremotos, mas também fazia a água brotar das rochas e do solo) e Dioniso, o deus da metamorfose, do êxtase, da embriaguez dos sentidos, do vinho.
Dioniso, filho de Zeus e Perséfone, foi raptado e comido pelos titãs, sob mando de Hera. Ao saber disso, Zeus fulminou-os com um raio e entregou o jovem coração do filho à Sêmele, princesa tebana que o engoliu. Assim, ela “engravidou” de Dioniso. Posteriormente, Zeus retirou o filho do corpo de Sêmele e o colocou em sua própria coxa, onde permaneceu até o final da gestação. Após o nascimento, entregou-o a Hermes, para que escondesse Dioniso da ira de Hera. Dioniso presidia ritos de êxtase religioso que prescindiam de qualquer ritual de poder. Seus ritos permitiam a experiência religiosa pura, independente do culto realizado ou do deus cultuado.
O culto dionísico simbolizava a imersão para a consciência das forças obscuras que povoam o inconsciente, através da bebida, das drogas, da música, canto, dança e loucura”.

Como reconhecer uma pessoa de Peixes

”O último signo do zodíaco mistura uma pitada de cada um dos onze anteriores - a infantilidade de áries, a sensualidade de touro, a suscetibilidade de câncer, a maleabilidade de gêmeos, a magnanimidade do leão, a acuidade de virgem, o mimetismo de libra, a sagacidade do escorpião, a benevolência de sagitário, uma certa reserva própria de capricórnio e uma tendência a desligar típica de aquário. Com tantos atributos contraditórios somados numa só pessoa, o peixes só poderia ser o que é: um tímido.

Nem um replicante conseguiria exprimir essa coisa toda, e o peixes desiste de se fazer entender antes mesmo de começar, refugiando-se no mais seguro mundo da fantasia, onde toda (aparente) incongruência é bem-vinda. Um peixes introspectivo, portanto, é praticamente um pleonasmo. Ele prefere comunicar-se com aquele olhar vago e enternecedor, seguido de gestos doces e delicados, completados por um único comentário extremamente sensível - mas, quem diria, surpreendentemente na mosca. Peixes, como escorpião, é um signo que saca tudo de cara - uma espécie de detector de mentiras ambulante, o que provavelmente contribui para acentuar seu ar melancólico. Ao contrário do escorpião, porém, que saca e corta a bola imediatamente, os piscianos vacilam na hora de reagir. Um peixes pode intuir que o camarada ao lado é um perfeito patife, mas nada, em seu sistema imunológico, o leva a proteger-se adequadamente. Talvez porque, ao contrário de escorpião, peixes enxergue sob a superfície de todo patife um ser tão desprotegido quanto ele e o restante da humanidade. Ou porque, no fundo, não se abale muito com as patifarias alheias.

Peixes é o símbolo do cristianismo, e sua palavra de ordem é transcender. Não deixa de ser uma boa política: já que as barbaridades que sua intuição constantemente pesca por aí não tem muito jeito nem conserto, ele prefere fechar os olhos e passar batido. A única ressalva é que esta política de resistência passiva às vezes só funciona entre os acólitos do sr.Ghandi, e não com o taxista que o rouba na corrida, o sócio que o rouba no escritório e o melhor amigo que lhe roubou a mulher. Como a natureza poética de peixes, contudo, lhe permite sublimar a vontade, estas bobagens do dia-a-dia não o atingem muito. Ele pode se safar da condição de vítima pintando, compondo ou pondo em versos toda esta chateação. Com seu talento natural, terá uma carreira arrasadora. No ramo da fantasia, peixes será sempre the best”.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Apesar de ser bastante completo, o texto acima deixou de fora a característica mais importante do signo, que será mais relevante para o raciocínio do meu post: A DO AUTOSSACRIFÍCIO.

Uma flor para uma flor? Cara, isso dá cadeia!













Afrodite era uma bicha louca filha da puta que não sacrificaria nem uma madeixa de sua juba para ajudar alguém em perigo. Mas Albafica é diferente: ESSE PERSONAGEM É O MAIS EXATO REFLEXO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO 12º SIGNO DO ZODÍACO.

Albafica é generoso. Bonito (por dentro e por fora, assim como eu, e modéstia em órbita da terra). Forte para defender alguém que ama. Altruísta. E capaz de dar a própria vida em prol de um bem maior.
Por outro lado, esse cavaleiro é introvertido e prefere afastar as pessoas que vê-las se machucando em sua aspereza.
Mas não quero estragar o episódio. Todas essas características poderão ser constatadas por aqueles que assistirem ao desenho. Continuando...

“Não se deixe enganar pela beleza dele. Ele é como essas rosas que estão no chão, uma rosa venenosa...”

Dohko e Shion discutem sobre as defesas externas do santuário. Libra afirma que os cavaleiros de ouro estão se dedicando a essa tarefa, o que explicará a ausência de alguns dos cavaleiros de ouro, como Leão, Escorpião, Aquário e etc..
Shion diz que as defesas estão agüentando muito bem, graças à barreira de rosas criada por Albafica.

Entendam bem o que está sendo feito aqui neste episódio: não é nada fácil restaurar o estrago causado à imagem do cavaleiro de peixes durante a saga das doze casas. Nas sagas subsequentes, quando a participação de Afrodite não era totalmente irrelevante era regada a momentos de vergonha alheia (lembre do vídeo do Zangado) e ostracismo a esse cavaleiro.
Em Lost canvas não.

Albafica não só é um personagem muito sério como representa uma linha de defesa real para a estratégia de guerra do santuário e, ainda por cima, é muito estimado e considerado pelos seus companheiros.
Se você levar em conta que os roteiristas foram meio que obrigados a serem fiéis às características do signo de peixes (beleza extrema; uso das rosas como ataque) dá pra ter uma noção melhor do serviço prestado pelos roteiristas a esse personagem e a todos que sofreram por causa daquela BICHA LOUCA FILHA DA PUTA DO AFRODITE.

Não há rejeição ou ostracismo algum: ALBAFICA DE PEIXES É UM REPRESENTANTE DIGNO DE USAR A ARMADURA SAGRADA DE OURO DE PEIXES.

Agora é que você se deu conta do perigo?













A beleza do cavaleiro de peixes não é motivo de escárnio ou de pilhérias. Albafica é imponente, e sua armadura é muito bonita também. Pena que ele não aparece usando o capacete em nenhum momento.

Shion discorre sobre a personalidade de peixes (outra característica intrínseca a esse signo: acabar sendo o centro das atenções mesmo sem procurar por isso. Acredite. Falo por experiência própria...) e acaba respondendo à pergunta do espectro genérico: Albafica consegue ficar de pé sobre as rosas demoníacas porque seu sangue é tão venenoso quanto elas mesmas.

Niobe não dá nem pro cheiro...













O puxa-saco de Radhamatis, Niobe, entra no campo de rosas sem ser afetado pelas rosas. A explicação é que a fragrância exalada pelo espectro anula o aroma venenoso das rosas de Albafica. Aliás, como seria o nome do irmão gêmeo maligno de Albafica, caso ele existisse? Seria Albafoge? Nossa! Agora eu me superei em leseira... Continuando com a leseira!

Essa coisa da fragrância venenosa me lembrou que as rosas de Afrodite não tinham essa peculiaridade. Elas só envenenavam caso os espinhos perfurassem o alvo.
Então, podemos concluir que Albafica é melhor; mais competente; bonito de verdade (ele não tem os lábios besuntados com gordura de carneiro) e MAIS FORTE QUE AFRODITE. Não que essa última meta seja tão difícil de ser superada...

Mais fraco que um gato eu já ouvi falar, mas mais fraco que uma rosa...













Niobe promete que vai desfigurar o rosto do cavaleiro de peixes, que responde parando seu soco com uma Rosa Piranha.
Repare na expressão de maníaco no rosto de Albafica antes de lançar o seu ataque.

Corre que é bala!













Niobe é um puta covarde, e tenta fugir das rosas negras se escondendo atrás de uma coluna de pedra. As rosas são tão fortes que abrem buracos na pedra, acabando com tudo que encontram pela frente.

Filho, procure salvar a alma que o corpo já tá podre!













O espectro solta uma bufa tão lazarenta que mata todas as rosas de Albafica.
O cavaleiro de peixes fica preocupado, pois a Fragrância Profunda de Niobe está se espalhando muito rápido e, dentro de pouco tempo, atingirá o pequeno vilarejo que aparece no início do episódio.

Mais uma característica do signo vem à tona nessa parte. Vejam só: Albafica não está nem aí para o que pode lhe acontecer. Mas isso não é à toa. Ele não se preocupa com o perfume de Niobe por saber que seu sangue venenoso é capaz de suportar qualquer tipo de veneno que entre em seu corpo.
É uma força inerente à necessidade que o cavaleiro sente de proteger os inocentes ao seu redor.

Não se preocupe, Albafica: é inveja pura













Albafica absorve o veneno de Niobe para proteger a vila, e fica parado sem dar sinal de vida. O espectro começa a bater no cavaleiro inerte de peixes, quando descobre que as rosas demoníacas retornaram ao campo de batalha.

Kirinson Sórn!!!














É então que Albafica desperta de seu torpor com um sorriso cínico no rosto e utiliza uma técnica que o viadinho do Afrodite nunca seria capaz de utilizar: O Crimson Thorn, ou Espinho Carmesim na tradução brasileira.

Morra de inveja da minha beleza, despeitado













Os espinhos da rosas atacam como flechas, e Niobe pôde sentir o sangue venenoso diretamente em seu corpo.

“Parece que chegou a sua vez, Minos de Griffon.”

“Você se tornará uma marionete magnífica, Albafica de Peixes.”

Atacar com rosas! Humph, isso é coisa de viado!













Minos usa seu golpe, Gigantic Feather Flap (Bater de Asas Gigantesco), e cria um furação que manda pelos ares todas as rosas do cavaleiro.

“Agora você é a única rosa envenenada que sobrou por estas terras.”

Ó aqui pras regras, Albafica!













Minos apela para o seu Cosmic Marionation. E faço mais uma pausa para divagar sobre um ponto de extrema importância para o roteiro do anime.
Uma coisa que me irrita muito nesta técnica é a sua falta de critério para atingir o oponente. Vamos analisar: Minos arremessa cordões invisíveis que amarram o corpo do oponente. Não tem como escapar disso. Ele simplesmente acerta o oponente porque sim e ponto final!. Sem direito a reviravoltas ou pausas dramáticas para revisão de regras do confuso livro de rpg chamado Cavaleiros do Zodíaco.
O cabuloso desse “golpe” é que, além de imobilizar o oponente, Minos ainda ganha controle total sobre o corpo do adversário. Ele podia obrigar Albafica a dançar Gungnam Style por exemplo (e o pior, a versão do Latino!).
Pronto. Posso continuar.

Esse é o preço por querer aparecer mais que o Albafica













Minos é muito perspicaz, e percebe que Albafica absorveu o veneno para proteger alguma coisa. Ele manda os seus comparsas matarem todos os moradores da vila.
Mas Albafica é tão foda que consegue matar os espectros de nível ralé mesmo estando imobilizado.
Ao tentar passar pelo cavaleiro de peixes, os espectros se deparam com um campo minado de rosas.
As rosas brancas são acionadas pelo movimento dos inimigos e se cravam em seus peitos como estacas.
Preciso. Cirúrgico. Cruel... Assim é o cavaleiro de ouro de Peixes.

The fire in your eyes...













Minos obriga Albafica a socar o próprio rosto, para lhe torturar e atingir o ponto que deveria mais doer no cavaleiro mais belo de todos: o orgulho.
Minos tenta decidir qual parte do corpo de Albafica ele vai atacar em seguida. E um olhar furioso do cavaleiro é o suficiente para dar a certeza que Minos precisava: o juiz do inferno decide que vai usar os próprios dedos de Albafica para cegar seus olhos.

Mas sofre esse cara...













Albafica consegue se livrar do controle quebrando o próprio braço o processo. Como ele conseguiu fazer isso estando imobilizado eu não posso dizer. Mas essa foi, sem sombra de dúvidas, uma ATITUDE DE MACHO PRA CARAI QUE A PUTA ESPALHAFATOSA DO AFRODITE NUNCA CONSEGUIRIA TER.

Draw, pilgrim!













Eu confesso que quase tive um treco quando vi essa cena, pois realmente parece que Minos conseguiu alcançar seu objetivo de cegar Albafica. Mas o embate titânico entre os dois inimigos ainda estava longe de terminar. Continua, literalmente, no próximo episódio...


EPISÓDIO 6: O FUNERAL DE FLORES

Olha a sacana, esperando o momento certo...













O episódio começa com a cena dos asseclas de Minos sendo mortos, como descrevi no episódio 5. É que essa cena é tão legal que eu me empolguei e adiantei um pouco as coisas.

Jura que não passa um espinho nesse buraco?













Albafica ataca novamente com seu Crimson Thorn, mas Minos se protege dos espinhos com as asas de sua armadura. Bem lógico, já que na maior parte do tempo essas armaduras são bem espalhafatosas mas inúteis.
Minos aperta Albafica com seu golpe, fazendo o cavaleiro sangrar que nem uma jarra de kisuco e cair no chão.
O juiz decide ir até a vila para executar a matança ele mesmo. Eta carinha mais persistente...

Agora você mexeu com o emo errado, Minos













Minos começa sua onda de destruição infantil e sem sentido, quando é interrompido por Shion, que está decidido a vingar a morte de Peixes.
Seja sincero: quando você assistiu a essa parte do desenho, em algum momento você realmente achou que Albafica havia morrido? Pois é. Foi como eu pensei... Fator surpresa nunca foi o forte dessa série de qualquer forma.

O belo tema de ação do anime começa a tocar só pra nos mostrar aquilo que eu já tinha dito sobre o golpe de Minos.
Shion é pego pelos fios sem nenhuma chance de escapar e fica cara a cara com a morte. Aí eu pergunto: por que diabos um cara que pode se teleportar fica preso em um golpe tão limitado quanto este?  
Uma rosa corta os fios e liberta o cavaleiro.

Lutar não dá mais, mas pra dançar vai ter uma vantagem...













Tadãããã!!! Se você ficou surpreso com a aparição de Albafica, só pode ter nascido ontem ou nunca ter assistido um desenho japonês em toda a sua vida.
A luta entre os dois recomeça.

A visão de Albafica é ao mesmo tempo assustadora e deslumbrante.
O cavaleiro de peixes caminha lentamente, coberto com o próprio sangue num estado físico deplorável, carregando na boca uma rosa vermelha. A grande diferença é que a cena, dessa vez, não é nem um pouco digna de chacotas ou gracejos. É um exemplo de como o contexto pode fazer toda a diferença.

Nossa, Alba, você já teve dias melhores













“Você tem usado a palavra ‘beleza’ para ferir o meu orgulho”.

Na primeira vez que assisti esse episódio não entendi o que Albafica quis dizer com essa frase. Depois compreendi.
Minos afirma que controla apenas os fracos que não têm a capacidade de se libertar de seu poder.
Ele diz que não quer ver uma pessoa bela como Albafica rastejando por aí coberto de sangue. Isso é um golpe baixo ao orgulho de um guerreiro de alto nível como o cavaleiro de peixes. É o mesmo que dizer: “volta pro salão de beleza, seu fracote. Seu lugar não é no campo de batalha”.

Veeeenha!!!













Albafica ataca com um Crimson Thorn caprichado, que concentra todo o sangue de seu corpo. Ele cai de joelhos e é derrubado com facilidade por Minos.
O espectro convida Shion para a batalha, mas este responde com um belo “não há necessidade de completar algo que já se deu por encerrado”, ou mais ou menos isso.

Minos olha para o peito de sua armadura e vê uma rosa vermelha fincada em seu coração. O Crinsom Thorn de Albafica era só uma distração para que Minos não visse a rosa que era atirada em direção de seu peito.

Toma! Quem manda tirar onda!













Minos se emputece e começa a carregar um Gigantic Feather Flap, mas Shion barra o seu golpe com a Cristal Wall, a técnica que repele qualquer golpe do inimigo.
Shion está decidido a proteger a vila que Albafica tanto se sacrificou para preservar.

Minos finalmente vomita dois litros de sangue e cai duro no chão.
As pétalas das rosas destruídas pelo Gigantic Feather Flap começam a cair do céu, e Albafica se impressiona com a sua beleza. Mesmo tendo vivido todo esse tempo ao lado das rosas, só em seu leito de morte o cavaleiro percebeu como elas são bonitas.

Só na hora da morte Albafica se dá conta da beleza de suas rosas













O cavaleiro de peixes está morto. Mas a sua morte não foi em vão, já que ele derrotou sozinho um dos três juízes do inferno.

A tristeza da garotinha é de cortar o coração...













"Nenhum cavaleiro morre em vão. Lutamos para seguir em frente".

A triste música de fundo é interrompida pela frase de Atla de Jamir:

O Kiki não-pentelho traz más notícias













“No entanto, temo que a morte do cavaleiro de ouro de peixes tenha sido em vão”.

O garoto explica que os espectros, depois de mortos, são constantemente revividos pelo poder de Hades. E foi aqui que eu percebi como o roteiro desse desenho seria cruel e pé no chão...

Atena protegendo o santuário com Raid













“Acalme-se Shion! Não estamos de braços cruzados. A deusa Atena já está agindo. Neste momento há uma poderosa barreira erguida por Atena que impede que os espectros de Hades voltem à vida.”

E foi aqui que eu pensei: “ferrou tudo”! Atena vai morrer em doze horas por manter a barreira e vai ser a velha palhaçada de sempre.”

Felizmente eu estava errado...

Volta logo, Tenma! Não quero passar doze horas aqui...













O pequeno Atlas (que, graças aos céus, não lembra nem um pouco o Kiki das Doze Casa) revela um plano: se eles puderem agüentar por mais um dia, o cavaleiro de pégasus voltará à vida e Atena terá boas notícias. Fim do episódio.


EPISÓDIO 7: OS FRUTOS DA MOKURENJI













A ação retorna para os cavaleiros que estavam vagando pelo submundo.
O episódio começa com os heróis correndo enquanto conversam. Isso acontecia muito nas doze casas, e eu adoro quando os personagens correm enquanto conversam em qualquer obra que seja. Depois de mais esse irrelevante detalhe, o show continua...

Yuzuriha revela o detalhe sobre a imortalidade dos espectros quando são atacados pelo Cérberus, o cão do inferno.
Essa luta não tem muita razão de ser, então pularei para as partes mais relevantes do episódio.

Tenma, cadê você? Eu vi aqui só pra te ver!













Depois de Cérberus, Hades aparece para ter uma DR com Tenma.
A conversa termina com a promessa de Hades de cortar seus laços com o cavaleiro de pégasus e a promessa deste de chutar o traseiro do imperador Hades.
Eu gosto de Tenma, pois ele não é um zumbi debilóide que só pensa em salvar Atena.
Ele é obstinado e altruísta sem ser irritante. 

O sonho de todo vampiro













Os cavaleiros chegam a uma cascata de sangue e já conseguem visualizar a Mokurenji, uma árvore mística cujos frutos podem selar a alma dos 108 espectros de Hades.
A Mokurenji é especial, pois se configura como o único ser vivo a habitar o inferno.

Tenma realiza que tem algo de errado com a cachoeira de sangue. Digo, além dela ser uma cachoeira que derrama sangue invés de água. Ele observa que seus companheiros estão paralisados, então um dos cavaleiros mais legais do anime se apresenta.
Veja bem: não é que eu seja volúvel. O caso é que Lost Canvas tem a decência de aceitar que os cavaleiros de ouro são os personagens mais interessantes da saga dos Cavaleiros do Zodíaco. E, nesta saga em especial, TODOS os cavaleiros de ouro (pelo menos os que aparecem até o episódio 26) são muito legais.
Os que não eram bons nas Doze Casas ficaram. Os que já eram legais ficaram ainda mais. Espere e entenderá os meus motivos.

Esse é o jeito de Asmita dizer "olá"













“Eu sou Asmita de Virgem”.

Asmita questiona o porquê de Tenma levantar a mão contra o imperador Hades. Tenma se pergunta o que um cavaleiro de ouro está fazendo no inferno.
Mais um detalhe é que Asmita é uma cópia perfeita de Shaka de Virgem. Mas a semelhança fica no visual.
Asmita é muito agressivo e impetuoso. Ele não irradia calma e tranqüilidade, ao menos não nesse primeiro encontro.
E, como era de se esperar de um cavaleiro que transcende o plano físico e o imaterial, a luta entre os dois se passará apenas no plano espiritual.

Forte como um touro... hehehehe













A cena corta para um diálogo entre Dohko e Aldebaran de Touro.
Sim, o cavaleiro de touro usa o mesmo nome do seu sucessor. E usa também o nome de Hasgard.
Esse cavaleiro é muito imponente. Ele tem longos cabelos arrocheados que acabam com qualquer semelhança que pudesse ter entre ele e o outro Aldebaran. E, antes que eu me esqueça, o nome Aldebaran entra para a minha wishlist de nomes mais legais de todos os tempos.

A conversa entre os dois cavaleiros de ouro revela um ponto de vista bastante interessante: Aldebaran atenta para o fato de que Asmita simplesmente ignora a guerra ao seu redor e não para de meditar nem com o santuário sob ataque.
Aldebaran vai além: ele confessa que não vê o cavaleiro de virgem com bons olhos, pois ele “pratica” uma religião diferente da que os cavaleiros estão inclinados a praticar, que é a adoração da deusa Atena.

“Dizem que ele pode cruzar as dimensões como quiser, e que conversa com Buda”.

“Como inimigo ele é um homem terrível”.

“Eu não quero nem pensar nisso”.

Shaka não es abala com emoções













“Você pensou que um punho carregado de emoções tolas funcionaria contra mim”?

Asmita é forte o suficiente para debochar de Tenma, de Hades e até da própria deusa a quem jurou proteger.
Os meteoros de Tenma não surtem nenhum efeito. E nem poderiam, visto que a batalha se dá no plano espiritual, e não no físico.

Asmita derruba Tenma na cachoeira de sangue, e afirma que o Matador de Deuses não seria derrotado tão facilmente. Claro que Tenma não entende patavinas do que o cavaleiro está dizendo, mas isso fará todo o sentido com o avançar do enredo. De fato, os roteiristas dessa saga estavam tentando, desde o começo, consertar algumas coisas erradas que haviam com esse cavaleiro de pégasus na série original.

Se liga, doido, tu tem uma ligação com Hades, tá ligado?













Asmita revela que o cavaleiro de pégasus tem uma ligação com o imperador Hades desde a era mitológica, e que esse detalhe pode determinar o rumo da guerra.
Pra quem não entendeu o que quiseram dizer aqui, eu explico: os roteiristas tentaram amenizar a babação de ovo em torno de Seya e criar uma explicação para o fato de um reles cavaleiro de bronze de pégasus ser o rola doce do desenho. Continuando...

O asceta Asmita de virgem utiliza o golpe “Tenma Koufuku”. Não sei se esse nome foi traduzido errado, mas o golpe “Rendição do Demônio Rei” chega a ser (quase) tão legal quanto “Satã Imperial”. E o que significa o nome Tenma, do cavaleiro de pégasus? Depois eu olho no Google. Pronto! Olhei. Tenma é um nome grego que, aparentemente, significa "cheio de vontade; cheio de compaixão e amor pra dar". Até que combina com o personagem de Lost Canvas, mas não combinaria  nada com Seya. 

Perdeu, playboy: efeito de negativo quer dizer que os cinco sentido já eram













“Tenma, você não deveria retornar a esse mundo. Caia nas chamas do inferno e torne-se cinzas”.
Asmita utiliza o Ciclo das Seis Existências em pégasus. Não vou discorrer sobre eles novamente, pois continuam os mesmos. Digamos, apenas, que Tenma fica muito “tentado” a cair no mundo dos homens.

Asmita fica de pé. A armadura de virgem é mais bonita que na saga das doze casas. E virgem, como prova de seu respeito pela determinação de Tenma, promete revelar ao cavaleiro “a maior sabedoria de Asmita de Virgem”: O Tesouro do Céu.
Para maiores descrições sobre o modus operandi desta técnica, acesse Maisumblogdegame.blogspot.com.br e leia o post A Tela Perdida. Ótima leitura. Recomendo!

Bye, sexto sentido...













Após perder os cinco sentidos, Tenma vai parar na zona fantasma e resta apenas a intuição, o sexto sentido. Asmita vai além e afirma que pode acabar com este sentido também, com um simples aceno de mão.

Nem pense em fazer isso com Sasha ou sentirá a minha ira!













Ao ver a imagem de uma possível Sasha sendo morta pelo cavaleiro de Virgem, Tenma ataca com toda a sua força e o causa o final do episódio.


EPISÓDIO 8: UM DIA COM UMA BRISA AGRADÁVEL

É de comer?













O episódio começa com Shaka, quer dizer, Asmita entregando os frutos da Mokurenji a Tenma. Ele manda que o cavaleiro leve 108 frutos: um para cada espectro. Eu, como eterno pessimista que sou, levaria pelo menos uns 200, pro caso de alguma merda acontecer (a sacola se rasgar; algum passarinho esfomeado atacar durante a noite...), mas em desenho animado esse tipo de coisa não acontece.

“Da próxima vez nos encontraremos na terra, Pégasus”.

Um dos melhores e enigmáticos cavaleiros. Vai deixar saudades...













Além de tudo, Asmita ainda é vidente. Concordo com Dohko: pegar briga com um cara desses é loucura. Aliás, Asmita é tão forte que passa a impressão de que ele podia chutar o rabo de Hades pessoalmente, se assim decidisse.

Só resta uma flor na pulseira de Tenma, e seus companheiros precisam se apressar e leva-lo de volta ao mundo dos vivos. Mas claro que isso não seria tão simples, não é mesmo?

Asmita tinha algumas dúvidas quanto à guerra que está acontecendo, e vai ver Atena.
Sasha começa a dar sinais de cansaço por manter a barreira e afirma que, pelo fato de ser cego, Asmita consegue enxergar muito além dos sentidos físicos comuns. Peraí...
Asmita é cego? WTF? Imagina se ele enxergasse, o estrago que não causaria?

“Você se encontrou com Tenma no inferno. O que achou dele”? Pergunta Sasha.

“Ele é esquentado, emotivo e tolo. Mas é uma pessoa bem humana.”

... nobody knows the way it's gonna be...














Yato carrega Tenma nas costas e já se aproximava da saída do inferno com Yuzuriha, quando é interrompido por Stand, o besouro mortal da estrela da feiúra.
Sinceramente, com tantos defeitos pro cara escolher e acha de ficar logo com um que vai impossibilitá-lo de pegar mulher na vida.
Bem, eu usei a palavra interrompido pelo fato de achar que essa luta não é nem um pouco inspirada. Os cavaleiros de bronze não são as estrelas principais dessa série e não deviam ocupar muito tempo do enredo.

Tenma e Yuzuriha conseguem voltar, mas Yato fica empacado com o besouro da feiúra no mundo dos mortos.
Veja bem: Yato e Tenma, até pouco tempo, se odiavam. Tenma levou uma surra de Yato e não tinha nada em comum, além do fato de serem cavaleiros e terem a missão de proteger Atena.
Quando Yato se sacrifica para resgatar Tenma e possibilita que seus dois companheiros escapem, Tenma começa a perceber seus reais sentimentos pelo detestável rival.
Isso é uma construção de amizade lenta e bastante realista, ao meu ver.

"Vem cá que eu quero fazer upa upa"!













“O que houve com a sua confiança? Unicórnio é um cavalo, não é? Então eu vou montá-lo.”
Realmente: não conseguir pegar ninguém por ser da estrela da feiúra deve ter deixado Stand com pouquíssimas opções de intercurso amoroso. E, dado o tamanho desse espectro e o fato de Yato estar desacordado, posso concluir que o cavaleiro de Unicórnio está em maus lençóis.

Yato acorda a tempo de preservar a sua integridade anal e ataca, mas é agarrado pelo golpe Stand by Me (fica comigo) do espectro. Tá vendo como a minha teoria sobre a feiúra de Stand faz todo sentido agora?
Yato acerta um Galope do Unicórnio em Stand, ao mesmo tempo que leva um socão causador de Doublé K.O. em qualquer Street Fighter. Mas ele não consegue terminar a luta, pois é trazido de volta pela espada que lhe permitia caminhar no mundo dos mortos.

Avante espectros: são só 2 cavaleiros de bronze, uma de prata e  o homem mais  próximo de Deus!













Uma tropa de espectros é enviada para recuperar os frutos roubados da Mokurenji.
Os espectros se dirigem à torre onde estão Tenma, Yato, Yuzuriha e o mestre da amazona, mas têm o azar de dar de cara com Asmita de virgem. Ele mata a cambada com um papel de parede belíssimo e avança para o topo da torre.

Voa, passarinho!













Os frutos da Mokurenji são parte do material que constituem as súplices que protegem os espectros. Eles têm o poder de selar a alma dos espectros mas, para tanto, devem ser energizadas por um cosmo no limite máximo. Só um cavaleiro altamente iluminado e sem dúvidas em seu coração pode alcançar tal proeza.


Fingers crossed pra esse ridículo se ferrar...













É então que o anime resolve nos apresentar ao nome mais esdrúxulo de toda a série: Chesire de gato-fada, da estrela terrestre da besta.
Pausa para refletir sobre todas as coisas mais fru-fru e algodão doce que já foram feitas em um anime...
Pronto, recobrei os cinco sentidos que me foram retirados por ouvir um nome tão fresco e algodoado como esse.

O fato é que, mesmo parecendo bastante confiante nesse primeiro encontro, não se engane: Chesire é o personagem mais covarde e esquivo do desenho, até a parte onde que eu assisti.

Asmita é um daqueles personagens que sentimos saudade...













Sage revela que Asmita é cego, e Tenma fica surpreso com tal revelação. Asmita, por sua vez, fala que isso nunca o atrapalhou em chutar bundas a uma distância Terra-Júpiter, sendo que ele é o único homem no mundo que pode alcançar um cosmo máximo para ativar os frutos da árvore.

Sage conserta a armadura de pégasus com o sangue de Asmita que, por razões óbvias, não se importa com a doação.
Sage ainda pede desculpas por não poder realizar a missão de Asmita. Isso deixa claro duas coisas: uma é a de que Sage teria plena capacidade de alcançar o cosmo máximo, a despeito de toda a falação sobre o poder de Asmita. A segunda é que os roteiristas do anime, desde os primeiros episódios, já sabiam da grandiosidade e do papel que Sage representaria no roteiro. É ótimo saber que tudo foi muito bem planejado desde o começo no ótimo roteiro de Lost Canvas.

“Que brisa agradável. Que dia agradável...”

Papo-cabeça de igual pra igual













Não é preciso ser a Mãe Diná ou mesmo ser muito esperto para sentir o que aconteceria com o cavaleiro de Virgem neste episódio.
Depois de um belo flashback no qual Asmita leva uma lição de moral de uma deusa Atena de 6 anos de idade, o cavaleiro começa a elevar seu cosmo ao máximo. Ele utiliza uma técnica que invoca demônios e começa a matar os espectros de Hades definitivamente.

Pela perda de Asmita fica fácil entender a frustração de Tenma













“Você tem um rosto mais infantil do que eu imaginava”.

Lembram do que eu disse sobre como os roteiristas utilizaram de forma engrandecedora os elementos da mitologia da série antiga?
Lembram-se na luta de Shiryu contra Máscara da Morte, o que aconteceu quando Shiryu alcançou o sétimo sentido? Isso mesmo... Ele teve sua cegueira curada pelo milagre do cosmo máximo. O mesmo aconteceu a Asmita, que pode enxergar com seus grandes olhos azuis novamente.

Porra, Tenma! Acaba logo com essa guerra...












Tenma cai de joelhos e em pranto. Mesmo o objetivo de Asmita sendo muito claro, o cavaleiro de pégasus chora de desespero, sem conseguir entender porque um cavaleiro do nível de Asmita realizou tamanho sacrifício.


EPISÓDIO 9: A GRANDE ESTRELA

Filho da puta desgraçado lazarento de uma figa vá pra puta que...













O episódio nove começa com os espectros que foram mortos pelas rosas de Albafica ressuscitando.
Eu ODEIO o começo desse episódio por este motivo: saber que os esforços de um dos cavaleiros mais fortes foram em vão, assim como a sua morte, me corrói por dentro enquanto assisto.
Eles se levantam e decidem continuar a sua missão de invadir o santuário.

Não tão rápido, espectros













Para o total e completo azar dos espectros eles são recebidos em suas novas vidas por Aldebaran de touro, que varre o chão com a cara dos espectros usando seu Grande Chifre.

Hasgard é o nosso herói!













Uma conversa com Dohko me faz perceber o quanto eu gosto da personalidade de Hasgard. Mais à frente veremos que ele cuidava de crianças em um orfanato. Ele é mais velho que a média dos cavaleiros de ouro. Ele é bem grande e forte, assim como o Aldebaran das doze casas. Mas ele não tem uma personalidade clichê ou exageradamente machona: Aldebaran é forte quando precisa ser (95% das suas aparições). É sensível quando a situação exige e é bondoso quando a ocasião permite. Gosto muito deste personagem e da forma como ele interage com os outros cavaleiros.
Ele é o completo oposto de Albafica, que afastava as pessoas de si. Hasgard inspira força e confiança àqueles que estão ao seu redor.

Muita atenção aqui. Essa é uma das melhores partes deste anime, se é que é possível delimitar os pontos mais altos desta obra.
Enquanto refletia sobre a morte prematura de Albafica de peixes e o sumiço de Asmita, Aldebaran avista um objeto voador não identificado vindo do horizonte com tudo em sua direção.

Kagaho voador e identificado













“Um cosmo tão hostil que chega a ser selvagem”...

O inimigo alado é um velho conhecido nosso: Kagaho, o Yori Iagami do Lost Canvas.
Ele pergunta sobre Dohko de libra antes mesmo de se apresentar, coisa que faz Aldebaran prometer que vai lhe dar uma lição de bons modos.

Dois jovens e uma candidata à amazona discutem sobre o atraso de Hasgard. Eles são discípulos de Aldebaran no santuário e foram criados por ele no orfanato em que viviam. Esses personagens não são importantes, mas têm a sua profundidade enquanto aparecem.

Peça água, seu merda













Kagaho informa que não quer o cavaleiro de touro como oponente, que sua treta é com Dohko. Aldebaran segura o espectro pelo ombro, e este começa a queimar seu cosmo em forma de chama negra para torrar o braço de Hasgard.
Aldebaran desdenha do poder das chamas de Kagaho e, simplesmente, enfia a cara do espectro a sete palmas do chão.
Essa cena é uma das mais legais nestes episódios. E isso já é um motivo mais do que justo para um sujeito orgulhoso como Kagaho considerar Aldebaran como um alvo a ser eliminado a qualquer custo.

Depois das apresentações terem sido feitas, Aldebaran cruza os braços e a batalha começa.
Kagaho usa seu golpe Explosão da Coroa do Sol (Corona Blast). Aldebaran nem liga para as chamas e acerta um Grande Chifre em cheio no espectro.

O golpe mais ignorante de todos













“Você e suas chamas são violentos demais. São chamas negras que queimam a tudo sem distinção”.

Kagaho faz uma declaração de amor ao soberano Hades, confessando que está pouco se lixando para Atena, a guerra santa e até mesmo para os outros espectros. Isso será relevante para um episódio mais à frente, quando ele se encontrar com o cavaleiro de Pégasus. Se eu me esquecer de citar esse detalhe, tirem suas próprias conclusões quando chegar a hora (sabe como é: escrever um post com quase 100 páginas de Word causa um pouco de amnésia...)

O treinamento continua sem o professor, e os três jovens se lembram de quando foram resgatados pelo cavaleiro de touro.
Com o início da guerra santa, Aldebaran não poderia mais viver a sua vida como Hasgard, mantendo o orfanato. Os três jovens decidem se tornarem cavaleiros apenas para ficar perto daqueles que consideram como pai.

Só vai ter sobremesa pra quem me vencer numa luta













O fato deles considerarem Hasgard um pai não é algo que seja dito na história, mas um bom entendedor consegue se banquetear com meias palavras, então...
Uma atenção especial ao personagem Salo, um dos alunos de Aldebaran. Ele foge durante um sermão do seu mestre por ter medo da violenta vida de cavaleiro que terá que levar para ficar perto de seu mestre. Depois ficará mais claro que, mesmo sendo personagens de pequena importância para o enredo, esses três jovens esbanjam profundidade no roteiro.

... Macarena, aai!!













A luta continua. Depois da conclusão de Aldebaran de que Kagaho é violento mas não é maligno, ele ataca novamente com um Grande Chifre. Mas o golpe é facilmente desviado pelo espectro, que se aproveita da idiota regra de que um golpe não funciona duas vezes contra o mesmo oponente.
Ele observa, ainda, que os braços cruzados de Aldebaran não são um sinal de arrogância, e sim uma postura para soltar seu golpe. A animação de Hasgard estendendo os braços em câmera lenta para atacar é muito bonita. Dá gosto de ver. Continuando...

Dohko se dirige para onde o pau está comendo no centro, quando encontra os cavaleiros de prata que foram incumbidos de trazer os corpos dos espectros derrotados por Albafica para dentro da barreira de Atena.
Os inúteis foram derrotados por um espectro muito veloz e forte (leia-se: Kagaho).
É incrível como os cavaleiros de prata não servem pra nada nessa série.
Quer dizer: para pra pensar nas prezepadas que os cavaleiros de bronze aprontaram até então. Aí fica fácil perceber como os cavaleiros de prata são relegados ao esquecimento neste anime.

Toma esso, seu poser...













Aldebaran paga pela sua arrogância: após levar uma sucessão de socos que desfazem a sua postura, o cavaleiro é acertado por um Shoryuken que faria o ultra Forbidden Shoryuken de Gouken parecer um reles tapa.

... e mais essa: Shoryuken!!!













Depois de apanhar de novo, Kagaho usa sua técnica Crucify Ankh, um tipo de estacas de chama que paralisam o oponente (não se preocupem. Não há perda dos cinco sentidos como efeito colateral).

Mas que porra é essa!?













Kagaho afirma que é impossível se livrar das chamas, e que o Corona Blast é suficiente para acabar com o inimigo.

Mas que porra é essa!?













Aldebaran está cego de um olho e completamente paralisado. Dohko chega a tempo de ver o estado calamitoso de seu amigo, e o episódio acaba.


EPISÓDIO 10: O ADVENTO

Deixa eu pegar ele, Aldebaran!













Dohko se revolta pelo atual estado de Aldebaran e ataca Kagaho.
Hasgard desperta e lembra Dohko da regra fundamental de combates entre os cavaleiros: um e apenas um oponente por vez. Ao menos essa regra parece ser respeitada, em geral.

“A grande estrela de Aldebaran não seria queimado por uma chama dessas”.

Vou me livrar. Por quê? Porque sim, oras!













Aldebaran manda as regras às favas e se livra do Crucify Ankh simplesmente “porque sim”.
A peleja continua, e os discípulos de touro chegam para assistir à luta.
Salo vai ao encontro de seu mentor e grita que não quer que Hasgard morra. Essa cena traz à tona uma lembrança de Kagaho. Eu confesso que simplesmente não me recordo dessa parte do episódio, então vou dar uma espiada com bastante atenção.

A história e Kagaho me lembra os dramas vistos em Valkyrie Profile













Pronto. É um flashback bem curto, no qual Kagaho e um amigo estão sentados em um poço. É curioso saber que um espectro do nível de Kagaho ainda tenha laços com sua vida humana. Isso faz o espectro virar o rosto e se sentir muito mal pelo que está acontecendo.
De fato, acho que Kagaho não gosta da guerra. Ele só quer ficar perto de quem importa, Hades.

Três Corona Blast? Nem Hades é tão apelão













Kagaho solta três Corona Blast de uma vez só, e Aldebaran cai de joelhos diante do poder do inimigo. Mas Aldebaran é forte pra caramba e estréia um novo golpe: a Supernova Titânica.
Depois de levar uma pedrada de dez toneladas, Kagaho fica gravemente ferido. Agora ficou bem clara a diferença de poder entre os dois.

Você é um fanfarrão, seu 06













Kagaho parte e Aldebaran cai feito uma pedra no chão. Nessa parte eu pensei que já estavam começando a forçar a barra para que todos os cavaleiros de ouro morressem. Bem, a festa continua.

Aldebaran admira a força de Kagaho e começa a rir por causa de seu estado. Seus discípulos o ajudam a ficar de pé e tudo acaba bem.

“Kagaho, para onde você voltará”?

Mesmo cego de um olho, Hasgard enxergou bondade onde todos só viam  violência













Aldebaran quer voltar ao santuário, seu lar, e se pergunta o que acontecerá ao seu oponente.
A Kagaho, só resta a dor de seus ferimentos e um grito de extrema frustração, pois sabe que tudo que Aldebaran disse durante a luta era a mais pura verdade.

É fácil tachar uma pessoa de má sem conhecer seu sofrimento...











Hasgard retorna à sala do Mestre para seu relatório. E mais um cavaleiro de ouro nos é apresentado: Sísifus de sagitário.

Olha pra mim, Shadow! Eu sou mais presença que o Dohko













Esse cavaleiro é muito forte e imponente. Também gosto muito de seu nome. Seu papel será de suma importância no enredo do anime, e eu espero do fundo do meu coraçãozinho nerd que ele tenha um golpe melhor que o Trovão Atômico para nos mostrar.
Depois, ficamos sabendo que Sísifus foi o responsável por trazer Atena ao santuário e vem, até o presente momento, desempenhando o papel de protetor direto da deusa.

Sísifus se questiona sobre ter retirado Sasha de perto de seu irmão, Alone, e afirma que seu coração dói ao saber que a deusa terá que lutar contra seu próprio irmão na guerra santa.
Esse detalhe da personalidade de Sísifus será vital para entendermos a relação com esse cavaleiro nos episódios posteriores.

Eu quebro sim. E estou vivendo. Tem gente que não quebra...













A barreira de Atena é quebrada por ninguém menos que o Hades em pessoa, que pousa no santuário sem o menor pudor ou vergonha na cara.
Hades começa a destruir o santuário, e podemos ter um lampejo do cavaleiro de ouro de câncer, que terá sua chance de brilhar nos episódios futuros.

Bazinga! Quer dizer, mandinga!













Hades faz uma mandinga que paralisa os cavaleiros Aldebaran e Sísifus. Shion também é afetado pelo poder do imperador.

Não se engane: essa aqui não tem nada de fantasma.













Em um dos momentos de maior tensão do desenho, Sísifus consegue se levantar, mesmo diante da enorme pressão exercida por Hades, e prepara o arco e flecha da armadura de sagitário.

Sísufus é muito corajoso ou muito burro?













Sísifus dispara e Hades simplesmente devolve a flecha de volta, acertando o cavaleiro direto no coração. Quem diria que Hades tinha vocação pra cupido...

Sísifus Sifu...













Atena se enfurece, desse dos saltos e aponta o seu báculo em direção ao imperador Hades. Sasha demonstra muito mais atitude que certas vacas mimadas que ficam doze horas em um lugar esperando ser salva pelo super Mario.

Hades seu filho da puta!













Hades puxa uma Soul Edge da manga e se prepara para lutar, mas é interrompido por um clarão. Imagina se o arroz de festa do cavaleiro de pégasus ia perder uma reunião dessas...

Querida, cheguei!!!













Tenma vem carregando o rosário de Asmita e está decidido a cumprir a promessa de chutar o traseiro de Alone pra bem longe. Fim de mais um emocionante episódio.


EPISÓDIO 11: FORA DE ALCANCE



O episódio começa comigo percebendo que esqueci de falar sobre um aspecto desse anime: a sua abertura.
Geralmente os animes japoneses (acho que isso foi uma redundância) têm uma abertura que ou é totalmente irritante ou não tem nada a ver com o desenho. Veja o exemplo de Death Note: um desenho sobre a astúcia e inteligência humanas tem uma abertura na qual um japa muito louco começa a berrar feito um carneiro sendo sacrificado. Na segunda temporada, um rock de rasgar os ouvidos bastante frenético. Confesso que dessa segunda música de Death Note eu gosto muito, mas ainda assim ela não tem muito a ver com sutileza e sagacidade.
Já com Lost Canvas, a música da primeira temporada é bastante calma (apesar de começar com solos de guitarra) e melodiosa. Ela me lembra muito aquelas músicas dos anos 80, como “Eyes Without a Face” do Billy Eidol.
No começo eu não gostava muito e pulava logo pra porrada. Eu ainda faço isso, por falta de tempo, mas às vezes me flagro ouvindo “só mais um pouquinho”...

Começando...

Seikishike! Ondas do Inferno?!?













Tenma ergue o rosário e as almas do espectros que estavam dentro da barreira de Atena são aprisionadas.

“Ressuscitar os espectros sempre foi um estorvo para mim. Se o seu rosário vai acabar com a imortalidade deles, ótimo”.

Alone está disposto a acabar com Atena, pois essa é uma guerra de verdade, e manda o cachorrinho que havia salvado para cima da deusa.
O cão do inferno cérberus ataca e Tenma protege Sasha. Perceba o que eu disse: Tenma protege SASHA, não Atena.

Um detalhe curioso dessa parte é que Tenma não é afetado pelo poder de Hades, que deveria manter paralisado todos os cavaleiros dentro das doze casas. Deve ser bendita pulseira de novo...
Tenma mata o cão cérberus com seus meteoros da paixão... digo, Meteoros de Pégasus.

Quem diria que seria um idoso a mexer no selo de Atena...













Hades finalmente decide me contrariar e sela os movimentos de Tenma. Ele ataca Tenma com a espada mas é impedido pelo Selo de Atena invocado pelo mestre do santuário, A Prisão de Talismãs. Essa prisão é muito forte e tem a capacidade de inibir os poderes de um deus. Hades agora está em maus lençóis...

Hades revela que o mestre é o garoto que sobreviveu à última guerra santa, há duzentos anos. É bom prestar atenção a esses detalhes daqui pra frente, pois a relação do mestre do santuário e seu irmão com essa guerra é uma das coisas mais legais até agora na história.
De fato, sem Sage e Hakurei, duvido que a qualidade do desenho fosse a mesma.

Essa cena é coisa linda de se ver











Um flasback revela que o mestre foi o cavaleiro de ouro de Câncer na última guerra contra Hades.
Atena e o mestre teleportam todo o templo de Atena acima da torre onde ficam presos os 108 espectros, e planejam exorcizar o espírito de Hades do corpo de Alone para acabar com a guerra santa.

Pandora aparece para quebrar o gelo e se mostra ser bastante fria e calculista. Eu gosto mil vezes mais dessa Pandora que da primeira, da saga original. Ela é forte e impetuosa, não uma mulherzinha frágil com voz de Lilica do Looney Tunes.

Com uma gata dessas e Hades só pensa em Tenma? Sei não...













“Você é patética para ser a deusa que é filha de Zeus”.

Atena decide lavar a roupa suja na frente de todo mundo e afirma que não se lembra de ter dado a liberdade a Pandora de chamá-la de patética. Nossa! Eu juro que fiquei esperando pela cena em que as duas iam começar a puxar o cabelo uma da outra...

Só faltou a Márcia e um balde de água no cenário













A cena a seguir é de suma importância para a construção de certos elementos futuros no enredo, principalmente os que envolverão o cavaleiro de sagitário.
Pandora afirma que Atena é uma cobra ladra e suja, por ter escolhido viver como ser humana e reencarnar como irmã do imperador Hades.
Atena, por sua vez, não acha que a sua escolha seja um rebaixamento, e afirma que preferia estar vivendo os velhos dias na companhia de Tenma e Alone.
Sísifus não é evidenciado durante esses diálogos, o que eu acho que foi um erro: Atena demonstra infelicidade no seu atual estado de deusa guerreando contra o imperador do submundo. Sísifus foi o responsável por tirar a pequena Sasha da companhia de seus amigos. Somando um mais um dá pra ter uma noção do que se passa na pobre cabecinha do cavaleiro de ouro...

Ai, minha mão! Bronze dói!













A coisa esquenta e Pandora carrega uma mega bofetada na cara de Atena, e uma tiara sai voando no ar. Mas é a tiara da armadura de pégasus que é atingida...
Tenma é foda. Ele consegue encarnar o papel de cavaleiro e cavalheiro ao mesmo tempo, sem ser um baba-ovo zumbi que só pensa em... salvar Atena... salvar Atena.

“Tanto a sua voz quanto seu punho já não podem mais me alcançar, Tenma”.

Que renas mais esquisitas, papai Nohades...













Pégasus vai atrás de Hades, que simplesmente entra na carruagem trazida por Pandora. É então que Hades revela o seu maligno plano.

“O imperador do submundo, Hades, pintará um quadro do mundo”.

Lhes apresento a Tela Perdida, um post de um louco chamado Shadow Geisel













Lembra o que acontecia àqueles que eram retratados nos quadros de Alone? Sim, é isso mesmo que você está pensando: Alone planeja pintar um quadro COM TODAS AS PESSOAS DO PLANETA E ACABAR COM A VIDA NA TERRA DESSA FORMA. Só não entendo porque ele não começa pintando os cavaleiros de ouro ou o próprio Tenma, que são óbvias pedras em seu sapato.
Essa é a verdadeira Tela Perdida. Essa é a tela que dá título ao anime. E eu, particularmente, acho esse um artifício muito inteligente para manter um personagem do naipe de Hades ocupado enquanto nos divertimos horrores com lutas estupendas entre os espectros e os cavaleiros de ouro.

Estará Violet no mesmo nível de Kagaho? Veremos, assim espero.













Tenma se irrita com toda a conversa de Hades e parte em direção do inimigo. Pandora chama por Violet, o espectro da estrela celeste da solidão. Ele estava escondido na sombra do imperador Hades e parte pra cima de Tenma. Aldebaran intervém e protege o cavaleiro de bronze.

Tenma tenta seguir a carruagem mas leva um choque do tridente de Pandora.
Hades suspeita que Pandora tentava espioná-lo escondendo um espectro em sua sombra, e revela que foi ao santuário para se vingar de um certo cavaleiro.
Então dois dos inimigos mais legais do desenho aparecem. Bem, as suas sombra aparecem em uma floresta: Tanatos e Hipnos desconfiam que Hades não está preparado para governar o exército de espectros e começam a se mexer.

Com esses dois o roteiro só melhora daqui pra frente













O mestre do santuário lamenta a perda de oportunidade de fazer Alone voltar a ser humano novamente. Atena responde com um “eu sei”.

“Não há outra escolha a não ser mata-lo como Hades...”


EPISÓDIO 12: SACRIFÍCIO SEM FIM

Dohko só precisa malhar mais trapézio













O episódio começa com as reflexões de Tenma sobre a reconstrução do Santuário após o ataque de Hades e o medo que a população sente por causa da Lost Canvas que enfeita os céus.
Depois de onze episódios, finalmente os roteiristas do anime resolveram dar uma chance a esse personagem e mostrar um pouco de sua personalidade. E eu gosto muito do Tenma que será visto daqui em diante.
Dohko interrompe a reflexão de Tenma com um soco na sua cabeça. O cavaleiro de ouro aparece sem camisa, vestindo apenas a parte de baixo da armadura de ouro. Isso deve ter causado vários orgasmos em muitas adolescentes nerds ao redor da nerdosfera. Mas o que me chama atenção nessa série é como a força dos personagens nunca fica muito bem definida. Uma hora eles levantam colunas de pedra com uma mão. Na outra tropeçam, caem de cara no chão e sangram como menininhas choronas. Isso é típico da narrativa japonesa, de não se importar de onde vêm os poderes de um personagem.

Tenma afirma que gostaria de conversar com Sísifus, mas este continua inconsciente. É estranho, já que Tenma conhece esse cavaleiro e passou boa parte de seus anos de treinamento no santuário.
Dohko revela que o ataque do imperador Hades fere não só o corpo, mas também a alma do oponente. É por isso que Sísifus não acorda. Não por ele ser uma menininha chorona. Entendeu?

“É uma pena, Tenma, mas eu não consigo sentir simpatia por seu amigo”.

Brincadeiras à parte, Dohko e Tenma se dão muito bem













Apesar das palavras acima, Dohko pede para que Tenma não desista de seu amigo, pois a sua perseverança pode ser a única coisa que salvará Alone. E é por isso que eu gosto muito do cavaleiro de Libra nessa série: ele é muito altruísta e bondoso. É impulsivo e meio cabeça dura, mas sabe que seu modo de pensar não se aplica a Tenma ou aos mais jovens. Ele sabe separar as coisas e leva-las a sério quando precisa.

Esses dois são sinistros













Pandora tem um mau pressentimento sobre o imperador Hades, e os deuses Hipnos e Thanatos aparecem para lhe dar a ordem de matar o cavaleiro de pégasus. Fica claro, nessa parte, quem é que realmente está orquestrando toda a guerra santa. Dica: não é o Hades.

Thanatos e Hipnos flutuam acima de Pandora como anêmonas. E falam sem mexer a boca. Sim, você adivinhou onde quero chegar: FALAR SEM MEXER A BOCA TAMBÉM ENTRA PARA LISTA DE ATOS DE SUPERIORIDADE DIVINA.
Depois de castigarem Pandora simplesmente porque ela merece, os dois deuses decidem enviar Hades a um ateliê especial para que ele possa terminar a Lost Canvas sem distrações.
Que Thanatos, o deus da morte, tenha interesse no plano de Hades eu entendo. Mas o que Hipnos, o deus do sono, ganharia com todos os sonhadores do mundo mortos? Boa pergunta...

Um bando de Desmodus Rotundus a essa hora do dia? Muito suspeito...













Pandora envia dois espectros de baixo nível para matar Tenma: um que controla as sombras e um que pensa que é um morcego.
Aldebaran sai da casa de virgem e avista uma nuvem de morcegos em plena luz do dia. Mesmo não sendo um especialista em mamíferos, ele entranha tal fato.

Prazer: Wanna Be Morcego, da estrela celeste da tosqueira!













Tenma treina com os alunos de Aldebaran. O professor se junta aos alunos, e uma divertida música que me lembra a trilha de Chrono Trigger toca ao fundo.
O cavaleiro de ouro tenta ensinar algumas lições a Tenma.
Os alunos de Hasgard caem no sono um por um. Tenma também adormece. Aldebaran começa a cair no sono também. O golpe Nightmare Sonar do espectro simplesmente não faz distinção de poderes e afeta a um cavaleiro de ouro da mesma forma que faria com qualquer outro oponente.
Isso me irrita, digo, esses golpes que ignoram a tudo e simplesmente arregaçam com tudo, como a fragrância do espectro que matou Aldebaran da primeira saga de Hades, ou o poder de petrificação do (terrível e estiloso) cavaleiro de prata de Górgona.

A tua sorte é que sou educado













O espectro da sombra estava prestes a arrancar a cabeça de Tenma com a mão, quando Aldebaran interrompe a sua ação dizendo “espere”!
Aí eu me pergunto: e se o espectro não tivesse esperado, por uma razão ou outra, e continuado seu golpe? Não é meio imprudente um cavaleiro que se move na velocidade da luz confiar nos reflexos do inimigo? Deixa pra lá...

Bem, o fato é que Aldebaran destruiu seus tímpanos para não ser afetado pelo golpe do espectro wanna be morcego. Mas como raios ele sabia que a causa do sono era um som? Novamente, deixa pra lá... deve ser uma licença poética do anime.

Tremble!













Ele solta um Great Horn no cavaleiro da sombra e o derrota. Fico imaginando se o Nightmare Sonar realmente afetou todo o santuário, pois nem Atena (uma deusa) nem outros cavaleiros parecem estar por dentro do que se passa.

Diga adeus àquela gordurinha localizada...













Aldebaran é perfurado pela mão do cavaleiro wanna be morcego, que aproveitou o ponto cego do olho de Hasgard para atacar de surpresa. Como eu odeio esses espectros putinhas que ficam fugindo e atacando pelas costas.

Pra piorar, o golpe do espectro afeta diretamente os nervos do oponente: mesmo que não adormeça, Aldebaran perderá os movimentos aos poucos. É uma saída meio escapista, mas eu gosto da lógica de enfraquecimento do golpe.

Volta pro Vampiro A Máscara, seu ridículo!













O espectro morcego aproveita as junções da armadura de touro para perfurar seu corpo. As feridas da batalha contra Kagaho se abrem, e touro fica em uma situação difícil de escapar.
Depois de levar um golpe mortal do espectro wanna be morcego, Aldebaran dá um golpe de judô que mata o espectro rapidamente.
O outro espectro, o das sombras, usa a técnica Mensageira da Morte para tentar dar cabo de touro.

Dá uma bitoca nessa boquinha de cemitério se for capaz













Eu gosto muito deste golpe (acho que mais pela música sombria que pelo golpe em si). Veja a descrição dele pelas próprias palavras do espectro:
“As palavras que a cabeça desta mulher recita são as palavras da Morte. Mesmo que seus ouvidos estejam fechados, as palavras penetram a pele e param as batidas de seu coração”.



Aldebaran não morre. Apenas fica de joelhos e consegue agarrar a cabeça do espectro e lhe aplicar uma Supernova Titânica à queima-roupa.

Covarde, feioso e de dentes grandes: adivinha qual será seu  destino?













Então o espectro sapo aparece para ganhar os créditos pela morte de touro e pégasus.
Mas ele não vai muito longe: uma coluna de chama negra fulmina o espectro ridículo de dentes grandes. Lembra do que eu falei, sobre o destino reservado a personagens com esse padrão de visual?

Tenma desperta a tempo de ver o cadáver de Hasgard e Kagaho de pé, ao seu lado.

Pobre Tenma: não tem a menor chance













Tenma conclui que Kagaho matou o cavaleiro de touro, e parte para cima dele. Claro, um espectro com um poder comparável ao dos três juízes do mundo inferior não seria derrotado pela raivinha de um cavaleiro de bronze.

Kagaho revela os planos de Pandora e de Hades, e fala que ele vá comprovar por conta própria se não acredita. O espectro se vai, lamentando que um cavaleiro do nível de touro tenha perdido em tais injustas condições.

Kagaho começa a perceber que nem sempre a vida tem que fazer sentido













Os alunos de Hasgard despertam e caem em prantos ao verem seu mestre (e pai adotivo). Tenma pede desculpas e já sabe o que fazer. Enquanto ele continuar no santuário, mais e mais espectros serão enviados para lhe matar e muitos cavaleiros morrerão tentando protegê-lo.
Como um mais um são dois, Tenma decide deixar o santuário.
Esse raciocínio de Tenma não é nada forçado, e é típico de adolescentes que acham que podem resolver tudo sozinhos.

Eu sei que não é culpa de Tenma...












... mas qualquer um em seu lugar faria o mesmo













Tenma parte diante do triste grito de choro e desespero do discípulo de Aldebaran. E mais um episódio se encerra...


EPISÓDIO 13: A PARTIDA

Uns acham sublime. Eu acho sinistro...













O episódio começa com um belo pôr-do-sol e a Lost Canvas pairando ameaçadoramente no céu.
Tenma ouve os comentários de uns aspirantes a cavaleiro de que o mestre Aldebaran morreu protegendo o cavaleiro de pégasus. Isso deixa Tenma arrasado pela culpa.
Eu, particularmente, acho os sentimentos do cavaleiro de pégasus bastante plausíveis e verossímeis: imagina se você fosse o responsável indireto pela morte dos maiores heróis do seu país? Como as pessoas passariam a olhar pra você? Como você se sentiria? E se você pudesse se adiantar e fazer alguma coisa para impedir que isso acontecesse? Pois é...

A culpa pela morte pesa bem mais que a armadura em seus ombros













“Apenas vivam com força e gentileza...”

Esse foi o conselho de Hasgard aos seus alunos. A filosofia do cavaleiro de ouro era a de que não é necessário ser um cavaleiro para ajudar na guerra santa.
Selinsa, a discípula de Aldebaran, decide abandonar o seu treinamento de amazona e assumir o antigo orfanato do seu mestre.
Bem, levando em conta como essa série é machista pra caramba com relação às chances de sucesso de guerreiras mulheres, Selinsa se mostrou mais que sensata em sua escolha.
E viver com força e gentileza pode ser uma tarefa mais difícil que a de ser um cavaleiro.
Força qualquer pessoa pode ter. Desde a física (treinamentos) até a de espírito e de alma (provações durante a vida). Mas, viver com gentileza, aí o buraco é mais embaixo.

O ser humano é podre. Por fora. Por dentro. Propositalmente ou mesmo sem perceber. Gentileza é uma das características que mais admiro em uma pessoa pois, para ser gentil, se faz necessário controlar todo o lado ruim, ganancioso e sem escrúpulos que existe em cada um de nós. É uma enorme provação. Uma prova de autocontrole e de paciência consigo mesmo e com os outros.

Tenma parecia ouvir toda a conversa dos dois alunos e é corroído por uma culpa tão terrível que quase transcende o fictício ao real. Mas sua dor é interrompida por um dos personagens de quem eu mais gosto neste desenho. Sim, você adivinhou: ele é um cavaleiro de ouro, e seu nome é Manigold de Câncer.

Eu acho que esse aí não passa de lixo...













“Se há guerra, é óbvio que há mortes também”.

Apesar do nome esquisito e da semelhança com Máscara da Morte, Manigold tem uma personalidade TOTALMENTE OPOSTA à do cavaleiro de câncer das doze casas.
Ele insulta Aldebaran e provoca a ira de Tenma.

Relaxa que eu te pego













Manigold prega uma peça em Tenma (e no espectador) e conclui que Tenma é importante por sua ligação com o imperador Hades.
Ele decide aprisioná-lo para que não fuja ou corra perigo.

Eu não disse que era sinistro?













Hipnos manipula Pandora de forma que ela aprisione o imperador em um ateliê longe de qualquer distração. Hipnos e Thanatos são dois personagens assustadores e grandiosos na série, caso eu ainda não tenha dito isso.
Eu adoro a forma como eles são imponentes, e as suas armaduras me lembram muito o estilo da armadura de Lenneth do Valkyrie Profile.
O curioso é que Hades não dá a mínima para o fato de ter sido aprisionado e continua pintando a Lost Canvas na maior sussa...

"E aí, psit"! Essa coisa da pedra solta foi  Os Trapalhões puro













Tenma consegue fugir da cela especial por uma passagem secreta, revelada por Yato e Yuzuriha. A bela moça, agora, é oficialmente uma Amazona de Prata. Ela não se importa de tirar a máscara na frente dos dois colegas, o que me dá a liberdade de concluir que a moça tem futuros planos de participar de uma ménage (dois cavalos ao mesmo tempo, heim safadinha?).
Não que isso impeça os roteiristas de continuarem sendo machistas e idiotas com essa personagem, que devia servir de guia e de protetora dos outros dois cavaleiros.
Yuzuriha afirma que já havia passado no concurso para amazona de prata, mas sua armadura ficou retida na alfândega do santuário por entraves meramente burocráticos.

Yuzuriha vai precisar alcançar o cosmo máximo para vencer seu pior inimigo: o machismo













O mestre do santuário revela a Atena o plano de prender Tenma nas profundezas do santuário. Atena concorda, mas o mestre de Yuzuriha aparece para explicar seu ponto de vista: deixar Tenma solto para que faça o que seu coração mandar.
O mestre decide fazer vista grossa à fuga de um reles cavaleiro de bronze, e o mestre de Jamir avisa que se a senhorita Sasha tem algo a dizer, que diga enquanto é tempo.

Perguntar não ofende: quer casar comigo, Sasha?













Sasha é linda. Ela parece com uma daquelas high priests de jogos como Atelier Alguma Coisa, da Nippon Ichi. Ela solta o báculo nas mãos do Kiki não pentelho e vai correndo falar com seu amigo de infância.

É praticamente um Rock Band no Lost Canvas













“Thanatos irá lhe proporcionar uma morte cheia de medo e desespero”.

Como são terríveis os deuses da morte e do sono.
Os deuses gêmeos decidem intervir diretamente para impedir que Tenma tenha qualquer contato com Hades, e colocam uma barreira em volta do castelo de Hades.
Sasha aparece de longe e apenas mostra a pulseira de flores a Tenma, que retribui o gesto.
Nem uma palavra é necessária. E mais um episódio acaba.

Não é necessário dizer nada...













Devo alertar aos leitores de que o melhor ainda está por vir. Para continuar a escrever, precisarei fazê-lo apenas quando estiver com muita vontade e inspiração, visto que a melhor parte deste anime começa agora e quero apresentar um texto à altura. E que este seja o mote do post daqui pra frente.


EPISÓDIO 14: A FLORESTA DA MORTE


Posso sentir o MAL sendo maquinado nesse castelo...













Aqui começa a segunda temporada. Um pouco mais de atenção será dada a Tenma, Yato e Yuzuriha, mas os cavaleiros de ouro brilharão mais do que nunca nesse anime. Vamos em frente que atrás vem cometa de pégasus...

Um dos raros momentos "comédia pastelão"













O episódio começa com os três cavaleiros escalando uma montanha em uma típica cena de humor japonês. Mas não é isso que interessa. O mais importante é a cena em que Pandora se pergunta sobre o sorriso misterioso de Hades ao ser aprisionado no atelier especial.

É hora do chá afetado das cinco













A cena corta para Hipnos e Thanatos tramando o MAL contra Tenma. Até aqui esses dois deuses só sabem ficar dizendo que vão cuidar de pégasus pessoalmente e tomar chá feito uns afetados. Mas não se engane: Thanatos e Hypnos (mais o primeiro que o segundo) renderão alguns dos melhores episódios que Lost Canvas tem a oferecer.
Thanatos informa que emprestou uma parte de seu poder a um espectro, para que ele dê cabo de Tenma de uma vez por todas.

Daniel-san ataca com o Golpe da Águia mas não obtém sucesso













Prepare-se para uma das cenas mais legais, envolvendo um do personagens mais legais do desenho: o mestre de Jamir e o mestre do santuário iniciam uma batalha totalmente desnecessária apenas para divertir a nós, os telespectadores do anime.

Caso não tenha dado pra perceber, eu estava enrolando para não admitir que não me lembrava os nomes exatos dos dois personagens. Mas agora ficou claro: o mestre do santuário se chama Sage (que, talvez por coincidência, significa “sábio”) e o mestre de Jamir se chama Hakurei. Eles são irmãos gêmeos e lutaram na última guerra santa, há duzentos anos. Como eles continuam vivos sem usar o mesmo processo de yodatização que Dohko de libra, isso ainda não foi explicado no roteiro.

A babysitter Manigold













Falando em Dohko de libra, uma cena mostra a conversa entre esse cavaleiro e Manigold de câncer. O cavaleiro de câncer acha que Tenma é um chorão por não superar a perda de sua terra natal. Afinal, numa guerra esse tipo de coisa acontece...
Manigold é enviado pelo mestre do santuário para proteger Tenma, visto que os deuses da morte e do sono estão envolvidos na guerra.

Forma de pentagrama? Coisa boa não vai sair dessa floresta













Tenma e seus companheiros chegam à cidade natal do cavaleiro de pégasus, quando este percebe que há uma floresta onde antes não havia.
Eu confesso que essa parte não é muito inspirada, assim como todas as outras que focam apenas nestes três personagens. Então, farei um resumo para adiantar as coisas:

Mas que bonitão esse corvo, pra não dizer o contrário!













-os três chegam à floresta;
-um corvo rouba a pulseira de flores de Tenma;
-os três se perdem, como se estivessem em um episódio de Scoobydoo;
-Tenma chega a sua antiga casa e encontra três crianças que viviam com ele e foram mortos por Hades;
-Manigold adentra a floresta que “cheira a morte”.

Ainda não foi dessa vez, meu rapaz...













O/a espectro/a chamado/a de Verônica se revela como o/a responsável pelo estado lamentável dos amigos de Tenma.

Da mesma "raça" de Afrodite...













Algo que me irrita muito em Verônica é que ele/a me lembra muito Afrodite de peixes. Preciso dizer as implicações desse pequeno detalhe?

Triste e bonito ao mesmo tempo. Vai entender...













Tenma consegue libertar a alma de seus amigos, em uma bela cena que me deixa muito emocionado em assistir.
O cavaleiro de pégasus promete que Verônica vai pagar muito caro por suas traquinagens. E mais um episódio se encerra.

Vai pagar caro, seu traveco de merda!













Esse episódio não é um dos mais legais, pelos motivos que já citei. Mas ele não é muito longo, por se tratar de uma retrospectiva do que havia acontecido até agora na saga.
Esse tipo de retrospectiva de início de temporada é muito comum nos desenhos japonês, por uma simples questão de cultura: os japoneses, mesmo as crianças, passam a maior parte da semana estudando ou trabalhando. É uma coisa tão absurda que os pobres dos japas chegam a ir à escola até aos sábados.

Ei, titcha: deixa os guri em paz!













Lá, geralmente eles só têm um dia da semana para assistir desenhos animados e esse tipo de coisa que crianças normais fazem. Desenhos como Saint Seya, Death Note ou Dragon Ball geralmente costumam ser exibidos em doses homeopáticas, um episódio por semana. Por esse motivo os desenhos geralmente começam com um resumo do que aconteceu no episódio (semana) anterior. Perdi o rumo, mas a ideia era essa: os roteiristas, sabiamente, aproveitaram um episódio que seria mais curto para mostrar uma parte do anime que não é tão interessante quanto lutas estroboscópicas entre cavaleiros de ouro e espectros fodões do nível de Kagaho ou Minos.


EPISÓDIO 15: SE EU PUDESSE VOLTAR ÀQUELE DIA...

Cai pa dentu, coisa feia!














Este episódio começa com a história pessoal de Yuzuriha. O esquema deste episódio é meio chato: um espectro em forma de flan de Final Fantasy ataca os três heróis e os faz reviver seus dramas pessoais: Yuzuriha e seu irmão Tokusa (a amazona derrota o espectro Flan com seu incrível Dança Magnífica dos Chutes Velozes... o que foi que eu dizia sobre o machismo dos japoneses mesmo?); Yato e seu passado com sua irmã enferma (que nos revela que o cavaleiro de unicórnio conheceu o cavaleiro de ouro de escorpião em sua infância) e Tenma lutando sozinho contra Verônica.
Os três cavaleiros se reúnem e continua a luta contra o espectro traveco.

Zumbis da frescurite, ataquem!













Verônica tem um ataque de frescurite aguda e decide que não quer tocar em seus oponentes. Ele/a invoca uma horda de zumbis para atacar em seu lugar.

Sekishike: Meikai-ha!!!













Mas os cadáveres animados nem chegam a encostar nos três: uma luz azul dissolve todos os zumbis. Um dedo indicador reúne todas as almas mortas e Manigold se apresenta para dar início a um momento bem legal do anime, embalado por uma bela música de órgão ao melhor estilo Castlevania.
Mais uma troca de insultos entre câncer e pégasus encerra o episódio...


EPISÓDIO 16: DEUSES E PEÕES

Sem gracejos com a morte deste guerreiro













Uma coisa que eu acho muito legal nessa série é como os roteiristas souberam dosar os recursos que tinham em mãos para contar uma boa história. Eles nunca ficam regulando mixaria com elementos que sabem que os espectadores querem ver no anime. Mas estou me adiantando um pouco. Continuando...

O episódio começa com os discípulos de Hasgard visitando a sua lápide. Dohko aparece e interrompe a visita. Um dos alunos de Aldebaran pede para dizer a Tenma que não o culpam pela morte de seu mestre. Dohko demonstra preocupação com seu próprio aluno, pois não deseja que ele seja cobaia dos planos malignos de Hades. Ele está decidido a sacrificar a própria vida por seu aluno, se for preciso...

Tá aí um cara que sabe chegar em uma festa...













Voltamos para a floresta.
Verônica afirma que Manigold tem o cheiro das tropas de Hades. E começa uma batalha de insinuações e piadinhas de cunho sexual entre o “bonitão” cavaleiro de câncer e o travesti... quero dizer, espectro Verônica.
Algo que me agrada bastante neste episódio, como vocês poderão ver por conta própria, é que os roteiristas não perdem tempo como oponentes que não representam um desafio real para os cavaleiros de ouro. Já vou logo adiantando que Verônica será derrotado/a sem nenhuma dificuldade por Manigold. Aliás, esse nome me lembra uma coisa que eu gostaria muito de ter removido das minhas lembranças. A imagem do vídeo está horrível a ponto de deixar os rapazes do grupo praticamente desfigurados mas, acredite, a coisa não é lá muito pior que a realidade...




Maldita memória perene para assuntos irrelevantes 

Em quem você aposta: no prepotente ou no cauteloso?













Um enxame de moscas e a cena corta para os deuses gêmeos. Hipnos, cauteloso como sempre, questiona se Verônica sozinho/a pode dar conta de todos os cavaleiros.
Thanatos, arrogante como sempre, lembra seu irmão de que emprestou uma parte do seu poder ao espectro, e que um humano é o suficiente para lidar com outros humanos.
Os dois decidem não intervir e continuam a jogar a sua partida de xadrez.

Fogo fátuo é a nova especialidade do cavaleiro de câncer













Mais alguns gracejos de cunho sexual e Manigold acaba com as moscas do espectro com a tática do Fogo de Raposa.
É então que Manigold usa uma daquelas estranhíssimas técnicas em que o cavaleiro apenas diz uma frase (ou palavra) e ataca com um golpe puramente físico:

As pinças do caranguejo em ação...













Acubens, uma chave de perna (cortesia das pinças do caranguejo de câncer) que parte Veronica ao meio.
Essa técnica demonstra um pouco da frieza e do sadismo que permeiam o cavaleiro de câncer, e até os seus aliados ficam aterrorizados com a violência do ataque vindo de um cavaleiro de Atena.

Peraê que eu vou chutar o traseiro de um traveco e já volto













Mas Verônica não morre. De fato, ele/a afirma ser imortal. Manigold suspeita de algo e arremessa o cavaleiro de unicórnio em direção a Verônica. Yato fica com o pé preso em Verônica e sua armadura começa a apodrecer. Yuzuriha salva o amigo, e Manigold tem a confirmação de que precisava para derrotar definitivamente o espectro. Ele pede que os cavaleiros mais fracos aguardem o seu retorno, e usa as Ondas do Inferno em si próprio e em Verônica.
O campo de batalhas muda de cenário: Yomotsu Hirasaka, o abismo que dá acesso ao mundo dos mortos.

Draw, pilgrim! Ops! Essa eu já usei...













Verônica acha muita graça que o cavaleiro de câncer o/a tenha trazido/a para um lugar considerado como “o quintal dos espectros”. Ele acha que Manigold arrastou a si próprio para a morte certa.

Nossa! Essa foi rápida Manigold













Manigold apresenta Verônica às Chamas Pálidas Azuis, um fogo espiritual que usa como combustível o espírito dos mortos para continuar a queimar.

“Não importa quão imortal seja o seu corpo. Quando trazido para cá, você é só uma alma”.

O plano de Manigold é astuto e faz muito sentido.

“Aqui pode ser o seu quintal, mas para mim esse lugar é o meu playground pessoal”.

Farinha do mesmo saco...













Muito bem representado, o cavaleiro de ouro que lida com o mórbido.
Manigold usa as Chamas Demoníacas Azuis em Verônica, que solta um gritinho histérico de mulherzinha afetada.
O cavaleiro de ouro dá as costas e solta uma frase do tipo: “eu te avisei que éramos farinha do mesmo saco...”

Nossa, além de tudo é vingativa!













A voz de Thanatos começa a falar com Verônica. Ele dá um baita sermão no espectro, lembrando que até emprestou um pouco do seu poder e, mesmo assim, a mulherzinha fracota não conseguiu dar cabo de um poderosíssimo e experiente cavaleiro de elite das fileiras de Atena. Como esses deuses são intransigentes...
Ele exige que Verônica se sacrifique para matar Manigold.

Verônica parte com tudo para explodir junto com Manigold e a deusa Atena sente o cosmo do cavaleiro de câncer se abalar. Sage, o antigo cavaleiro de ouro de câncer, também sente que algo aconteceu a seu aluno.
Sage tranqüiliza Atena, e afirma que o seu aluno não morreria facilmente. Até mesmo porque, para Manigold, viver é uma forma de vingança. E começa um flashback.

A morte é ainda mais terrível pela ótica de uma criança...













Em geral eu detesto flashbacks. Mas este aqui traz tantas reflexões e tem tanto peso psicológico que é impossível não gostar dele.

Quando criança, Manigold teve a sua vila dizimada pelos espectros de Hades. Ele sofreu tanto vendo a morte de todos que conhecia que um grande temor, revolta e ódio cresceram em seu interior. E o desprezo e gosto pela morte lhe desenvolveram a sensibilidade de visualizar os espíritos dos que já estiveram vivos.
Atena afirma que a história de Manigold se parece muito com a de Tenma, que perdeu todos que conhecia e deveria estar à beira da loucura.

“Eu quero que eles vivam. Eu realmente quero que eles vivam...”

A cena retorna para Tenma e seus companheiros. Eles percebem que a floresta está voltando a ser o que era antes. O corpo de Verônica evapora, mas nada de Manigold voltar dos mortos...
Devido às credenciais de Manigold, os três decidem que não há com o que se preocupar.
O caminho da floresta se abre e eles continuam sua jornada rumo ao castelo de Hades. A cena corta para a partida de xadrez dos dois deuses...

A audácia de Manigold é deliciosamente divertida













Hipnos dá uma bronca de irmão mais velho (antes de morrer todos sonham, não é mesmo?) em Thanatos e o chama de imprudente.
Uma luz azul interrompe a partida. Uma bota dourada aterrissa e destroça o tabuleiro de xadrez. Eu confesso que foi neste exato momento que eu me apaixonei perdidamente pelo roteiro desse desenho. Eu soltei uma risada involuntária quando percebi a audácia e arrogância do cavaleiro de ouro de câncer.

Um dos melhores momentos da saga













Manigold encara violentamente o deus da morte, Thanatos, e o avisa de sua imprudência em deixar uma passagem aberta no Yomotsu Hirasaka.
Ele se admira com a semelhança entre os dois e pergunta qual deles é o deus da morte. Thanatos se apresenta, admirado com a ousadia de seu inimigo em aparecer por lá sabendo que estaria diante de deuses. Manigold desfere um soco diretamente em Thanatos, o deus que ele sempre quis chutar o traseiro pessoalmente.

O punho de Manigold sangra. Thanatos parou o seu ataque com um peão do jogo de xadrez.

“Você não pode nem quebrar um peão? No fim das contas você não passa de lixo”.

Com o fim do episódio, fica a dúvida: Manigold é putamente forte para cometer tamanha estupidez ou é um completo imbecil?


EPISÓDIO 17: LIXO

"Ai, ui... Eu sou um deus que não gosta de ver sangue"...













“Aonde você vai, Hipnos”?

“Diferente de você, o sangue ou conflitos sem sentido não me atraem. Eu estou de saída.”

Hipnos, por total falta de interesse, deixa Thanatos sozinho para lidar com Manigold.
Este, por sua vez, leva vários revezes até se dar conta da força do deus da morte.
Thanatos repele os ataques de câncer com muita facilidade, ao passo que prova que colunas de sustentação não exercem nenhuma função nas construções dos prédios da saga cavaleiros do zodíaco.

Bispo H6 ataca Caranguejo C8













Thanatos restaura o tabuleiro de xadrez, e um cavaleiro negro gigante aparece para atacar Manigold.

“Você interrompeu meu jogo. Então eu quero que você me divirta um pouco.”

Tá vendo, Thanatos: se fosse um tabuleiro original não queimava tão fácil













Esse é o típico raciocínio de um deus, uma criatura imortal e extremamente entediada com tudo. Não que eu acho que esse seja o caso de Thanatos. Ele parece se divertir bastante com os teatrinhos armados contra os cavaleiros.

...divine assault: Nibelung Valesti!













Peão, rei e rainha atacam Manigold, mas ele consegue destruir os bonecos de Thanatos com as Chamas Demoníacas Azuis.
Câncer destrói o tabuleiro e promete queimar a alma de Thanatos junto com seu corpo. O deus da morte leva na brincadeira, mas mostra a sua verdadeira aparência, a de Valquíria Negra do Valkyrie Profile. Ou algo bem parecido com isso.

É então que Thanatos usa uma ancient magic retirada do próprio Valkyrie Profile e invoca o Caminho dos Deuses, uma outra dimensão que só pode ser trilhada por deuses. Um único passo e um mortal é completamente despedaçado. O porquê de Thanatos não criar o caminho dos deuses bem abaixo dos pés de Manigold, ao invés de atrás de si próprio, é um mistério que só as maravilhas da narrativa podem desvendar...

Eu ia usar a frase “falando sério, agora”, mas se eu dissesse isso metade do texto acima desapareceria. Então, simplesmente falando: você que assistiu às outras sagas deve se lembrar que o caminho dos deuses apareceu na primeira saga de Hades, quando os cavaleiros de bronze seguem Atena aos Campos Elísios (boneca no pote! Boneca no pote!). Seya e seus asseclas conseguem atravessar por causa do sangue de Atena que dá brilho a suas armaduras. Mas Manigold não tem a mesma sorte...

“Você não é digno nem de morrer pelas minhas mãos”.

Há um abismo entre um deus e um humano, literalmente













A força do caminho dos deuses arrasta tudo no caminho, e Manigold não consegue se mexer. A morte do cavaleiro que lida com a morte é só uma questão de tempo.

“Agora, volte ao pó e morra nas lacunas entre o espaço e o tempo!”

Uma voz ecoa pela sala que já fez parte do castelo dos deuses gêmeos.

“Isso não vai acontecer, Thanatos”.

Agora que a principal peça chegou o jogo pode recomeçar













O mestre Sage rasga a matéria negra do caminho dos deuses. Thanatos nem ao menos o conhece, mas isso não impede que Sage cancele o caminho dos deuses arremessando os talismãs de Atena (os mesmos que selaram parte do poder de Hades) diretamente na armadura do deus. Essa cena me lembra uma outra cena, com uma personagem que eu gosto muito desde criança:

Desapareça!












Aliás, esse desenho era bem “de menina” e tosquinho, mas eu gostava muito da música da abertura em português. Garanto que este vídeo vai fazer rolar lágrimas de saudosismo no rosto de muito marmanjo que está lendo o post (principalmente se ele fizer eles se lembrarem de como é triste o final desse desenho):



Quer saber como uma coisa que podia dar tremendamente errado foi consertada antes que causasse a morte involuntária de nerdezinhos Brasil afora? Dá um olhada nesta versão alternativa:



Como (provavelmente) nunca farei um post inteiramente dedicado a Sailor Moon neste blog, não quero deixar a oportunidade passar: SAILOR MERCÚRIO, VOCÊ É A COISA MAIS INÚTIL QUE JÁ CAMINHOU SOBRE A TERRA ANTES DE ASHLEY DO RE4. BORBULHAS DE MERCÚRIO? ENFIA AS BORBULHAS NO...

Olha uma borbulha entrando no...
Planarei acima de você para provar que sou um deus













Continuando...

A música que toca enquanto Thanatos e Sage conversam é tão bonita que me causa revertérios nerd de alta periculosidade ao meu miocárdio.
Sage revela que a tarefa de proteger o cavaleiro de pégasus dada a Manigold foi apenas uma artimanha para chegar até o deus Thanatos.

“O dever do mestre do santuário é estar um passo à frente dos deuses”.

Isso faz bastante sentido, já que o mestre do santuário deve guardar a deusa Atena e sua sala. Lembra que o mestre Ares fingia que Atena estava em seus aposentos, bem atrás de seu trono de mestre?

Manigold faz pouco dos ferimentos causados por Thanatos, mas admite que seu corpo está bem pesado. Ele diz que se não fosse pela barreira de Hades (que sela 90% da força de qualquer cavaleiro) teria conseguido acabar com Thanatos.
Sage joga um balde de água fria no ego inflado de seu aluno, informando a ele que não estão sob efeito da barreira de Hades, visto que a área em que eles se encontram está acima do castelo.

“Tolo! Como pode um homem velho mudar alguma coisa”?

Tartarussu... Fobiá!














Thanatos usa a Fobia do Tártarus, uma magia que invoca almas que atacam o corpo e o espírito do inimigo. Elas são as almas que foram depenadas pelo deus, e que estão condenadas a viver em eterna tortura. Thanatos é cruel e mesquinho.

Manigold é agarrado e sugado pelos espíritos. Mas Sage avisa que, se eles são espíritos, os dois podem lidar com a situação.

Thanatos só usa golpe baixo













Um dos minions de Thanatos passa uma rasteira no cavaleiro de câncer, que é arrastado para dentro do buraco negro criado pelo deus.
Manigold concentra sua força em um ataque chamado Sepultura das Almas.

“Quanto mais poder espiritual houver em uma área, mais sua força aumenta”.

Agora eu tô puto...













Esse era o plano de Sage: turbinar o golpe de Manigold com os espíritos invocados por Thanatos.
Uma farpa voa e arranha o rosto do deus gêmeo. Thanatos, incrédulo, fica em silêncio e apenas passa a mão no rosto. Manigold acredita que isso deixou o inimigo em xeque.

“Humanos ferindo um deus. Esse é o maior dos pecados”.

Povo da Terra, conto com a energia de vocês!













Thanatos se enfurece e decide acabar com tudo de uma vez por todas.
O deus usa a Terrível Providência, uma Genki Dama negra que destrói tudo que encontra pela frente. Manigold se joga na frente de seu mestre, para protegê-lo.
Ao ser quase esmagado pela energia do golpe, Manigold se lembra das palavras de Thanatos ao comparar os humanos com lixo.

O ponto de vista de Manigold é muito triste...













O jovem Manigold concentra as almas dos moradores da sua vila, e o mestre Sage atenta a esse fato. Manigold fica de olho no colar de ouro do mestre e começa a puxar conversa.

“Antes elas tinham corpos. Agora não passam de lixo”.

O garoto tenta roubar o ouro do velhote, e leva uma lição de moral por causa disso.
Então ficamos sabendo que Manigold é um pseudônimo que o garoto utiliza para se auto-proclamar “O Arauto da Morte”.

Uma linda cena que não podia ficar de fora













Sage explica que as pessoas, por mais insignificantes que pareçam ser, não podem ser comparadas à lixo, pois fazem parte de um esquema maior no universo.
Ele afirma que todos viemos e voltamos ao pó de estrelas depois que partimos.

Debaixo de toda essa pose tem uma criança muito sofrida













Manigold finge não entender o que o mestre lhe diz. E lágrimas lavam o pequeno rosto do garoto. Sage lhe faz um convite: que o garoto o siga ao santuário. Por que levar um garoto de rua, ladrão, ao santuário de Atena?
Boa pergunta...

O cavaleiro de câncer diz que finalmente entendeu o que o mestre queria lhe dizer (eta carinha devagar, heim?): mesmo que as suas vidas sejam lixo aos olhos de um deus, todos querem brilhar ao menos uma vez.

Perdeu, playboy!













Thanatos faz uma munganga que arranca dois litros de sangue do peito de Manigold, de dentro pra fora (claro).
Sage usa a Prisão de Talismãs contra Thanatos, mas ele solta uma onda de energia que destrói todos os papéis.

Nani!?













Manigold mostra que é duro na queda (nossa, um sinal claro de que estou ficando velho: quem com menos de 30 anos ainda fala “duro na queda”?) e acerta um combo de 3 hits na cara de Thanatos.

Agora o bicho vai pegar!













Ele se emputece 150% e decide acabar com tudo, mais uma vez.
O deus abre quatro caminhos dos deuses ao mesmo tempo para matar Sage e Manigold.

Mas os dois ainda têm um pequeno truque na manga...

É agora ou nunca...













E o episódio acaba.

Falando sério: se eu fosse um japa que precisa esperar uma semana pra ver a continuação de um episódio de desenho, acho que eu ia ter uma combustão espontânea de ansiedade e curiosidade. Felizmente, os milagres da pirataria e do Youtube permitem a nerds incautos como eu assistir os episódios de uma vez só.


EPISÓDIO 18: EU SÓ QUERO QUE VOCÊ VIVA!

Antes de começar, gostaria de dizer que este é o episódio de que mais gosto dentre os 26 que vi até agora. Os porquês ficarão claros com o decorrer do texto.

Hora de se desesperar, baby!













“É aqui que começamos a nos desesperar, certo?”

Essa é a pergunta de Manigold diante da fúria do deus Thanatos.
“Nos desesperar? Não use essa palavra com tanta leviandade.”

Esse moleque precisa de acompanhamento psicológico













As palavras do mestre Sage iniciam mais um flashback. Como eu já adiantei que este é o meu episódio preferido, dá pra adivinhar que algo muito bom vem por aí. Pelo menos ao meu modo de ver as coisas, algo muito bom sem dúvida...

E aí tio, beleza?













Em uma área de treino do santuário, Manigold luta contra um oponente. Ele aplica o golpe da tesourada nos quadris (mas não chega a torar o oponente no meio, claro) e começa a socar seu rival. Ele continua a bater mesmo depois que o outro aspirante a cavaleiro joga a toalha e desiste da luta. Manigold se irrita e afirma que esses treinos não são nada comparados com as lutas da vida real.
O mestre Sage aparece e interrompe a sessão de espancamento. Mais à frente veremos um dos vários motivos pelo qual eu gosto tanto do roteiro deste anime, pois a violência não é usada de forma gratuita e apenas para gerar impacto barato no telespectador.
Manigold fala que os outros aspirantes são muito moles, e que não conhecem o verdadeiro desespero.
Sage marca uma sessão de treinamento pessoalmente com Manigold, em sua sala particular.

Sekishike: Sai desse moleque em nome de Chessuuuus!













Já nos aposentos de seu mestre, Manigold questiona como será o treinamento, visto que não há nenhum campo de batalha.
Mestre Sage afirma que não será necessário, e toca a testa do garoto. Uma luz azul envolve seu corpo, e Manigold vê a si mesmo do alto do aposento.

“Sua alma foi separada de seu corpo. Por que você não me conta sobre esse desespero de que tanto fala, Manigold?”

"Célebrooooo..."













Manigold agora se encontra em uma montanha, com pessoas caminhando paralelamente a ele. As pessoas avançam como zumbis sem vontade própria e se atiram em um fosso sem fundo.
O garoto fica horrorizado com a cena, e não entende porque eles fazem isso.
Quando tenta impedir um rapaz que avançava rumo ao fosso, Manigold percebe que as pessoas são, na verdade, cadáveres ensanguentados. São pessoas mortas que estão diante dele.

“Morte. Há milhares de mortos aqui”, diz o mestre Sage.

“Então quer dizer que, se caírem naquele buraco, eles finalmente encontrarão a paz?” pergunta Manigold.

“Não. O submundo os espera naquele buraco. É o inferno”.

Não adianta tentar escapar: a morte é sempre desoladora













Manigold não consegue aceitar as palavras de seu mestre. Ele observa que as pessoas parecem terem morrido de uma forma terrível e violenta. Até parece que eles ainda conservam as dores e o sofrimento que sentiram em vida.
Ele não aceita que eles, depois de tudo que passaram na terra, sofrerão por toda a eternidade depois da morte.

Para continuar a escrever, preciso me preparar psicologicamente. Essa é uma das partes que mais mexeram comigo em todo esse desenho. De fato, nas duas vezes em que assisti a esse episódio não consegui conter as lágrimas enquanto presenciava a cena seguinte.

A morte não faz distinção de idade...













Manigold tenta, em vão, avisar os mortos do que os espera lá embaixo. Realmente em vão. Ninguém lhe dá ouvidos. É quando ele observa que uma pequena garotinha, segurando um ramo de flores, é a próxima a se jogar. Ele se adianta e agarra a menina pelo braço, mas ela começa a gritar e a se debater e os dois caem no precipício.

Manigold não consegue aceitar a injustiça da vida













Manigold consegue segurar a menina e a si mesmo. O mestre Sage agarra o braço de seu aluno e pede que ele deixe a menina cair, pois ela já morreu de qualquer forma.
Manigold insiste em salvar a menina, pois ela morreu sofrendo e não merece passar o resto da eternidade em sofrimento.
Este personagem é um reflexo claro de pessoas que passaram por grandes traumas ou sofrimento na vida. Manigold usa uma máscara de insensibilidade e de ironia, apenas para disfarçar o fato de que não suporta ver os outros sofrendo sem poder fazer nada.

Difícil de entender e aceitar...













“Se é isso que nos espera depois da morte, não sei por que continuo vivo”.

O jovem questiona a razão da própria vida e a utilidade de seu treinamento como cavaleiro, já que o destino final das pessoas será o mesmo.

“Não há nada além de desespero”...

A garota consegue se soltar e cai no buraco. Sage puxa Manigold de volta e afirma que o trouxe ao santuário não para que ele testemunhasse os horrores do campo de batalha, e sim para que ele vivesse. Sage recosta a mão sobre a cabeça de seu aluno. O olhar que Manigold (gostaria de saber seu nome verdadeiro) lança para seu mestre é de cortar o coração...

O amor que o mestre sente por seu aluno é algo muito bonito de se ver













É por isso que eles devem combater o imperador do submundo, Hades, que trata a vida humana como um brinquedo.
Ele diz ainda que eles podem vencer até a morte se conseguirem viver em prol desse objetivo, guiados pelo universo que reside em seu interior.

“Nos desesperar? Não use essa palavra com tanta leviandade. Ainda temos uma carta na manga!”

A batalha recomeça.

Essa técnica é demais!













Thanatos ataca os dois cavaleiros. Ele destrói o cenário onde os dois se encontram para que caiam no caminho dos deuses. Ele acerta Manigold com alguns ataques, que derrubam o cavaleiro de câncer no chão. Então Sage usa as Ondas do Inferno no deus da morte, que começa a se desfazer diante de sua própria estupefação.

Corpitchu de humano, ispritu de deus...













Sage afirma que há um boato de que o verdadeiro corpo de Thanatos está nos campos Elísios, e que o corpo que o deus usa não passa de um recipiente temporário. Se ele conseguir remover a alma de Thanatos desse corpo, a luta acaba.

“Eu não sei o que você pretende, mas um simples humano não pode mover a alma de um deus”.

Um dos momentos mais legais do anime, parte 2...













O problema é que a alma de Thanatos é muito forte, e ele consegue retornar ao recipiente com facilidade. Ele promete que vai acabar com mestre e aluno ao mesmo tempo. É então que a alma do deus começa a sair de seu corpo. Thanatos fica espantado, sem conseguir entender.
Manigold está usando as Ondas do Inferno para remover Thanatos de seu corpo falso. O mestre Sage se junta ao seu aluno e, juntos, realizam a técnica do Sekishiki mais uma vez.

Thanatos afirma que é inútil, pois ele pode voltar ao corpo quantas vezes forem necessárias.
Manigold diz que foi muito feliz por poder viver ao lado de seu mestre.
E, somando um mais um, não é muito difícil de adivinhar o que vai acontecer a Manigold ainda neste episódio.

Juro que só percebi agora que Manigold tá perneta













O cavaleiro de câncer salta e agarra o corpo inerte de Thanatos pelo pescoço.

“Agora você não passa de um lixo também.”

A perda da morte consegue surpreender até seu maior manipulador













Manigold e o humano que Thanatos possuía se esfacelam quando tocam o caminho dos deuses. O cavaleiro de câncer está morto, mas conseguiu assegurar que o deus da morte não possa retornar para seu corpo.

Thanatos afirma que a morte de Manigold foi em vão. Sage discorda, visto que agora ele está diante de um deus com a alma exposta.
É então que Thanatos revela que pode possuir o corpo de qualquer pessoa que ele quiser, inclusive o do próprio Sage.
O deus avança em direção ao corpo do mestre. Uma estrela negra aparece em sua testa. Thanatos fica animado diante das possibilidades abertas com a possessão do corpo do mestre do santuário.

"I See youuu..."













Thanatos percebe que não consegue dominar por completo o corpo de Sage. E o mestre lembra mais uma vez de que o dever do mestre é estar um passo à frente dos deuses.
Sage remove seu manto e revela uma armadura de prata com um espelho no peito. É a armadura do seu irmão, Hakurei. Thanatos decide destruir o corpo de Sage de dentro pra fora, mas já é tarde demais para o arrogante deus da morte.

Deu trabalho pra conseguir essa caixinha. Vê se não vai guardar jóia













Sage retira uma caixa do peito da armadura de Altar. Uma caixa dada pela própria Atena para que a alma de um deus pudesse ser aprisionada nela. E, caso eu ainda não tenha dito isto, direi agora: ADORO A ATENA DESTA SÉRIE. ELA NÃO É UMA INÚTIL QUE FICA DENTRO DE UM VASO ESPERANDO DOZE HORAS PARA O SEYA VIR SALVAR O SEU TRASEIRO.
A cena de Thanatos sendo aprisionado me lembra uma clássica cena do cinema dos anos oitenta... 



Sage lamenta por seu plano, pois a morte de seu aluno não era esperada.
O caminho dos deuses se fecha. O palácio dos deuses gêmeos se desfaz. Sage deixa a tarefa de vencer a guerra nas mãos de Atena e seu irmão.
A caixa retorna à sala do mestre. A armadura de câncer retorna à casa de câncer. Atena e Hakurei especulam sobre a morte do mestre e o que fazer em seguida.

“Selamos um dos deuses gêmeos. Agora só falta Hipnos”.

Não dá pra disfarçar: dizer "adeus" é sempre triste...













Hakurei deixa claro que a tarefa de vencer Hades cabe aos jovens da presente era. Ele e seu irmão intervieram apenas porque um inimigo comum se colocou em seu caminho.
Manigold aparece na casa de câncer (por intermédio de sua armadura, creio eu) e entrega o capacete do mestre a Shion.
Depois ele aparece para Tenma em uma visão e se despede.

Thanatos, uma peça a menos no jogo













O mestre Hakurei aceita o cargo de mestre do Santuário. E uma peça branca de xadrez cai do céu. Hipnos a segura em sua mão.

“Thanatos, fique nessa caixa por algumas centenas de anos e esfrie a cabeça. Afinal, isso não é muito tempo para um deus”...


EPISÓDIO 19: A ESPADA SOLITÁRIA













Lembram quando eu disse que o episódio anterior era o meu favorito? Sim, eu não estava mentindo. Mas o meu ARCO de episódios favorito dessa série começa agora. Um novo cavaleiro de ouro é apresentado. Ele se parece mais com um vilão que com um típico herói das histórias. De fato, eu acho que as motivações deste personagem deixam bastante claro que ele está mais para um anti-herói que um típico bom moço. Mas paremos de divagar e continuemos...

Só tem alma sebosa













O episódio começa com quatro deuses se apresentando ao deus do sono, Hipnos: Oneiros, Ichelus, Morpheus e Phantasos.
Hipnos delega uma tarefa especial para os quatro deuses que formam os sonhos.
A ação corta para o santuário, mais especificamente a casa de sagitário.
Sasha, a deusa Atena, se dirige aos aposentos do cavaleiro de sagitário para ver como ele está.

"Esse cara sou eu"!













Ajoelhado diante do cavaleiro de sagitário está um outro cavaleiro de ouro. A “câmera” faz uma panorâmica e nos revela o personagem mais fodão que a série Cavaleiros do Zodíaco já conheceu: EL CID, O CAVALEIRO DE OURO DE CAPRICÓRNIO.

"Heather, Harry Mason é Sin"!













Antes de continuar, preciso fazer um pedido de desculpas: Sir Auron do Final Fantasy 10, mil perdões mas sua senhoria terá que dividir o título de O CARA com o personagem apresentado acima. Só pra adiantar o porquê de El Cid ser O Cara, só basta dizer que aproximadamente cinco episódios são dedicados a este cavaleiro e seus grandiosos feitos. Continuando...

Só assistindo pra entender













El Cid é amigo pessoal de Sísifus, o cavaleiro de ouro de sagitário que foi atingido pela flecha devolvida por Hades. Atena especula que essa é a razão de Sísifus não conseguir despertar de seu coma. A conversa é interrompida por Ichelus, que sente o cheiro do ferimento causado por Hades e invade o santuário para roubar a alma de Sísifus. Como Ichelus consegue entrar no santuário, mesmo com a magia de Atena que impede quaisquer tipo de teleportações, só ficaremos sabendo mais pra frente.
El Cid se irrita profundamente com a ousadia do deus.

“Atena-sama. Ordene que eu resgate a alma de Sísifus”.

El Cid é o cavaleiro de capricórnio. Lembram da fama de Shura, de ser o cavaleiro de ouro mais fiel à Atena? Pois bem, aqui isso fica nas entrelinhas, pelo fato de El Cid pedir permissão para que Atena o envie para resgatar seu amigo, coisa que todos sabem que ele faria de qualquer jeito.

As escolhas já foram feitas. só resta saber o caminho que levaram a elas...













Atena afirma que não podem se dar ao luxo de perder Sísifus nesta guerra. E eu fico imaginando o quão fodão é esse cavaleiro de sagitário para que Atena não abra mão dele de forma alguma.
El Cid afirma que vai derrotar os quatro deuses e resgatar a alma do amigo. Atena o envia à missão, não porque é uma louca irresponsável e egoísta que não tem noção do perigo de enviar um único cavaleiro para enfrentar QUATRO DEUSES ao mesmo tempo. Atena faz isso porque sabe que El Cid é o único capaz de realizar a tarefa.

“Minha lâmina ainda não se tornou a Excalibur”...

WTF? COMO ASSIM? QUER DIZER QUE O CAVALEIRO DE OURO MAIS FODA DE TODOS OS TEMPOS É UM ESTAGIÁRIO? A SUA EXCALIBUR AINDA NÃO ESTÁ COMPLETA? QUE RAIOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI? E é aí que eu digo: calma, pequeno gafanhoto...

El Cid parte em sua missão, mas é interrompido por três cavaleiros de prata que parecem ser seus alunos. Eles pedem que ele os deixe ir junto. Wolverine, quer dizer, El Cid não permite e fala que eles devem ficar de prontidão no santuário.

“Se o coração de El Cid é afiado como uma lâmina, o coração de Sísifus é de uma generosidade sem tamanho”.

Corta "até água"? Essa espada é das boas mesmo!













Essas palavras de Dohko serão importantes para que o leitor consiga acompanhar o meu modo de enxergar as coisas a respeito do cavaleiro de Sagitário, nos episódios posteriores.
Em um flashback, Sísifus explica o porquê de El Cid não permitir que seus discípulos o acompanhem em suas missões.
El Cid treina duramente em um rio para aperfeiçoar o corte de sua Ginsu 3000, quer dizer, Excalibur.
Uma onda gigante ameaça esmagar o cavaleiro. Ele consegue cortá-la ao meio com a lâmina de seu braço. Os alunos de El Cid afirmam que ele é maravilhoso. E eu concordo plenamente.

A começar pelo nome: El Cid me lembra um nome espanhol, de um toreador (nada a ver com o clã vampírico) ou coisa que o valha. É um nome muito ousado, inusitado e completamente diferente de todos que já ouvimos na série.
El Cid me lembra o Wolverine. Ele tem um semblante sério e sinistro, mesmo sendo justo e bondoso. A sua armadura de ouro apenas contribui para a impressão que ele passa, por causa dos chifres. E é uma das armaduras mais bonitas e imponentes entre as doze. Seus cabelos adornam sua cabeça em forma de arco, dando uma impressão de espinhos protegendo seu rosto...

Calma aí, chifrudinho!













Outro flashback mostra Pakia, um aspirante a cavaleiro tutelado por El Cid. Ele consegue vencer seu oponente e ganhar uma armadura mas decide fugir do santuário pelo medo da guerra que se aproxima.
El Cid o encontra e lhe lembra que a pena para aqueles que tentam fugir do santuário é a morte. E eu pensando que essa regra tinha sido criada por Ares durante seu mandato como mestre...

El Cid ergue o braço para acabar com seu aluno, mas Sísifus se interpõe entre os dois, protegendo Pakia com as asas de sua armadura, enquanto fica de joelhos e de costas para seu amigo. E queria dizer algo sobre Sísifus: ESSE CARA É O QUE PODEMOS CHAMAR DE UM VERDADEIRO HERÓI EM UMA HISTÓRIA. Essa espécie em extinção é uma raridade hoje em dia, onde a regra é que o mauzinho é mais legal. Mas Sísifus entra para o Hall dos Heróis de qualquer forma.

Te pego lá fora, seu bunda-mole













Sísifus afirma que o aspirante pode ajudar o mundo mesmo sem se tornar um cavaleiro. Ele vai além e diz que ser benigno de outras maneiras que não o da luta é tão válido quanto os que enfrentam o campo de batalha. Viu? Agora sabe por que Sísifus é um verdadeiro herói clássico?
Mesmo que estes não sejam os seus métodos, El Cid recua, reconhecendo a sabedoria das palavras escolhidas pelo seu irmão de criação.

El Cid continua a sua jornada para encontrar os quatro deuses que governam o mundo dos sonhos, e lembra que o coração bondoso de Sísifus também é a sua maior fraqueza: é por causa disso que a ferida de Hades é tão profunda em sua alma, que ainda se culpa por ter retirado Sasha da companhia de seu irmão e amigo quando estes ainda eram crianças.
É então que uns espectros genéricos têm o azar de emboscar El Cid. Sim, o azar é deles, pois o cavaleiro extermina todos com um único golpe de sua Excalibur Incomplete e os parte ao meio em uma cena bem sangrenta.

Mandaram o Sonic pra acabar com El Cid?













Gregor de Gambu, a estrela celeste do Retrocesso, aparece para enfrentar O Cara, quer dizer, El Cid. Ei! Acho que Cid deve significar Cara em espanhol.
Mas antes, uma pausa para recuperar o fôlego. O QUE RAIOS QUER DIZER “ESTRELA CELESTE DO RETROCESSO”? Seria isso?



I wonder...

Gregor afirma que sua súplice é tão dura quanto o diamante, e que pode derrotar El Cid. Foi só eu ou você já sabia o que ia acontecer com esse espectro ridículo? Caso você não tenha muita imaginação, dou uma dica:



El Cid confirma as minhas expectativas, mas reafirma que sua lâmina ainda não pode ser chamada de Excalibur, A Espada Sagrada. Então o deus Ichelus aparece.
Ele explica a El Cid que seus esforços são em vão, pois a alma de Sísifus já foi mandada para Morphia, o reino dos sonhos. Os outros deuses dos sonhos se juntam a Ichelus. Phantasus paga o maior pau pra El Cid e diz que quer ficar com ele.

"Eu tô tão a fim..."













Deus dos sonhos, Oneiros. Ichelus, das ilusões. Phantasus, das fantasias. Morpheus, dos sonhos dos heróis. El Cid parece querer enfrentar os quatro ao mesmo tempo, mas é Ichelus quem lhe desafia como rival.
El Cid ataca com a sua espada. O ataque acerta Ichelus em cheio mas nada acontece.

A lâmina da Excalibur pega no flagra













El Cid ataca novamente. Os outros deuses pedem para que Ichelus pare de brincar e acabe logo com seu inimigo.

WTF!?













Um outro ataque e El Cid pode ver o raio de luz de seu golpe avançando contra ele mesmo. Um braço ensangüentado voa pelo ar. Um braço que usava uma armadura de ouro. Uma lâmina foi quebrada...

“Como? Como eu perdi meu braço direito”?

Será que adianta pedir com educação?













El Cid não consegue entender o que está acontecendo. Como fazer para enfrentar quatro deuses com um braço a menos? Boa pergunta. O episódio acaba...


EPISÓDIO 20: PRISÃO DOS SONHOS

...













O episódio começa com Atena olhando para o corpo inerte do cavaleiro de sagitário. Provavelmente Sasha se culpa por não ter feito nada para impedir o roubo da alma do cavaleiro. Hakurei aparece para confortar a deusa e acrescentar que El Cid tem poder para derrotar os quatro deuses dos sonhos.

Ichelus se acha o dono do mundo













O braço de El Cid voa pelos ares. Ichelus explica como funciona o seu poder. Phantasus leva o braço cortado embora e El Cid tenta atacar com a perna, mas Ichelus aparece nas suas costas e dá um golpe que faz o cavaleiro voar longe no meio da floresta.

De trás de ti, El Cid! É assim que funciona













Durante toda essa seqüência eu fiquei esperando... pelo quê exatamente? Pare pra pensar um pouco: dois dos deuses dos sonhos comandam ilusões. Então eu fiquei esperando pelo momento que o roteirista revelaria que o braço de El Cid ser cortado era uma ilusão criada por Phantasus. Esperei e esperei, pois não seria possível um cavaleiro que ataca com seu braço-espada lutar sem sua principal arma.
Mas isso não aconteceu. Simplesmente não aconteceu. Um dos maiores clichês foi simplesmente jogado fora, fazendo o telespectador (e o próprio cavaleiro de ouro) se deparar com uma situação de difícil resolução. Sim, meu amigo: tem que ter muita coragem para se desapegar do escapismo e das saídas fáceis quando se quer escrever algo de qualidade. E foi isso que fizeram aqui.

É um ator esse El Cid...













Diante da fraqueza de El Cid, os quatro deuses resolvem partir. Oneiros revela que a outra missão dada por Hipnos era a de capturar o cavaleiro de pégasus. Hipnos atenta que a conexão de Tenma com o imperador Hades é um elemento que representa perigo para seus planos. Ele ordena que não só a alma, mas também o corpo, seja enviado ao mundo dos sonhos. Isso mostra que Pandora falava sério quando dizia que o nível de cautela entre os dois irmãos era bem diferente. Hipnos está, simplesmente, removendo um por um os riscos ao sucesso de Hades.

Não olhe agora, mas tem um pavão atrás de você













Tenma, Yuzuriha e Yato avançam pela floresta. Os quatro deuses aparecem em segredo e Tenma se separa do grupo. Finalmente ele avista a sua cidade, só que como era antes do ataque de Hades.
A vida corre normalmente na cidade natal de Tenma. Ele chega a se perguntar se não se trata de uma ilusão do inimigo. Em um exercício de especulação, Tenma também se pergunta se tudo que ele viveu nos dias anteriores não era um sonho.
Alone e Sasha o esperam, e sua armadura de pégasus desaparece para dar lugar as suas tradicionais roupas de camponês. A vida parece ter voltado ao normal...


Gurin Fantajia! Adoro Engrish...













Yato e sua companheira são atacados por Phantasus e sua Grim Fantasy, um golpe que recria um mundo onde os maiores desejos de uma pessoa se realizam.
Ela leva as almas dos dois para que se juntem a uma coleção de almas, no reino dos sonhos. Yuzuriha come uma maçã ao lado de seu irmão.
Yato carrega Sasha em seus braços. A vida parece ter voltado ao normal...

Acredite: mesmo que indiretamente tem a ver com o texto













Essa sequência me lembra muito o conceito de falsa realidade de Matrix e também uma história de Alan Moore na qual o Super-Homem vive quase que tranquilamente em Kripton por intermédio de uma criatura conhecida como Consciência Negra. Essa história faz parte de uma publicação que compila grandes histórias do mestre Alan Moore. Altamente recomendado. Voltando para Cavaleiros do Zodíaco...

“Aproveitem seus sonhos... por toda a eternidade”!

ISSO é um Meteoro!













Uma fenda no espaço do mundo dos sonhos interrompe as reflexões de Phantasus. Sim, a verdadeira estrela do episódio voltou com força total.

Chega a ser uma covardia El Cid versus Phantasus...













El Cid adentra o lugar em grande estilo: seu braço cortado flameja uma chama dourada enquanto ele explica que conseguiu invadir o mundo dos sonhos por causa da ressonância do pedaço da armadura de ouro que foi cortado com o restante. Como El Cid sabia que Phantasus levaria o pedaço de seu braço? Só o sombra sabe. Aliás: acho que nem o sombra sabe! Vai ter uma capacidade de improvisar assim no raio que o parta, El Cid.

Vejamos do quê é feito um carneiro...













Phantasus usa a sua “Girim Fantagia” (rsrsrs. O engrish dos japoneses nunca deixa de soar divertido aos meus ouvidos...) e explica que El Cid pode ter tudo o que desejar neste mundo. Ela remove a alma do cavaleiro, assim como fez com Yato e Yuzuriha.
O corpo de El Cid jaz inerte e na mão de Phantasus, uma esfera que representa o maior desejo do cavaleiro.
Sem saber que a curiosidade matou o gato, Phantasus resolve dar uma bizolinha na esfera de El Cid pra saber que filme está passando. Para sua total surpresa, não há nada lá dentro. Apenas uma pequena luz dourada que vai tomando forma... a forma de uma afiada espada de ouro.

Phantasus impressionada com o tamanho da espada de El Cid













“O meu maior sonho é fazer do meu braço a lâmina suprema”.

O sonho de El Cid escapa da esfera e quase parte a cara de Phantasus em duas.
A espada de El Cid, ereta (sem piadinhas, for god sake!), corta a esfera em duas e faz uma fissura bem no meio da deusa do sonho, Phantasus.
Ela fica desesperada e nos revela seu maior segredo: PHANTASUS FAZ JUS AO SEU NOME E SE REVELA COMO A FANTASIA DE MUITO MARMANJO CASADO QUE TEM POR AÍ. Sim camarada, é isso mesmo que você não está pensando.
A máscara da deusa cai e revela que ela é um TRAVESTI.

Passando um paninho e botando um saco na cabeça, quem sabe...













Sim, os japoneses adoram personagens estranhos de gênero indefinido. Mas aqui tudo se encaixa com perfeição, já que Phantasus comanda o reino das fantasias. Ou então os caras conseguiram uma bela desculpa pra colocar mais um personagem traveco no desenho (lembram de Verônica?).

A metade de baixo ainda se aproveita...













Phantasus parte pra cima com tudo, mas leva um belo shoryuken e depois é partido ao meio.
“Agora só faltam três deuses”.

El Cid é resoluto e irredutível. O que eu disse sobre ele ser o Cara?
Com a morte de Phantasus, a frágil fantasia de Tenma e seus colegas desaba como um castelo de cartas montado pelo Stephen Hawking.

Boa sorte, Ichelus!













Ichelus e Oneiros sabem que algo aconteceu. Oneiros, mais cauteloso, acha que Morpheus deveria cuidar de El Cid. Ichelus, mais prepotente, ainda não percebeu que El Cid come deuses de meia tigela como eles no café da manhã e parte para dar cabo do cavaleiro. El Cid o esperava silenciosamente. Uma bela música anuncia o combate e o fim de mais um episódio.


EPISÓDIO 21: ALÉM DOS SONHOS

Cotoco é a mãe!













O episódio começa com Ichelus trazendo El Cid ao mundo de Fobia. O domínio deste deus explica o porquê dele ser tão feio e ter uma personalidade tão assustadora.
El Cid ativa o seu sabre de luz, quer dizer, espada Excalibur e eu me lembro que esqueci de falar sobre algo que citei no episódio de Shura de capricórnio.

Eu gosto muito deste cavaleiro de capricórnio. Seu visual sinistro. Sua força incomparável. Sua obsessão em ficar mais forte. De fato, se tem um cavaleiro que personifica o constante estado transcendental do Sétimo Sentido, esse personagem é El Cid. Mas uma coisa que eu detestei em El Cid foi o efeito de Excalibur na sua mão. Shura disparava cortes em forma de faixas douradas. Os efeitos, tanto visual quanto sonoro, eram bem legais (fazia som de "vrooomm". Tudo que faz som de "vrooomm" é legal demais da conta!)
Eu pensei que isso era proposital, pelo fato de sua Excalibur estar incompleta. Mas não. Mais à frente podemos ver que a animação de seu golpe continua mais como um raio que como cortes de uma lâmina. São meros detalhes que não querem dizer nada, claro.

Hide...













“Então o braço que eu cortei era só a bainha de uma espada de energia. Mesmo assim, deve doer bastante”.

... and seek













El Cid começa a perder muito sangue. E, basicamente, essa parte da luta se resume a El Cid atacando e Ichelus devolvendo o seus ataques, fazendo com que o cavaleiro perca ainda mais sangue.
Ichelus passa a se ocultar em um plano diferente do de El Cid. Ele tenta assustar o cavaleiro com uma imagem de lobo. Depois ataca e some. O curioso é que, segundos antes, o próprio Ichelus chamava os seres humanos de covardes...

A ação muda para... sim, eu confesso: não me lembro o nome desse carinha que aprisionou Tenma em um sonho. Mais pra frente eu explico o motivo.
O devaneio de Tenma continua com ele enfrentando o seu próprio doppelganger. O Tenma falso explica que se ele despertar, sua vila desaparecerá para sempre. Isso não faz muito sentido, pois a vila já sumiu de qualquer forma.

"Estou tentando dizer que, quando estiver pronto, não precisará esquivar-se delas"...













Tenma consegue despertar da ilusão e quebra a parede que o aprisionava. O nome do carinha que eu não me lembro é Morpheus. Ele usa uma armadura que, sem sombra de dúvidas, venceria fácil fácil a categoria Luxo do Bal Masque 2013.
Morpheus ataca com o Coma de Morpheu, um ataque que só será explicado depois que o embate entre Ichelus e El Cid continuar. Então...

Se perdesse o emprego de cavaleiro podia ser bombeiro













A ação volta para a batalha entre o carneiro e o lobo. El Cid sangra mais que um personagem de Mortal Kombat. Ele dá um pulo e espalha um montão de sangue no ar. Ichelus pensa que ele está tentando fugir do mundo dos sonhos. E, nessa parte, eu ficava tentando adivinhar a estratégia que este cavaleiro usaria pra derrotar um FDP covarde que fica atacando e desaparecendo.

Quando aparecer você vai ver só...













El Cid consegue acertar vários cortes em seu inimigo. A ideia é que o cavaleiro de capricórnio espalhou seu próprio sangue no ar para conseguir delinear o plano de onde o espectro estava emergindo. Das primeiras vezes que assisti essa luta achei a resolução bem meia-boca. Desta vez, para criar o post, até que eu gostei do final dessa luta. Não sei muito a razão, mas gostei.













“Só faltam mais dois deuses”...

A frieza e determinação de El Cid são assustadoras...

Ao menos o cheirinho deve ser bom













A ação volta para Pégasus. Morpheus fica preocupado com a morte de dois dos quatro deuses do sonho e pensa em falar com seu mestre, Hypnos, mas Tenma o interrompe. O cavaleiro de bronze está coberto de flores e nem pode se mexer. Essa técnica causaria invejas hemorrágicas em Albafica de peixes.
Morpheus explica o seu efeito: o Coma de Morpheus prende a vítima em uma sepultura de flores. Cada flor, ao desabrochar, esvai um sentimento humano. No final, o alvo do ataque não conseguirá nem sentir medo ou qualquer outra coisa. E é aqui que a minha amnésia com o nome desse deus se explica.

Um luxo!













Então, quando estava prestes a virar um zumbi sem emoções, Tenma tem uma visão de Atena, ele mesmo e Hades. Eles usam lindas armaduras de Guerreiras Mágicas, e Tenma usa a armadura celestial que aparece no corpo de Seya quando ele chega nos Campos Elísios.

O corredor onde os dois se encontram é coberto por flores. Mas elas não têm nenhuma cor de emoções. Grandes asas brancas brotam das costas de Tenma. Sua armadura se transforma na armadura da visão. Morpheus entende o que está acontecendo, e fala da “força de vontade que se opunha até aos deuses”, na era mitológica.
Essa parte em especial é muito importante para podermos entender o que o roteirista do desenho tem em mente para o cavaleiro de pégasus.

O poder do amor e da amizade? Ah, corta essa!













Pégasus, na série original, era o queridinho do desenho. Se ferrava até não poder mais mas sempre vestia a armadura de sagitário para vencer o inimigo mais fodão de todos os tempos. Essa babação de ovo podia ser explicada pelo título do anime, Saint Seya.
Vendo a discrepância que havia em tudo isso, os escritores de Lost Canvas tentaram formalizar essa “atenção especial” dada ao cavaleiro de pégasus, oficializando o seu mito de “matador de deuses”. Não sei ainda se conseguiram, pois a história ainda não teve a sua conclusão, mas é uma atitude nobre e de bom senso tentar colocar panos quentes em toda aquela pagação de pau que havia na série original com o cavaleiro de pégasus. Continuando...

Morte silenciosa...













Tenma entra em modo berserker e mata Morpheus COM MEROS METEOROS DE PÉGASUS. O deus constata que a alma de Tenma foi despertada pelo cosmo do próprio Hades. Tenma retorna a si e nem sabe como seu inimigo foi derrotado. E aqui está a explicação para o fato de eu nunca conseguir me lembrar do nome desse personagem até que assista a esse episódio: Morpheus é um deus mas é morto de uma forma brusca e gratuita por um personagem classe C. Descanse em paz, senhor das areias...

Nunca peça pra um amador fazer seu trabalho














Com a derrota de Morpheus os portões do mundo dos sonhos se quebram. Tenma encontra El Cid e tenta dialogar, sem muito resultado. Eles então chegam ao portão do sonho de Sísifus, que por algum motivo não foi destruído.
El Cid tenta destruir o portão com sua espada, mas o deus Oneiros aparece para explicar que a própria vontade do cavaleiro de Sagitário sustenta o portão.

“Capricórnio, não há mais nada que você possa fazer”.

El Cid dispara um ataque que passa longe de Oneiros e atinge uma parede do plano dos sonhos. Oneiros acha que o cavaleiro está tão fraco que não consegue nem mirar direito em seu oponente.
Atena percebe o distúrbio no mundo dos sonhos e decide ir para lá a fim de resgatar a alma de Sísifus.

Alegorias e Adereços... Dez!!!













Oneiros afirma que deuses não podem morrer, e convoca a alma dos deuses derrotados por El Cid. Ele fica do tamanho de um carro alegórico de escola de samba. Tomara que essa porra toda não invente de pegar fogo, como sempre acontece nos desfiles...

Mais um episódio acaba...


EPISÓDIO 22: O CAMINHO CORRETO

"Meu nome é legião, porque nós somos muitos..."













O episódio começa com uma recaptulação dos inimigos que El Cid derrotou. E não é pra menos: já vamos no quarto episódio mostrando as lutas desse cavaleiro. E aviso que esse ainda não será o último.

Tenma ataca mas não causa nem cócegas em Oneiros. El Cid parte para cima do deus e o surpreende pelas costas. Ele acerta um corte que parte o deus ao meio.

“Idiotas. Seus ataques físicos são inúteis. Há quatro almas neste corpo, todas trabalhando ao mesmo tempo para protegê-lo”.

Preciso acrescentar algo mais? Acho que não. O caso é que Oneiros é indestrutível, a menos que algo a respeito das almas seja feito.

“Eu sou um dentro de quatro, e quatro dentro de um”.

Humm... essa frase abre possibilidades sexuais deveras interessantes rsrsrs. Oneiros afirma que matar os dois cavaleiros é contra a ordem de Hypnos, então ele vai fazer uma coisa melhor que matar: vai aniquilar o corpo juntamente com a alma, para que seja impossível aos dois reencarnarem. Isso prova que os deuses desse anime têm sérias bases na doutrina espírita.

Pela conversa mole de Oneiros, deve levar uns 10 turnos pra carregar essa magia













Oneiros ataca com o Oráculo do Guardião, uma técnica que certa vez foi capaz de exterminar uma nação inteira. E não, eu não acho esse nome nem um pouco legal. Ele tenta ser pomposo mas nem se compara a nomes como Satã Imperial ou Rendição do Demônio Rei.
Tenma teme (lol) pela alma de Sísifus caso ele ataque com tamanha quantidade de energia.

O caso é que o Oráculo do Guardião de Oneiros é um golpe sem nenhuma moral. Ele parece não acertar o alvo e só faz levantar poeira. E o idiota do Oneiros ainda se pergunta se Tenma e El Cid conseguiram sobreviver ao seu “incrível” Oráculo do Guardião. Acho que agora ficou bem claro que eu não gosto nem um pouco desse personagem e não sinto um pingo de respeito por ele. Ele não se compara, em nível de impacto, nem ao próprio Ichelus ou Morpheus (que lhe dão poder no momento). Ele não tem a imponência de Thanatos ou Hypnos. Só está lá pra cumprir tabela e ser derrotado por El Cid. E tem mais: as suas ridículas asinhas na cabeça o fazem parecer um poodle. E também acho que ele tem a maior cara de penico...

Sasha é linda que brilha!













Então ficamos sabendo como os dois conseguiram sobreviver ao ataque de Oneiros, que pelo jeito realmente é indefensável: o báculo da deusa Atena resplandece em frente ao olhar incrédulo dos dois cavaleiros. Bem, o olhar de El Cid não é tão incrédulo assim: lembra quando ele disparou um corte em Oneiros que aparentemente errou o alvo? Pois a intenção do cavaleiro não era acertar o inimigo, e sim abrir uma fenda no mundo dos sonhos para que a deusa Atena pudesse adentrar. Por que uma ressonância com uma armadura de ouro pode burlar a barreira entre os dois mundos e uma deusa não, isso é um mistério que está além da minha capacidade especulativa.

Sasha paira como uma anêmona, linda como de costume. Ela salvou a vida de Tenma e El Cid com seu báculo. O que me faz lembrar, uma vez mais, COMO ESSA DEUSA ATENA NÃO É UMA INÚTIL QUE FICA COM O TRASEIRO SENTADO POR DOZE HORAS ESPERANDO QUE ALGUÉM A SALVE ENQUANTO OS CAVALEIROS VÃO METER A MÃO NA MASSA POR ELA.

El Cid se martiriza por precisar de Atena para cumprir a sua tarefa de resgatar a alma de Sísifus. Ele simplesmente não entende que se não fosse por causa dele, nem a deusa Atena em pessoa teria conseguido chegar tão longe. Eta carinha mais exigente consigo mesmo...

"Boa sorte, good luck! Fui!!!













Atena resolve demonstrar sua gratidão ... SIMPLESMENTE DANDO AS COSTAS AOS DOIS CAVALEIROS, QUE SÓ SOBREVIVERAM AO ATAQUE DE ONEIROS POR CAUSA DE SUA INTERVENÇÃO, ABANDONANDO OS DOIS À PRÓPRIA SORTE COM ONEIROS! WTF? SERÁ QUE BATEU UMA RECAÍDA DE SAORI KITO EM SASHA? Abstrai...

Oneiros percebe o lado bom que a situação lhe proporciona, e resolve acabar com Atena lá mesmo para dar um fim à guerra. El Cid lança vários ataques ao redor do deus. Ele rasga o tecido do mundo dos sonhos e usa um golpe para expulsar Oneiros do lugar. O nome do golpe? JUMPING STONE. Isso não os faz lembrar de nada não?

Pelo menos esse não é risível













Isso mesmo, incansável leitor do post: El Cid é tão fodão que consegue usar o golpe com um dos nomes mais ridículos para empurrar Oneiros para fora. É que os tradutores não tiveram a coragem de traduzir Jumping Stone como Pedra Saltitante, que na verdade é a tradução mais fiel e correta. Eles mandaram a lógica às favas em prol de um bem maior e traduziram como Salto de Pedra. Acho que os tradutores da atualidade sabem que ferrar com a moral de um personagem fodão é um pecado capital que manda ao inferno de cabeça pra baixo, e sem direito a chamar pelo Phoenix Wright para gritar Objection! por você.

Tá aí uma cena que não se vê todo dia...













Pégasus se intromete e usa o Cometa de Pégasus para ajudar El Cid. Sabe quando tem uma garrafa ou embalagem com uma tampa putamente apertada que todo mundo da sua casa fica tentando afrouxar mas não consegue, aí vem o último cara e destampa porque uma caralhada de gente já havia facilitado a coisa? Acho que é mais ou menos isso que aconteceu nesse caso.
Os cavaleiros conseguem expulsar Oneiros do mundo dos sonhos para a realidade, e os três cavaleiros de prata que são alunos de El Cid percebem quando os três adentram a realidade. Eles decidem ajudar.

Haja Ether pra tanto gasto de MP













Oneiros percebe a aproximação dos discípulos de El Cid e concentra seu MP para soltar mais um Oráculo do Guardião. Os três cavaleiros de prata executam uma técnica tripla de Chrno Trigger chamada Housing Argo.

"Bonitinho..."













Eu não fazia ideia do que Housing significava, então fui no dicionário de inglês: mas o maldito unilateral do dicionário só tinha o significado de House, que significa “médico quarentão dotado de extremo mau humor e sarcasmo suicida”. Então fui ver no Google: “casa; habitação; armazenamento; biblioteca; encaixe”. Fuck! Não ajudou nem um pouco. então tive a ideia de voltar o vídeo do episódio para prestar mais atenção na figura que aparece atrás dos três cavaleiros quando eles soltam a técnica tripla: raios! A figura também não ajuda muito. Parece uma mistura de bainha de espada com uma armação de vela de navio antigo. Pesquisei, finalmente, a palavra Argo: pasmem! Meu queixo caiu de uma altura de 1,79m, tamanha a minha capacidade de observação de detalhes: Argo tem a ver com um navio no qual embarcaram os Argonautas! Isso explica o troço que parecia com uma vela de navio... Bem, acho que perdi um pouco o rumo do texto. Continuando...

“Bonitinho...”

Oneiros não sofreu nem um arranhão. O máximo de incômodo que ele teve foi ter que prender a respiração por causa desse golpe que só fez levantar uma tonelada de poeira no ar. Sério: quando os roteiristas vão parar de usar esse bagulho de um golpe levantar poeira só para a poeira assentar e revelar que o golpe mais fodástico dos heróis não assanhou nem a metade de uma das sobrancelhas do inimigo? Usam isso em Dragonball o tempo todo. Parem, pois isso deixou de ter impacto há muito tempo.

Hummm... Essa mãozinha é um convite ao prazer...













Oneiros sai da implosão com uma Genki Dama na mão. Ele solta o Oráculo do Guardião e acaba com a raça dos cavaleiros de prata. E eu só posso concluir que o roteirista desse desenho deve sofrer de alguma espécie de licantropia, pois nenhum cavaleiro de prata consegue ter mais que quinze minutos de fama nessa saga.

O golpe de Oneiros extermina os três cavaleiros, mas não sem dar uma chance de um deles ficar moribundo para agradecer pela chance de sofrer uma morte agonizante ao lado de seu mentor. E é hilária a paciência que os inimigos demonstram para esse tipo de situação: em vez de partirem pra cima dos heróis com tudo, aproveitando um momento de fragilidade, eles esperam pacientemente até que todas as despedidas sejam feitas e que o herói tenha chance de elevar seu cosmo/ki/chakra e solte um golpe ultra fuderoso que acabará com a sua raça.

“Faça de seu coração uma arma, cavaleiro de pégasus, para que você nunca perca o caminho... o caminho da verdade”.

Juro que da primeira vez que eu assisti a esse episódio, quando eu ouvi El Cid dizendo essa frase, eu tive a exata sensação de que elas soavam como uma frase póstuma, um conselho para aqueles que vivem e ainda vão viver.
O que houve com os demais cavaleiros de ouro que apareceram até agora, com exceção de Shion e Dohko? Não precisa ser muito inteligente para deduzir que o fim de capricórnio está muito próximo.

Oneiros diz: “O caminho é estreito e a arma é frágil”.

E eu digo: cala a boca, Oneiros. Sua poesia é uma droga.

Gotcha!













O plano de El Cid é simples: Tenma cobre Oneiros com uma chuva de meteoros enquanto ele procura as quatro almas que sustentam o poder regenerativo do deus.
Capricórnio (cansei de escrever o nome El Cid...) parte o corpo de Oneiros em quatro. Os pedaços caem e levantam uma poeira danada. E o que você acha? Que os cavaleiros saíram vitoriosos e que a batalha terminou? Claro que não! A teoria da nuvem de poeira está lá pra responder a essa pergunta.

El Cid está no limite. Quase sem poder. E Oneiros começa a se regenerar lentamente, enquanto compara El Cid a uma espada enferrujada. Cara, por que você não para? Eu já não te disse que a sua poesia é uma droga?

Até um super-homem tem o seu limite













Tenma tenta destruir as quatro almas, mas é repelido facilmente pelo poder do deus. O cavaleiro de bronze não quer deixar que ninguém mais morra.
Oneiros ataca com um poder genérico sem nome que empurra Tenma pra trás. Quando está quase sendo derrubado, Yuzuriha e Yato aparecem para ajudar.
Tenma revela que os ataques de El Cid estão impedindo que Oneiros concentre sua força para soltar mais uma Genki Dama. Se ele se recuperar, babau!

"Joelhada Cor-de-Rosa da Mulherzinha Indefesa"!













Yato ataca com um Galope de Unicórnio. A amazona ataca com um “Chute Reluzente” (nossa! Que surpresa! E eu pensando que seria dessa vez que iam dar um golpe decente para uma PORRA DE UMA AMAZONA QUE SE EQUIPARA, EM PODER, A UM CAVALEIRO DE PRATA. Que falta faz um pênis e um par de testículos no campo de batalha...) e Tenma usa o seu manjado Meteoro de Pégasus.
Uma poeira sobe e os heróis se perguntam se conseguiram acabar com o inimigo. E você? Depois das considerações acima, o que acha? Bom menino...

Os três cavaleiros podem até saber lutar, mas fazer conta de matemática não é seu forte. Havia quatro almas. Três deles atacaram. Claro que não ia dar certo.
A poeira abaixa e, adivinhem só: Oneiros não sofreu nenhum arranhão. Mas que mundinho mais previsível esse...

Man, you're wasted...













El Cid está de joelhos. Tenma, Yato e Yuzuriha (apesar de sua prepotência típica da adolescência) são fracos demais para acabar com as almas...

“O próximo ataque será o último. Meu Oráculo do Guardião irá aniquilar todos vocês...”

Fim. Do capítulo, é claro!


EPISÓDIO 23: EXCALIBUR

Ei, isso é assédio!!!













O episódio começa com Hakurei e Atena na casa de sagitário. Atena deixa seu corpo físico e adentra o corpo do cavaleiro.
A deusa chega ao sonho de Sísifus.

“Sísifus, você ainda está obcecado por aquele dia”?

O sonho do cavaleiro se passa na vila na qual Sasha, Tenma e Alone viveram juntos.
O cavaleiro de sagitário caminha a passos firmes, porém dificultosos. O sofrimento em seus olhos é notório. Ele encontra os três e, abruptamente, ataca a pequena Sasha com uma avalanche de informações que deixam a garotinha assustada. Tenma, como sempre, se irrita e toma satisfações com Sísifus.

Mas é tarde demais. Sísifus leva a assustada garota embora, debaixo de muitos protestos de Tenma e da incredulidade de Alone.

Sua maior força é sua maior fraqueza













“Se eu não levá-la, uma vida feliz pode estar a aguardando. Entretanto, este é meu dever como cavaleiro. Estou fazendo a coisa certa”...

Mas o sonho de Sísifus não retrata a realidade de como as coisas aconteceram. Em seu sonho, a deusa Atena o acusa de interferir em assuntos dos deuses. Ela diz que foi a decisão dele que deu início à guerra santa.

"Não me mate, Ryuku! Eu juro que compro mais maçãs!"













A vila fica em chamas. As roupas do cavaleiro dão lugar a sua armadura de ouro.

A armadura de sagitário abandona o corpo de Sísifus e ameaça o cavaleiro com a flecha de sagitário, uma arma capaz de derrotar até mesmo um deus. Um detalhe curioso nessa parte é que Sísifus fica muito parecido com Raito Yagami, do Death Note, quando fica com roupas de civil.

Êta carinha mais dramático













A flecha dourada atinge o coração de Sísifus. O espírito da deusa Atena assiste a tudo, observando que o remorso de Sísifus foi ampliado pelo ataque espiritual de Hades. Como se precisasse...
A culpa do cavaleiro de ouro, por causar mal à vida de uma pessoa, é totalmente verossímil e justificada, pois ele arruinou quaisquer chances de Athena ser feliz como uma humana. Culpa é uma coisa terrível, que pode corroer uma pessoa por dentro. Só deus sabe como machuca o sentimento de não ter conseguido ajudar uma pessoa ou um ser querido. Então não acho justo achar que os roteiristas utilizaram isso como uma desculpa para tirar de cena um personagem muito forte. Não acho que foi esse o caso.

Agora é tarde, já mudei de time













Sísifus pede desculpas a todos a quem causou mal, mesmo que indiretamente, e remove a flecha do coração. Um redemoinho de sangue engole o cavaleiro. Quando se vai, o sangue torna a armadura de ouro negra como uma súplice de espectro.

“Eu sou o pecador que causou a guerra santa. Não tenho o direito de ser um cavaleiro”.

Lágrimas de sangue negro escorrem pelo rosto de Sísifus. Ele tenta afastar Sasha com um ataque. Atena tenta convencê-lo de que a guerra não é culpa sua. Mas isso só faz piorar as coisas: Sísifus usa a flecha e prepara um ataque contra a deusa.

Relaxa que você ainda tem 12 horas de vida













Sasha desce do salto e dá uma bronca em Sísifus. Ela diz que se ele decaiu tanto a esse ponto, então terá que encará-la como a Deusa da Guerra.
O cavaleiro solta a flecha no ar e esta atinge Atena em cheio no coração. Mas não se preocupe: nada de passar doze horas descansando o rabo na chuva enquanto os outros encaram cavaleiros de ouro em seu lugar.

“Então, essa é a dor que você vem suportando todo esse tempo”.

Eu já disse que amo a deusa Atena dessa saga? É muito legal a forma como Sasha mete a mão na massa e dá a cara a tapa. Ela participa da forma que sua benignidade permite, sem perder a bondade e grandiosidade que uma divindade deve ter.

“Sinto muito, Sísifus. Minhas decisões nesta vida fizeram você sofrer muito”.

Sasha, agora, fala como a verdadeira deusa Atena, que se importa com o bem-estar de seus cavaleiros e tem plena consciência de que só fazendo Sísifus extravasar a dor que sentia conseguiria abrir os olhos do cavaleiro. Bem, acho que uma passadinha no motel também dava conta do problema, mas sabe como as japonesas são puras e castas...

"Ainda quer tentar a ideia do motel?"











Atena abraça o cavaleiro e fala do apreço que sente pelos dias em que viveu como humana. Mas não faz sentido o cavaleiro se martirizar, pois quando ela despertou Hades já havia feito o mesmo e os deuses gêmeos já tinham começado suas maquinações.

“Se você não tivesse vindo eu teria morrido. Você me protegeu”.

Atena faz o cavaleiro de sagitário perceber a própria importância no esquema da guerra e como todos precisam do seu poder para vencer. É ótimo que seja assim, pois se Sísifus tiver a maior fama de ser o mais fodão dos cavaleiros e ME VIER COM AQUELA PORRA DE TROVÃO ATÔMICO DE NOVO EU MANDO ESSA SÉRIE TODA TOMAR NO * E VOU ASSISTIR GUERREIRAS MÁGICAS QUE É O MELHOR QUE EU FAÇO.

Essa espécie de passarinho eu não conheço













“Você não pode ter esquecido a promessa que fez ao Tenma naquele dia em que partimos”...

Então um flashback mostra o que realmente aconteceu no dia.
Enquanto se dirigia para fora da cidade, Sasha e Sísifus são surpreendidos pelo jovem Tenma, que se escondia em cima de uma árvore.
O garoto argumenta que os três sempre estão com fome. Quando adoecem, não tem dinheiro para remédios. Com certeza eles seriam mais felizes se alguém os protegesse. Mas será que o cavaleiro de sagitário é mesmo capaz de fazer Sasha mais feliz do que ela é na companhia de seu amigo e irmão? E eu confesso que foi nesse exato momento que eu me vi completamente apaixonado pelo altruísmo inocente deste personagem, Tenma.

Tenma é muito diferente de Seya. Ele não é forçado. Ele não se importa nem um pouco com o esquema das coisas. Ele não sofreu lavagem cerebral para proteger uma deusa que nunca tinha visto na vida.
Não. Tudo que Tenma faz é pensando no bem de Sasha, não de Atena. Ele só deseja voltar a viver a sua antiga vida feliz ao lado de Sasha, Alone e de seus novos amigos (Yato, Dohko e etc.).

“Se você não for capaz disso, não posso deixar que a leve”.
Sísifus diz que não pode prometer nada. Que ao contrário: pode ser até que ele esteja a levando para longe de quaisquer chances de viver um futuro feliz. O que lhe garante um belo...





... da parte de Tenma.
Sísifus afirma que apenas pode pedir a permissão de Tenma para levar Sasha. Ele afirma que vai fazer tudo que puder para proteger a garota. E o pequeno detalhe que dá a Tenma a certeza de que pode confiar no homem que se encontra de joelhos a sua frente acaba sendo uma das cenas mais bonitas que eu já vi em toda essa série.

"Entenda: não é em você em quem confio. É no universo..."













Não vou descrevê-la. Deixarei que cada um assista novamente e julguem por si mesmos.
Sísifus desperta mais radiante do que nunca. E reforça a sua promessa de proteger Atena custe o que custar.

“Desculpe pelos problemas que causei”.

Desculpa aí, Tia!













Sísifus está de volta. E a deusa Atena e o mestre Hakurei sabem exatamente como ele pode ajudar El Cid contra a ameaça que este enfrenta. Preparem-se, pois este foi eleito por mim como o melhor momento de todos os episódios que assisti até agora.

Xíxifus, meu amigão!













A ação retorna para Tenma e seus companheiros sendo espancados por Oneiros da Beija-flor. Yato se pergunta sobre o estado do cavaleiro de ouro. Ele diz isso porque não sente nenhum cosmo vindo de El Cid.
Eles tentam atacar novamente, só que ao mesmo tempo desta vez. Claro que o máximo que eles conseguem é levantar mais poeira que uma empresa de demolição.

Eu podia beijar a pessoa que idealizou essa cena!













A cena corta para a base da estátua de Atena, no santuário. Sísifus prepara um ataque com sua flecha dourada. Atena está exatamente ao lado dele, como se copiasse a sua postura de Ataque. Mas o que raios está acontecendo? Foi exatamente isso que se passou na minha cabeça na primeira vez que vi esse episódio.
Atena toca na flecha de Sísifus com seu cosmo (duplos sentido, off) e o cavaleiro dispara a toda velocidade.

A cena retorna, mais uma vez, para o cenário de batalha de Oneiros da Tijuca.
Tenma fica muito frustrado por não poder fazer nada. Yuzuhira e Yato também não conseguem nem ficar de pé. Oneiros prepara mais um Oráculo do Guardião e aponta para El Cid.

E agora?













“Não consigo me mexer...
Sou um cavaleiro de ouro e não consigo me levantar...”

O estado de El Cid é lamentável. Ele apenas olha, com a visão turva, para os três cavaleiros que serão aniquilados em breve. Nessa parte eu fui tomado por uma grande depressão, pois é triste ver um dos melhores personagens já criados na série totalmente incapacitado justamente por ter dado o melhor de si, lutando contra quatro deuses.

“Minha espada quebrou”?

O espírito de Sísifus aparece na mente de El Cid. Acredito que essa comunicação foi possível graças ao elo que o cavaleiro de sagitário estava formando com a deusa Atena, para lançar a flecha ao local de batalha.
Ele agradece pela ajuda no mundo dos sonhos e diz que quer ajudar: ele enviou uma flecha com a força de Atena ao campo de batalha e espera que seu amigo saiba aproveitá-la com sabedoria.

Psiu! Ei tio! Tô aqui!













“Falta poder e número para destruir os quatro deuses ao mesmo tempo”.

El Cid se ergue, apesar de todos os ferimentos que dizem que tal coisa é impossível. Ele se ergue, imponentemente, e se vira pro lado contrário onde está o deus Oneiros.
Nessa hora, mesmo sem ter visto nada sobre o episódio, eu já sabia o que El Cid ia fazer. Quatro almas... apenas uma flecha... Como resolver isso...

Oneiros acha que El Cid pirou na batatinha pois está olhando pro lado errado. O deus havia sentido o cosmo de Atena mas nem suspeitou o que estava sendo tramado contra ele. De fato, Oneiros é uma vergonha. É um deus arrogante mas sem inteligência, faculdade essencial para quem deseja trilhar o caminho da prepotência. Ele é burro e só sabe atacar imprudentemente.

“Seu caminho é como uma espada... e você é a Excalibur”!

El Cid prova que é bom de matemática













A cena que se segue é a minha preferida de todos os tempos.
El Cid salta e corta a flecha de Sísifus em quatro partes. Cada pedaço atinge uma das almas dos deuses. Oneiros está acabado. E El Cid, como não poderia deixar de ser, atingiu o cosmo máximo se tornando a Excalibur.

El Cid diz que está orgulhoso com a sua Excalibur, que foi fundida com o amor de cavaleiro por Atena. Oneiros diz que ele e os outros três deuses passarão vergonha diante de Hypnos. Realmente, tá aí uma coisa com a qual eu tenho que concordar com esse personagem detestável.

Oneiros não quer voltar de mãos vazias e decide que vai levar o cavaleiro de pégasus consigo antes de explodir e virar purpurina.
E é como eu disse: o que vem acontecendo com todos os cavaleiros de ouro que apareceram até aqui, exceto Shion e Dohko (que todos sabemos que não vão morrer pois fazem parte da guerra de Hades da atualidade)? Pois é...

Nem pense nisso, cabeça de poodle













Eu odeio esta cena, pois o melhor personagem do desenho precisa se suicidar para que o merda do cavaleiro de pégasus não morra. Eu sei que faz sentido no enredo, mas não deixa de ser uma forçação de barra dos roteiristas em ficar matando todos os cavaleiros de ouro. PORRA, EL CID! VOCÊ ERA O CARA! NÃO PODIA TER MORRIDO NEM ASSIM NEM DE OUTRA FORMA.

“Tenma de pégasus: este é o caminho que você também deve seguir”.

A cena da morte de El Cid é tão triste que nem sinto mais vontade de continuar o episódio. Só pra terminar, Sísifus diz que não vai ficar triste, pois seu amigo conseguiu se tornar a lâmina que sempre almejou. E, mesmo com a sua morte, outros seguirão o caminho que ele iluminou...

Sim, seu bostinha: a culpa é sua!













A Tenma só resta amaldiçoar a sua sina de ver pessoas de grande honra e valor morrerem por sua causa.
Quando Tenma decidiu ir ao castelo de Hades, eu achei uma coisa bem idiota e imprudente. Mas, diante deste sentimento de perda, a cruzada de Tenma faz todo o sentido para mim agora. E o episódio acaba...


EPISÓDIO 24: HORA DA BATALHA FINAL

Hypnos é puro mistério...













Quando eu assisti a esse desenho da primeira vez eu não fazia ideia de quantas temporadas seriam. Então, este episódio começava com uma interrogação emergindo de minha cabeça: como assim batalha final? E os outros cavaleiros de ouro? E Kagaho? E todas as pontas que não dá pra resolver em apenas três ou quatro episódios? Continuando...

O Pavão Misterioso resolve se mecher













O episódio começa com Pandora e Hypnos conversando sobre a perda dos quatro deuses. Hypnos afirma que isso pouco importa, pois tudo está indo de acordo com seu plano. Ele veste a sua súplice de pavão misterioso e vai embora.
A música que toca nessa parte é a deixa para eu dizer que a trilha dessa série, em geral, me faz lembrar muito a do jogo Chrono Trigger. E qualquer coisa que lembre esse jogo só pode ser de altíssima qualidade.

Isso é um dragão ou um chestburster dourado?













É quase palpável o clima de “começo de uma nova fase” que essa parte transpira. Mesmo quando pensava que o desenho ia acabar, ainda sim sentia essa sensação.
O mestre Hakurei segura o elmo do Mestre do Santuário e a espada enfaixada que Yato usou no mundo dos mortos.
Hakurei faz várias reflexões sobre seu irmão e deixa claro que está para partir a uma missão sem volta. Sua última missão como cavaleiro de Altar. Bem, já que todos os personagens mais legais do anime morreram, não são nenhuma novidade as palavras de Hakurei.

Flecha turbinada com pó de pirlimpimpim da Atena













Ele revela ainda a verdadeira função de Sísifus (e o motivo de Hypnos querer tanto mantê-lo longe da guerra): o cavaleiro de sagitário, com sua flecha dourada matadora de deuses, é capaz de quebrar a barreira de sono que foi colocada em torno do castelo de Hades. Enquanto Hakurei fala, é exatamente isso que Sísifus faz...

Nossa! O cavaleiro de leão é um moleque?













Hakurei faz um discurso como mestre do santuário. Ele avisa que a barreira de sono foi quebrada e lembra de todos os cavaleiros de ouro que se sacrificaram para que esse momento fosse possível. Ele ordena que todos se preparem para a batalha contra Hades.
Durante o discurso podemos ver o cavaleiro de ouro de touro, um jovem que pouco lembra Aiolia de leão. Provavelmente, durante o começo da próxima temporada (se houver. Falarei disso no final do post. E sim, mesmo que não pareça esse post vai ter um final...) esse cavaleiro participará ativamente no desenho.

Socorro, sta. Pandora: borrei minha súplice!













O patético espectro Cheshire vem correndo para informar Pandora que a barreira de sono caiu. A mulher apenas fala para ele não se preocupar, pois tudo está de acordo com o plano. Ela diz, ainda, que as tropas de Atena estão se aproximando e que ele deve se preparar. Sinceramente, eu não consigo imaginar esse espectro no campo de batalha. Ele é covarde e só sabe se assustar com tudo. Se os roteiristas conseguirem me surpreender com algo de bom a respeito desse personagem, eu tiro o chapéu para glorificar os escritores dessa série.

De trás de ti, Thanatos! Ok, essa foi a última vez... neste post!













Hypnos chega à sala onde Hades pinta a Lost Canvas, uma pintura em 3D do tipo Holodeck que tem o poder de matar toda a humanidade de uma vez só.
Ele percebe que Alone está fingindo ser o Hades totalmente desperto. E eu acho que Hypnos, na qualidade de divindade, não tem a menor razão de sentir mais ou menos respeito pelo imperador do submundo.
O deus do sono usa sua Eterna Sonolência para afastar a alma de Alone e despertar de uma vez por todas o espírito de Hades em seu corpo.

“A morte não é uma salvação. É um julgamento. Pintarei estas terras com escuridão”.

Shion surpreende Hakurei se preparando para partir. Ele questiona os atos do mestre, mas Hakurei deixa claro que sabe o que está fazendo. Ele parte para completar a sua missão e deixa o comando do exército de cavaleiros com Sísifus.

Dá licença que agora quem manda aqui sou eu!













Na praça do santuário Sísifus, o cavaleiro de escorpião e o cavaleiro de aquário se preparam para partir com o exército. Leão está com eles. Mas Shion e Dohko não estão presentes. Eles partem para ajudar o mestre Hakurei, mesmo contra as suas próprias ordens.
Um dos cavaleiros genéricos pergunta como eles farão para chegar ao castelo de Hades. Sísifus chama Atla, o Kiki-não-pentelho para teleportar TODO O EXÉRCITO DE ATENA ATÉ O CASTELO DE HADES. Ta bom... nem sei o que dizer. Mas se Sísifus diz que Atla é um mestre em psicocinese, quem sou eu para discordar...

O exército chega ao castelo de Hades, que se parece com uma espada quebrada cravada em cima de uma montanha.
Yato, Tenma e Yuzuriha escalam a montanha do castelo e já começam a sentir os efeitos do poder de Hades (aquele mesmo que inibe 90% dos poderes originais de qualquer cavaleiro). Os dois amigos de Tenma desmaiam. Ele salva os dois de uma queda certa e se pergunta porque eles estão sendo afetados desse jeito.

"Oi, Shadow! Beleza"?













Dohko aparece, para a total alegria de Tenma. É visível o carinho de Tenma pelo cavaleiro de libra. Também não é pra menos: além de ser como um irmão para o cavaleiro de pégasus, Dohko é boa pinta pra caramba e sempre dá uma piscadinha para esquentar os ânimos. Sim, eu gosto muito desse personagem. E o momento de Dohko brilhar está bem próximo.
Shion também aparece e explica tudo sobre a barreira de Hades. Ele explica também que Tenma não está sendo afetado por portar uma relíquia criada por uma deusa, a pulseira de flores. Bendita seja essa pulseira de flores...

Esse cavaleiro de prata só arregaça porque é homi













O exército de Atena está se coçando para dar uma surra nos espectros de Hades. Eles querem que Sísifus ordene o avanço. Rola até uma ceninha típica de momentos de empolgação de guerra em que todos gritam de euforia. Um belo “esperem”! de Sísifus joga um belo balde de água fria em uma cena bem clichê. Ele explica que faz parte dos planos de Hakurei que todos aguardem o momento certo para avançar.
Enquanto isso, um ancião envolto em um manto se aproxima da entrada do castelo de Hades...

A morte mais ridícula do anime













Hakurei consegue a incrível façanha de derrubar um dos espectros genéricos apenas com seu manto. Vendo de quem se trata, os inimigos desdenham do ancião Hakurei. Só pra levar uma surra homérica de um cavaleiro de prata com bagagem para ser um cavaleiro de ouro (tipo, o mestre Albion, só que menos gay) e dispondo de seus plenos poderes, visto que ele também carrega uma relíquia da deusa Atena.

Que indecisão: qual das duas é a mais gata?













Enquanto escalavam, Yato percebe que Shion e sua aluna desapareceram. Um pentagrama púrpuro se desfaz no ar e mais um episódio se encerra.


EPISÓDIO 25: OS MUITOS, MUITOS ANOS

Esse aí não gira muito bem













O episódio começa com Kardia de escorpião inconformado por causa da ordem de esperar do capitão Sísifus. Em uma demonstração fútil de poder, o cavaleiro psicótico desconta a sua frustração de não poder chutar o traseiro de Hades pessoalmente. Se ele é tão bonzão assim por que não foi sozinho ao castelo de Hades. Aliás, preciso dizer que Kardia é muito semelhante fisicamente a Milo das doze casas? Mas a sua personalidade, pelo pouco que deixou transparecer, é totalmente distinta do escorpião mais novo. Espero que, quando ele for lutar, que mostre uma técnica diferente (e criativa) da Agulha Escarlate. Eu gosto da Agulha Escarlate, mas um golpe só é phod@!

Esses dois ainda vão dar o que falar...













Ele é consolado por Degel, o cavaleiro de ouro de aquário. Pausa! Agora eu confesso que os roteiristas desse anime conseguiram me deixar com uma pulga atrás da orelha com relação à criatividade dos novos personagens.

Vamos olhar um pouco mais de perto o tal do “Degel de aquário”. Diferente de Camus, ele tem o cabelo totalmente verde. Tá, eu sei que venho reparando nesses detalhes de semelhança física como sendo um defeito. Mas é que ele é muito estranho: Degel usa óculos (!?) e anda pra lá e pra cá com um livro nas mãos (WTF!?????). Preciso dizer mais?
Bem, o fato é que os personagens mostrados até aqui não deixaram nem um pouco a desejar. Então, só nos resta esperar pela nova temporada e ter um pouco mais de fé no julgamento dos roteiristas.

Coloco agora? Não... Acho que vou pensar mais um pouco...













A cena corta para Hakurei lutando contra uns espectros genéricos. Ele derrota todos eles com facilidade e chega ao centro da barreira de Hades. Ele afirma que se colocar a espada banhada com o sangue de Atena no centro da barreira ela será desfeita. Mas Hakurei enrola tanto para SIMPLESMENTE CRAVAR A MALDITA ESPADA NA BARREIRA QUE HYPNOS CHEGA E O IMPEDE DE FAZER ISSO.
A luta contra o deus do sono começa...

Lost Canvas, o mangá: apenas R$15,90. Papel jornal e preto-e-branco. Uma pechincha!













O flashback da última guerra santa começa. Aqui vemos Hakurei e Sage ainda jovens. Eles planejam atrair os espectros para a praça do santuário. A luta começa e umas imagens em preto-e-branco dão lugar à animação tradicional. Se você se achou estranha essa parte, ou ficou pensando que os animadores foram dar uma voltinha e deixaram uma criança do jardim da infância a cargo do desenho, preciso lhe lembrar que Lost Canvas é uma obra baseada em um mangá. Sabe aquelas revisas em preto-e-branco caríssimas que foram impressas erradas, de trás pra frente? São dessas mesmas que eu estou falando.

Destruirei vocês com o poder do meu aro mágico













O pau continua a comer no centro (se você prestar bastante atenção, verá que o juiz Minos até faz uma pontinha nessa parte. Mas acaba sendo derrotado, aparentemente). A imagem volta ao normal e Hades aparece. Ele é um pouco diferente do Hades de Alone, mas o jeitinho de chefão final afetado continua o mesmo. Hades faz uma quizumba e todos os cavaleiros de enfeite começam a cagar e vomitar sangue. Atena aparece para impedir a lambança de Hades. Sage está ao seu lado, com a espada banhada pelo sangue da deusa. Como não há nenhum ferimento aparente no corpo da deusa, só posso concluir que Atena tinha estava em seu período fértil. Aliás, essa Atena de duzentos anos atrás é bem bonita, mas tem um semblante mais sério e ameaçador que Sasha.

Gravity Blessing!













Atena explica que ativou um firewall do santuário que impede que os espectros ressuscitem e de quebra ainda prende Hades nas doze casas. Ele se revolta e solta uma Genki Dama negra em Atena. Hakurei e Sage partem para segurar a esfera de energia. Hades se gaba de que eles não podem conter tamanho poder. Então os outros cavaleiros vão para baixo da esfera pra ajudar a empurrar, feito quando um carro enguiça e uma cambada de marmanjos aparecem atrás pra empurrar sem serem convidados.

Hades leva a Genki Dama e começa a sangrar feito a putinha que é. O jovem não agüenta e o espírito de Hades foge de seu corpo. A guerra acabou e os cavaleiros de Atena venceram. Mas algo parece não estar certo...
Coisas dando errado quando tudo parecia estar indo no caminho certo já não são novidade há muito tempo. O melhor exemplo que me vem à cabeça é o exemplo mais clássico de todos:





Hakurei e Sage observam todos os seus companheiros caídos no chão, em poças de sangue. O rapaz que abrigava Hades esgurmita um pouco de sangue. Atena baba um pouquinho de sangue também. Atena avisa para que os dois cavaleiros não percam as suas espadas banhadas com seu sangue. Então ficamos sabendo que a onda de morte não é obra do espírito de Hades.

“Por que estão aqui”?

Shito e Nemuri: se chamou pelo nome todo é porque a coisa é séria














A sombra da morte e do sono encobre o santuário de Atena...
Thanatos ataca Hakurei mas Atena o protege. Ele carrega um kamehameha mas Atena repele a energia com seu báculo. Bem, ao que parece a única Atena FDP que fica deitada enquanto os cavaleiros sofrem em seu lugar é a Saori Kito mesmo. Todas as outras Atenas que apareceram fora ela fazem jus a sua alcunha de deusa da guerra e partem pra luta.

Apenas gatinhas de cabelo roxo podem entrar nesta área VIP













Thanatos abre um caminho dos deuses para se encontrar com Hades nos Campos Elísios, onde seu verdadeiro corpo descansa. Atena pede para que os dois irmãos vivam. E eles prometem que vão continuar existindo durante estes duzentos anos para se vingar dos dois deuses que causaram a morte de seus companheiros.
Atena segue os dois deuses para um desfecho que não será mostrado no desenho. Aliás, eu não assisti a primeira saga de Hades até o fim.parei quando os cavaleiros de bronze chegam aos Campos Elísios e Saori fica presa dentro de um jarro (!?!). Vou dar uma olhada nestes episódios para ter uma noção de como  as coisas se desenrolaram.

O flashback acaba e Hypnos revela seu respeito e admiração pelos feitos alcançados por Hakurei e seu irmão. Diferente de Thanatos, Hypnos não subestima o poder dos seres inferiores a ele.
Shion e Yuzuriha, que haviam desaparecido, caem do teto nos braços de Hakurei.

“Agora me mostre a sua obsessão. Se ela me deixar entediado, será o seu fim”.

"Ei! vocês esqueceram os paraquedas"!













Hypnos usa a sua técnica Encontro com Outra Realidade. Os três cavaleiros são teleportados e vão parar a uma altura de 10000 metros do chão. Isso me lembra o que acontece àqueles que têm a audácia de atacar um deus. Um deus da loucura mas ainda assim, um deus:



Mesmo depois da queda, ninguém morre. Aliás, com exceção dos personagens legais a quem nos apegamos, ninguém morre nessa porra desse desenho.

Isso mesmo, meu querido: Meteoro!













Hypnos decide que é hora de dar a prova cabal de sua superioridade divina. E você se pergunta: “Titio Shadow, qual é a maior prova de superioridade divina depois de planar como uma anêmona acima dos seus oponentes”? Oras, insipiente leitor do blog. A segunda maior prova de divindade é INVOCAR METEOROS DE TROCENTAS TONELADAS PARA CAÍREM EM CIMA DE ALGUÉM. Veja alguns exemplos:



Mais um:



O último. Se alguém se lembrar de outro, pode ficar à vontade pra me dizer:



Nota: alguém que jogou FF12 duvida que Balthier não só é o personagem mais legal do game, como também é o protagonista por direito do jogo? Foi como eu pensei...

Toma essa, pavão!













Este ainda é um texto sobre Lost Canvas, então continuarei.
Hypnos derruba o meteoro em Shion e Yuzuriha, mas Hakurei intercepta a pedra e consegue destruí-la.
Hakurei crava a espada no chão. E o penúltimo episódio da segunda temporada de Lost Canvas chega ao fim.


EPISÓDIO 26: SEJA VOCÊ MESMO

Continuando exatamente de onde parou...













Este é o último episódio da segunda temporada. Não há tempo para embromação e ele começa exatamente de onde o último parou.

 A Seleção da Grécia de 1412













Hakurei informa a seus amigos que utilizará uma técnica que vai consumir toda a sua vida. É um golpe que utiliza o espírito de todos os seus companheiros mortos na guerra de duzentos anos atrás: as Ondas de Presepe. Eu, particularmente, acho que esse poder faria mais sentido se fosse usado pelo mestre Sage, que era o cavaleiro de ouro de câncer. Mas tudo bem.

Hakurei invoca uma enorme Genki Dama, que suga todos os espíritos. Ele arremessa a Marcha dos Espíritos em Hypnos.

Fogo no buraco, macacada!













“Uma reunião de mortos. Todos os cavaleiros da última guerra santa não são mais fortes que isso? Você é apenas um humano no fim das contas”.

Hypnos consegue deter o avanço do golpe com uma mão. Claro, ele é um deus.
Mas Hakurei falava sério quando disse que a técnica consumiria toda a sua vida: ele abandona o próprio corpo e se junta à Marcha dos Espíritos. A sua forma jovial, de duzentos anos a menos, mede forças diretamente com o deus Hypnos.

Esses deuses só fazem apanhar! Melhor adotar o catolicismo













A súplice de Hypnos não agüenta a pressão do golpe de Hakurei e se destrói. O corpo hospedeiro que ele usava também não resiste e ele é derrotado. A alma de Hakurei volta ao corpo. Ele então tira uma caixa com o selo de Atena de dentro do seu peito (!?!) e sela o deus do sono de uma vez por todas.

"Doutor, só dói quando eu rio..."













Eu achei que essa resolução foi demasiadamente simplória, se comparada aos esforços de Manigold e Sage para selar a alma de Thanatos. Como não sou um escritor e não tenho cacife para criar histórias empolgantes como Lost Canvas, só me resta me contentar com esse desfecho.

Crava logo essa porra dessa espada!













Apesar do esforço para lançar a Marcha dos Espíritos, Hakurei não morreu. Ele se aproxima da barreira de Hades e se prepara para cravar a espada no centro. Mas...
O problema é que o FDP demora tanto refletindo sobre seus feelings and emotions QUE DÁ TEMPO DE HADES CHEGAR E ARRANCAR VINTE LITROS DE SEU CORPO EM UM ÚNICO ATAQUE. Pronto, agora Hakurei está morto. Fica a lição de não enrolar e fazer uma coisa de uma vez.

Imagino o trabalho que dá pra lavar esse robe...













Shion se revolta pela morte de seu mestre e solta uma Revolução Estelar em Hades. Este apenas fica admirado pela beleza das cores do golpe de Shion, como se nada tivesse acontecendo. Ele usa o seu manto para voltar a técnica de Shion contra ele mesmo. O cavaleiro de áries percebe que o cosmo de Hades está diferente: mais frio e poderoso. Até mais que o de Hypnos e outros deuses.

Não tão rápido, loirinho!













Shion começa a temer pela própria vida e a duvidar de seus objetivos. Mas ele recupera a sua determinação e parte para cima de Hades. Ele tenta pegar a espada para quebrar a barreira, mesmo que isso lhe custe a vida. Mas Hades parte a espada em mil pedacinhos antes que ele chegue perto. O imperador derruba Shion e se volta para Yuzuriha. A coitada não consegue nem se mexer.

Será que ele quer fazer a dança dos chutes velozes comigo?













Ela apenas treme de medo e se lembra que seu treinamento como guerreira não está servindo de muita coisa diante de um deus tão poderoso.
Mas temos que dar um desconto à pobrezinha. O que esperar de uma reles mulher amedrontada diante do imponente imperador do submundo? Isso seria exigir algo que está além da força que o gênero da amazona lhe permite alcançar...



Você achou mesmo que eu ia dizer isso de uma das personagens femininas mais lindas e participativas da história de Saint Seya? Quanta ingenuidade de sua parte...

Fica frio que o que é teu tá guardado...













Shion se interpõe entre o ataque de Hades e Yuzuriha para salvá-la. M as não é o suficiente. Então Dohko aparece para salvar o dia. Ah, Dohko... o que seria do emo da porra do Shion se não fosse você...
Tenma vem junto e caminha decididamente até Hades. Mas ele passa direto e vai até o corpo ensangüentado de Hakurei. Ele está visivelmente cansado e transtornado em ver que mais uma pessoa de valor se foi por causa da sua impotência em dar um fim à guerra.

“Alone, você é o culpado”?

Hades apenas ri, sem saber a quem o cavaleiro de pégasus se refere. Tenma ainda não se deu conta do tamanho da encrenca em que todos eles estão metidos.
Hades não possui mais nenhum traço do humano que outrora serviu de recipiente para sua ressurreição. Ele está mais frio do que nunca e não pensará duas vezes em acabar com Tenma. Todo o esforço dos cavaleiros para garantir que Tenma alcançasse Hades foi em vão.

Ser um deus deve ser tããão divertido...













Tenma ataca com seus meteoros, que são absorvidos pelo manto de Hades. Ele devolve os ataques com dez vezes mais velocidade. Essa cena é muito legal e impactante.
Tenma se lembra de sua promessa de proteger Alone e ataca novamente. Hades devolve os golpes novamente e destroça a armadura de pégasus.

Algo terrível acontecendo está!













A cena corta para o santuário. Claro que Atena, não a Atena Sasha, não poderia estar tomando chazinho enquanto toda essa bagaceira rola solta no castelo de Hades. Ela sente uma perturbação na Força e percebe que seu irmão já não está mais entre os vivos...

Já que El Cid morreu, Dohko é o cara!













Hades afirma que não consegue ver Tenma como uma ameaça. Mas, só pra garantir, ele invoca sua espada negra de Guerreiras Mágicas e ataca o cavaleiro. Dohko protege o seu aluno com o escudo da armadura de libra que, creio eu, é mais forte que o escudo da armadura de dragão. Aliás, eu nunca pensei que diria isso, mas eu sinto saudade dos cavaleiros de bronze clássicos. Queria ver as representações de cisne, andrômeda, dragão e (principalmente) fênix nesta saga.

O escudo da armadura ouro não aguenta o ataque e seu quebra como seu fosse de vidro (!?). Vai entender. Dohko e Tenma atacam juntos. O engraçado é que a voz dos dois se sobrepõem, e como a pronúncia de seus golpes é meio parecida acaba dando um efeito de ékio...

Essa pulseira rendeu, heim?













Desta vez Hades não se resume a copiar os ataques lançados contra ele. Ele envia uma onda de energia que acerta todos os cavaleiros ao mesmo tempo. Hades prepara um ataque que deixa Tenma paralisado, mas Atena usa a pulseira no punho do cavaleiro para chegar ao local de batalha. Agora o bicho vai pegar!!!

Pelo poder do prisma lunar!













Atena está decidida a lutar como a deusa da guerra para impedir Hades. O imperador materializa asas negras nas costas e transforma aquele seu pingente com um pentagrama (ou hexagrama, não sei) em uma armadura negra bem bonita. Mais ou menos assim, só que com menos purpurina:



“Você cavou sua própria cova, Atena”.

Dar murro em ponta de faca não é o melhor jeito de vencer um deus













Hades solta uma mini Genki Dama negra. Pégasus apara a bola de energia com as mãos mas ela explode. Sim, não preciso dizer que uma nuvem de poeira se levanta, apenas para baixar em dois segundos e revelar o Pégasus Berserker que veste a armadura da era mitológica. Só que dessa vez ele fala.

Esse porquinho foi passear. Esse porquinho...













Hades envia uma nova onda de energia. Ela vaporiza a armadura dos deuses incompleta de Tenma e varre Atena para uma outra dimensão. Eta deusinha mais capenga essa Atena.

Shion percebe que não há chance de vitória agora que Atena se foi. Ele quer manter Tenma vivo a todo custo, mas precisa de uma distração para fugir de Hades.

“Shion, eu vou te dar essa chance”.

Atrás de Dohko Tenma é um cavalo!













Dohko demonstra ser um vampiro emo das Crônicas Vampirescas de Anne Rice e ouve os pensamentos de seu amigo. Para a alegria das fãs, Dohko remove a parte de cima da sua armadura e prepara um ataque. Preste muita, mas muita atenção nesta parte. Ela é um exemplo claro do que eu falo sobre os roteiristas deste anime conseguirem usar os elementos da série clássica com respeito e inteligência aos mesmos. E também um exemplo da safadeza desses cavaleiros de ficar tirando a roupa na frente dos outros...

Mais criativo que colocar "100" na frente de "Dragão" e dizer que é um golpe novo













Um tigre aparece nas costas (saradas. rsrsrs) de Dohko. Ele parte, desarmado, para cima de Hades e libera o seu Dragão Voador. É um dragão lindo e dourado que causa uma luz cegante no inimigo. Essa era a chance de fuga que Dohko pretendia dar a Shion.

O pior caso de negligência médica já documentado













Mas... DA BOCA DO DRAGÃO SAI UMA LANÇA DOURADA EM DIREÇÃO AO PESCOÇO DE HADES. A luz era um embuste. Um disfarce para o verdadeiro motivo do golpe. A intenção de Dohko não era só criar uma distração. Se pudesse...
Shion se teleporta com Tenma, Yato e Yuzuriha, deixando Dohko sozinho com o inimigo. Uma pequena pausa para analisar a cena anterior.

Desencana, Tenma: Dohko está seguro graças a algo chamado "continuidade"













Se você é fã da série ou simplesmente assistiu às outras sagas, não importando o motivo, deve se lembrar que os cavaleiros sempre topavam com a tarefa de enfrentar um deus. E como eles conseguiam vencer? Usando o açúcar que a mãe de Seya passou em seu corpo quando neném para grudar a armadura de sagitário em seu couro. Aí ele lançava a flecha umas trocentas vezes e conseguia vencer. Ou seja: diante do cosmo adequado, a arma de uma armadura de ouro tem o potencial para derrotar o mais forte dos inimigos. Não importa se ele é um deus. E a armadura de libra já realizou grandes feitos ao longo da série: quebrou o esquife de Kamus; quebrou os pilares de Poseidon e lá vai o trem...

Passa a chave do carro, relógio, o que tiver. Se gritar eu te furo













Nessa parte do Dragão Voador, o escritor prova que fez a lição de casa e cria um golpe original e que se utiliza da mitologia criada na série clássica: se Hades fosse um pouco mais descuidado a lança perfuraria seu pescoço e já era, deus pomposo dos mortos.

Dohko ataca e o castelo de Hades desaba aos poucos. Hades perfura o corpo de Dohko com sua espada. Mas é claro que todos sabemos que o cavaleiro de libra não está morto, pois ele é o mestre Ancião dos Cinco Picos Antigos (nossa! Não envelheceu bem não, heim Dohko? Quem manda parar de malhar e levar muito sol na pele?).

My dream... is to fly! Over the raimbow... so high!













Hades decide tomar a atitude de um verdadeiro deus: ele cria uma escada celestial que o leva ao céu. É hora de governar a terra do alto, como um verdadeiro deus faria. Claro que todos sabem aonde Hades está indo: Campos Elísios.

"Agora eu num brinco mais! Seu feio"!













Sísifus promete unir os cavaleiros e derrotar Hades. Shion chega ao santuário.
Yuzuriha e Yato se culpam por não terem conseguido fazer nada. Atena se junta a eles. Tenma se senta no chão, sem dizer nada.













A música de fim de episódio começa a tocar. Atena fala para eles não perderem a esperança. Mas isso não traz conforto a Tenma. Ele apenas se levanta, cambaleando, e grita a plenos pulmões seu desejo de ficar mais forte.













O grito parece alcançar os portões do paraíso. Hades apenas olha para trás e o último episódio, assim como o maior e mais ambicioso projeto do Mais Um Blog de Games, termina...

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 PINTANDO A TELA PERDIDA

"Mandou bem, Shadow! Uma salva de palmas"!


Muito do que eu tinha pra falar sobre a criação deste post eu já disse no texto “A Quem Possa Interessar”. Gostaria apenas de acrescentar algumas coisas esparsas.

Eu considero Lost Canvas um exemplo de catarse por parte dos roteiristas: repare como os cavaleiros mais fracos e sem graça das doze casas (Afrodite, câncer, capricórnio) são retratados de forma espetacular. Como eu já disse antes, esse anime organiza os mitos em torno da série de forma comedida e inteligente, respeitando os limites impostos pelos criadores originais e prestando um serviço que nem mesmo estes conseguiram imaginar.

Infelizmente não há previsão de quando sairão os novos episódios de Lost Canvas. A terceira temporada já estava sendo planejada mas foi cancelada sem muitas explicações. Tomara que esse desenho não seja um Caverna do Dragão da vida, pois a história é muito boa e os fãs merecem ver a sua conclusão.
Então, a dica está dada. Se você é fã da série original, saiba que encontrará ótimas batalhas embaladas por um ótimo roteiro. Se você não é fã ou detesta os cavaleiros do zodíaco, peço que dê uma chance a essa saga em particular pela sua qualidade.

Gostaria de fazer uma citação aos jogos da Batalha das Doze Casas, visto que este ainda é um blog de games.
Sobre eles não tenho muito o que dizer. Joguei um pouco o do PS2 mas não gostei nem um pouco do estilo de jogabilidade e da falta de balanceamento entre os personagens.
Não tem como fugir: jogo de luta tem que ter jogabilidade em 2D e com dois (e variantes, tipo Strikers de KOF) personagens na tela socando a cara um do outro. Qualquer coisa que fuja desse dogma carece de lutas técnicas e bem planejadas.

Também há um jogo sobre as doze casas para PS3 e 360, lançado no ano passado. Mas ele é apenas uma atualização em gráficos dos jogos já conhecidos. Também não há uma diferença criativa de nível entre os cavaleiros e as batalhas são um jogo de gato-e-rato deveras repetitivo. Outro detalhe é que as músicas do game são boas, mas não se comparam com as do anime, então não deviam ter mudado.
No máximo esse game consegue ser um jogo-novela com os principais momentos da série. Se você se contenta com isso, vá em frente. Eu prefiro assistir ao anime.

E é isso. Peço desculpas pelos atrasos e pela demora, mas como diria Victor Ireland, da extinta Working Designs: "Atrasos são temporários, mas a mediocridade é eterna".
Agora vou entrar na minha piscina de nutrientes para me recuperar dos danos que A Tela Perdida causou em mim e até a próxima loucura deste louco incorrigível.

Au Revoir!!!