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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

MERECIDAS FÉRIAS DO DESERTO RADIOATIVO...

























Depois de trabalhar algumas semanas de graça como um garoto-propaganda da Bethesda, chega de hype estratosférico em cima do Fallout 4. Chega de posts com vídeo engrandecendo a franquia.

Existe a hora do hype e a hora de trabalhar sério: a partir de agora, me concentrarei em aproveitar o jogo de uma forma que, além de me gerar uma merecida recompensa por esse esforço todo, eu consiga analisar o jogo de uma forma fria e desapegada ao máximo de opiniões pessoais que venham a nublar meu senso de julgamento na hora de escrever o texto.

Sim, já deixei bem claro que eu amo a franquia Fallout. E mesmo que eu não tivesse verbalizado o sentimento, a quantidade de posts sobre o tema neste ano vem pra não deixar quaisquer dúvidas a esse respeito.
Mas, caso o game seja uma completa bomba (coisa que eu particularmente acho muito difícil, dado o histórico e currículo da Bethesda Game Studios), podem ter a mais absoluta certeza de que eu vou MASSACRÁ-LO SEM A MENOR PIEDADE, até mesmo pelo peso da responsabilidade que um lançamento deste nível carrega nas costas (sem direito ao Perk Strong Back...).


Ainda bem que essa p0$$@ de apocalipse chegou. Já não tava mais aguentando...


Como eu sempre digo, "games são produtos e devem ser tratados como tal." Mas é claro que somos seres humanos, e não dá pra dissociar completamente nossos gostos e preferências pessoais, ou bancar o robô sem sentimentos diante do anúncio de um game que você vem aguardando há um bom tempo.
Mas uma hora a empolgação passa, as qualidades caem no âmbito do rotineiro e os problemas (que sempre vão existir) passam a chamar atenção mais do que o entusiasmo inicial.

Se Fallout 4 é um daqueles jogos épicos em que suas falhas irritantes (como o terceiro) são ofuscadas pelas suas qualidades indiscutíveis, só o tempo dirá.
É como eu sempre digo: não dá pra analisar um jogo como The Witcher 3 ou qualquer Fallout com uma semana de jogo, como muitas detestáveis fontes de reviews por aí tentam passar. Isso porque os games da Bethesda precisam ser vivenciados, precisam adentrar na pele do jogador por osmose, e não serem meramente escaneados na correria, como quem passa um antivírus de maneira emergencial e apressada em um PC com arquivos insubstituíveis.


"Boa dia! A senhora teria um minutinho para ouvir a palavra dos Filhos do Átomo?"


Aos leitores do blog, peço apenas que saibam separar o momento de um hype justificado (e frutífero, visto que rendeu posts detalhando alguns pontos da franquia que eram desconhecidos até mesmo por mim) do momento de analisar as coisas com o sangue frio de quem desembolsou uma considerável quantia neste "mimo" de fim de ano.

Um último aviso aos leitores seria o de que não, eu não vou liberar uma torrente de vídeos com gameplay do jogo nos próximos dias. Fallout 4, segundo as palavras do próprio Todd Howard, "é um dos jogos mais ambiciosos da Bethesda", e se ele é tão bom quanto aparenta quero guardar meus esforços pra fazer uma análise (escrita) contando justamente os porquês dele ser um jogo tão bom.
Mas claro que isso não me impedirá de "filmar" todo e quaisquer comportamento bizarro de um NPC, o momento de uma quest em particular que eu tenha gostado mais ou usar a minha galeria de fotos pessoais para ilustrar o post do game.

Dogmeat, se me decepcionar vai dormir do lado de fora por mais uns duzentos anos...


Basta o dono sair de casa uns duzentos aninhos pro filho da mãe fazer essa bagunça


Au Revoir!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

ELE ESTÁ ENTRE NÓS...


Finalmente chegou o grande dia. Depois de mais de cinco anos de espera, finalmente Ele está entre nós...

P.S: Assistam até o final para não perderem a "cena" pós-créditos.




Au Revoir... e dá licença que eu vou dar uma pausa na realidade pra jogar como se não houvesse amanhã...

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

RADIAÇÃO DE BOLSO



























Fallout Shelter foi um jogo gratuito lançado pela Bethesda no dia 13 de agosto deste ano. Quem já jogou XCOM, só pra citar um do gênero, já vai estar mais que familiarizado com as possibilidades trazidas pelo game.
Em Shelter, como o próprio nome sugere, ao invés de explodir a cabeça de E.Ts mal-encarados, temos a missão de administrar um abrigo antinuclear, garantindo a felicidade e prosperidade de seus habitantes.

O game foi lançado à sombra do astronômico hype de seu irmão mais velho, o vindouro Fallout 4, e você pode conferir as minhas impressões iniciais com o game aqui.
Mas, depois de baixada a poeira e o ponteiro do contador Geiger, qual a impressão que fica sobre o aplicativo para IOS e Android?

Para resumir as coisas, visto que o post não é sobre ele, posso afirmar apenas que Fallout Shelter é um jogo OK...
Longe de ser o motivo de você trocar de aparelho apenas para conseguir rodá-lo, Fallout Shelter serviu, nesses três meses, como um bom filler, ou seja, uma forma de aliviar a ansiedade que um lançamento do naipe de Fallout 4 pode causar na mente dos menos preparados psicologicamente para lidar com tal situação (eu, por exemplo).
Shelter é uma forma de manter a série e o aconchego radioativo do Wasteland consigo, assim como a quenturinha aconchegante que só uns graus de radiação acima do nível tolerável pode proporcionar ao jogador.


Cuidado com o apocalipse de bolso na vida real


Shelter, como um jogo de videogame propriamente dito, infelizmente não está livre de problemas. Entre eles, posso citar a lentidão com o avançar das construções; a simplicidade das tarefas, que muitas vezes se resumem a uma simples coleta de recursos; um sistema de toque impreciso, que em alguns momentos chegava ao absurdo de registrar um comando na direção oposta à qual eu tinha feito; e elementos desbalanceados de gameplay, como a famosa tríade de Deathclaws que pode devastar o seu abrigo todo, quase que incólumes (sem ter como impedir a sua entrada com uma porta de Vault mais eficiente, ou um sistema de sentinelas na entrada). Detalhe esse que me fez quase desistir de continuar a jogar.

Não sei se alguns desses detalhes observados têm mais a ver com a potência do meu Smartphone (que passa longe do poderio tecnológico de um Pip-boy 3000), mas a questão é que Fallout Shelter desanima com o passar dos dias. A surpresa de ver os avatares da série ganhando vida em uma série de animações bem legais dá lugar à mesmice de clicar em quadradinhos para obter recursos. A interação, como todo bom RPG de administrar recursos, é totalmente indireta, cabendo ao jogador apenas torcer pelos melhores resultados que as suas escolhas lhe propiciaram. Mas o que decepciona e frustra é ver QUATRO habitantes seus, portando calibres 12 de cano serrado,  serem dizimados por meia-dúzia de Radroaches, sem poder fazer nada além de xingar muito no Twitter todas as gerações das famílias dos desenvolvedores. Impossível não fugir da ideia de que no jogo "de verdade" essas mesmas baratas morrem com um golpe de bastão de beisebol...


O ponto mais alto de Shelter: as descrições típicas de RPG de mesa, nas andanças pelo Wasteland


Bem, quem acompanha o hype sobre o Fallout 4 já deve saber que a Bethesda lançou, ainda no mês de junho deste ano, a pré-venda da Fallout 4 Pip-boy Edition. Trata-se de uma suntuosa versão do game que conta com nada mais, nada menos, que um Pip-boy DE VERDADE, que não só funciona com o game como também pode ser atarracado ao seu braço como no jogo (se a luz dele se apaga sem o seu consentimento, ligue para o SAC da fabricante para mais informações...).

Para minha completa decepção, e já sabendo que “suntuosa” significaria ter que vender todos meus órgãos internos no mercado negro de transplantes para comprá-la, constatei que a versão já estava completamente esgotada em todos os lugares que a ofereciam, NA MESMA SEMANA de seu anúncio...
Tanto é que algumas lojas que ofereceram o serviço tiveram que dar pra trás, cancelando alguns pedidos com o maior sorriso amarelo no rosto. 

Mas o brinquedo caro de gente grande só serve para isso (diante da impossibilidade de conseguir o meu brinquedo caro, só resta me apegar ao sarcasmo...), para enfeitar seu braço durante os momentos de jogatina? Claro que não.


Espero uma versão final mais "animada", se é que você me entende...


O Pip-boy de verdade funciona com um aplicativo, que foi lançado ontem e te permite gerenciar o menu do game a partir de seu celular, mesmo que você faça parte dos 99% que não conseguiram adquirir a edição especial do Fallout 4, ainda dá pra jogar o game usando o aplicativo de celular paralelamente. Se vai ser confortável largar o controle do console (ou mouse do PC) pra ficar olhando o celular, só a prática dirá.

A versão disponível conta com algumas poucas funcionalidades, visto que se trata de uma beta do aplicativo final. Mas já dá pra ter uma noção de como será a relação do jogador com a interface do Pip-boy no game, bem como de algumas pistas gerais sobre o game em si.
Sim, isso serve como um prêmio de consolação pra quem ficou a chupar polegares, e também serve de petisco para quem decidiu não ver mais nada sobre o game até conseguir finalmente colocar as mãos nele, semana que vem.

Dentre as novas funcionalidades posso destacar o menu STATUS, que com um ícone de raio ao lado da sua arma e da defesa do personagem (me pergunto se tem a ver com a energia do assentamento construído pelo jogador...).
No campo de Perks, agora há animações para cada habilidade (fato já constatado nos trailers da E3), assim como efeitos sonoros para cada uma delas (minha gata ficou hipnotizada com o som de “pico pico” do perk Animal Friend, coincidência ou não).
Também é possível notar que todos os perks contarão com níveis de intensidade, alguns indo de uma a três estrelas e outros a um máximo de cinco estrelas.


Coberto da cabeça aos pés. Só faltou o protetor solar fator 4000


Na parte das armas, nada de animação em 3D giratória, como nos trailers. Espero que isso seja devido à versão beta. Nos itens de vestimenta, podemos perceber que uma armadura pode ser utilizada POR CIMA da sua roupa. Isso significa que você não vai precisar remover seu traje padrão de Vault pra trajar uma Power Armor, por exemplo. Vale destacar também que os membros agora contam com uma barra de defesa, representada por um pequeno escudo.
Será possível favoritar itens, à la Skyrim, e até organizá-los de acordo com algum critério (acredito eu que seja por ordem alfabética ou potência de defesa\ataque).

Ainda no campo ITENS, na seção MISC, é possível jogar o minigame Atomic Command, um jogo inspirado no clássico Asteroids, no qual devemos proteger monumentos históricos americanos de ataques nucleares de outras nações.


Ameaça intra-terrestre...


No campo MAPA, é possível ver uma enorme área com muitas estradas e um extenso rio dividindo-o ao meio. Infelizmente nada de zoom para uma maior noção da proporção do terreno.

Na aba RADIO, apenas duas: A Classical Radio e a Diamond City Radio. Fico me perguntando que tipo de faixas nos aguardam no quarto game, e se eu vou preferir desligar o rádio e curtir a trilha ambiente (como no Fallout 3) ou se vou me apaixonar completamente pela seleção de músicas do jogo (como no New Vegas).

A Bethesda parece determinada a atacar de Fallout em todas as linhas de frente tecnológicas, com uma ferocidade que só uma tempestade solar de alta magnitude poderia frear (nessa semana ainda teve o Fallout C.H.A.T, uma plataforma de mensagens com imagens e gifs da série).
Alguns desses recursos-satélites atribuídos ao jogo são uma novidade mais que bem-vinda na série, outras (como o Shelter) dão aquela ideia de que muita coisa ainda podia ser melhorada. Mas a Bethesda está tentando, e sem cobrar um centavo a mais por isso (acho que ela já incluiu o valor desses mimos no preço final do jogo, anyway...).


Gostaria de poder escolher a opção da direita...


E é isso pessoal. Esse foi mais um post da cobertura do Fallout 4. Obrigado a todos que acompanharam e até o próximo texto, que sairá ainda neste final de semana.


Au Revoir!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A HISTÓRIA DA POWER ARMOR





















Eu confesso que peguei gosto por essa coisa de traduzir e legendar vídeos. Se eu tivesse tempo livre com mais frequência, certamente isso viraria rotina aqui no blog. Começou com os curtos vídeos da série S.P.E.C.I.A.L do Fallout. Depois traduzi a conferência da Bethesda na E3 2015, que me deu um trabalho dos diabos mas orgulho na mesma proporção (apesar de que a parte final saiu com mais erros de edição do que eu gostaria de admitir...).

Também traduzi um vídeo que resumia a história da Bethesda até os dias de hoje, e um vídeo que tenta explicar ao espectador a complexa franquia Fallout em apenas cinco minutos.
Cada um desses trabalhos (voluntários) significaram um desafio para mim, que sempre tive um pouco de dificuldade em compreender inglês sem as legendas. Muito embora que eu consiga conversar fluentemente com um estrangeiro (eles geralmente reclamam que eu uso termos muito complicados LOL), músicas e filmes acabavam sendo um problema .

O mais novo desafio enfrentado foi traduzir um vídeo que conta a história da Power Armor, da série Fallout, narrado por um inglês. Quem tenta compreender o que um inglês fala sabe como é quase abismal a diferença entre o idioma falado nos dois continentes. E como eu sofri pra entender o que esse gringo FDP falava em alguns momentos... A sorte é que o próprio vídeo traz algumas legendas pra facilitar a minha vida.


Desisti de ter a minha própria T-45 quando o Amazon transformou uma compra de U$34,00 em U$83,00...


Mas apesar do mimimi, acredito que o produto final tenha ficado satisfatoriamente bom. E eu aprendi muito acerca do lore da franquia enquanto legendava esses vídeos, visto que as centenas de anos da linha do tempo de Fallout (centenas literalmente) podem acabar ficando muito fragmentadas para quem as acompanha in-game. E por "aprendi muito acerca do lore..." entenda-se: ser "obrigado" a assistir A boy and his dog, apenas pra poder me situar melhor nas obras que serviram de inspiração à série (de longe um dos filmes com o filme mais satisfatório a que já assisti, com um twist deliciosamente -perdão do trocadilho- divertido).
Esse aprendizado também incluiu uma revisitada ao clássico de 1983, The Day After (O dia seguinte), uma aterrorizante ficção científica (que com certeza já passou perto de se tornar um documentário involuntário na história da "civilização" humana) a que assisti quando era criança, mas que meu cérebro havia deletado a experiência a fim de evitar traumas futuros.

Também preciso salientar que uma tarde/noite de leitura de TODOS OS POSTS do blog Retina Desgastada com a tag Fallout, bem como das sessões de comentários (dos quais eu participei muito timidamente), me ajudou bastante a compreender melhor a respeito da minha atual franquia preferida de jogos, bem como em construir uma melhor bagagem cultural sobre a série. Todo esse novo conhecimento, além do meu arrastado gameplay dos dois jogos originais, com certeza vai contribuir na busca de uma análise mais abalizada do Fallout 4 (além de me deixar com a incômoda certeza de que meus posts sobre a série teriam sido muito melhores se eu tivesse feito essa pequena lição de casa antes...).

E é com esse sentimento de realização pessoal e de dever cumprido que eu deixo os leitores do blog (e fãs do Fallout) com este que será o último  vídeo da cobertura do Fallout 4, antes de eu me desligar um pouco pra poder aproveitar o game. 
Espero que gostem, e fiquem sabendo que ainda farei um post com alguns pingos nos is antes de me ausentar do blog por um tempinho, pra poder curtir o game (também mereço um descanso...).




Au Revoir!