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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PRIMEIRAS IMPRESSÕES: DESDOBRANDO PERGAMINHOS ANTIGOS




!! Aviso: o texto abaixo não possui nenhum tipo de spoiler da história principal ou de sub-quests, mas descreve elementos de jogabilidade e novidades no sistema.
Então, se você é como eu, que gosta de jogar um novo jogo totalmente do zero, não leia o texto a seguir !!



Segunda-feira, vinte e um de novembro de 2011. Depois de mais um dia de trabalho eu tomo banho, me arrumo e janto às pressas. Uma única palavra na minha mente dita o ritmo apressado das minhas ações: Skyrim. Ou melhor, duas palavras: Skyrim chegou.

ISSO É QUE É JEITO DE CHAMAR ATENÇÃO!


Após rasgar o plástico da embalagem, colocar o jogo no console e logo de cara instalar um update (?), inicio a demorada instalação de Skyrim em meu PS3.
Passando por uma bela mas impessoal tela de “press start”, escolho a opção new game e já estou mergulhado na narrativa épica do game.
Aquele sentimento de estranheza me domina, enquanto avalio os novos gráficos do jogo e tento acompanhar os primeiros diálogos da aventura principal.

Um passeio de charrete; uma discussão sobre guerra; apelos de prisioneiros prestes a serem executados... 
A conversa é interrompida por um ataque repentino de uma criatura alada que ameaça a vida do herói principal do jogo.
Um rápido movimento de câmera e de repente...a imagem fica paralisada na tela da minha TV.
É isso mesmo que você está pensando: The Elder Scrolls Skyrim acaba de travar bem na minha frente, logo após dez minutos de jogo.
O sentimento de estranheza me abandona por completo. Agora sim, tenho certeza de que estou jogando um título da Bethesda Game Studios. É triste, mas é a pura realidade.

Depois desse batismo de fogo, vou ao menu de opções de configuração do jogo para ativar as legendas. Com esse ato, inicia-se a minha lista de primeiras impressões a respeito do mais novo rebento da Bethesda.

1- as legendas do game são muito pequenas. E não é costume com as legendas do Oblivion não. As legendas são pequenas, de fato, e acho que a Bethesda desconsidera o fato de que a maioria dos seus consumidores são nerds que usam óculos. Desculpem-me pelo clichê, mas isso é um fato. Além do quê, sou nerd mas não uso óculos, então posso abordar o assunto;

2- a primeira coisa que você vai perceber em Skyrim é a diferença entre o game que nos foi apresentado nos vídeos e o resultado final.
O que aconteceu aqui? É claro que uma aventura que dura (segundo os mentirosos criadores da série) cerca de TREZENTAS horas para ser completada não poderia apresentar gráficos tão mais bonitos do que foi visto nas edições anteriores. E é justamente aí que está o problema de Skyrim: muitas vezes, o visual desse jogo chega a ser inferior ao seu antecessor de 2006, o Oblivion.

TEXTURAS DE SKYRIM INDO POR UM "MAU CAMINHO"


Texturas enxugadas e de baixíssima resolução decoram itens, diversos objetos e alguns ambientes do game. Algo bem decepcionante, levando em conta a expectativa gerada em cima de seu lançamento.
Às vezes, de tão baixa qualidade visual, fica difícil acreditar que estamos de posse de uma versão finalizada do jogo.
Então, já explorando o mapa-mundi, me deparo com o efeito totalmente contrário: belas imagens que beiram o 3-D e chegam bem próximo do fotorrealismo embelezam o vasto mundo de Skyrim.
E mais uma vez me pergunto: o que está acontecendo aqui? A resposta é difícil de dar e provavelmente tão cedo chegará até nossos ouvidos, pois julgar um jogo da série Scrolls nos três primeiros dias de jogada é tão plausível quanto achar que conhece uma pessoa com o mesmo tempo de convivência;

3- Skyrim é um belo representante de natureza morta, se é que você me entende.
Oblivion foi um dos jogos de videogame que melhor conseguiu representar a natureza de uma forma realista e graficamente impressionante. Várias vezes me pegava fazendo save games “fotográficos”, mirando uma bela paisagem ou elemento singular de sua flora. Não cansava de me surpreender com o céu e fauna de Oblivion que, nesse quesito, dava um banho em jogos de melhor visual geral. Em Skyrim, esqueça toda essa exuberância verde. As árvores e plantas do jogo também foram vítimas das texturas de baixa resolução.
Uma total decepção para mim, pois esperava um resultado no mínimo melhor do que tinha sido realizado no game anterior;

4- uma dica para você, marinheiro de primeira viagem, que busca testar os limites do possível novo sistema do jogo: NUNCA, JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA, SE ATREVA A MATAR UMA GALINHA QUE TENHA DONO NAS CIDADES DO GAME.
Apesar do novo sistema de crime e castigo de Skyrim, fui perseguido impiedosamente pelos habitantes de uma pequena cidade pelo assassinato de uma penosa alheia. Não adiantou argumentar; fugir da cidade e retornar horas depois ou qualquer coisa desse tipo.
Mais que Tiber Septim, galinhas parecem ser idolatradas na província de Skyrim;

5- em Skyrim há crianças! Viva! Finalmente poderei descontar a minha ira e frustração em um dos muitos infantes espalhados pelo jogo. Não que eu tenha tentado, mas sonhar não custa nada;

6- um dos pontos mais criticados por mim no game anterior foi consertado nesse game. Você já tentou, num console, recolher vários pequenos itens (como moedas ou frutas) com aquela pequena e imprecisa retícula dos jogos anteriores? Uma tortura, muitas vezes.
Em Skyrim, a retícula foi transformada em uma cruz que se expande ao se aproximar de outros coletáveis, facilitando bastante esse tipo de tarefa. Sinal de que a Bethesda, às vezes, acaba reconhecendo certas falhas em seus jogos;

7- em combate, fiquei muito feliz em descobrir que não precisamos mais desferir trinta golpes de espada para derrotar um reles zumbi. Mais um ponto para a senhora Bethesda;

KAME...HAME...


8- pela primeira vez em um RPG, me sinto no controle de um mago que tem tanta capacidade de chutar traseiros quanto o guerreiro-bárbaro genérico.
O ótimo sistema de alocação de magias nas duas mãos torna prazeroso e emocionante o uso de magos no game, e torna possível combinações como fogo numa mão e gelo na outra, por exemplo. Mais pontos para a Bethesda;

9- lembra daqueles momentos no Fallout 3, quando a ação fica em câmera lenta para nos mostrar a morte do inimigo? Esses Finish Blows foram incorporados ao mundo medieval de Skyrim, sendo muito bem-vindos e reconfortantes de se assistir;

10- a animação do protagonista em terceira pessoa ainda não está perfeita, mas ficou muito fluente e bonita. Várias vezes, me flagrei mudando de modo apenas para conferir o visual de um novo equipamento ou movimento do personagem.


Por enquanto é só, mas gostaria de terminar o texto recordando um fato: muitos jogos que estão na minha lista de favoritos de todos os tempos não foram muito bem aceitos por mim logo no início. Às vezes demora um pouco para nossa mente assimilar o potencial que um grande jogo pode ter. Foi assim com Oblivion, Fallout 3, Final Fantasy 10, Diablo 2 e tantos outros. Torço para que isso se repita com Skyrim.



Au revoir!

4 comentários:

  1. Não tenho muito a comentar porque não jogo Skyrim (eu raramente comento, na verdade, mas estarei sempre aqui lendo)... Mas não pude deixar de rir muito com isso:

    "fui perseguido impiedosamente pelos habitantes de uma pequena cidade pelo assassinato de uma penosa alheia"

    hahaha

    =)

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  2. Gosto bastante de Skyrim e gostaria de perguntar por que os criadores da série são mentirosos ao dizer que Skyrim dura 300 horas? Eu fiz 350 horas nesse jogo e acho que teve coisa que eu não fiz ainda.

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  3. Luís, na verdade esse tempo de gameplay é meio exagerado pelos criadores. na verdade, vc tem que descontar aquelas Misc Quests. elas são randômicas e infinitas, geralmente te recompensando com algo bem genérico como gold ou itens inúteis. mas acho essa discussão bem sem sentido, pois esse jogo é um mundo, assim como todos os jogos dessa série e fallout. levei dois anos pra completar e platinar o Skyrim (em parte pq dava umas paradas pra desenjoar. sabe aqueles loads como são...). tem muita coisa pra fazer. difícil é ter tempo livre pra se dedicar. e eu ainda inventei de comprar a edição completa, com os DLCs. aí foi que lascou de vez...

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  4. Aí, entendi. Então você tá falando só de quests com começo, meio e fim? É, aí a parada não chega a 300 horas não. Acho que uns 70 ou 80% das minhas 350 horas foram só andando pelo mapa e explorando as dungeons e tals. Mas só de quest msm, aí eu concordo que não deve ter 300 horas não.

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