Durante boa parte da minha vida como jogador de videogames, estive habituado a pagar quantias irrisórias pelos jogos de meu interesse.
O nome dado à essa prática todos já conhecem: PIRATARIA.
Passando por cima de leis, direitos autorais e de propriedade intelectual, a compra de games falsificados fomenta um mercado gigantesco que prejudica a indústria, consumidores e todos os envolvidos nesse meio de entretenimento, quer eles estejam cientes do estrago causado ou não.
Com a aquisição do Playstation 3, passei a adquirir apenas jogos originais (tanto por ideologia quanto por falta de alternativas), uma prática que já é bem mais “descriminalizada” nos games para PC.
Uso a palavra entre aspas acima por causa de um certo caso ocorrido há alguns anos atrás: enquanto comentava sobre as vantagens dos jogos originais, um amigo disparou a seguinte pergunta: “você teria coragem de gastar R$100,00 num jogo?”
Logicamente, fiquei sem saber o que responder. Como assim? Desde quando o correto e aceitável é agir à margem da lei, na contramão do princípio de “não roubar” que nos foi ensinado desde a infância? Por que eu deveria me sentir constrangido por estar fazendo a coisa certa?
Mas se tinha algo de acertado na sua indagação era o fato de questionar a minha coragem.
No país em que vivemos, é preciso ter muita coragem para seguir os próprios princípios.
No Brasil, pagar por uma (cara) entrada de cinema; comprar um cd de música ou DVD de filme; comprar um game original ou fazer o download pelos meios oficiais faz de você um completo LOSER. Um fracassado que trafega na contramão da lógica geral no país onde vigora a Lei de Gerson.
Apesar dos pesares, comprar games originais, para mim, se tornou uma prática corriqueira (e prazerosa) que traz muitos benefícios (a todas as partes envolvidas, até mesmo ao nosso governo, que nem merece) e agrega valor ao entretenimento de que mais gosto.
Decidido a externar ainda mais o meu apreço por games, resolvi que era hora de dar um passo adiante e investir em uma famigerada Edição de Colecionador. Mas esse capítulo da minha história ainda não foi encerrado pois, por enquanto, não tenho meio$ de realizar o meu mais novo fetiche. Mas meu alvo não poderia ser outro melhor:
FALLOUT 3 COLECTOR’S EDITION
Essa bela edição de colecionador vem em uma maleta/lancheira feita de metal. Só pela embalagem já dá vontade de comprar. E olha que ainda nem falei do seu conteúdo: um Livro de Artes Conceituais (se você é um fã das ilustrações de Vault Boy presentes no game, assim como eu, com certeza ficará bem satisfeito com esse aqui); Trilha Sonora (algo que não entendo nesse jogo, dada a alta qualidade dos sons: o volume das músicas e ambiente vêm num nível bem baixo, nas configurações padrão); DVD com Making Of do jogo e, rufe os tambores, um exemplar do Vault Boy, aquele bonequinho simpático que ilustra os status e habilidades no game.
Don't do That!!! |
Infelizmente, ainda não vai ser dessa vez que comprarei uma tão sonhada Collector’s Edition.
Primeiro porque minha lista de espera é impaciente, raivosa e nada modesta: Fallout New Vegas Collector’s Edition, Skyrim Collector’s Edition e Castlevania Lords of Shadow Collector’s Edition. Então, preciso planejar tetricamente onde apostar meu rico dinheirinho.
Segundo, porque precisarei trabalhar uns duzentos ciclos lunares pra poder arcar com tudo isso. Espero que se confirme o ditado, de que “o trabalho enobrece o homem”. Precisarei de muita nobreza pra comprar essas e muitas outras que virão.
E terceiro, porque essa edição de colecionador não é nada fácil de encontrar aqui no Brasil.
E terceiro, porque essa edição de colecionador não é nada fácil de encontrar aqui no Brasil.
As edições de colecionador elevam à décima potência aqueles momentos em que não estamos jogando, e ficamos folheando o encarte do jogo apenas para matar a saudade e prestar uma homenagem “offline” ao nosso game favorito.
Com essas preciosidades em minhas mãos, terei muito tempo para mergulhar nessas relaxantes reflexões “outgame”, sem sombra de dúvidas.
CARTAS NA MESA: enquanto pesquisava sobre essa edição de colecionador, para escrever o post, topei com uma notícia do blog Meio Bit (que está entre os meus favoritos) a respeito do mesmo tema.
O engraçado é que o jornalista utilizou até a mesma expressão que eu para comentar sobre a embalagem da edição.
Deixo claro que, qualquer semelhança com o texto do Meio Bit é mera coincidência. Apenas utilizei o artigo como referência para citar os conteúdos do pacote. Abaixo, o link da matéria para quem quiser tirar as próprias conclusões:
Au revoir!
Este merece um comentário!
ResponderExcluirEu sempre tive vontade de ter uma edição de colecionador, mas sempre que ia comprar (Dead Space 2 Colectors e Mass Effect 2 Collectors) eu sempre desistia pois podia comprar 2 jogos e meio, hoje como mudei de plataforma (uso PC Gamer antes era PS3) ficou ainda mais impossível, pois conteúdo digital mudou tudo, Bad Company 2 por 8 reais, Deus EX 20 reais, Skyrim 50 reais e outros. Um dia terei Fallout Collector's.....um dia.
só por curiosidade, Rodrigo, o que te levou a trocar o ps3 pelo pc?
ResponderExcluirShadow, sempre prefiri plataforma PC pois é mais versátil, gráficos muito superiores, sistema de som superior, jogabilidade melhorada pois caso não goste do mouse-teclado que é melhor compbinação em jogos de RPG e FPS pode usar controle do XBOX, e o principal Shadow o preço dos games, como relatei pago muito barato em jogos de PC como os exemplos acima que hoje um Deus EX custa R$150,00 para console paguei R$20,00, isso é uma diferença impressionante, claro, montar um PC do zero hoje custa mais que um console, concole custa seus R$1000,00 falando de nacional mesmo, um PC Game para rodar jogos sem gargalo custa R$2500,00 sem contar monitor (uso TV então não impacta valor) porém como sabe o mais caro mesmo é placa de vídeo, a minha roda tudo com alta qualidade mas a que quero custa os R$1000,00 que um console custaria. Enfim vai de gosto e análise de valores. Recapitulando, jogos muito mais baratos mas plataforma mais cara.
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