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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

MÚLTIPLOS CHOQUES BIOLÓGICOS














Bioshock é um dos melhores jogos de tiro em primeira pessoa da atual geração de games.
Bons gráficos; enredo único e inesquecível; fator replay lá nas alturas. Um representante perfeito do gênero, sem dúvida.
Ele possui várias falhas, claro, mas é uma daqueles jogos que valem a compra de um novo console ou um novo upgrade no PC, só pra poder desfrutá-lo.

Apesar de todas as suas inegáveis qualidades, Bioshock tem um “defeito” que, para mim, não pesa tanto, mas para muitos é imperdoável: a total ausência de um modo multijogador. É isso mesmo que você ouviu: um FPS de 2007 sem multiplayer.
Mas o propósito do post não é falar sobre Bioshock, game que abordarei em uma ocasião mais apropriada.

Com o sucesso e vários prêmios de “jogo do ano”, “melhor isso” ou “mais aquilo”, a faminta indústria de jogos eletrônicos (e os igualmente famintos fãs do primeiro jogo) clamavam por uma sequência.
Pedido atendido, Bioshock 2 é lançado em fevereiro de 2010, corrigindo a falha do game anterior.


BEM-VINDO À GUERRA

E vai rolar a festa, vai rolar...

Nunca fui muito de jogar jogos online, pelo simples fato de nunca tive internet em casa, e jogar em lan houses nunca fez muito meu gênero.
No mês seguinte ao lançamento de Bioshock 2 meu amigo, que também possui um PS3, assinou um plano de banda larga de 10Mb.
Muito felizes e deslumbrados com as possibilidades dos modos online dos jogos, resolvemos experimentar o multiplayer do Bioshock 2. Agora você já pode se acomodar melhor no sofá e relaxar enquanto lê, pois a história que se segue é tão divertida quanto longa.



SANGUE NOS OLHOS

Eletroencefalograma na hora!

O multiplayer de Bioshock 2 é um dos poucos que se preocupa em ter uma razão de ser.
A desculpa para o mata-mata no jogo é bem simples: se você jogou o primeiro Bioshock, deve saber que houve uma guerra civil bem antes dos acontecimentos que envolvem o protagonista, resultando no atual estado de calamidade da cidade na ocasião do primeiro jogo (entenda-se: destruição e caos para todos os lados e seres humanos enlouquecidos dispostos até a matar criancinhas indefesas pra satisfazer seu vício pela droga que alimenta seus super poderes).

Então, com propósitos puramente beligerantes científicos, algum maluco decide usar cobaias para o aperfeiçoamento de armas e plasmids no campo de batalha. Sinclair Solutions dita o ritmo do combate.
E assim começa o multiplayer de Bioshock 2.




CENÁRIOS

Nessa feira só não vende frutas e verduras


TODOS os cenários do multiplayer são baseados em locais por onde você passou no primeiro Bioshock (os cenários do 2 estão nos dlcs, os quais eu não possuo, por sinal), como Kashimir Restaurant; Heaphestus (acabei aprendendo a gostar desse aqui); Farmer’s Market (o meu favorito); Fort Frolic; Neptune’s Bounty; Home for the Poor (odiado do fundo do meu coração) entre outros.
Essa é uma admissão clara e óbvia de que o Bioshock clamava por um modo multijogador, sem sombra de dúvida.
Os cenários onde se desenrolam os combates são bem legais de se jogar e cumprem seu papel.

Mas a principal pergunta que me vem à cabeça, toda vez que eu jogo nesse modo, é POR QUE DIABOS OS CENÁRIOS DO MULTIPLAYER TÊM TANTOS DETALHES E OBJETOS ESPALHADOS POR TODOS OS LADOS?

Jogue no cenário Medical Pavilion e vá até a sala onde parece estar havendo uma espécie de velório. São caixões; coroas de flores; móveis; acessórios e mais objetos com o único propósito de deixar o cenário mais pesado e fazer seu personagem encalacrar enquanto anda. E tudo isso pra um modo de jogo em que, muitas vezes, você não tem tempo nem de prestar atenção em indicadores de munição ou vida sem correr o risco de levar um headshot fantasmagórico. Quanto mais parar para admirar uma beleza que nem no modo offline existe.
Para responder à questão acima, faz-se necessário abordar os dois principais problemas desse game (no modo multijogador, claro. Acho que não precisarei mais salientar que me refiro a esse modo, não é mesmo?): o LAG e as ENCALACRADAS.
Lag é algo bem normal em jogos online. Fatores como a velocidade da sua conexão, taxa de upload, distância física entre os participantes, quantidade de servidores dedicados ao game e até o estado de espírito do seu chefe influenciam nesse quesito.

Mas se você possui uma conexão relativamente boa (acho que 5Mb já basta), dá pra jogar sem ter muitas dores de cabeça.
O problema é que muitos jogadores se queixam dos lags abusivos que atrapalham e comprometem a dinâmica das partidas no jogo (às vezes, você leva tiros enquanto caminha atrás de paredes, por exemplo). Para descrever todos os lags e situações irritantes que eles proporcionam, eu precisaria de um novo post. Como alternativa, você pode assistir a esse tragicômico vídeo que consegue expressar melhor que eu a frustração dos lags no multiplayer.



Encalacradas serão inevitáveis durante as partidas multiplayer. E o motivo disso também reside no questionamento feito acima.
Os cenários do jogo são cheios de postes; mesas; corrimões; criados-mudos; armários; grades; quinas de todos os tipos; pedras; cadeiras; vasos gigantes de plantas...deu para perceber a zona que são os cenários desse game? Pois jogue e saberá do que eu estou falando.

Claro, com o tempo você acaba se acostumando e aprendendo a (literalmente) passar por cima desses obstáculos mas acho que, se os cenários fossem mais simples, dois Biggy Daddies seriam derrubados com uma cajadada só: as encalacradas e os lags (que poderiam, com um mínimo esforço dos programadores, serem bastante reduzidos).

Outra coisa bastante irritante a respeito dos cenários desse jogo: a distância dos pontos de respawn. Você sabe, quando aquele nerd boçal te mata e você reaparece num determinado ponto do cenário. O problema aqui, é que esses pontos são determinados até demais.

Quase sempre que você morre, você renasce a mais ou menos 95 metros do seu objetivo (que no meu caso, geralmente será proteger ou capturar a Little Sister. Falarei disso mais tarde), e isso pode ser uma coisa potencialmente estressante quando acontece várias e várias vezes na mesma partida, com o tempo se esgotando.
Mas isso não é tudo. O pior mesmo é quando você nasce 9,5 metros de onde estão todos os inimigos do cenário. Pode acreditar. Já aconteceu comigo. Eu morri e renasci ATRÁS de quatro jogadores (de uns dez níveis de diferença, sendo um deles um Big Daddy). O que fazer nessa ocasião? O mesmo que eu fiz: rir comigo mesmo e tentar adivinhar de quantas formas diferentes eu seria acertado (tiro de besta, gelo, fogo, headshot de elefant gun...).


OPÇÕES DE LAN

"The connection to the game host has been lost." Não se preocupe, você ainda verá essa frase  muitas vezes

Aí está uma falha grave desse modo de jogo: não há nenhuma forma de configurar opções de partida.
Seria ótimo poder selecionar o país de preferência e a qualidade da conexão dos participantes. Isso não resolveria o problema das malditas encalacradas mas, certamente, ajudaria no lag das partidas.
Eu jogo com uma conexão de 15Mb, mas ainda sofro com um pouco de lag.
Atirar num jogador que você pensa estar num lugar quando, na verdade, está em outro; tentar pular de uma altura e se ver de volta ao local antes do salto; ser atrasado por portas que demoram a abrir; tudo isso faz parte do problema de lag e deixa os combates menos dinâmicos.

Antes que eu me esqueça: depois do multiplayer do Bioshock 2, quase tive a certeza de que os programadores do jogo não sabem contar. Só isso explicaria o fato de o jogo agrupar um time com cinco jogadores e outro time com apenas três. Sendo que geralmente quando isso acontece, o nível dos participantes raramente fica equilibrado. No exemplo acima, já vi acontecer de ficar um time com três jogadores por volta do nível cinco e o outro time com cinco jogadores que iam do nível quinze ao quarenta.
Bem equilibrado, não?
Problema que poderia ser facilmente resolvido com um simples sistema de soma e divisão de níveis. Mas as quatro operações não parecem ser o forte dos programadores do game.


PLASMIDS, TÔNICOS, DESAFIOS E FATOR REPLAY

The power of the sun in the palm of my hand...

Nesse aspecto, os idealizadores do game estão de parabéns. Vamos começar pela lista de plasmids e habilidades do jogo.

INCINERATE- a “magia de fogo”, velha conhecida do jogo off-line. Que pena que no modo online ela é bem inútil.

Antes de explicar o porquê desse plasmid ser um lixo, vou dar um conselho aos iniciantes: se você quiser se dar bem nas partidas e dominar boas técnicas de combate, arranje uma forma de impedir que o inimigo ataque.
Melhor que causar um dano direto é incapacitar o oponente por preciosos décimos de segundo que podem te garantir a vitória.
E esse é justamente o problema do plasmid de fogo. Ele causa um bom dano (se carregado) e perdura por vários segundos, mas não impede que você leve um headshot desmoralizante e assista seu oponente correndo pra se livrar das chamas.
Não vejo nenhuma razão para usar esse poder, a não ser para completar os desafios de batalha;

ELECTROBOLT- a “magia de choque”. Ela é crucial para enfrentar oponentes que gostam de usar armas lentas, como a nail gun. Sem dúvida, é o melhor plasmid do jogo e o mais usado por jogadores experientes.
A maior vantagem desse poder é incapacitar o oponente, deixando ele paradinho no lugar e pronto pra levar um headshot (a única forma de matar um inimigo com um único acerto). Contanto que você carregue até o final pois, se você disparar a carga normal (instantânea), correrá um grande risco de ser morto por um inimigo que deveria estar paralisado pelo choque;

WINTER BLAST- "a magia de gelo". É quase tão útil quanto o Electrobolt. Quase pois, mesmo carregado, ainda permite a movimentação inimiga. Alguns jogadores mais habilidosos conseguem usar a combinação Winter Blast seguido de Aero Dash para estilhaçar o oponente. Eu, particularmente, tentei essa combinação e não obtive muito sucesso;

AERO DASH- muito legal esse aqui. O personagem dá um avanço que, entre outras coisas, serve para atordoar o inimigo; fugir de tiros em geral; encurtar distâncias (principalmente quando de posse da Little Sister) ou escapar de proximty mines etc.
Um problema que eu enfrento muito ao usar esse plasmid é tentar acertar alguém e acabar passando para as costas do oponente. Não sei se é um problema do plasmid ou meu, mas que acontece, acontece;

 GEYSER TRAP- no início, você pode até pensar que esse plasmid é completamente inútil para o multiplayer. Mas é aí que você se engana.
Geyser Trap deixa uma poça de água no chão. Se você pisar, é empurrado para cima (ou para o lado) por um jorro de água de vinte metros.
O gêiser em si não causa dano, mas atrapalha um bocado.
Se você estiver abaixo de um teto, baterá a cabeça e o dano vai ser grande. E tem outra: Geyser Trap pode ser usado em conjunto com Electro Bolt, para criar uma poça eletrificada. Se você tiver o azar de cair numa dessas, pode ter certeza que é morte certa (choque + cocuruto no teto).
A maior utilidade desse plasmid é cercar a Little Sister para protegê-la. Mas o Geyser Trap também pode ser disparado diretamente contra um inimigo, para tirá-lo do caminho. A tempo: Geyser Trap não pode ser carregado, infelizmente, e pode ser evitado com um simples pulo em áreas abertas;

INSECT SWARM- lança uma nuvem de abelhas assassinas teleguiadas que impedem o inimigo de atacar e ainda turva a sua visão. Eu amo esse plasmid, principalmente se um Big Daddy estiver na mira.
Gostou do Insect Swarm? Eu também gosto. Pena que eu estou descrevendo o plasmid do modo off-line.
No multiplayer, Insect Swarm é a coisa mais inútil de todo o jogo.
Primeiro: esse plasmid não tem carga. E eu odeio a maioria dos plasmids que não podem ser carregados.
Segundo: ele é bem difícil de acertar pelo simples fato de que, nesse modo, as abelhas não comeram o arroz com feijão que suas mamães-abelha mandaram e perderam seus sentidos que lhes permitia ir atrás do primeiro inimigo que vissem
Terceiro: quando você consegue acertar alguém com essa porcaria, o alvo tem o “direito” de se livrar das abelhas com dois ou três golpes de melee. Muito justo, não?
Resumindo: nunca vi um jogador de alto nível usar essa habilidade inútil;

TELEKINESIS- um plasmid muito útil. Muito versátil, pois dá pra jogar objetos no inimigo e desarmá-lo temporariamente. O problema é que, depois de ser atingido, o alvo cambaleará, dificultando acertar um headshot. Se não fosse por esse pequeno detalhe na animação, Telekinesis seria (disparado) o melhor plasmid do jogo e sairia na frente do Electro Bolt, pois ele também serve pra arremessar barris de combustível e catar proximity mines do chão.
Esse também não tem carga, mas uma coisa muito curiosa sobre ele é que, quando você segura um objeto por muito tempo e sua barra de Eve seca, você ainda pode continuar levitando o objeto mesmo sem Eve;

HOUDINI- o meu plasmid preferido de todos os tempos. Quem nunca teve o sonho de ficar invisível e entrar na Lojas Americanas à noite para desfrutar de todas as coisas gostosas que ficam lá dentro sozinhas? Claro, esse era um sonho de criança, e nessa época nós não levávamos em consideração o sistema de segurança e o vigilante da loja, mas sonhar não custa nada.
Houdini, como já deu pra perceber, deixa o seu personagem invisível, possibiltando matar inimigos pelas costas e capturar Little Sisters com mais facilidade.
Ele consome a barra de Eve bem rápido, exigindo o tônico Eve Saver para sua melhor utilização.
Esse plasmid é um sonho realizado, pois desde o primeiro jogo eu ansio desfrutar do plasmid de Teleport.
Eu sei que o Houdini não teleporta, deixa invisível, mas no final das contas dá no mesmo (sumir de um lugar e aparecer em outro).
É o mínimo que a 2K podia ter feito, depois da sacanagem que fizeram no modo off-line, de tirar o mel das nossas bocas dando um plasmid de Teleport com defeito (desculpem se foi spoiler, mas a culpa é sua por ainda não ter jogado esse jogo maravilhoso).
A única reclamação que eu tenho contra esse plasmid é quando você está levando a Little Sister no braço.
Às vezes eu tenho a nítida impressão de que eu fico invisível e ela não, o que me proporciona muitos tiros no traseiro e na cabeça. Como se carregar a pirralha já não fosse estresse suficiente. Falarei mais detalhadamente sobre isso no tópico Capture the Sister.

Isso encerra a lista de plasmids. Vamos agora a uma lista rápida dos tônicos.

Água que Little Sister não bebe

EXPERT RESEARCH- serve para acelerar a tempo que leva para tirar fotos dos inimigos mortos. Com elas, você ganha um bônus de dano em cima do inimigo fotografado; equipável apenas no início, quando você ainda não tem muitas opções;

SECUTY EVASION- lixo inútil. Só serve para diminuir o tempo que um turret leva pra te detectar. Nada que o Electro Bolt não resolva;

SPEEDY RECOVERY- tem sua utilidade. Faz com que o seu HP se recupere mais rápido. Mas se você levar em conta que, geralmente você morre antes do tempo da barra se encher novamente, ele já perde um pouco da sua utilidade;


EVE SAVER- essencial para quem usa e abusa de plasmids (meu caso), esse tônico diminui o consumo das magias. Habilidades como Houdini ou qualquer outra que esteja carregada se tornam inviáveis sem esse recurso;

BACK STABBER- aumenta o dano causado por melee atack se você surpreender o oponente pelas costas. Lixo total. Nunca cheguei a equipá-lo;

METABOLIC EVE- torna possível a gradual (e extremamente lenta) recuperação de Eve. Vital para quem usa e abusa de magias;

SABOTAGE- você causa maior dano aos turrets. Seria mais um plasmid completamente inútil, se não fosse pelo fato de que os turrets são mais resistentes que os Big Daddies nesse modo de jogo. Tente destruir um turret com uma arma forte, como elefant gun ou nail gun. Você esvaziará o pente da arma e não conseguirá.
Mesmo assim, você deve ser um completo loser para equipar esse troço;

REPAIRMAN- permite o reparo de turrets destruídos. Mesmo que você consiga achar uma utilidade para ele, simplesmente não há espaço para ocupar com um tônico inexpressivo desses;

SPEEDY HACKER- diminui o tempo de hackear máquinas. Não chega a ser um lixo total, mas é desnecessário;

SLUGGER- permite carregar o ataque físico pra causar mais dano. Confesso que nunca equipei esta piada-pronta que o game nos conta mas, juro que, se souber que você usou esta porcaria alguma vez, encontro o endereço da sua casa e te dou um soco na fuça. Tenho dito;

LEG UP- serve para dar aqueles super-pulos fdps que fazem você se admirar quando está no níveis mais baixos. É útil, principalmente para surrupiar a Little Sister e evitar rotas manjadas durante as partidas.
Eu, particularmente, não gosto dele, mas muitos jogadores gostam e conseguem usá-lo bem, então...

FAST FEET- esse tônico promete silenciar os seus passos e aumentar a sua velocidade de movimento.
A questão de silenciar até que funciona, mas o aumento da velocidade é totalmente ilusório. Eu não vi diferença nenhuma, então esse plasmid nem fede nem cheira;

DEADLY MACHINES- aumenta o dano causado por máquinas hackeadas. Outro bem inútil. Fico me perguntando: que tipo de jogador baseia sua estratégia de combate em cima de turrets turbinados com Deadly Machines? Tem gosto pra tudo...

HEADHUNTER- aumenta o dano causado por headshots. Se você é um daqueles jogadores desocupados que têm o dia inteiro para treinar num jogo de videogame e que consegue acertar headshots mesmo com o inimigo correndo para os lados e pulando, provavelmente você deve ser fã desse aqui;

BIG GAME HUNTER- aumenta o dano contra Big Daddies. É útil, mas muito específico. Há tônicos bem melhores nos quais gastar um dos seus três preciosos slots;

DEATH TRAP- depois que você morre, seu corpo explode, causando a morte de quem estiver num raio de aproximadamente dois metros do seu corpo.
Tem sua utilidade, principalmente contra oponentes espertinhos que adoram te fotografar para ganhar bônus de dano e, literalmente, dançar sobre seu cadáver;

RESSURECTION- é incrível como um tônico aberto no último nível de evolução pode ser tão revoltantemente imprestável. Se você não adivinhou a sua função pelo nome, sugiro que faça um cursinho de inglês urgente.
O problema desse tônico está no tempo.
Death Trap ainda consegue ser um elemento surpresa por causa do seu delay. De fato, até jogadores mais experientes acabam caindo nessa armadilha com uma certa freqüência.
Mas Ressurection te traz de volta à vida rápido demais. E isso só serve para você ser morto duas vezes consecutivas pelo mesmo oponente, tendo em vista que você revive com o HP quase zerado e não pode se mover imediatamente. Não há elemento estratégico nenhum com esse tônico. Você apenas vira um alvo fácil, a menos que o seu algoz seja MUITO apressado pra dar as costas logo depois de ter te matado.

Isso encerra a lista de plasmids e tônicos.



TRIALS

É ótimo quando você avança de nível  e ganha apenas uma máscara de carnaval...


Os trials são um tipo de desafio que o jogo impõe. Existem os Trials de armas, de plasmids e os gerais.
Por exemplo: um dos trials requer que você desfira trinta rajadas de Electro Bolt carregadas contra um Big Daddy.
Outro Trial pede que você, como um Big Daddy, aterrisse em cima de um oponente e mate-o dessa forma.
Já deu pra perceber que eles são bastante variados e, às vezes, bem exigentes.
Mas é aí que reside a graça dos trials de Bioshock 2: eles deixam o jogo on-line bem mais interessante e dão um propósito às coisas. Conseqüentemente, esse fator prolonga a vida-útil e, por que não, também a diversão.
Claro que eu não poderia listar todos os Trials sem estorvar o leitor, mesmo porque não há nada de tão interessante pra se falar deles.
Pra finalizar, queria dizer que sinto muita falta desse tipo de incentivo em outros multiplayers em geral.


RAZÃO DE SER DO MULTIPLAYER DE BIOSHOCK 2: CAPTURE THE SISTER

Quanta inocência


No multiplayer há vários modos de jogo, claro.
Tem o Turf War; Adam Grab; Team Adam Grab; Last Splicer Standing e outros.
Eles equivalem aos clássicos modos de jogo on-line que se vê por aí, como o deathmatch.
Mas a graça do jogo se resume ao modo Capture the Sister.

Numa óbvia alusão ao modo Capture the Flag (capture a bandeira, para aqueles que não seguiram meu conselho sobre o cursinho de inglês), Capture the Sister (capture a Sister. O quê? Você achou que eu cometeria o sacrilégio de traduzir o nome Little Sister?) te desafia a, com mais quatro jogadores, seqüestrar a Little Sister do cenário e encaçapá-la num dos canos de tubulação espalhados pelo estágio.

Esse modo é dividido em duas etapas: uma para captura e outra para defesa. Isso dá a deixa para:


REGRAS BÁSICAS PARA CAPTURE THE SISTER


DEFENDENDO

O papai sempre me protege dos monstros...


Na fase de defesa, quatro jogadores se encarregarão de proteger a L.S. do time adversário.
O quinto jogador encarna o papel do Big Daddy, também protegendo.

Jogar como o B.D. pode ser uma tarefa muito prazerosa ou muito frustrante, dependendo do time que te dá suporte. Isso porque, nem todos os jogadores interpretam o papel que esse modo exige.

Na defesa da L.S., sua glória pessoal deveria ser deixada de lado em prol do objetivo máximo: não permitir que o time adversário seqüestre a L.S. e marque pontos.
Mas nem sempre é isso que acontece.
Alguns jogadores, totalmente fora de sintonia com o grupo, se preocupam mais em fuzilar os inimigos que proteger a L.S. e escoltar o B.D., esquecendo-se por completo de não abandonar por muito tempo o local onde ela se encontra, hackear turrets e máquinas e de que não estão numa partida deathmatch, onde a lei é cada um por si.

Quase ia me esquecendo: o Big Daddy é tão forte quanto lento. Ele tem um dom de encalacrar que vai além dos padrões do próprio jogo. Conta com ataques físicos; rivet gun; proximity mine e um pisão que paralisa inimigos próximos.
Apesar de ser o Bioshock dois, ele não pode usar plasmids ou se valer de nenhum tônico.
Só pra finalizar, gostaria de saber por que nos tiraram o prazer de encarnar a Big Sister no multiplayer. Quanta maldade e rancor acumulados desses desenvolvedores, pra ficar tirando o doce da boca de marmanjos de vinte e cinco anos de idade.


CAPTURANDO

Olha a cara da meliante


Capturar a Little Sister não é tarefa das mais fáceis.
Começando pelo fato de que você, geralmente, terá que dar cara à tapa e vai ser meio que obrigado a seguir uma rota previsível, passando por portas e rotas já manjadas por quem está na defesa. E se você já jogou nesse modo, sabe o quão arriscado é abrir uma porta, seja em qualquer cenário.

Novamente, alguns jogadores se esquecem que o objetivo dessa etapa não é derrotar inimigos (mesmo que isso faça parte do processo), e sim deixar a L.S. o mais próximo dos canos possível para uma possível encaçapada.
Quando eu me encontro próximo a um companheiro que carrega a L.S., eu faço o possível para escoltá-lo da melhor maneira possível, virando até bucha de canhão, se for o caso (eu e minha maldita mania de sempre jogar interpretando o papel...).
Infelizmente, nem todos caem de cabeça na idéia dessa fase, e perdem tempo com bobagens ou vagando em busca de mais um Kill para sua coleção, quando deveriam estar ocupados DESTRUINDO OS MALDITOS TURRETS OU DANDO CABO DO BIG DADDY.

Você aí, que joga ou já jogou comigo no multiplayer, está entendendo? Quando a fase for de captura, NÃO HACKEIE OS MALDITOS TURRETS. DESTRUA-OS, PARA FACILITAR O TRANSPORTE DA LITTLE SISTER, OK?
Também tente dar um jeito no Big Daddy, o mais rápido possível, pois SÓ DEUS SABE O PROBLEMA QUE É TENTAR RAPTAR A LITTLE SISTER COM UM BIG DADDY VIVO E QUATRO OUTROS JOGADORES DANDO SUPORTE. Não há Houdini que chegue, desse jeito.

Agora, gostaria de abordar um capítulo à parte sobre a fase de captura:


CARREGANDO A LITTLE SISTER NOS BRAÇOS

Pelas palavras que virão a seguir, espero que nenhum purista desocupado esteja lendo o blog. Lá vai: UMA DAS MAIORES FRUSTRAÇÕES QUE UM JOGADOR PODE TER NESSE JOGO É A DE TENTAR LEVAR A LITTLE SISTER ATÉ A TUBULAÇÃO.
Entenda: nesse modo de jogo não dá tempo de fazer nada. Você anda e morre. Mata um pouco e morre. Nasce e, cinco segundos depois, morre novamente. Se você leu o que veio antes disso sabe do que estou falando.
Então, imagine o sentimento de estar carregando a menina dos olhos dos jogadores e de toda a série.
Todas as atenções estarão voltadas ao escolhido que levar a pequena nos braços. Seja pelos amigos ou pelos inimigos.

Quando você agarra a Little Sister, ela solta um grito que chama a atenção de todos os jogadores. Como se isso não bastasse, um narrador fdp profere a frase They Caught the Girl em alto e bom som. Se os jogadores estivem com a sintonia citada acima, partirão numa caminhada furiosa ao destino da L.S., que passa a ser indicado em azul ou vermelho no marcador.

Já em seus braços, nos três primeiros segundos, a pequena VADIA DESGRAÇADA COMEÇA A GRITAR COMO UMA LOUCA, TE SOCAR E ENFIAR OS DEDOS NA SUA CARA (duvido que uma bandeira consiga fazer isso). Isso te impede, temporariamente, de usar plasmids ou armas ou qualquer coisa.

Dá vontade de entrar no jogo pra esganar a escrota


Leu isso, purista desocupado? Se vai me processar e acusar os games de incitar ódio contra criancinhas de cinco anos pode enviar a papelada, pois não é por aqui que vou parar.

Não gosto de violência. De nenhuma forma de violência. Mas acho que a 2K conseguiu criar uma espécie de simulador para provar sua teoria maluca de que todo ser humano pode ser testado ao limite até sentir vontade de ESGANAR UMA PEQUENA VADIA QUE TE IMPEDE DE ATACAR OU SE PROTEGER ENQUANTO VOCÊ TEM QUE FUGIR DE UMA SARAIVADA DE TIROS, WINTER BLASTS E ELECTRO BOLTS.

Não me entenda mal. Adoro as Little Sisters e a forma como o game conseguiu atrair a sua atenção, colocando as pequenas no enredo principal.
É muito meiga a forma como elas interagem com o Subject Delta durante a campanha solo.
Mas no multiplayer...


CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE BIOSHOCK 2 NO MULTIPLAYER

Aqui dentro eu tô seguro.Eu acho...


Sem muita enrolação, considero o multiplayer do Bioshock 2 o melhor que já experimentei.
Tem muita coisa pra te manter ocupado, muita diversão (e frustração também, não se iluda) e uma boa variedade de armas e táticas de combate que te permitirá detonar ou ser detonado durante as partidas.

Resumindo: a 2K errou feio se achava que o primeiro Bioshock não podia proporcionar um bom multiplayer on-line. Bioshock 2 é a prova cabal disso.

Que venha Bioshock Infinite e seus trilhos de trem aéreos.

Te quiero!


Au revoir!

5 comentários:

  1. Eu nao sei como faz, mas se der, coloca feed no blog.
    Eu sempre olho pelo google reader pra ver se tem atualização.

    Aliás, belo texto.

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  2. Eu também não sei como colocar feed no blog, Bruno. na verdade, nem sei ainda pra quê serve um feed. vou dar uma pesquisada e tentar colocar.
    Valeu pelo elogio. acho que você deve ter passado pelos mesmos percalços que eu no multi do bio2. rsrsrs

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  3. Bruno, tentei colocar o ícone de feed mas acho que não deu certo. o feed já existe. eu mexi numa linha de comando pra tentar exibir o feed, mas não entendo lhufas de html e acho que não surtiu efeito.

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  4. Caramba, eu adoro encontrar textos que são de opiniões contrárias as minhas. Eu simplesmente achei a pior ideia do mundo o multiplayer de Bioshock, mas, mesmo assim, eu gostei bastante do post. Aliás, eu estou meio viciado no seu blog, lendo todos os post desde o inicio, rsrsrsrs.

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  5. exercitar a reflexão sobre opiniões contrárias as suas é uma das melhores coisas que um ser humano pode fazer para adquirir tolerância e conhecimento. o próprio review do amalur surgiu a partir de um desses exercícios. eu amo o multi do Bio 2. pra mim é o melhor de todos. e não esquenta não que daqui pra 2015 vc termina de ler o blog todo. rsrsrs

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