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sábado, 10 de agosto de 2013

MOTIVOS PELOS QUAIS EU ODEIO O COMBATE DE MASS EFFECT 2


Recentemente voltei a jogar Mass Effect 2. Como os leitores do blog devem saber, infelizmente não vou poder cumprir a minha promessa de Review Supremo, devido à perda do arquivo de texto no meu notebook.
Mas, como disse, voltei a jogar esse jogo. Em parte pela saudade. Em parte para me deslumbrar mais uma vez com o visual embasbacante e singular que só esse jogo consegue oferecer (algumas telas de ME2 me lembram aquelas antigas pinturas de ficção científica que eram publicadas em revistas como Heavy Metal).
 A parte mais masoquista do meu ser-gamer sentiu vontade de retornar às trapalhadas de Shepard e sua turma para completar a lista de troféus do game. E isso envolve uma parte bastante delicada desse processo (pios de coruja e trovoadas sinistras na madrugada, por favor...): FINALIZAR O GAME, DO INÍCIO AO FIM, NO NÍVEL DE DIFICULDADE INSANITY...

Mesmo estando longe de fazer jus ao seu nome (graças à Via Láctea e ao planetóide Aite), o modo Insanity deve ter sido responsável pelo aparecimento de vários fios de cabelo branco no cocuruto de milhares de gamers mundo afora.
Apesar de começar com todos os seus pontos de evolução e melhores armas (falarei disso com uma riqueza de detalhes de causar inveja no bispo Edir Macedo), Mass Effect 2 no nível Insanity só precisa de reles meio segundo pra mandar o seu escudo de proteção às favas e mais meio segundo pra mandar o próprio Shepard beijar a lona. E sem direito a gritinho de “Shepard? Sherpard! Sheeeeeeepard...”

Sério: o visual desse jogo é incrível. Não sei como a Bioware conseguiu













Bem, o fato é que eu adoro Mass Effect 2. Esse é um daqueles games do qual todos falam e nós ficamos sem entender o porquê, até que num belo dia resolvemos experimenta-lo e... não gostamos nem um pouco do que vemos diante de nós.
Aí esperamos passar alguns meses e damos uma nova chance a Shepard e seu sorriso zumbi-psicótico forçado para uma paixão à segunda jogada.
Mas, como sempre tem um “mas”, mesmo adorando cada momento de história e cenas deste game, eu não posso faltar com o meu compromisso com o leitor do blog e avisar que O COMBATE DE MASS EFFECT 2 É UMA DROGA. Para justificar o porquê de meu ranço com os certames de ME 2, aqui vão os meus motivos.


MOTIVO 1: SHEPARD SE MOVE COMO UM RETARDADO

Cara, teus pais sabem que tu se veste assim?













Lá está você, sem nenhum meio de fugir do fogo inimigo e com seu escudo de energia tirando umas férias no planeta Tatooine (deviam fazer essa homenagem no game). Eis que surge uma oportunidade de correr e, for god sake, por que raios Sherpard corre como um débil mental portador de Alzheimer? Quer dizer, o cara é um militar em plena forma física que acabou de ter o corpo revitalizado pelos melhores implantes e meios que a medicina daquela época é capaz de proporcionar. Mas mesmo assim ele ainda SE MOVE COMO UM NERD ASMÁTICO, BATE COMO UM DEFICIENTE FÍSICO E PERDE O FÔLEGO MAIS RÁPIDO QUE UM... melhor eu parar por aqui enquanto ainda não insultei todas as minorias portadoras de algum tipo de limitação.
Como se a coisa não pudesse ficar pior, os programadores tiveram a genial idéia de colocar o comando de correr no mesmo botão que faz o doentinho do Shepard se cobrir dos tiros (o botão xis, no PS3). Um doce pra quem adivinhar o que mais acontece quando estamos tentando fugir do fogo inimigo e chegamos perto de um dos objetos que servem de cobertura...

MOTIVO 2: ESCUDO DE URUBU É RODA!

Teu pior pesadelo tem um nome: Hammerhead!













Sim, eu sei que o nível Insanity foi feito pela Bioware para seres humanos inocentes perderem toda a sua razão e fé na humanidade. Mas eu não retiro minha queixa pelo simples fato de que eu já sentia doses cavalares de raiva mesmo jogando no nível anterior de dificuldade (sinceramente, não lembro se era normal ou hard).
Aí eu faço a pergunta que não quer calar: PRA QUÊ RAIOS SERVE AQUELE
ESCUDO AZUL NOS COMBATES DE ME 2?
Sério, pra quê colocar um elemento que não ajuda em quase nada num game? Isso é equivalente àquela coisa que tinha em jogos como Super Mario e Donkey Kong, nos quais os personagens contavam com uma e apenas uma chance de levar dano, apenas pra não dizer que ele morreria na hora em caso de acerto.

O escudo de Mass Effect 2 não serve de proteção, por mais contraditório que isso possa parecer. Isso deve acontecer para justificar o péssimo sistema de cobertura presente nesse game. Também fica difícil entender o motivo de podermos dar vários upgrades durante o game mas nenhum melhorar o escudo de forma significativa. E, falando no capeta...

MOTIVO 3: COBERTURA DE BOSTA COM GOTINHAS DE CHOCOLATE

Quem mandou se esconder num lugar tão óbvio...













Outra coisa que eu espero que, sinceramente, parem de copiar em jogos de ação em terceira pessoa: sistema de cobertura.

Tente se lembrar do último jogo que contava com esse recurso no qual ele realmente fazia diferença, ou funcionava a contento. Difícil, não é mesmo? Quer dizer, muitos falam do sistema de cobertura do primeiro Gears of War como sendo a nona maravilha do mundo. Infelizmente eu não joguei esse jogo o suficiente para poder tecer uma opinião concreta sobre o assunto. E, como o post fala de ME 2, só posso dar o veredito sobre o jogo em questão: O SISTEMA DE COBERTURA DESSE GAME É UMA PORCARIA, isso quando não se configura como uma verdadeira piada per si só, como na missão de recrutamento de Garrus, na qual o game nos dá a opção de nos escondermos do fogo inimigo de dois krogans enfurecidos (pasmem!) DE TRÁS DE UM SOFÁ DE COURO. Isso mesmo: anos de pesquisas militares para o desenvolvimento de armas laser que não conseguem transpassar o estofado de um sofá de couro...

Felizmente o sofá de couro dos belos cenários de ME 2 possuem outra utilidade que não a de escudo-refletor: a de âncora para o próximo tópico (acredite, tem tudo a ver).

MOTIVO 4: CADA UM NO SEU CM2

Adivinha de onde vão vir os inimigos...













Como você faz pra saber se vai chover? Assiste a previsão do tempo. Sabe como uma Salarian faz pra engravidar? Não faço ideia. Mas sabe como você sabe que vai enfrentar uma cambada de inimigos pentelhos recobertos por escudos, barreiras, campo astrais e outras coberturas mais? É SÓ OLHAR PRA PORRA DO MALDITO LAYOUT QUADRADO DOS CENÁRIOS DESSE GAME.

Sério, como raios Shepard e seu esquadrão viajam por dezenas e mais dezenas de planetas que diferem em centenas de anos da cultura da Terra mas sempre encontra o mesmo padrão de configuração de ambientes nos cenários?
A coisa fica tão óbvia que chega a perder a graça: você passa por uns poucos corredores fechados, abre uma ou duas portas tecnológicas e bingo: caixas e mais caixas espalhadas uniformemente pelo salão dão a certeza de que “a bala vai comer solta” no jogo.

Não acho que seria pedir demais não: já que o game nos obriga a usar um sistema de cobertura e flanqueamento, que ao menos demonstre um pouco de criatividade criando cenáemonstre um pouco de criatividade criando cenobertura e flanqueamento, que ao menos ultura da Terra mas sempre encontra o meas rios e na disposição dos elementos do ambiente.
A palavra “cambada” serviu para ativar na minha mente perturbada o tema do próximo tópico, então here we go!

MOTIVO 5: UM MILHÃO É POUCO, DOIS MILHÕES É BOM, TRÊS MILHÕES...

Pra começar, um aperitivo...













Não sei se isso se evidenciou mais com a jogatina do nível Insanity e confesso que essa é a menor das minhas reclamações com o combate horrível de um dos melhores games dessa geração, mas em um post de queixume não tem como deixar passar: POR QUE AS EMPRESAS ACHAM LEGAL ENVIAR UM VERDADEIRO BATALHÃO DE INIMIGOS DE UMA VEZ SÓ EM CIMA DO JOGADOR?
Nas primeiras décadas em que isso acontecia nos jogos havia uma bela explicação: games eram feitos por adultos para crianças desocupadas. E esses mesmos adultos desocupados tinham a agradável mania de colocar uma dificuldade abusiva nos jogos para criar a ilusão de alto fator replay de um jogo.

Em jogos como Mass Effect 2, fico imaginando outra razão que não o sadismo para um jogo que usa sistema de autosave obrigar o jogador a enfrentar toda uma horda de inimigos do zero, quando podia dar uma colher de chá e criar um simples checkpoint ou save entre uma onda de inimigo e outra. Isso sem falar no fato de que TODOS OS MALDITOS INIMIGOS DO CENÁRIO ESCOLHEM ATIRAR EM SHEPARD, COMO SE SOUBESSEM QUE ISSO RESULTARÁ EM UM BELO "GAME OVER" NA CARA DO JOGADOR (se não tivéssemos que aguentar um cenário em que já estamos sendo carregado novamente até que a derrota não seria tão frustrante).

E hordas sem sentido de inimigos me fazem lembrar do mais grave problema que eu encontro toda vez que jogo ME 2...

MOTIVO 6, FINAL (POIS QUERO JOGAR MAIS ME 2 AINDA HOJE, HEHE): POR QUE AS ARMAS DESSE JOGO SÃO TÃO FRACAS?

Uma das poucas armas que servem pra alguma coisa












Eu já falei isso no post sobre as minhas impressões do Mass Effect 2. Mas essa falha se acentua ainda mais quando não temos nada melhor pra fazer da vida e decidimos aceitar o desafio de completar um game em níveis tão absurdos de dificuldade.
Me perdi, mas retomemos o tópico: AS ARMAS DE ME 2 SÃO UM LIXO. Elas são fracas demais. É frustrante ter que disparar mais de trinta tiros no mesmo inimigo apenas pra poder desativar seu escudo (e isso levando em conta que você está com o tipo de arma certo), principalmente quando eles conseguem a mesma proeza gastando bem menos munição.

Sabe aqueles momentos de jogo em que um inimigo forte vem pra cima de você e se esgotaram todas as suas bombas de Super Metroid?



Você reza e apela pra achar um recurso que te livre da fria na qual se meteu mas não consegue encontrar nada que te salve? Bem, em jogos com combates divertidos que prezam pela boa ação acontece esse tipo de cena:



Pena que não seja o caso de ME 2.
Neste game eu fico sem saber o que usar no campo de batalha. Primeiro porque não adianta mesmo. Todas as armas do jogo são fracas e, mesmo com os upgrades certos, dificilmente elas matarão o inimigo de uma forma eficaz (principalmente se dependermos de fatores atrapalhantes como a velocidade de mira dos rifles sniper, por exemplo).
Segundo porque o jogo conta com um Codex detalhadíssimo que lista milhares de dados sobre planetas que ninguém vai ler, mas não se dá ao trabalho de informar coisas corriqueiras em jogos que se autointitulam RPGs, como o MALDITO DANO QUE A ARMA CAUSA e etc.
Mantis Sniper Rifle, Viper Sniper Rifle ou Widow Anti Matter Sniper Rifle: na dúvida, escolha o que tiver o nome mais fodão e, de preferência, termos como “very effective” em sua descrição que tudo se resolve. Eu adoraria estar brincando, mas é assim mesmo que funciona a tabela de estatística das armas de ME 2.

E por hoje é só, folks. Sei que minha dívida com o Review Supremo não foi paga mas se eu consegui desabafar algumas coisas que mais me incomodam na batalha deste game então o post já cumpriu o seu papel (o de extravasar as minhas frustrações nerd com os games, não a de saciar a sede de leitores por detalhes irrelevantes na experiência de um nerd e seus games).
Um bom fim de semana a todos e nos vemos no possível post “Motivos pelos quais eu não detesto o combate de Mass Effect 3”, assim que eu retomar as partidas neste jogo.

Acredite, essa mesma expressão da Miranda serve pra alegria, raiva, tristeza...



Au Revoir!

2 comentários:

  1. Oi! Adorei o seu blog, suas análises são ótimas, comecei um blog sobre jogos filmes e livros tem alguns dias e gostaria de saber se você quer participar, se ficar interessado, entre em contato aqui: viciada-em-games.blogspot.com

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  2. Oi Bella. parabéns pela iniciativa e obrigado pelo convite, mas não disponho de tempo pra colaborar. de qualquer forma, seja bem-vinda ao meu blog e boa sorte na sua empreitada.

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