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domingo, 24 de setembro de 2017

TRÊS DIAS DE SUPERAÇÃO






















Ano passado uma gigante dos games, a Blizzard, liberou sua nova empreitada, Overwatch, para um teste gratuito que duraria três dias, convenientemente (bem) posicionados para que abarcassem todo o fim-de-semana da segunda semana de setembro. Como hater de jogos exclusivamente online que sou, rejeitei a oferta sem pensar duas vezes.

E como fã da célebre frase “de graça até injeção na testa” que também sou eu baixei a demonstração, completei o (curto) tutorial do game, participei de duas partidas (pra testar os dois personagens que me agradaram, dos poucos que estavam desbloqueados: Mei e Zenyatta) e só. “Overwatch não é pra mim”, pensei eu enquanto apagava o arquivo do jogo e me perguntava se a criadora de Diablo não havia perdido o juízo ao apostar as suas fichas em um projeto tão banal, que existe igual aos montes, como na minha cabeça era o caso de Overwatch.

Este ano o sentimento não foi muito diferente: mesmo estando com um pouco mais de mente aberta em relação ao jogo (que, apesar de ser apenas online, conta com um suporte absurdo da Blizzard em material extra, como animações e até HQs detalhando a preferência sexual de alguns personagens LOL), eu baixei a versão de teste que começou a valer dia 22 deste mês mais na base da “injeção na testa”, de novo, do que por outro motivo (além de muquirana eu sou teimoso...).

"Água mole, pedra dura, tanto bate até que Aoooooooommmmmmmmmm..."

Nessa última experiência eu fui mais longe: joguei um bom bocado nesses três dias gratuitos (dessa vez com todos os personagens desbloqueados), chegando até a experimentar dois personagens a mais que na outra vez gratuita, a centauro Orisa e o estiloso ninja Genji. Minha conclusão, depois de 12 níveis conquistados na mais pura raça? O jogo é super balanceado (ignore meu mimimi nas lives) e cada personagem é excelente a seu modo, com pontos fortes e fracos capazes de te fazer não querer parar de experimentar os vários heróis disponíveis.

Nesse ponto, Overwatch me lembra muito o Street Fighter 4, um game de luta que conseguiu a façanha de trazer um elenco de personagens em que TODOS ELES, sem exceção, são bons de jogar. Apesar do elogio, não tem jeito: meu coração bate mais forte mesmo é quando eu ouço as frases filosóficas de para-choque de caminhão de Zenyatta, ou quando consigo congelar um oponente até a hipotermia com a odiada Mei. De fato, eu me apeguei tanto a esses dois personagens que rolou até uma surpreendente tela de “Jogador da Partida” enquanto eu “filmava” a live de ontem:


Pode se dizer que, num mar de microtransações compulsórias e conteúdos que não valem o que é cobrado, a Blizzard é uma das que fazem direito, com mapas, personagens e fases de teste totalmente gratuitas ao jogador. Eu nunca tive nada contra jogos viciantes que roubam meu tempo livre sem perguntar antes, mas se é pra ser sugado por uma proposta de jogo, que seja pela sua qualidade, e não porque os desenvolvedores criaram um sistema insidioso que só visa esvaziar meus bolsos. E nesse aspecto, querido leitor do blog, eu te alerto que Overwatch é mestre nisso tanto quanto é líder absoluto em seu gênero. Sim, como eu sempre costumo dizer com relação a essa empresa, “A Blizzard nunca erra”. O menosprezado Battleborn aprendeu essa máxima do pior jeito possível...

Não entendo como podem odiar uma coisinha fofa dess.... porra, tô congelado. Não consigo me mexer!!!

Enquanto os níveis subiam, também aumentava minha vontade de “oficializar a relação”, pedir pra Overwatch trazer as coisas e a escova de dentes dela aqui pra casa e dar continuidade a uma amizade colorida que eu já sei que vai roubar meu tempo de uma forma que eu jamais havia planejado. Se você quiser conferir um pouco das minhas primeiras experiências com o game, assista às três lives que eu gravei nesses dias, consecutivamente e com vontade de gravar mais (muito embora que eu, malandramente, sempre continuasse as partidas depois que a opção de encerrar a transmissão era selecionada):







Depois de três dias de muita diversão, e daquela sensação de “agora eu sei por que todo mundo fala desse jogo”, nada mais natural que sentir o ímpeto descontrolado de comprar a versão definitiva do jogo só pra depois me desesperar pra planejar meus compromissos sociais após adquirir o buraco negro de tempo que é Overwatch. Isso até uma rápida pesquisa no Google jogar um balde de água fria na minha empolgação: a menos pra Playstation 4, o jogo não pode ser encontrado por menos de R$190,00 nas lojas virtuais da internet.

É triste constatar que as maquininhas de etiquetar dos lojistas brasileiros ainda estão calibradas na função “cobrar mais caro de acordo com a fama do produto”, visto que dá pra adquirir quase 10 cópias do já citado Battleborn com o valor de um Overwatch. Comprar usado é algo fora de cogitação pra um colecionador crônico de games como eu (a regra só vale pra PS4). Sendo assim, a alternativa seria pagar R$229,00 na versão digital do jogo pela PSN, uma facada virtual que estou pouco disposto a levar por algo que nem vou ter "de verdade”.

Gráficos bonitos, frame rate constante mesmo gravando lives, cenários paradisíacos...

Aliás, falando em PSN e nos jogos exclusivamente online do PS4, tem algo que acho não fazer o menor sentido: pra jogar online no PS4 é preciso ser assinante da Plus, aquele sistema maravilhoso que te brinda com jogos indies de celular de altíssima qualidade (sarcasmo: OFF) todo santíssimo começo de mês. Esse mesmo sistema confere ao consumidor um desconto de assinante que abaixa o preço de Overwatch pra R$150,00 (quase tão caro quanto a versão em mídia física). Mas, raios: você SÓ JOGA ONLINE SE FOR ASSINANTE DA PLUS!!! Entendeu onde quero chegar? Não quero nem pensar na espécie de acidente que faria um jogador pagar R$79,00 a mais num jogo em que, pra jogar, ele vai ter que assinar a bosta da Plus de todo jeito...

Enfim, gostaria de avisar aos responsáveis pelo departamento de marketing da Blizzard que sua estratégia deu certo: Overwatch, oficialmente, acaba de ganhar mais um fã. E os haters da Mei e tementes à iluminação espiritual de Zenyatta que se cuidem, pois a cada partida eu venho conseguindo resultados melhores em congelar traseiros alheios e arrebatar fiéis aos caminhos da iluminação espiritual. Enquanto Overwatch não alcança patamares aceitáveis sob o crivo da minha carteira, eu sigo esperando o momento de voltar a jogar este excelente (e surpreendentemente viciante) jogo. Boas partidas a todos os apreciadores do fenômeno da Blizzard e nos vemos em breve...

-"Você já jogou um jogo meu que fosse ruim, Shadow?"
-"Eu sei, Blizzard: você nunca erra..."



Au Revoir.

6 comentários:

  1. Overwatch é um ótimo jogo (mas ainda prefiro TF2 ashaushuahsua), a Blizzard tá fazendo mais por ele do que a Valve fez por qualquer jogo deles que não seja Dota 2 nos ultimos anos.

    Só acho o jogo fácil demais por algum motivo... Os jogadores de Overwatch fazem os noobs de TF2 parecerem profissionais.

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    1. Não vou afirmar com certeza porque não conheço Team Fortress (tenho ele na Orange Box mas nunca joguei), mas talvez essa sensação que você tem seja porque Overwatch é mais balanceado. Geralmente quando um jogo online é mais difícil é porque alguns jogadores encontraram um filão que vai fazer eles ganharem com mais facilidade, como acontecia muito no Bioshock 2 com o combo Besta+plasmid de shock. Enfim, comecei a jogar Overwatch agora e sou muito noob pra dizer.

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  2. Cara, o seu blog é muito fera, e eu queria lhe pedir algumas dicas, estou começando agora no nicho de games, poderia me dar dicas, o que você fez quando começou ? Desde já obrigado ! Blog : escudodegames.blogspot.com ( Não estou mendingando assinantes, apenas pedindo dicas :)

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    1. Ufa, que alívio que você não está mendigando assinantes. kkkkkkkkk. Brincadeira. Olha, ainda não tive tempo de ver seu blog, então não vou poder te dar nenhum conselho muito voltado pro seu tipo de conteúdo. Mas em 2012 eu escrevi um post dando algumas dicas de como começar um blog. Desde já agradeço pelos elogios e pela sua confiança. Espero que o post te ajude (http://maisumblogdegame.blogspot.com.br/2012/09/ensinando-pescar.html). P.S: quando tiver mais tempo eu passo lá pra dar um oi. Boa sorte com seu blog e desejo sucesso.

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  3. Parabéns pelo texto, e acima de tudo pelo Blog!

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    1. Obrigado. Não é todo dia que recebemos apoio de um xará nosso!:)

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