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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

LUZ PRIMORDIAL




Não é surpresa pra ninguém que acompanha o blog que eu virei um grande fã da série Infamous, depois que conheci o Second Son ano passado.
Coincidentemente, ele foi o segundo jogo que eu joguei no PS4, e fico sempre muito satisfeito em afirmar isso. Para maiores detalhes sobre as minhas opiniões com aquele jogo, cliquei aqui para ler a análise completa.

Mesmo estando longe de ser um jogo perfeito, eu confesso que ficaria mais que satisfeito se a qualidade média dos games em geral ficasse no patamar de Infamous Second Son: boa história; lindos gráficos; som de primeira qualidade; e a sua maior qualidade: um jogo que coloca a diversão acima de tudo, oferecendo ao jogador um verdadeiro parque de diversões na forma de duas grandes áreas da cidade de Seattle digitalizada.

Como estamos na era da internet, nada mais natural que Infamous ganhasse um DLC, expandindo a experiência trazida com o game original. Esse DLC se chama Infamous First Light, do qual eu falarei um pouco nas linhas abaixo.


HISTÓRIA























Infamous First Light conta a história de Abgail Walker, mais conhecida como Fetch por quem já jogou o jogo original. Fetch é uma Conduíte, uma pessoa que possui o poder de manipular um tipo particular de matéria. No caso de Fetch, a luz. Ou o gás neon. Isso não fica muito claro na história.

No jogo, pessoas dotadas de tais poderes são temidas e perseguidas pelo governo, sendo consideradas aberrações onde quer que vão.
Claro que não dá pra negar as influências da série X-men, mas se esse pequeno detalhe do enredo é algo que te incomoda, acho que serve de consolo dizer que Infamous consegue ser melhor e mais divertido que a maioria dos jogos de super-heróis que se propuseram a criar mundos semelhantes ao dele, nos quesitos diversão, variedade, sandbox e sensação de liberdade.


Sério: desde a mestra de Snake que eu não sentia tanto medo de uma vilã.

O DLC se trata de um prequel, se passando dois anos antes dos eventos do jogo principal e detalhando a história de Fetch por meio de flashbacks e de seu treinamento na prisão para “pessoas especiais” de Curdun Cay. Finalmente saberemos como ela foi capturada pela assustadora Augustine, e como seu irmão Brett foi morto.

Nesse quesito, First Light não traz muitas novidades: se você já conhece os dramas pessoais da Sra. Walker, dificilmente sairá deste DLC com a sensação de ter sido surpreendido.
Pra ser sincero, alguns elementos deste conteúdo são bastante previsíveis, como a óbvia traição de um dos personagens que supostamente deveriam estar ajudando Fetch a encontrar seu irmão desaparecido.


Na boa: é tão óbvio que nem chega a ser um spoiler.

Não que eu considere isso uma falha. Nem de longe. Pra falar a verdade, essa deve ser a real natureza de um DLC: um conteúdo adicional, feito para acrescentar detalhes que não fazem falta na experiência principal de um jogo.
É bem melhor uma empresa levar as coisas nesse sentido, que fazer como a finada Konami com seu (também finado) Castlevania Lords of Shadow, que retirava uma parte importante do enredo para ser mostrado apenas a quem estivesse disposto a pagar U$20,00 a mais pelos dois DLCs.


APRESENTAÇÃO























Neste tópico eu condenso os aspectos técnicos do jogo (gráficos, som, etc), quando se trata de um review mais enxuto, ocasião em que não se faz necessário abordar cada um deles separadamente.

First Light não apresenta nenhuma novidade nesse quesito, nem pra pior nem pra melhor: a qualidade gráfica é a mesma do excelente jogo que lhe deu origem, bem como a trilha sonora e efeitos no geral. Só queria fazer uma ressalva, que é com relação ao efeito de drenagem de Neon.


Só quem enxerga a 60 FPS vai perceber a mudança.

Esse efeito era super legal no Second Son, daqueles que um jogador nunca enjoa de assistir. Delsin absorvia o neon de uma forma fantasticamente bem-animada, de longe um dos efeitos mais impressionantes que eu vi neste começo de geração (tanto na imagem quanto no som).
Pode até ser uma impressão minha, mas achei o efeito de drenar neon neste DLC mais acelerado, o que acabou com parte de se charme.

De resto, First Light continua tão bom quanto Second Son.


COISAS NOVAS A SE FAZER EM SEATTLE























No quesito novidades, First Light decepciona bastante. Se você enjoou das atividades de Delsin (pichar muros; destruir drones e câmeras de vigilância; salvar reféns; coletar shards), provavelmente você não verá motivos para concluir First Light (ele é meio curto, podendo ser finalizado em um fim de semana). Tudo que Fetch faz é uma alusão às atividades vistas no outro jogo, só que em uma área menor e com uma roupagem um pouco diferente.

Pra não dizer que a experiência de Abgail é um control c, control v da experiência de Delsin, a punk conta com uma espécie de corrida em busca de Lumens, a moeda oficial usada para destravar as habilidades da Skill Tree de Fetch.

Ao passar por nuvens de gás espalhadas pela cidade, Fetch consegue aumentar a sua velocidade e cruzar as distâncias de Seattle ainda mais velozmente que seu companheiro.


A sensação de liberdade continua.

Pode parecer um detalhe bobo, mas eu gostei muito da adição de uma animação que faz com que Fetch não bata a cabeça em alguns tipos de teto, que impedia a movimentação em forma de luz de forma mais fluente, como acontecia com Delsin.

Já que a Sucker Punch estava disposta a recontar, em detalhes, a história de um personagem mais que manjado do Second Son, eu esperava que ela fizesse isso acrescentando algum novo elemento como, por exemplo, mostrar que as habilidades apresentadas por Fetch eram diferentes das exibidas por Delsin, durante a nossa campanha. Isso daria um novo fôlego aos poderes de Neon, uma das coisas mais legais já vistas em toda a série.


CONCLUSÃO























Infamous First Light vale a pena ser comprado? Depende muito da ocasião.
Eu perdi a chance de jogar este DLC de graça, no mês de março do ano passado, quando o mesmo estava sendo oferecido aos assinantes da PS Plus. Mas, como este mês o conteúdo reapareceu com um desconto de 50% em seu preço, resolvi aproveitar a oportunidade.

Então a conclusão é a seguinte: se você, assim como eu, virou fã da franquia com a aventura de Delsin, aconselho que você adquira First Light se isso não for pesar no seu orçamento de games. Caso não tenha jogado o jogo original, não se dê ao trabalho. Deixe que Fetch resolva seus problemas com as drogas e com a sua insegurança exagerada por conta própria.

NOTA FINAL: 6,0

Eu não estou dizendo que First Light seja ruim. Ele tem seus momentos altos, e conta com um fator replay até bom pra um DLC (além da cidade principal, temos à nossa disposição uma série de arenas que, inclusive, podem ser visitadas usando o protagonista Delsin, caso você possua uma cópia do Second Son). Apenas achei que a Sucker Punch perdeu uma ótima oportunidade de contar uma OUTRA história mais interessante (e inédita) que a de Fetch, como a da japonesinha que controla papel, ou a do australiano que manipula o caramelo. O quê? Vai me dizer que você não sabia que no Infamous existe uma pessoa que manipula caramelo?


"Como pôde dar nota 6,0 pra mim, Shadow?"

Há rumores de que a Sucker Punch, neste exato momento, trabalha no próximo capítulo da franquia Infamous. Eu, sinceramente, torço para que isso seja a mais pura verdade. Eu odiaria descobrir que uma série tão promissora quanto essa acabou caindo no esquecimento, enquanto outras que nós adoraríamos poder esquecer continuam aí, firmes e fortes, enchendo as prateleiras com genuínos exemplares de mais do mesmo, ano após ano.

E por hoje é só, pessoal. Fiquem de olho no blog para novas postagens, que enquanto isso eu vou continuar a minha busca por um mestre em Dominação de Caramelo. Nos vemos no próximo post e até mais.


Au Revoir.

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