A década de 90 foi uma época triste para o entretenimento.
Digo triste no sentido de não haver veículos de informação como a internet para
disseminar informações na velocidade da luz.
O principal meio de diversão para uma criança, além dos
convencionais (brincadeiras de rua e etc.), era assistir televisão.
No ano de 1994, começou a ser exibido no Brasil, na extinta
rede Manchete, o desenho animado Os Cavaleiros do Zodíaco. Esse desenho é
baseado no mangá de Masami Kurumada, e foi exibido originalmente no Japão no
ano de 1986, pela TV Asahi. A animação foi feita pela TOEI Animation. Agora que
as devidas apresentações foram feitas, posso deixar as formalidades de lado e
discorrer sobre as minhas impressões pessoais acerca do desenho.
A primeira vez que assisti aos Cavaleiros do Zodíaco foi no
ano de 1994. O panorama da minha vida pessoal não era muito bom. Nessa época, eu
morava no interior do meu estado. Eu era pré-adolescente. E só Deus sabe como
as outras crianças do interior podem ser cruéis e maliciosas com crianças que
vieram da “cidade grande”. Além de ir ao colégio, não restava muita coisa a
fazer além de assistir televisão. O problema é que na minha casa só havia uma,
e apenas uma TV em preto-e-branco. Pra piorar, canais como a rede Manchete
tinham uma sintonia terrível na minha cidade. Tanto é que a maioria das pessoas
mais abastadas sintonizavam os canais por meio de antena parabólica. Sem contar
que no interior há (ou havia, não sei mais) uma tradição de emissoras
“repetidoras”, ou seja, pequenas redes locais que transmitem parte da
programação de grandes emissoras como Rede Globo e etc. e sobrepõem o restante
com o que há de mais “pitoresco” da região local. Mais tosco do que isso
impossível, acreditem.
Bem, o fato é que eu tinha que assistir ao desenho com uma
imagem terrivelmente cheia de chuviscos (na verdade, tava mais para um
temporal). Não dava pra ver muita coisa, mas eu me lembro do primeiro episódio a
que assisti: o episódio da Guerra Galáctica, em que Seya luta contra o
cavaleiro de urso.
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É dessas linhas que eu tô falando |
Me lembro que achava muito engraçado os exageros que haviam no desenho (como o medidor de força dos lutadores), e estranhava alguns elementos visuais típicos de animação japonesa, como aquelas linhas que representam os movimentos durante a ação. Uma coisa muito curiosa nessa fase do desenho é que o cavaleiro de Andrômeda, Shun, era o maior pegador (digo, pegador de mulheres). Ele tinha um fã clube de torcedoras na plateia e botava a maior banca de conquistador. Infelizmente, a constelação do seu signo foi mais forte e ele virou aquele estereótipo de homossexual que todos conhecem. Bem, na verdade, Shun não é homossexual. Ele até tinha um affair, a June (se não me engano).
Sobre o Andrômeda, tem uma coisa muito bizarra que não sai da minha cabeça: Shun é irmão de Iki, o cavaleiro de Fênix, dono de uma das melhores armaduras de todas as constelações. Iki, ao descobrir que seu irmão delicado e sensível havia sido sorteado para o treinamento de cavaleiro na Ilha da Rainha da Morte, se ofereceu para ir em seu lugar. Mas, e se Iki não tivesse dado a mínima e fosse para a ilha de Andrômeda no lugar do seu irmão? Das duas uma: ou ele ia entrar de vez pra irmandade ou ia repovoar a ilha com pequenos cabeçudinhos de cabelo azul. Sem contar o fato de que Shun acabaria morto logo nos primeiros dias de seu treinamento. Ou viraria escravo sexual do chefe da ilha, mestre de Iki...Mas, continuando...
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Olha a cara do bullynador |
Falando
Algumas coisas no enredo tinham mais impacto (como a fatídica luta de Seya contra Shiryu. “O melhor escudo contra a melhor lança...”) e as motivações para as lutas eram mais bem elaboradas, até que Iki resolveu dar uma de badboy supremo e roubar a armadura de ouro de Sagitário, que não lembrava nem um pouco a armadura definitiva que aparece mais tarde, na saga das doze casas.
Depois que o foco sai da Guerra Galáctica, os cavaleiros vão
atrás de Iki para recuperar a armadura. É nessa fase que o enredo do desenho
começa a degringolar (ainda mais) e ir por um caminho sem volta. Me lembro de
um episódio absurdo, em que o cavaleiro de dragão fura o corpo de Seya para que
o veneno do golpe meteoro negro do cavaleiro fake de Pégasus saia do corpo de
seu amigo. Shiryu fura Seya na base da dedada mesmo. Nada mais a declarar.
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Apanha na cara, safado! |
Depois que todos os cavaleiros se reencontram para enfrentar Iki, é a vez de Ioga de cisne mostrar a que veio. Ele quase consegue espancar o cavaleiro de fênix sozinho (em uma fase em que ele ainda não era um bebê chorão). Então, para acabar com a festa do siberiano, o roteirista resolve criar a regra mais estúpida da série: um golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro. Se essa regra fosse obedecida e contornada de uma maneira inteligente durante o decorrer do anime, tudo bem. Mas não é isso que acontece.
Bem, depois de quase morrer (acho que essa foi a primeira de
muitas vezes) nas mãos de Iki, Shun, Ioga e Shiryu são salvos pelo cavaleiro de
Pégasus, através da força do amor e da amizade de seus companheiros. Até a
promíscua corrente de Andrômeda vai se jogar nos braços de Seya. A partir desse
ponto fica bem claro o porquê do anime se chamar Saint Seya.
Se você assistiu a essa sequência, já sabe como terminará todas as outras sagas dos cavaleiros. Se não quiser, nem precisa assistir o resto. É só acrescentar o elemento “Atena incapacitada por alguma coisa que leva 12 horas para matá-la” e temos todo o roteiro da série resumido. O cúmulo acontece na saga de Hades, quando a “deusa” fica presa em um jarro. Boneca no Pote? Quase isso...
Depois de alguns episódios absurdos, é hora da parte
preferida de 9 entre 10 fãs do desenho: a Saga das Doze Casas.
A história tem início quando os cavaleiros de bronze decidem
acompanhar Saori ao santuário para levar um papo com o Mestre. Logo na entrada,
Athena é atacada por uma saraivada de flechas fantasmas de um cavaleiro que só
aparece uma vez em todo o anime. Seu nome é Sargita (eu suspeito que esse nome
tenha sido mais uma das trapalhadas cometidas pela tradução brasileira do
desenho), um cavaleiro patético que é morto por alguns meteoros de Pégasus.
O detalhe aqui é como o enredo do desenho canibaliza a si próprio, mandando a lógica às favas: Saori é a deusa Atena. Devido a tal condição, ela é imune a qualquer golpe de qualquer cavaleiro. Seja um rabugento cavaleiro de lata ou um supremo cavaleiro de ouro. Ninguém pode feri-la. Então, por pura conveniência, os roteiristas decidem que as flechas FANTASMAS do cavaleiro de Sargita, sem mais nem menos, podem causar mal a Atena. E o pior: não só a machucam, como só pode ser removida pelo Mestre (depois descobrimos que apenas o escudo de Atena pode remover a flecha). Como se não bastasse, a flecha dourada vem com um prazo de validade: doze horas (nem mais, nem menos. Siga esse ritmo. Não tem erro) para perfurar o coração da deusa. Começa a jornada dos cavaleiros de bronze rumo ao impossível.
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Vai se acostumando, vadia |
O detalhe aqui é como o enredo do desenho canibaliza a si próprio, mandando a lógica às favas: Saori é a deusa Atena. Devido a tal condição, ela é imune a qualquer golpe de qualquer cavaleiro. Seja um rabugento cavaleiro de lata ou um supremo cavaleiro de ouro. Ninguém pode feri-la. Então, por pura conveniência, os roteiristas decidem que as flechas FANTASMAS do cavaleiro de Sargita, sem mais nem menos, podem causar mal a Atena. E o pior: não só a machucam, como só pode ser removida pelo Mestre (depois descobrimos que apenas o escudo de Atena pode remover a flecha). Como se não bastasse, a flecha dourada vem com um prazo de validade: doze horas (nem mais, nem menos. Siga esse ritmo. Não tem erro) para perfurar o coração da deusa. Começa a jornada dos cavaleiros de bronze rumo ao impossível.
Discorrer sobre todos os detalhes dessa saga não faria muito
sentido, visto que o texto não é sobre essa parte da história. Então, vou fazer
um pequeno resumo dos eventos, bem como uma rápida descrição dos cavaleiros de
ouro um por um, já que esses são os personagens mais interessantes do anime.
Nota do Escritor: nessa parte do
texto eu não tinha a mínima noção das proporções que este artigo tomaria, então
não encarem a afirmação acima como uma mentira deslavada, e sim como uma lufada
de ingenuidade e total falta de planejamento por parte do autor, que no caso
sou eu.
Para entender o porquê de os cavaleiros de ouro serem tão
fodões, precisamos voltar para o conceito inicial de Cosmo.
De acordo com a explicação de Mu de Áries, o cosmo é uma energia interior que pulsa no corpo de todos os cavaleiros. Um pequeno universo existe na alma de cada cavaleiro do zodíaco, e aquele que conseguir extrair mais energia de seu cosmo (queimar o cosmo) vence o oponente.
Existe um estado transcendental chamado Sétimo Sentido, que é
alcançado quando o cavaleiro atinge o limite de seu cosmo. E é aí que está a diferença
nos cavaleiros de ouro: eles conseguem permanecer neste estado constantemente,
enquanto que a maioria dos cavaleiros ou nem se quer alcançam o estado ou
permanecem pouquíssimo tempo nele.
Os sentidos são: visão; tato; audição; paladar e olfato. O
quinto, de acordo com o desenho, seria a intuição. O sexto, de acordo com a
minha concepção pessoal, seria aquele estado de espírito em que nos encontramos
quando precisamos fazer algo que tem que ser feito.
Toda pessoa já deve ter passado, ou passará, por uma
situação em que precisa realizar algo grande. Então você vai lá e faz. Sem que
ninguém precise te dizer que você é capaz de fazer. Simplesmente acontece. Você
sabe que pode fazer porque não há alternativa senão fazer. Você tem a confiança
de realizar porque é capaz. E você é capaz porque sabe que pode realizar.
Simples assim.
De quebra, os cavaleiros de ouro se movem na velocidade da
luz e possuem armaduras que só não são mais legais que a armadura do cavaleiro
de Fênix, pois esta tem a habilidade de voltar à “vida”. Começando o resumo.
-Mu de Áries: eu já achava ele meio Emo antes mesmo do termo Emo existir, então pode-se concluir que o bicho é menina pra caramba. Mu é muito forte (dããããã. Ele é um cavaleiro de ouro!), mas isso não fica claro nas doze casas. Nessa saga os golpes desse personagem nem chegam a serem revelados, fato que só acontece na saga de Hades.
O papel desse personagem, aqui, é de guia e conselheiro dos
cavaleiros de bronze. Ah, Mu também faz bicos como consertador de armaduras
para ganhar um extra. Um dos cavaleiros mais sem graça, ao menos até agora.
-aldebaran de touro: Aldebaran tem um nome bem legal, e o que eu mais gosto nele é a sua vontade de deixar os cavaleiros de bronze passarem por sua casa só pra ver o circo pegar fogo. Nunca entendi a patacoada que fizeram com ele na saga de Odin e Hades. Efeminados com golpinhos espetaculosos serem mais fortes que um brucutu de três metros de altura por dois de largura é típico dos japoneses.
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Momento clássico da série |
Um chifre quebrado, uma promessa cumprida e algumas gargalhadas de Aldebaran acabam dando a luta por encerrada.
Outra coisa: há o boato de que Aldebaran é brasileiro. O que
isso quer dizer? Que os japoneses acham que todo brasileiro mede três metros de
altura, sofre de casos crônicos de monocelha e pesa 220kg. Se a regra do L (não
o do Death Note) se fizer valer nesse caso, então Aldebaran deve ter um
micropênis de 2cm. Pronto. Mais uma especulação em forma de bizarrice gratuita
e sem muita razão de ser.
-Gêmeos de Gêmeos: a identidade desse cavaleiro não é revelada, então não podemos chamá-lo pelo nome. Bem, depois, ficamos sabendo que um dos cavaleiros de gêmeos é o próprio Mestre Ares. Ele controla a armadura de gêmeos durante a luta de Shun, Seya, Yoga e Shiryu. Aliás, futuramente nos é revelado que os cavaleiros de gêmeos se chamam Saga e Kanon (adoro esse último nome). Então, pra quê raios o cara inventa de se chamar Ares? Ares é o deus da guerra (selvagem, sangrenta) na mitologia grega. Por que raios um governante do santuário iria querer associar seu nome a uma coisa indiscutivelmente ruim, em vez de se chamar Mestre Kanon ou Mestre Saga? Aliás, Atena também é a deusa da guerra, então os dois não estão em ideais tão opostos, afinal de contas.
Este é um dos episódios de que eu mais gosto nesta saga. A
música é ótima e tenebrosa. Aqui, a dualidade impera: a casa de gêmeos tem duas
entradas; os cavaleiros, depois de várias tentativas frustradas de atravessar,
se dividem em duas duplas; o cavaleiro de gêmeos aparece em dois lugares ao
mesmo tempo. E ele é imponente e assustador.
A forma como pégasus o descreve ao incrédulo Shiryu (que não
enxerga com os olhos) é assustadora e sobrenatural. Essa parte me lembra muito
o mito do minotauro de Creta, por causa de todo o clima de terror e suspense. O
silêncio do cavaleiro de gêmeos é frio e sólido como uma rocha. Aliás, por
estar sendo controlada à distância, a armadura se parece muito com uma estátua.
E todos sabem como estátuas podem ser assustadoras.
O seu golpe, Outra Dimensão, é original e diferente de tudo
que foi visto até então no anime.
Aqui, a lógica ainda permeava o enredo do desenho, como Shiryu conseguir passar pelas ilusões de gêmeos pelo fato de não enxergar (a cena de dragão puxando pégasus pelo braço contra uma parede é antológica, pois Seya morre de medo de dar com a cara em uns poucos tijolos quando foi soterrado por blocos de concreto na casa de touro, e ainda saiu vivo. Vai entender...) ou o detalhe de gêmeos caminhar sobre a barreira da corrente de Andrômeda (os roteiristas ainda se lembravam que a corrente solta choque) sem nenhuma dificuldade (pois ele é uma ilusão).
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Fumou maconha, Shiryu? |
Aliás, esse momento, para mim, é um dos poucos em que mostram a serenidade e o potencial de um cavaleiro que evita lutar para não machucar pessoas sem que haja necessidade.
Andrômeda se encontra sozinho com o cavaleiro de gêmeos, que
agora volta sua atenção em tempo integral a esse cavaleiro, uma vez que (o
bundão) Yoga está desacordado e os outros dois conseguiram escapar da ilusão.
“Mantenha a calma se não quiser se ferir. O cavaleiro de ouro de gêmeos não está aqui...”
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Shun se transformando em estrela. A Loka! |
Ainda nesta casa, Shun começa a despertar o seu sétimo sentido, depois de perder a chance de escapar da casa de gêmeos com a ajuda de (adivinhem só) Iki de Fênix.
Outro ponto importante na narrativa do anime se encontra
nesse trecho: a forma como o desenho engana o telespectador e o faz pensar que
o perigo passou é um golpe de mestre (Shun ponderando sobre como foi ajudado e
como, agora, pode atravessar a casa; o marcador da casa de gêmeos se apagando;
a preocupação de Andrômeda com o destino de seu amigo, Yoga). Mas, de
repente...
A ilusão é refeita, e a ameaça invisível de gêmeos retorna
para assombrar o solitário cavaleiro de Andrômeda, que não pode mais contar com
a ajuda de seu irmão mais velho.
A forma como gêmeos reaparece no meio das colunas da casa é
assustadora:
“Idiota! A saída de gêmeos fechou novamente. Não existe mais saída para você!”
“Idiota! A saída de gêmeos fechou novamente. Não existe mais saída para você!”
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Boa, Shun! |
Andrômeda decide que não vai mais depender apenas da ajuda dos outros, e acerta Ares com a corrente de Andrômeda. O poder do cosmo de Shun guia a corrente até a sala do mestre. A corrente cruza distâncias inimagináveis e acerta o oponente no rosto.
Gêmeos se levanta de seu trono, vendo o erro que cometeu ao
subestimar a força de Andrômeda. Ele decide ir pessoalmente ao encontro do
cavaleiro, mas é impedido pela voz de um interlocutor misterioso.
Quando retrai a corrente, um rosário vem junto com ela,
dando uma ideia ao cavaleiro de quem realmente foi seu inimigo.
“O cavaleiro de gêmeos nunca esteve aqui...”
Yoga foi totalmente tragado pelo golpe de Gêmeos e vai parar na casa de Aquário, se adiantando uns duzentos episódios na frente de seus colegas. Abordarei esses eventos quando for falar sobre Camus de Aquário.
Fica a sugestão pra quem quiser assistir o episódio na íntegra (o blog não apoia a pirataria mas você sabe o que eu quero dizer.)
Nota: o mais hilário sobre esse episódio é a forma como os criadores do anime decidiram mostrar o cérebro de Ares maquinando e planejando O MAL contra os cavaleiros de cisne e Andrômeda. Impagável.
Nota 2: antes que eu me esqueça, a dublagem brasileira era excelente. Não poderia me perdoar se deixasse esse detalhe passar batido.
-MÁSCARA DA MORTE DE CÂNCER: algo muito curioso nesse personagem é a relação de seu signo com a morte. Será que o roteirista do anime/mangá levou em consideração o peso do nome Câncer do signo para desenvolver esse cavaleiro de ouro?
Também gostaria de começar a falar da casa de câncer com uma
pequena reflexão sobre as ideias contidas neste anime, até aqui.
Muitos acusam Os Cavaleiros do Zodíaco de ser um desenho
animado totalmente ruim, sem qualidades.
Dizem que a história é repetitiva, o que não deixa de ser
verdade; que o escapismo rola solta sem o menor pudor (também não foge da
verdade) e que as outras sagas seguem uma linha totalmente previsível e dentro
dos trilhos que as Doze Casas estipulou.
Concordo com a maioria das críticas negativas feitas ao
desenho. Assistir a obras primas da cultura japonesa (como Death Note) e comparar com Cavaleiros do Zodíaco é o mesmo que chutar cachorro
morto. MAS, havia muita sabedoria e
lições valorosas nas entrelinhas que circundavam o roteiro do desenho.
Um bom exemplo disso, além da capacidade supra-humana dos
cavaleiros de bronze de superar os seus obstáculos em prol de uma pessoa que
vale a pena ser protegida, se encontra na parte em que Shiryu e Seya
chegam à entrada da casa de Câncer.
Shiryu pede a Seya que o deixe lutar esta batalha (pois ele
tem uma rixa antiga com o cavaleiro de ouro, Máscara da Morte) e pede para que
o amigo lhe informe quantas horas restam no relógio de fogo (pois, dããã, ele é
cego!). Seya afirma que o ponteiro se
move de gêmeos para câncer. É então que Shiryu diz: “isto significa que nós só
temos nove horas”.
Seya rebate a afirmação de seu colega, dizendo: “não deveria
pensar assim. Se você diz que só temos nove horas, acaba se desesperando e não
consegue realizar tudo aquilo que você pode, Shiryu”. Seya, diante de um
sorriso de seu amigo, diz que “ainda temos nove horas. Mas é melhor irmos
depressa!”.
Bem, o que mais importa nessa parte é perceber como a vida é
dura com o cavaleiro de Dragão. Além de ele ser órfão (como todos os outros) e
perder a visão, Shiryu tem o azar de ser o primeiro a encarar um cavaleiro de
ouro que realmente está disposto a (e é capaz de) acabar com a raça dos
cavaleiros de bronze que invadiram o santuário. É só parar pra pensar: Mu já
era um aliado antes mesmo dos heróis saberem que ele era um dos doze cavaleiros
de ouro. Aldebaran levava as coisas na brincadeira, movido pela curiosidade de
descobrir até onde os cavaleiros de bronze chegariam (ele até se diverte com a
perda do chifre de sua armadura, recusando a oferta de Mu em consertá-la) e nem
se empenhou de verdade na luta. Gêmeos foi atrapalhado pela cegueira de Shiryu
e pelo cavaleiro de Fênix (tá podendo, heim Iki?). Mas Máscara da Morte não.
Ele escolhe Shiryu como oponente pela desfeita nos Picos Antigos. E a batalha
dos dois é uma das melhores da saga das dozes casas.
“A casa de Câncer está repleta de cabeças mortas, Shiryu!” Essa frase de Seya dá uma pista de toda a tristeza, injustiça e terror que seriam mostrados nesta luta. A casa de câncer exerce um fascínio aterrorizante em mim, e deixa brecha para muitas e muitas reflexões acerca da vida e da morte. Mas falarei de forma mais apropriada e completa sobre ela e o cavaleiro de câncer (o verdadeiro) quando a hora chegar.
Máscara da Morte é terrível (nunca ficamos sabendo qual o
verdadeiro nome desse cavaleiro. Será que era Máscara da Morte mesmo? Bizarro).
Seu nome é atribuído às cabeças que servem como troféus de Playstation 3 e que
estão espalhadas pelo chão e pelas paredes. Nem crianças escaparam da maldade
de um cavaleiro de ouro que devia proteger Atena mas apoia o Mestre Ares, mesmo
sabendo que ele é mal. Aliás, esse detalhe das cabeças de infantes me deu a
impressão de que Máscara da Morte também é um molestador de criancinhas. Se
isso se confirmasse, eu não ficaria nem um pouco surpreso.
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Diga que não é assustador! |
Ele leva Shiryu ao Seikishike (o monte no qual os mortos são jogados no reino de Hades) através de seu golpe Ondas do Inferno. Nem um tijolo é tirado do lugar na casa de câncer. A batalha acontece no campo espiritual.
Já no mundo etéreo, Shiryu tem a terrível visão de seu
amigo, Yoga, caminhando rumo ao fosso que leva ao mundo inferior. Ao tentar
acompanhar o amigo, ele é impedido por Atena, que também se encontra no precipício
(na forma de uma estátua de platina!!??!) e manda o cavaleiro de volta ao mundo
físico. Shiryu, assim como Shun na casa de gêmeos, tem uma segunda chance concedida
por um aliado.
Nota: acho que uma grande oportunidade narrativa foi
desperdiçada aqui. Explico: antes de chegar nesta casa, já era de conhecimento
do espectador que Kamus de aquário havia matado Yoga. Esse episódio acontece
pouco depois que Shun fica sozinho com o cavaleiro de gêmeos. Eu,
particularmente, acho que seria de um impacto mil vezes maior se o roteirista
tivesse escolhido mostrar o destino de Yoga apenas em seu encontro com Kamus. O
desenrolar dos fatos não seria mostrado naquele momento, apenas em um flashback
quando ele atingisse a casa de aquário.
Quando Shiryu avistasse seu amigo no Seikishiki, a reação de
espanto de dragão seria a mesma do espectador e vice-versa. Mais ou menos essa:
Mas quem sou eu para dar dicas de técnica de escrita e roteiro sobre a obra de um escritor profissional, não é mesmo?
A oportunidade dada por Atena não dura muito. Máscara da
Morte o atinge novamente com as Ondas do Inferno (se ele não escapou da
primeira vez, por que escaparia da segunda?) e a verdadeira batalha tem início.
Shiryu é arrastado pelos cabelos por câncer, mas este não
consegue arremessar dragão no abismo. Os japoneses provam que a pentelhação de
uma japinha carola que só sabe sentar sobre os tornozelos e orar é mais forte
que qualquer cavaleiro de ouro.
Depois de apanhar que nem cachorro sarnento, ver a sua
namoradinha ser arremessada em um abismo (coitada de Shunrey. Louca pra levar
um cólera do dragão que nunca acerta o alvo, se é que deu pra entender...
Brincadeiras de lado, o amor de Shiryu e Shunrey é muito bonito. Pena que fique
tudo muito implícito e subjetivo) e também ser arremessado em um abismo (só que
sobrenatural), Shiryu se emputece e dá uma sova homérica em Máscara da Morte.
Caramba, é sério: a sova que Máscara leva de Shiryu é pior que a da batalha
entre Neo e o agente Smith. Pior que a sova que o Marvel Man leva do Kid Marvel
Man. Pior que os arranca-rabos homéricos vistos na série Dragon Ball.
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Um baita erro de perspectiva |
Quando volta ao seu corpo físico, ele descobre que o despertar do sétimo sentido é capaz de realizar milagres, como a cura de sua cegueira. O problema é que, depois dessa saga, Shiryu perderia e recuperaria a visão com mais facilidade com que uma dondoca troca de poodle.
-Aiolia de Leão: sim, o nome desse cavaleiro é Aiolia, não Aioria. É que os japoneses não possuem a consoante L em seu alfabeto, então trocam o L pelo R (watashi wa Eru desu...).
Seya chega sozinho à casa de leão, crente de que não apenas
passará com facilidade por ela como encontrará um aliado em sua cruzada. Da
última vez que haviam se encontrado, Aiolia havia descoberto que Saori Kito era
a reencarnação da deusa Atena, e jurou lealdade a sua causa. Não só isso, ele
também prometeu que iria ao santuário tomar satisfações diretamente com o
Mestre, que jurava de pés juntos que Atena se encontrava no santuário sob seus
cuidados diretos. Isso nos leva a um dos flashbacks mais legais de toda a
saga...
Depois de alcançar a sala do Mestre no santuário, Aiolia foi
bater um papo com o chefão pessoalmente. Aqui está a cena na íntegra (adiante para o tempo de 17 minutos).
Se você não assistiu ao vídeo, ou não se recorda dos
eventos, faço um breve resumo: Leão foi confrontar o Mestre e é atrapalhado
pelo cavaleiro de Virgem. Mas diabos, ele foi tirar satisfações com o Mestre
justo no santuário, onde havia mais dez cavaleiros (sagitário não dá as caras)
de ouro além dele próprio. O que ele achava que ia acontecer?
Virgem e Leão começam a travar uma batalha e chegam à conclusão de que seus poderes são equivalentes (e é claro que isso não faz a menor lógica. Como diabos um cavaleiro que ataca com poder bruto consegue se equiparar ao cavaleiro que está mais próximo de Deus em poder?), e se continuarem vão iniciar uma Guerra de Mil Dias, a lendária guerra (que obviamente não durou mil dias, assim como a Guerra dos Cem Anos também não durou cem anos) travada entre o mestre Doko e Shion de Áries.
Virgem e Leão começam a travar uma batalha e chegam à conclusão de que seus poderes são equivalentes (e é claro que isso não faz a menor lógica. Como diabos um cavaleiro que ataca com poder bruto consegue se equiparar ao cavaleiro que está mais próximo de Deus em poder?), e se continuarem vão iniciar uma Guerra de Mil Dias, a lendária guerra (que obviamente não durou mil dias, assim como a Guerra dos Cem Anos também não durou cem anos) travada entre o mestre Doko e Shion de Áries.
Para equilibrar as coisas, Ares lança o maior golpe de toda
a saga. O golpe mais fuderoso e estiloso de todos os tempos. Inescapável.
Infalível. Indefectível. O (rufar de tambores, please) SATÃ IMPERIAL.
O cara que bolou o nome desse golpe merece um prêmio Nobel da Paz. Merece ir para o Valhala dar uns pegas na Valquíria Lenneth quando passar desta pra melhor.
O Satã Imperial funciona da seguinte forma: depois de ser
atingido por um ataque mental aplicado diretamente no cérebro, a vítima vira um
tipo de zumbi programado para matar um inimigo escolhido pelo executor do
golpe. O alvo do golpe terá que realizar a missão até que a vítima seja
eliminada (ou que a vida de alguém próximo seja tirada, como ficou comprovado
depois).
Esse legendário golpe só é utilizado pelo Mestre Ares em
toda a série. Não cheguei a assistir a saga de Hades até o final, visto que
essa sofre uma queda vertiginosa na qualidade depois que os cavaleiros chegam
ao submundo, mas acho que nenhum dos cavaleiros de gêmeos chegam a utilizá-lo
novamente.
Antes que eu me esqueça, o Satã Imperial (o satã deve ser
por causa do ato maligno de assassinato que a vítima deve cometer para se
livrar do efeito, e o imperial deve ser pela imposição do ato) se enquadra na
mesma categoria de golpes de manipulação de mente, como o famoso Golpe Fantasma
de Fênix.
Pesquisando um pouco sobre o golpe esbarrei em alguns
questionamentos, como o fato de Canon conseguir soltar o golpe que o seu irmão
gêmeo dominava. Ouvi boatos que afirmavam que isso era possível por causa da
armadura de gêmeos. A ideia, tirada do mangá, era que a armadura continha todo
o conhecimento para que o cavaleiro de ouro de gêmeos soubesse como ser o
cavaleiro de ouro de gêmeos e daí em diante.
Eu, particularmente, acho essa ideia BEM IDIOTA E ESCAPISTA. Mesmo sem precisar pensar muito, consigo
tecer uma teoria mil vezes mais interessante que essa. duvida? Então lá vai,
mais uma vez, eu entregando de graças as minhas ótimas e originais ideias de
roteiro para esses escritores preguiçosos: o caminho para um cavaleiro ser um
cavaleiro não estaria em sua armadura, e sim em sua constelação.Simples assim.
Isso explicaria porque Afrodite de Peixes usa golpes com rosas, assim como seu
ancestral Albafica de Peixes. Tá vendo? Continuando...
Depois de adentrar a casa de leão e quebrar a cara
completamente, Seya até que consegue enxergar os golpes na velocidade da luz,
mas apanha de qualquer jeito. Ele, então, é salvo por Cassius, que se joga na
frente dos golpes de Aiolia.
O efeito do Satã Imperial passa e o cavaleiro de ouro se dá
conta da merda que fez. Ele cura (???) a perna de Seya e fica na casa de leão
feito um bundão quando podia ajudar um pouco, só pra variar.
De resto, a casa de leão é uma das mais chatas das doze
casas. É repleta de longos diálogos (Satã Imperial + Cavaleiro de Ouro zumbi =
mata logo esse cara, porra!) e flashbacks quase intermináveis.
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Bate que eu gosto! |
Outra coisa que fica muito clara nessa parte é como a autoflagelação forçada dos cavaleiros de bronze seria explorada ao limite por parte do roteiro do anime. Quer dizer, Seya apanha como um cachorro sarnento na casa de Touro. Os outros cavaleiros também. Mas tudo tinha uma razão de ser e consequências (mesmo que temporárias) indiscutíveis.
Nos episódios seguintes, parece que o sofrimento (exagerado,
pois os cavaleiros já haviam dado seus primeiros passos em direção ao Sétimo
Sentido) era apenas uma forma de os escritores mostrarem ao público como os
cavaleiros de ouro eram fodões e como o sofrimento seria recompensado.
Isso leva a um outro raciocínio com relação ao anime no
geral: Raios! Raios disparados por Zeus, por Lezzard Valeth, pelo Imperador de Guerra nas Estrelas e
por todos os lordes Sith ao mesmo tempo! Por que demônios os cavaleiros de bronze não
saem da lama nunca?
Digo, eles derrotam cavaleiros de ouro; derrotam demônios;
deuses, guerreiros deuses e o que você quiser colocar na sua frente, mas eles
nunca dominam o cosmo máximo de uma vez por todas. Nunca ganham armaduras
melhores (apenas circunstancialmente). Ou seja: nunca conseguem se impor,
evoluir, mostrar aprendizado que os leve a mudanças práticas. Suas apoteoses
sempre são fugazes, passageiras.
Uma desculpa muito bunda suja e nariz catarrento sai da boca
de Mu, na saga de Hades, a de que “os cavaleiros de bronze são capazes de
realizar milagres”. Ah, tá. Isso explica tudo...
Ainda sobre a casa de leão, a partir desse episódio há uma
queda vertiginosa na qualidade da animação e do roteiro como um todo. Percebam
o ridículo: Cassius tenta impedir a passagem de Shiryu e Shun, enquanto lhes
explica que Aiolia se encontra sob efeito do Satã Imperial. E sabe o que é
pior? É que ele quase consegue.
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Causa Mortis: Excesso de Shoryukens na cabeça |
Cassius, um aspirante a cavaleiro cujo maior talento é parecer com o Birdie do Street Fighter Alpha. Um cara que nem armadura tem consegue impedir o avanço do cara que voltou da morte umas três vezes e derrotou um cavaleiro de ouro sem ajuda de ninguém. Ele também consegue se opor a um cavaleiro que acertou um golpe de corrente no rosto do mestre do Santuário a trocentos anos-luz de distância. Ridículo.
Ridículo, também, é perceber como o roteirista se utilizou
de um recurso totalmente débil mental e de início do desenho, rebaixando os
cavaleiros que têm a missão de salvar uma deusa a meros sacos de pancada na mão
de um brutamontes.
-Shaka de Virgem: não sou muito fã desse cavaleiro. Até gosto do seu estilo meio transcendental de ser, sendo que ele não é emo feito Mu por causa disso. E note que eu falei que ele não é emo POR CAUSA DISSO, e não que Shaka não é emo.
O que me irritou nesse cavaleiro tem mais a ver com o
roteiro do desenho. Qual o golpe principal de Shaka? O Tesouro do Céu. Belo
nome, bem pomposo para o “cavaleiro mais próximo de Deus”. O que isso significa
nem o roteiro do desenho explica, uma vez que Shaka é um discípulo de Buda e
não do Deus católico.
O efeito do Tesouro do Céu é ao mesmo tempo simples e
mortal, se você parar para pensar sobre ele por um segundo: esse golpe retira
os sentidos do corpo da vítima. Não preciso explicar muito, pois quem assistiu
à saga das Doze Casas está mais que familiarizado com o conceito. E é
justamente por isso que eu detestei essa parte do desenho: depois do encontro
com Shaka, QUASE TODOS os golpes dos outros cavaleiros
retiravam, gradativamente, os cinco sentidos do oponente. Não vou listar os
cavaleiros que farão isso daqui pra frente, pois é melhor falar disso quando a
hora de cada um chegar.
Depois de fazer os amigos de Iki nanarem, Shaka aplica o
Ciclo das Seis Existências no cavaleiro de Fênix. É um golpe assustador que
envia a vítima para um dos seis infernos, após a sua morte. Não estamos falando
de uma lavadora de roupas, mas aqui vão as minhas impressões sobre os seis
ciclos:
CICLO 1: o Inferno.
Montanhas de espinhos; poças de sangue; lagos de fogo. Uma voltinha por qualquer cidade brasileira e você verá que não é nada muito diferente das condições urbanas às quais estamos acostumados a ver no dia-a-dia.
“Aqueles que caírem neste mundo sofrerão eternamente”.
Não sei se é muito justo pagar eternamente por erros cometidos durante um curto período das nossas (confusas; despreparadas e turbulentas) existências, mas sabe como são esses conceitos religiosos: não fazem muito sentido, necessariamente.
CICLO 2: o Mundo dos
Espíritos Famintos.
“Aqueles que caírem neste mundo só terão pele e ossos e o estômago inflamado”.
Me desculpe, Shaka de Virgem, mas acho que aqui você não está sendo nem um pouco original. Este inferno já existe no nosso mundo:
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Essa é pra você pensar um pouco antes de reclamar por bobagens... |
CICLO 3: o Mundo das Bestas.
Ok. O cientista social Shaka de virgem acaba de descrever as bases do sistema capitalista. Próximo.
“Haverá sangue e morte o tempo todo”.
Um pouco (mais) de cultura inútil:
“Azura é uma personagem do Livro dos
Jubileus considerada como a esposa e irmã de Seth, o qual, segundo
a Bíblia, foi o terceiro filho de Adão, nascido depois da morte
de Abel, através do qual descendeu o patriarca Noé”. Fonte: Wikipédia.
Como não costumo levar muito em consideração as histórias do
antigo testamento (pois são sem pé-nem-cabeça pra caramba), citarei uma fonte
que acho que combina mais com a descrição de “luta sem trégua” descrita por
Shaka:
“Azura é a princesa Dédrica do Crepúsculo e do Amanhecer;
das magias entre a Noite e o Dia”. Fonte: The Elder Scrolls.
Uma coisa que fica entre o dia e a noite é algo que não
acaba, certo?
Neste mundo as pessoas travam uma guerra sem fim, como em um MMO em que você não pode
explorar; trollar ou trocar itens, apenas upar. Bem chato, por sinal.
CICLO 5: o Mundo dos
Seres Humanos.
“A felicidade, o ódio e a tristeza tornam instável este que é o Mundo dos Seres Humanos”.
Se você é ingênuo o bastante para se perguntar “por que o
mundo dos humanos é considerado um inferno”, eu adianto a resposta com uma
outra pergunta: existe algo pior que a insegurança?
Pare pra pensar um pouco em como quase tudo relacionado à
vida do homem gira em torno da sua busca por um pouco de certeza, respostas e
explicações para tudo o que acontece a sua volta.
O homem tece teorias. Busca conhecimento (no melhor estilo
E.T. Bilu). Cria mundos próprios e fictícios quando o real não o satisfaz. Tudo
isso para suprir uma necessidade palpável de se firmar, de ter algo em quê se
apoiar. Até a sua própria felicidade é depositada nas costas alheias, como se
isso fosse a coisa mais natural do mundo.
Então, é por esse e outros motivos que eu considero o Mundo
dos Seres Humanos um dos piores infernos oferecidos por Shaka.
Pena que, fora do desenho, nos é negada a chance de escolha.
Eu, particularmente, iria de bom grado para o Mundo das Bestas. Do alto dos
meus 1,79m de altura e 80kg, eu teria uma chance bem maior de me sair bem
sucedido nesse do que no mundo real.
CICLO 6: O Paraíso.
“É um lugar onde um único pensamento faz você cair no mundo das bestas, dos espíritos famintos ou do inferno”.
Só de pensar neste mundo eu tenho calafrios. De longe, o
pior dos mundos. Principalmente se você levar em consideração os meus queixumes
sobre insegurança no ciclo acima.
Imagina você estar no lugar perfeito, mas não poder ter uma ÚNICA PORRA DE UM PENSAMENTO IMPURO NA
CABEÇA?
De fato, se você levar em conta que todos os ciclos são
destinados a castigar os humanos, pela descrição do sexto ciclo podemos inferir
que todos os humanos que estão nos outros cinco ciclos já estiveram, ao menos
uma vez, no sexto.
“Você está morto? Que mundo escolheu, Iki”?
Essa enigmática frase de Shaka e uma maravilhosa música de
suspense encerram a primeira parte do confronto com o Homem Mais Próximo de
Deus.
Iki escapa do golpe de Shaka, e o ataca com o Golpe Fantasma de Fênix. Logicamente, esse golpe não causa nenhum efeito em um cavaleiro especializado em golpes mentais como Shaka.
O cavaleiro de ouro estilhaça a armadura de fênix de Fênix
(sim, o eco foi proposital), e vemos algo bem ilógico que acontece desde o começo
deste anime.
Os cavaleiros recebem armaduras baseados em suas
constelações. Essas, por sua vez, são feitas de três metais: bronze, prata e
ouro. Agora preciso me desviar um pouco para me queixar de outra coisa que me
irrita muito (até nas fases mais recentes): os cavaleiros de prata foram muito
escanteados em toda a série. Se um cavaleiro de bronze pode alcançar o sétimo
sentido para salvar Atena, quão longe chegaria um cavaleiro de prata com
semelhante objetivo? Pelo desenrolar das coisas, nunca saberemos.
Pronto, me queixei e quebrei um parágrafo com isso. Agora
posso continuar.
POR QUÊ RAIOS AS
ARMADURAS, FEITAS DE METAL, SE QUEBRAM COMO SE FOSSEM DE VIDRO, EM VEZ DE AMASSAR ?
Bem, o fato é que Shaka pulveriza a armadura de Iki e mete
fogo no cavaleiro de fênix, que renasce quase que instantaneamente de posse de
armadura sua armadura reconstruída.
O que me chama atenção nessa parte é que Iki representa, de
forma geral, a força de vontade dos outros cavaleiros de NÃO DESISTIR, EM
HIPÓTESE ALGUMA , DE UMA COISA QUE DESEJA. Principalmente
se o motivo for nobre. Também fica a impressão de que Iki venceu Shaka pelo
simples fato de ser o único capaz de fazê-lo.
Outra coisa que me chama atenção, também, é a duração do
“sono” dos outros cavaleiros que foram atingidos por Shaka. Mas deixa pra lá.
Vamos fingir que foi tempo psicológico passando.
Tendo percebido o erro que cometeu ao tentar uma técnica tão
“hexacotômica” como o Ciclo das Seis Existências, Shaka decide usar o Tesouro
do Céu, e toda a palhaçada de “perder os cinco sentidos” chegava sem previsão
de quando ia partir.
“Saiba que o Tesouro do Céu é a Verdade do Universo. Este tesouro é o mundo da perfeita harmonia”.
Pra começar a discorrer sobre esta parte, queria dizer que a música que toca quando Shaka “decora” o piso e as paredes da casa de virgem com o Tesouro do Céu é tenebrosa e aterrorizante. E as palavras de Shaka, para mim, fazem o mais completo sentido. É só parar para pensar no efeito desse golpe.
O Tesouro remove cada um dos sentidos da vítima. O simples
fato de estar totalmente cego diante de um oponente já é algo desesperador por
si só. Mas aonde eu quero chegar é na parte da “perfeita harmonia”.
Para entender meu ponto de vista, é necessário que o leitor
se desvencilhe, mesmo que apenas por um momento, de toda e qualquer crença
religiosa ou opiniões pessoais e se atenha apenas aos fatos. Se você for capaz
de tal exercício mental, já está pronto para responder a minha pergunta: QUAL A CONSCIÊNCIA QUE VOCÊ TINHA QUANDO
AINDA NÃO HAVIA NASCIDO?
Eu, pelo menos, não tinha nenhuma. Nenhuma lembrança.
Nenhuma dúvida. Nenhuma vontade. Nenhum questionamento. Nenhuma expectativa.
Nenhum temor. E nenhum sofrimento. Nada. O vazio. Algo que pode ser
considerado, por muitos ramos filosóficos, como a verdadeira PAZ.
Partindo desse pressuposto, posso considerar que a “Perfeita
Harmonia” descrita por Shaka realmente pode ser alcançada através do Tesouro do
Céu. Aí Iki vem com um estraga-prazeres chamado Sétimo Sentido que acaba com
toda a festa.
Sim, mesmo privado dos cinco sentidos que permitem a um cavaleiro lutar (acho que o sexto sentido, a intuição, não pode entrar nessa conta, pois fica meio difícil derrotar um cavaleiro de ouro na base do “eu acho”...) Iki desperta o Sétimo Sentido.
Mas, antes disso, Shaka prova que não é tão iluminado quanto
parece e retira a fala de Iki, quando este questiona os motivos desse cavaleiro
seguir o Mestre Ares mesmo sabendo que ele é maligno. Pouco iluminado; infantil
e um mau perdedor, pois Shaka só responde ao questionamento de Iki depois de
retirar a sua fala, impossibilitando qualquer forma de um debate civilizado.
Shaka, seu Emo de merda! Pronto, falei. Agora é tarde.
Depois de retirada a sua audição, Iki é jogado no abismo
frio do desespero e da obliteração; da incerteza e da insegurança. Em seus
últimos momentos, o cavaleiro chama pelo nome de Atena. O rosto em lágrimas da
estátua da deusa é focalizado e o episódio termina no mais completo silêncio.
Depois de uma longa batalha psicodélica regada a muito
filosofismo e viagem na maionese, Shaka é derrotado por Iki, que chega atrasado
ao casamento mas consegue chamar mais atenção que a própria noiva.
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Encochada Atômica, um poderoso golpe... |
Iki e Shaka morrem (fênix usa o golpe mais terrível e poderoso de toda a série, a Encochada Atômica com Direito a Voo de Purpurina), com o pedido do cavaleiro de Fênix ao seu irmão para que o mesmo enfrente as adversidades vindouras como um verdadeiro homem. E eu te pergunto, Iki: não tinha como pedir uma coisa mais fácil ao seu delicado irmão não?
Os dois são resgatados por Mu através de sua telecinese
(???!!!), e reaparecem mais à frente.
Uma coisa muito boa a respeito de Shaka é a sua participação
na saga de Hades: ele simplesmente é muito forte e consegue chutar a bunda de
três cavaleiros de ouro simultaneamente.
Também queria aproveitar a oportunidade para acrescentar
algo: ainda na casa de leão, Aiolia adverte que os cavaleiros não podem
permitir que Shaka abra os olhos. WTF? Como impedir uma pessoa que se move na
velocidade da luz de abrir os próprios olhos?
“Quando Shaka abre os olhos, todos morrem a sua volta!”. Uau! Esse cara deve ser os pés da besta. Deve abrir garrafa de refrigerante no dente. Deve ser mais bonzão que o Dante, Wolverine e Wesker juntos.
É então que, durante a sua luta com Iki, fica claro o motivo
de não deixar que Shaka abra os olhos: quando ele está de olhos fechados, está
concentrando o seu cosmo para mandar ver nos adversários. WTF? WTF? WTF? Que
porra de raciocínio é esse? Isso é conselho que se dê? Não deveria ser o COMPLETO INVERSO? FAZER SHAKA ABRIR OS
OLHOS PARA QUE PERDESSE A SUA CONCENTRAÇÃO E SEU COSMO PARASSE DE CRESCER
INFINITAMENTE? Cara, sem palavras.
Considerando que esse não foi um patcha erro de tradução, a
essa altura do campeonato os roteiristas já estavam tão drogados e escrevendo
tanta besteira que nem se quer sabiam o que fazer para alcançar o efeito de
dramatização necessário para impactar o espectador. Sad, but true...
-CASA DE LIBRA: aqui não há um cavaleiro. Há apenas a casa de libra.
Como todos sabem, o cavaleiro que deveria estar guardando a
casa de libra é o Mestre Ancião, o mentor de Shiryu. Ele não se encontra na
casa, então a passagem dos cavaleiros de bronze por essa casa não devia durar
mais que dois minutos do episódio, não é mesmo? Ledo engano, meu caro.
Ao entrar nessa casa, eles dão de cara com ninguém menos que
Yoga de Cisne. Ele levou um pau homérico de seu mestre e foi aprisionado em um
caixão de gelo por não conseguir deixar de ser um bunda mole de marca maior. Essa
batalha eu vou detalhar quando chegar na penúltima casa do zodíaco.
Yoga está preso e o mestre de Shiryu envia a sua armadura, a
de Libra, para que seja possível quebrar o esquife de gelo.
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Soninho gelado... |
Cara, a armadura de libra é a coisa mais legal que pode ser vista em toda essa série. Se eu tivesse nascido entre o dia 24 de setembro e o dia 23 de outubro, eu acho que teria urinado sangue de tanta felicidade quando chegou neste episódio.
Essa armadura é tão fodástica que servia de suporte para
todos os outros cavaleiros de ouro, quando estes utilizavam armas nas lutas.
A ideia do Mestre Doko é quebrar o esquife com uma das armas que compõem sua armadura.
Então, cabe a Shiryu escolher a arma mais apropriada para
tal tarefa. Pois bem...
Raios, raios, raios que causam dano não elemental! Por que o
Mestre Doko não diz de uma vez a arma mais apropriada, uma vez que um simples
erro poderia custar a vida do cavaleiro de Cisne? Bem, quem sou eu para tentar
compreender o raciocínio de velhinhos de 300 anos que são a cara do Yoda?
Vejamos quais eram as opções do cavaleiro de Dragão:
1-A BARRA DUPLA (mais conhecida pelo nome de Nunchuk por aqueles que assistiram ao menos a um filme de Steven Seagal na vida): uma arma que solta quantidades tão grandes de purpurina dourada que deve ter custado a vida de milhares de (como posso dizer isso sem parecer homofóbico?) bambis de toda a Grécia contemporânea;
2-O TRIDENTE: um tridente comum, exceto pelo fato de que também solta purpurina;
3-A ESPADA: que parece muito com um daqueles itens que você levaria 100 horas para conseguir no The Elder Scrolls Oblivion;
4-A BARRA TRIPLA: ??? Você já ouviu falar em tal arma? Ela parece um cassetete de policial (não que eu já tenha visto, pessoalmente, o cassetete de um policial, se é que você me entende...);
5-A TONFA: na verdade, na parte
6-O ESCUDO: a mais legal de todas, pois é o Disk Armor de Rygar. Não conhece Rygar? Esse aí é um carinha que já arregaçava criaturas mitológicas quando Kratos ainda usava fraldas.
Shiryu explica que existem apenas seis tipos de armas, só que elas vêm
Aham, continuando...
Qual seria a melhor opção para quebrar um cubão de gelo sem
danificar o seu interior? Acho que um objeto rombudo, que servisse para
estilhaçar o gelo em pequenos pedaços, certo?
E qual arma Shiryu, sabiamente, escolhe?
A PORRA DA ESPADA!!!
WTF! WTF! WTF10000000
Que raios de raciocínio é esse? Escolher uma arma que pode
fatiar o seu amigo ao meio? Esquece...
Depois dessa total prova de desrespeito às leis da física,
Yoga é libertado. E é aqui que teremos uma das maiores CENAS DE BOIOLAGEM EXPLÍCITA nunca antes catalogada em um desenho
japonês.
Digo e repito: não sou racista. Não sou sexista. Não sou
separatista. Tampouco homofóbico. Uma das coisas que mais prejudica a
humanidade (além dos extremismos religiosos e das guerras) é o uso de rótulos.
Mas cara, não tem como botar a mão no fogo por Andrômeda
depois do que está por vir.
Yoga, um cavaleiro (de cisne e que usa golpes do elemento água sólida, rsrsrs) que VIVEU A VIDA TODA NA PORRA DO GELO, não aguentou ficar por meras horas submetido a uma temperatura próxima do zero absoluto.
Quando foi libertado, seu corpo continuou frio e precisava
ser aquecido pelo calor de outro corpo humano. Mas apenas isso não bastava.
Esse corpo precisava queimar o cosmo e alcançar o Sétimo Sentido para poder
aquecer o sangue de Yoga.
Shun, guiado pelas tendências suicidas de sua constelação,
decide sacrificar a própria vida para reviver seu companheiro.
Agora para pra pensar: você realmente acreditava que, a essa
altura do campeonato, o sacrifício de Shun seria definitivo? Isso mesmo que eu
tava pensando... Posso continuar?
Como eu dizia, guiado pela sua constelação... quer saber de
uma? Constelação é o Kr@jo!!! Shun é
o maior viadinho de merda, que tava esse tempo todo de olho no galego de olhos
azuis do Yoga e não ia perder uma oportunidade dessas nem que o cometa Haley
desse trezentas piruetas em volta da terra!
Quando eu assisti a esse episódio na presença de meus outros dois irmãos, fui dominado pela mais desconcertante sensação de vergonha alheia que um desenho japonês é capaz de causar. Eu simplesmente não acreditava no que estava diante de meus olhos. E, se você deixar os impactos sociais e psicológicos de lado e analisar a questão por uma ótica meramente de continuidade do desenho, verá que Shun é um puta viadinho do mesmo jeito.
Veja bem: Seya levou o maior pau de Aldebaran PARA COMEÇAR A DESPERTAR O SÉTIMO SENTIDO.
Despertou, sendo que levou um arranca-rabo de Leão que quase lhe custou uma das
trezentas vidas de que ele ainda dispõe.
Shiryu lutou sozinho contra Câncer, como um macho de verdade
faz, sem mimimi ou ajudinha de ninguém (Shunrey não conta. Não conta porque eu
não quero e pronto!).
Iki, se eu fosse um membro da Irmandade,
a minha saída de escape estaria a sua disposição por você peitar o cavaleiro
mais próximo de Deus sozinho e, de quebra, ainda lhe passar uma lição de
humildade.
Então, de que forma o cavaleiro de Andrômeda precisa alcançar o cosmo máximo e provar do que é capaz? FORNICANDO COM UM DE SEUS COMPANHEIROS DE LUTA!
Cara, é sério: repare na perninha de Shun quando se deita
sobre o corpo de Yoga. Parece que ele está sofrendo por fazer algum tipo de
sacrifício? Eu acho que não...
Nem sei porque me revolto tanto quando penso nisso. O que se
podia esperar de um cavaleiro que usa uma armadura cor-de-rosa com tetas? Pois
é...
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O proctologista mais temido da história |
-CASA DE ESCORPIÃO: essa casa começa com Shiryu contando a história da lebre e do viajante. Não vou repeti-la aqui. Se você não conhece, procure pelo episódio 60 no Youtube.
A despeito de todas as brincadeiras e de todas as minhas queixas
com relação ao cavaleiro de Andrômeda, essa parte do anime mostra o verdadeiro
valor de um cavaleiro que luta por não ter escolha pois, se pudesse, não
machucaria seus oponentes.
A história de Shun é um exemplo muito bonito de altruísmo e
de autossacrifício.
Seya e Shiryu decidem voltar para a casa de libra, a fim de
impedir que Shun se mate pelo seu amigo. Mas eles são interrompidos pela
pergunta capciosa:
“Por que estão fugindo do escorpião”?
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Já fez seu exame este ano? |
Eu respondo, Milo: por que escorpiões são venenosos. Pronto! Posso passar para a próxima casa, pois detesto esse cavaleiro e estou com uma baita preguiça de discorrer sobre essa batalha.
Ráááááá´! Pegadinha do Monte Pyton!!!
Imagina se eu ia pular um dos cavaleiros de ouro mais legais
das doze casas! Eu não me chamaria Shadow Geisel se isso acontecesse. Então,
vamos lá!
Pra começar, a voz de Milo é a mesma do James, de Pokémon, e
eu adoro a voz desse dublador. É muito engraçada e divertida.
Mas não se engane: o cavaleiro de ouro que derrubou a Ilha
de Andrômeda é terrível.
Seya meio que se gaba por estar despertando o sétimo sentido
e por ter derrubado o capacete da armadura de escorpião da cabeça de Milo. É aí
que este explica que há um verdadeiro abismo entre um cavaleiro que está perto
da velocidade da luz e de um que já domina golpes na velocidade da luz.
A Agulha Escarlate é a agulha do escorpião, e também um
golpe terrível. Causa uma dor intensa no oponente que vai debilitando-o até que
ele alcance a sua morte.
Quando estava prestes a matar os dois cavaleiros de bronze,
Milo é interrompido pelo cosmo gelado de Yoga, que carrega Shun nos braços
(\o/) e restaura o ânimo dos companheiros caídos.
Se ninguém disse isso, eu o faço: esse, depois da luta de
Cisne contra Fênix e contra o cavaleiro de prata de Fogo, é um dos maiores
momentos de Yoga.
A sua confiança; sua coragem; sua força de vontade são muito
intensas e quase palpáveis. Pena que o episódio seguinte seria estragado por
uma péssima animação e estilo do desenhista.
Yoga dá uma bela lição de moral em Milo enquanto aprisiona o cavaleiro em um círculo de gelo que trava seus movimentos.
Quando eu assisti essa cena... Cara, eu senti um puta
orgulho do cavaleiro de Cisne. No mesmo instante que a vi me lembrei da sua
postura na luta contra Fênix. Eu pensei: agora vai. Yoga vai dar uma sova em
Milo e recuperar as suas bolas há muito tempo perdidas.
Então os roteiristas do anime decidem que é hora de tacar uma cena pra encher linguiça na qual Tatsumi aparece (com uns trinta anos de atraso) para proteger Saori.
Uns cavaleiros genéricos aparecem para justificar a presença
de Tatsumi e ele dá cabo (??) quase de todos. E tudo isso BEM DEBAIXO DO NARIZ DE UM CAVALEIRO DE OURO QUE NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA
SEGUIR AS ORDENS DE ARES.
Quando eu assistia esse desenho na adolescência, eu
detestava essa parte. Mas sabe de uma coisa? Ela representa muito bem a
bundamolice do cavaleiro de Áries, que só sabe fugir por teleporte, consertar
armaduras e escovar seus vastos e sedosos cabelos cor púrpura. Êta emo covarde
filho de uma... Continuando...
O entrave de Yoga e Milo começa!
Escorpião prova que arrogância e discursos pomposos são mais
poderosos que qualquer círculo de gelo, e se livra do seu efeito simplesmente
porque sim.
James, quer dizer, Escorpião aceita o desafio de Yoga e
alerta que vai enfrentá-lo com todas as suas forças.
Milo usa o seu (criativíssimo) golpe Restrição para tentar
selar os movimentos de Cisne. Yoga apenas fica olhando com a maior cara de “eu
sou o fodão” do mundo enquanto uma barreira de ar frio o protege da investida
de Milo.
Cara, é sério. Eu quase tenho vontade de mijar nas calças
quando assisto a essa cena.
A postura de Yoga. O efeito de azulado que o envolve. A sua
resolução. A certeza de que tem plena capacidade de derrotar o oponente. “Casa
comigo, Yoga”!!! Ops! Desculpem. Acho que me empolguei.
Mas agora falo sério: Cisne volta com tudo neste episódio, nos dando a certeza de que deixou de ser um bebê chorão que não consegue largar a barra da saia de sua mãe. Aliás, apesar de todas as brincadeiras e perseguições a respeito das bolas do cavaleiro de cisne, a história de seu drama pessoal é uma das mais tristes que eu já vi em um desenho animado. Falarei mais disso quando chegar à casa de Aquário. O que quero deixar claro é que, NESSE MOMENTO EM ESPECÍFICO, Cisne estava em seu auge.
Ao longo de todo este episódio, há um misto de animação
aceitável com animação bem feiosa, como eu havia dito. Mas o pior na queda da
qualidade ainda vai ser na próxima parte da luta dos dois.
Cisne e Milo atacam ao mesmo tempo. Yoga consegue congelar o
cavaleiro de ouro e pensa que escapou da Agulha Escarlate. Ah, tolinho...
“A Agulha Escarlate ataca o sistema nervoso central e
paralisa todo o seu corpo com uma dor muito intensa...”
Cisne percebe buracos de agulha em sua armadura e se estropia todo de dor. Um detalhe interessante sobre essa luta, mas totalmente irrelevante, é que Milo luta quase ela toda usando a sua capa. Eu disse que era doido. Quem não acreditou, problema.
“Renda-se ou morrerá. Eu vou dar tempo para você pensar nisso enquanto recebe quinze golpes. Sentirá uma dor incrível. Sem mencionar que os quinze golpes representam as quinze estrelas da constelação de Escorpião.”
Outro detalhe interessante (para mim) é que Milo é o único
cavaleiro de ouro que faz uma associação direta de seu signo. Explico:
Aldebaran, de touro, ataca com o Grande Chifre. Apenas uma
menção ao animal do touro.
Aiolia ataca com a Pata do Leão. Outra menção de leve.
Máscara da Morte (cara, eu ainda não acredito que esse seja
o nome desse cavaleiro. Se você souber o verdadeiro nome de Câncer, por favor,
me avise) não tem nada a ver com caranguejos. Mas Milo não.
Além de usar uma armadura totalmente inspirada no aracnídeo
ele ataca com ferrão do Escorpião e tem uma personalidade muito parecida com as
descrições deste signo:
“Escorpião é um signo intenso, com uma energia emocional única em todo o zodíaco. Ainda que possam parecer calmos, os escorpianos
têm uma agressividade e magnetismo
escondidos internamente. São afáveis,
sociáveis, reservados, corteses e, ainda que pareçam estar um pouco afastados da ação,
em realidade estão observando tudo com seu olhar crítico.
O escorpiano é tremendamente
poderoso e seu caráter pode causar
enormes benefícios ou grandes riscos para os demais”.
Os pontos destacados em negrito são um resumo do que é o Cavaleiro de Escorpião, Milo. A sua postura de “pagar pra ver” (no final da batalha) tem muito a ver com os “grandes riscos” citados nas características do signo. Continuando a luta.
As agulhadas de Milo foram descaradamente copiadas em um
recente jogo de luta desta geração. Ainda não descobriu qual é? O vídeo abaixo
vai refrescar a sua memória:
Eu sei. Eu sou demais. Não deixo passar nenhuma referência. Mas
assim minhas bochechas ficam coradas e eu fico sem jeito. Bem, continuando,
mais uma vez.
“Antares, a grande estrela localizada no centro do escorpião.
Ela está no coração da constelação. E é o golpe fatal da agulha escarlate”.
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É picadura que não acaba mais... |
Depois de receber 14 picadas de Milo, o cavaleiro de ouro revela a Yoga que nunca aplicou a Antares em nenhum outro oponente. O que me leva à conclusão de que:
a-Milo fugiu de todas as outras lutas antes da de Yoga;
b-os oponentes anteriores de Milo eram fracos pra caramba, a
ponto de serem inferiores a um cavaleiro mais chorão e fracote que o próprio
Shun.
Antares é um golpe bem legal, mas eu gostaria de ver mais
técnicas do cavaleiro de Escorpião.
Milo tenta disparar a Antares, mas não consegue, graças às
botinas de gelo que Yoga lhe deu de presente. Como todo bom cavaleiro que
utiliza golpes de gelo, Cisne dispara o seu “golpe mais forte”, de acordo com
suas próprias palavras: UM SHORYUKEN!
Isso mesmo: o golpe mais forte de Cisne não é a Execução
Aurora. É uma porcaria de um soco no queixo. Vá se lascar, Yoga. Não quero mais
me casar com você. E, se eu o fizesse, seria com separação de bens!
Agora, preparem-se para um dos episódios mais frustrantes e decepcionantes que eu já assisti dessa saga. Adianto logo que não tem a ver com o enredo. Mesmo que aos trancos e barrancos, Yoga acaba provando a sua maturidade como cavaleiro e se faz respeitar. Eu me refiro à qualidade da animação mesmo.
O QUE PORRA ACONTECEU
AQUI? COLOCARAM UMA CRIANÇA RETARDADA PARA DESENHAR E ANIMAR O DESENHO?
É sério. Vá no Youtube e pesquise “ Cavaleiros do
Zodíaco-Saga do Santuário- Episódio 62 (como você acha que eu assisti a todos
os episódios até então?).
Repare na cara de Milo e Yoga. Repare na falta de detalhes e
efeitos nas armaduras e nos golpes. Repare nas variações de cor das armaduras,
dando a impressão de que acabou o lápis de cor no meio do trabalho e o carinha
teve que improvisar com o que tinha. Repare na verruga ao lado do nariz dos
personagens, que os faz parecerem filhotes de urubu. E o que aconteceu com a
boa aparência de Escorpião? Aqui ele tá mais parecido com a Carmem San Diego.
Nossa! Que tosco. Dá vontade de vomitar na cara de quem fez essa palhaçada.
Compare a animação da série até o começo das Doze Casas e entenderá a minha
revolta. Continua...
Yoga começa a choramingar e... Peraí! Continua o caramba! Ainda tenho um recado para esse desenhista, do qual não quero saber o nome ou as deficiências fisiológicas que o levaram a criar tamanha obra-prima.
O recado é esse:
Olinda,
15 de Outubro de 2012.
Prezado
Sr. Fushiko Takavara
Como um
grande fã da obra conhecida internacionalmente como Saint Seya, reconhecida
aqui em meu país como Cavaleiros do Zodíaco, gostaria de avisar ao digníssimo
Sr. que vossa senhoria não tem o mínimo talento para desenho.
Se, em
algum momento da sua vida, alguém da sua família ou a Sra. Sua Mãe lhe contou a
grande mentira de que você tinha futuro, e até teve a pachorra de lhe fazer
elogios, fique o Sr. sabendo que foi apenas para tentar lhe trazer alguma
espécie de arcabouço diante das intempéries e vicissitudes que a vida,
inevitavelmente, lhe traria no futuro.
Agora que
o Sr. é um ser humano adulto e gozando de total saúde física e mental (acredito
eu), gostaria de fazer a revelação de que sua arte é uma droga. Você estragou
uma das melhores lutas da série com seu desenho desleixadamente ruim.
E não foi
só isso. O Sr. frustrou as expectativas de um pré-adolescente de 13 anos acerca
de um futuro melhor.
É por
essas e outras que eu desejo, humildemente, que o Sr. tenha as duas mãos
esmagadas por um rolo compressor para aprender a nunca mais PHoDer com as
expectativas dos outros.
Cordialmente,
o sempre seu (inimigo mortal) Shadow Geisel.
Por causa dos ferimentos das agulhas, Yoga começa a perder
não apenas uma quantidade maremótica de sangue, como também (rufar de
tambores): OS CINCO SENTIDOS!!!
Lembram do que eu disse, de que nos episódios posteriores ao
Tesouro do Céu de Shaka, até uma reles topada faria um cavaleiro perder os
cinco sentidos? Pois é, vai se acostumando...
O mais terrível no cavaleiro de escorpião não é a picada da
sua agulha, mas o desprezo e desrespeito que ele demonstra por oponentes mais
fracos que ele. Pior do que matar Yoga, é quando Milo manda que o cavaleiro vá
embora das doze casas e do santuário, por não ter conseguido despertar o sétimo
sentido.
Ser considerado uma perda de tempo por um oponente é mil
vezes mais humilhante que a derrota em si.
Yoga faz um resumo dos eventos que permitiram o seu retorno
da prisão de gelo. E, cara, muita gente acusa Os Cavaleiros do Zodíaco de ser
um desenho piegas e sentimentalista, mas o discurso de Cisne é uma das maiores
declarações de amizade (além da de Sora no coliseu de Hércules, no primeiro
Kingdom Hearts) que eu já vi em qualquer lugar que seja.
Yoga afirma que, por causa de sua vida sofrida, amaldiçoava
a própria existência. Mas depois que testemunhou a coragem de seus companheiros
em luta, passou a agradecer a Deus por Este ter lhe permitido compartilhar do
mesmo momento de vida que seus amigos. Sniff, sniff. Onde está o meu lenço
quando mais preciso...
No momento derradeiro da luta, Milo faz um discurso que me faz lembrar o código de honra dos samurais japoneses nas eras feudais, dizendo a Kamus que vai acabar com Yoga com todas as suas forças por reconhecer o seu valor como cavaleiro.
Parece uma coisa contraditória, acabar com um oponente que
tem potencial, mas essas questões de honra são meio difíceis de digerir mesmo.
A chama da casa de Escorpião finalmente se apaga, mas o
pensamento de Cisne nunca esteve tão iluminado como agora: ao se recordar do
sacrifício de Shun e seus amigos, Yoga finalmente entende que há certos momentos
em nossa vida que precisamos ser mais fortes não por nós, mas por aqueles com
quem nos importamos. Não importa o que aconteça. Não importa a nossa fraqueza.
Uma vez, em algum momento de minha infância que não sei ao
certo, li uma frase que dizia “SE VOCÊ
NÃO TEM CORAGEM, HAJA COMO SE TIVESSE. SE VOCÊ TEM MEDO, FINJA QUE NÃO TEM”.
E é isso que Yoga, de uma vez por todas, compreende.
“Mesmo a minha poderosa armadura de ouro ficou totalmente
congelada depois do ataque de Yoga”...
Milo foi atingido em todos os pontos de sua constelação pelo Trovão Aurora de Cisne, ao mesmo tempo que desferiu o golpe Antares em seu rival.
De fato, Yoga despertou o sétimo sentido e Milo só não
morreu por causa da armadura de Escorpião.
Milo decide salvar Yoga, PARANDO AS SUAS HEMORRAGIAS COM UM NOVO ATAQUE DE AGULHA! WTF?
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Bisturi é para os fracos |
Bem, acho chover no molhado explicitar o quão sem lógica esse “procedimento cirúrgico” é. Mas o que mais me impressiona no cavaleiro de escorpião é a sua curiosidade e hombridade de admitir que não está salvando a vida de Yoga, e sim lhe poupando para o enviar a sua mais dura lição como cavaleiro.
Cisne avança, cambaleando, e mais um valoroso guerreiro
nasce neste dia.
-CASA DE SAGITÁRIO: preciso dar uma interrompida federal no raciocínio para deixar uma coisa clara: quando comecei a escrever este texto, o fiz de uma forma totalmente errada.
Eu estava comentando partes importantes dos episódios BASEADO APENAS NAS MINHAS MEMÓRIAS DE MAIS
DE 10 ANOS ATRÁS. Acho que deu pra perceber isso, por causa do tamanho da
descrição das casas de Mu e de Aldebaran.
Quando vi a asneira pouco profissional que estava fazendo, decidi começar do zero e assistir episódio por episódio das doze casas para poder rechear o artigo com TODAS as minhas opiniões mais relevantes.
Eu sei, eu sou doido e às vezes tenho mais tempo livre do
que costumo me queixar. E claro, a minha real falta de tempo é a causa deste
post ter levado vários meses para ser concluído. Mas, o que eu quero dizer, é eu
que estava revendo tudo para ter uma base e analisar os fatos por um prisma
mais esclarecido. Mas o episódio da casa de sagitário é TÃO IMBECIL E INSUPORTAVELMENTE CHATO E EMBROMADOR que eu sinto a
necessidade de retroceder em minha estratégia e falar apenas das partes das
quais me recordo.
Nem se preocupe, pois não tem nada de interessante nesse
episódio. Sinto muito aos sagitarianos que estavam ansiosos por esta parte do
texto. Mas a culpa não é minha, e sim da falta de noção dos roteiristas. Quer
ver uma parte legal sobre o cavaleiro de sagitário? Assista aos flashbacks que
Aiolus peita o Mestre Ares em pessoa (e Shura) para salvar a Baby Atena.
RESUMO DO CHATÍSSIMO EPISÓDIO DA CASA DE SAGITÁRIO:
Os quatro cavaleiros de bronze, já reunidos, chegam a esta
casa e são molestados pela armadura de sagitário, que tenta matar Seya.
Eles ficam presos em um tipo de armadilha do Scooby Doo e
conseguem voltar ao salão principal depois de descobrirem que tudo era uma
ilusão, ou seja lá o que a minha memória me permita lembrar. Whatever...
Qual o fato mais relevante sobre este episódio? A armadura
de Sagitário aparece no santuário e vai até a casa de seu signo.
Como já falei, esse episódio é um saco e os personagens vão
ficando pra trás um após o outro, presos em armadilhas do tipo Super Amigos.
A babação em cima de Seya começa a aflorar em níveis
estratosféricos a partir daqui, já que todos os seus companheiros vão se
sacrificando para que Seya possa avançar.
É então que a armadura revela um tipo de testamento de Aiolus, jurando lealdade e proteção à Atena. Os cavaleiros de bronze, nobremente, decidem repetir o juramento de Aiolus e prometem dar a vida para proteger Atena e blá blá blá.
WTF! WTF! Cansei de wtf...
COMO ASSIM? QUER
DIZER QUE TUDO QUE ESSES INFELIZES SOFRERAM NAS MÃOS DOS CAVALEIROS DE OURO
TINHA SIDO EM VÃO, VISTO QUE ELES NÃO POSSUÍAM A REAL INTENÇÃO DE PROTEGER
ATENA? SÓ PASSARAM A ACREDITAR NISSO DEPOIS DE UMAS PALAVRAS NO REBOCO DE UMA
PAREDE? E outra coisa: se você der uma olhada na descrição da deusa Atena
da mitologia, verá que ela TAMBÉM é uma
deusa da guerra só que, diferente de Ares, Atena é a deusa das guerras sociais,
enquanto que Ares é o deus das guerras selvagens. Então, não acho tão nobre
proteger esse tipo de divindade.
Só pra constar, como uma reles estatística, essa é a primeira vez que os quatro companheiros estão juntos novamente, depois da casa de gêmeos.
Outra curiosidade que me vem à mente é sobre o posto de
cavaleiro de Sagitário. Será que depois da morte de Aiolus não abriram mais
concurso público para cavaleiro de Sagitário não, heim? Seya teria uma larga
vantagem, já que concorreria a uma vaga de cota por já ter vestido essa
armadura mais vezes que o próprio Aiolus.
-CASA DE CAPRICÓRNIO: agora que a bosta já foi arremessada no ventilador, resta ao Shura, de capricórnio, dar cabo de QUATRO CAVALEIROS QUE JÁ DESPERTARAM O SÉTIMO SENTIDO VÁRIAS VEZES E MATARAM E CHUTARAM AS BUNDAS DE TANTOS OUTROS CAVALEIROS DE OURO. Boa sorte, Shura. Você vai precisar...
A batalha nessa casa começa com os cavaleiros contando a lenda de que, certa vez, Atena presenteou o seu cavaleiro mais fiel com a sagrada espada Excalibur (?!? Quando mundos colidem?).
Os cavaleiros duvidam da possibilidade de haver alguém mais
fiel a Atena que eles, e pensam que atravessaram a casa por ela estar vazia.
É então que Shura corta o chão com seu golpe, criando um abismo.
Shiryu livra os três cavaleiros mas Shun, como mulherzinha
que é, cai no buraco apenas para justificar a utilidade de sua corrente.
Aliás, algo que eu nunca disse sobre a corrente de Andrômeda:
o fato mais curioso sobre essa corrente nem é ela se esticar infinitamente,
visto que as armaduras são artefatos mitológicos e, muito provavelmente,
mágicos.
O mais curioso acontece durante algumas animações de ataque,
quando aparecem três ou quatro pontas de corrente, quando obviamente só
deveriam aparecer duas (ataque e defesa, sendo que a de defesa estaria lá de
enxerida). Mas deixa pra lá.
Shura já começa com o pé esquerdo, mostrando que é um puta
covarde deixando os oponentes pensarem que a casa não tinha nenhum guardião,
apenas para atacá-los pelas costas. Shiryu fica em um dos lados do abismo,
enquanto seus amigos prosseguem.
Shiryu não escapou junto com os outros, pois sabia que se o
tentasse, Shura atacaria a todos no ar com a Excalibur. Aliás, a armadura de
Shura é imponente e muito bonita (mesmo com o hidrocor amarelo acabando). Os
capricornianos que assistiam ao desenho esperando por esse cavaleiro não devem
ter ficado nenhum pouco decepcionados.
Shura, por sua vez, revela que não os atacou dentro da casa
para não manchar o salão com o sangue de traidores desprezíveis.
“Mas que força incrível! Rasgou a minha perna e o chão
também!”
Essa é a descrição do golpe Excalibur, de Shura.
Uma coisa que eu acho muito legal neste cavaleiro é a originalidade
de seu golpe. Eu sei, o desenho usa a associação da história de Atena e o
cavaleiro fiel, mas eu queria saber: DE
ONDE RAIOS OS ESCRITORES TIRARAM A IDEIA DE APROXIMAR O SIGNO DE CAPRICÓRNIO À
LENDA DO REI ARTHUR E A ESPADA EXCALIBUR?
Claro, seria muito chato se todos os cavaleiros de ouro
tivessem golpes relacionados ao animal de seu signo (sendo que alguns signos
não contêm animais), mas acho que a inspiração para essa referência é algo
incompreensível para os fãs leigos.
Bem, o fato é que ficou muito legal, e eu adoro quando
escritores têm coragem para dar esse tipo de virada de roteiro. É a prova de
que os caras não têm medo de inovar e confiam em suas próprias criações, algo
muito diferente do que se tem visto nos games de hoje em dia, só pra citar um
exemplo.
O efeito do golpe de Shura é um dos meus preferidos de todos os tempos. A Excalibur corta o ar através de faixas douradas super velozes, que se expandem e cortam tudo pelo caminho. Algo meio frustrante ocorrerá com relação a isso, mas falarei no momento certo.
Shura afirma que foi o cavaleiro responsável por punir
Aiolus pelo crime de tentar matar a Baby Atena. A cena se passa durante um
flashback, no qual ficamos cientes da técnica do cavaleiro de Sagitário: O TROVÃO ATÔMICO!
O QUÊ? TROVÃO
ATÔMICO? QUE PORRA É ESSA? O IRMÃO DE AIOLIA, UM CAVALEIRO QUE BATE DE FRENTE
COM SHAKA DE VIRGEM, USA UM GOLPE CHAMADO TROVÃO ATÔMICO?
Cara, se eu fosse desse signo teria tentado voltar ao útero
de minha mãe, de tão sem graça que foi essa técnica. Bem, o fato é que eu
tentei voltar ao útero da minha mãe quando descobri o cavaleiro de ouro que
representava o meu signo. Você aí já deve estar dando risadinhas e
provavelmente sabe de quem eu estou falando, não é? Tudo em seu momento
certo...
O pior desse golpe de nome infantil pra caramba é que ele lembra muito o Pégasus RyuSeyken, ou Meteoro de Pégasus. Continuando com a aula de Ginsu 3000...
Essa é uma das batalhas em que um cavaleiro de bronze menos
ataca. E quando Shiryu lança o seu primeiro Cólera do Dragão, Shura revida
utilizando a força do próprio golpe de dragão com sua incrível técnica PEDRA SALTITANTE. Aham... é... o quê que se pode dizer numa hora
dessas...
Bem, peço desculpas aos leitores do post pois perdi,
temporariamente, toda e qualquer capacidade de escrachar uma coisa tão ridícula.
O problema é que esse golpe é tão sem noção e ridículo que fica óbvio demais
falar mal dele. Desculpem. Eu não consigo. Acho que esse nome já diz tudo.
Pedra Saltitante... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Desculpem, não deu pra
segurar...
Shura parte o escudo de Shiryu ao meio. Para provar que não está de brincadeira, destroça a armadura de Shiryu logo depois, provando que não tem apenas papo furado de quem é mais forte mas só sabe latir.
Para escapar da morte certa, Shiryu utiliza uma técnica
chamada Defesa com a Mão Nua, que consiste em segurar o braço de Shura com as
duas mãos.
Essa cena seria antológica e grandiosa, não fosse pela queda
na qualidade da animação do desenho.
“Um dragão surgiu nas costas de Shiryu!”
Shiryu consegue parar a Excalibur de Shura e promete que irá derrotá-lo para vingar a morte de Aiolus. Assim se encerra a parte um da batalha entre o dragão e capricórnio.
Na segunda parte dessa luta, algo que já fica claro é que a
qualidade da animação do início das doze casas retornou.
“Agora enfiarei a minha Excalibur no seu coração, Shiryu!”
Shura é muito esperto. Ele percebe a falha na execução do Cólera do Dragão, aquela que deixa o seu peito desprotegido por um milésimo de segundo. E não é exagero, já que os cavaleiros de ouro atacam na velocidade da luz.
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Enfia dedo... enfia mão... Esse desenho é a maior putaria! |
Então, algo bizarro acontece: Shura enfia os quatro dedos no coração de Shiryu, que continua falando e agindo normalmente, e até consegue quebrar o antebraço da armadura de Capricórnio com Shura ainda dentro dela.
Um detalhe sobre essa cena, que eu só descobri depois em
minhas andanças pelo Youtube, é que ela foi alterada, ou censurada, para
atender à vontade de alguma entidade sobrenatural desconhecida que não vê
problema nenhum em mostrar todas as outras milhares de cenas de violência no
desenho até então. Bem, na cena original, Shiryu cortava fora o braço de Shura,
não apenas quebrando-o. Para os preguiçosos, aqui vai o vídeo:
Algo bem interessante é que Shiryu alcança o sétimo sentido
bem rápido. Isso devia ser padrão em todas as lutas depois que acontecesse pela
primeira vez. Se impor um pouco diante de um oponente mais forte não mata
ninguém.
“Para o Último Dragão só resta o arrependimento”.
Um flashback com o mestre ancião revela a existência de uma
técnica secreta chamada O Último Dragão, que é bem forte mas mata o cavaleiro
no processo.
Que velho irresponsável do caramba, deixar um aprendiz
ciente de algo que pode lhe matar...
Bem, o restante desse episódio é bem chato, pois essa coisa
de Shiryu se sacrificar “para vingar Aiolus” pareceu uma bela desculpa para
tirá-lo da trama quando chegasse a hora do “mamãe passou açúcar em mim”
enfrentar o mestre Ares.
Shura enfia a mão de novo
Shiryu consegue converter Shura e o convence de que o bebê
que ele tentou matar era a deusa Atena.
Shura percebe que não conseguiu matar o bebê por causa do
cosmo da deusa, e se dá conta da merda que fez. E o puto egocêntrico ainda
arrotava que era o cavaleiro mais fiel à Atena. Ele decide doar a sua armadura
de ouro para que Shiryu sobreviva a uma queda de caralhocentos metros de
altura.
Mas não adianta. Shiryu morre, vira purpurina e todo mundo
passa o resto do episódio se lamentando e gritando “Shiryuuuuuuuu! Vai tomar...
Cajuuuuuuu!”
-CASA DE AQUÁRIO: “Não temos tempo para sofrer pela morte de Shiryu. Temos que seguir em frente!”.
Essa frase de Yoga inicia o começo de sua batalha decisiva
contra Kamus de Aquário.
Mas, antes de resenhar os acontecimentos deste episódio,
preciso voltar à parte da casa de Gêmeos em que Yoga é acertado em cheio pela Outra Dimensão.
Rebobinando a fita...
Episódio 47
Depois de passear no espaço sem traje espacial, Yoga desperta
e um flashback se inicia, no qual o Cavaleiro de Cristal revela a existência de
seu mestre, Kamus de Aquário.
Kamus avisa Yoga de que não o deixará passar. Algo bastante notório, além da beleza da animação desse começo das doze casas, é a forma como o poder dos cavaleiros de ouro era retratado de um jeito mais pomposo e com grandiosidade.
Kamus, sem se mexer, abre a palma da mão e um turbilhão de
raios dourados se mistura com um potente ataque de gelo. Para mim, essa é a
verdadeira postura de uma pessoa que se move tão rápido que pode se dar ao luxo
de parecer que está inerte enquanto ataca.
Yoga é patético. Ele rasteja e tenta lamber a bota da armadura de Kamus...
...que lhe dá um belo (e merecido) chute...
...e dispara novamente.
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Tremble!!! |
Aliás, dava pra fazer como se faz nas partidas de futebol, quando se computa o tempo que um time tem a posse da bola, e contabilizar quantos minutos o cavaleiro de Cisne passa beijando o chão nesse episódio.
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Posso levantar agora, mestre? |
Kamus não se importa nem um pouco em saber que Yoga foi o responsável pela morte do cavaleiro de Cristal (ele até xinga seu pupilo para provocar Yoga), e pergunta novamente se ele vai embora ou vai lutar.
Kamus, você se acha o bonzão, mas eu queria ver se você
levasse um Satã Imperial no rabo, se ia conseguir escapar e mostrar que é um
“cavaleiro de verdade”. Só um precedente: Aiolia, que tinha força pra peitar
Shaka de Virgem, não conseguiu resistir ao efeito desse golpe. Continuando...
Kamus usa um dos golpes mais baixos que eu já vi um
cavaleiro de ouro usar (e não estou falando da Exclamação de Atena), e lembra
Yoga de que sua mãe descansa no navio afundado no mar da Sibéria.
Depois de usar seu poder para que Yoga visualize a sua mãe,
Kamus dispara um raio que empurra o navio em um abismo inalcançável. Agora
preciso dar uma pausa no raciocínio, novamente, para discorrer sobre esse fato.
Yoga de cisne é um chorão. Ele chora por causa de seu mestre. Não consegue superar a perda de sua mãe, mesmo depois de adulto. Reluta
Yoga, assim como todos os outros cavaleiros, é órfão. Perdeu
sua mãe em um terrível acidente, sendo que a sua genitora se sacrificou para
que ele pudesse escapar em um barco salva-vidas. Mas, diferente dos outros, ele
ainda tem um laço continuado com a sua mãe.
Quem já perdeu um parente importante sabe como é ruim. Quem já perdeu a própria mãe sabe que é algo que nunca pode ser reparado.
Nós superamos. Aceitamos. Nos resignamos. Mas nunca mais é a
mesma coisa.
E uma coisa que me impressiona na covardia de Cisne é
justamente isso: ele não se empenha em chutar o traseiro do cavaleiro de
Aquário NEM DEPOIS QUE O FDP ENTERROU A
SUA MÃE DE UMA VEZ POR TODAS.
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Até que tá bem conservada... |
Cara, se fosse eu, chutaria o traseiro desse son of a bitch de um jeito que ia dar pra ver até da lua.
De qualquer forma, a voz do dublador de Yoga é muito bonita
e passa toda a tristeza do cavaleiro ao perceber que nunca mais poderá visitar
o corpo de sua mãe conservado no mar gelado.
É de cortar o coração a cena em que Yoga grita “mamãe”,
enquanto assiste sem poder fazer nada ao navio descer no abismo. Ao cavaleiro
de sangue frio, resta apenas a revolta e atacar seu mestre.
“Você deve ser um idiota se pensa que uma técnica básica como o Pó de Diamante pode me derrotar”!
Kamus insulta até um golpe que ele mesmo criou (provavelmente). Mas nem isso é capaz de fazer Yoga virar homem e chutar o traseiro de Kamus como ele merece.
Kamus leva o Trovão Aurora como quem se refresca em frente a
um ventilador; esquiva de tantos outros ataques de Yoga e reverte suas
investidas contra o próprio cavaleiro de cisne.
Não há mais o que fazer. O mestre de Yoga, mesmo do seu
jeito estranho, tentou de todas as formas fazer de seu pupilo um cavaleiro mais
forte e preparado para enfrentar oponentes que não teriam a mesma paciência em
ouvir todos os seus dramas pessoais.
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Não existe mas é assustador |
Kamus utiliza uma versão bem mais poderosa do Execução Aurora e manda Cisne pelos ares.
É triste a cena em que Yoga vai caindo em pranto, desistindo de
lutar e decidido a se juntar a sua mãe e mentor no outro mundo.
Kamus, com muita tristeza, prende Yoga no famoso esquife de
gelo, pois acha melhor ele mesmo matá-lo do que permitir que outros cavaleiros
de ouro o fizessem.
O mestre de Yoga se mostra ser um dos mais sensíveis e humanos cavaleiros de ouro, quebrando a impressão de frieza que deixou no começo do episódio.
Vinte episódios e várias páginas de Word depois, é hora de
pupilo e mestre travarem uma última batalha de vida e morte, dessa vez de igual
pra igual.
Yoga ordena que seus amigos avancem e o deixem lutar contra
Kamus sozinho. O Mago da Água e Gelo não oferece resistência enquanto Seya e
Shun passam ao seu lado, em uma cena tensa de vários segundos de silêncio
absoluto.
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"Se a gente correr ele avança..." |
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"Só mais um pouco..." |
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"No três e a gente começa a correr" |
“Qual é o Zero Absoluto, Yoga”?
Mesmo tendo aceitado o desafio de Yoga e querendo lutar com todas as suas forças para enterrar o cavaleiro de cisne definitivamente, Kamus ainda tenta passar uma última lição ao seu aluno.
E a única coisa que Yoga consegue aprender é a apanhar e ser
atingido mil vezes durante o combate.
Kamus decide aprisioná-lo novamente no esquife de gelo.
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Economizou no gelo dessa vez, heim Kamus? |
“Aquele que poderia libertá-lo com a espada de libra não está mais aqui. Durma em paz, Yoga, e desta vez para sempre”.
“Shiryu que cortou este caixão com a espada de libra morreu
acreditando que nós protegeríamos Atena. Eu não posso morrer aqui!”
Yoga acende o seu cosmo e quebra o esquife de gelo por dentro, mostrando que sabe levar as coisas a sério e que evoluiu muito desde seu último encontro com Kamus.
“O ar frio está paralisado entre mim e Yoga. Como isso é possível?”
Aquele que baixar a temperatura do ar mais próximo do zero
absoluto vencerá.
Kamus dá uma aula relâmpago de química, informando a Yoga o
ponto de solidificação das armaduras de ouro, prata e bronze.
Tanto faz, pois todas são feitas de vidro..."
Essa é uma das partes mais legais desse anime. Yoga, inconsciente,
apenas dispara ar frio da mão, sem nem se importar com as palavras de seu
mestre. Aliás, eu não acho que ele esteja inconsciente. Yoga está apenas
concentrado ao máximo seu objetivo: vencer a qualquer custo!
Yoga desperta de seu transe e concentra a energia dos dois ares frios em suas mãos. Sua armadura se despedaça no processo. Ele repele o ar frio e derruba seu mestre, pela primeira vez.
A armadura de Kamus é congelada, provando que cisne conseguiu alcançar o zero absoluto.
O mestre de cisne lamenta que Yoga esteja tão perto de
morrer, justo quando conseguiu alcançar tamanho poder. Entretanto, cisne não
poderia ganhar, visto que não sabe nenhuma técnica que aproveite o zero
absoluto. E começa o momento mais legal da batalha: Yoga, depois de ser
acertado tantas vezes pela Execução Aurora de Kamus, prova que é um bom aluno e
copia na cara dura a técnica de Kamus.
Sim, isso faz todo o sentido e foi muito bem aproveitado no
roteiro do desenho.
Aliás, essa luta é tão bem sincronizada que me faz acreditar
que o antigo roteirista havia se afastado da série por um tempo e retornado a
tempo de nos proporcionar um embate épico entre os dois cavaleiros de gelo.
Como em um clássico duelo de velho oeste, os dois disparam as suas Execuções Aurora.
Toda a casa de Aquário fica congelada. O poder dos dois
cavaleiros se igualou.
Kamus, agora, se sente orgulhoso pela evolução de seu pupilo.
Kamus, agora, se sente orgulhoso pela evolução de seu pupilo.
Os dois caem no chão da casa de Aquário. Mais um valoroso guerreiro
se vai.
-CASA DE PEIXES: qual seria a coisa mais óbvia de se esperar de uma pessoa que escreve um texto quilométrico sobre as doze casas do zodíaco (além de que ele se interne em um hospício)? É claro, que quando chegasse à casa de seu respectivo signo, essa pessoa se manifestaria a respeito, de alguma forma. Como isso não aconteceu nas outras casas, você já pode dar vazão a sua risadinha de escárnio.
Bem, a casa de peixes é a última, ao menos se ignorarmos o suposto décimo terceiro signo, Serpentário. Aliás, aqui vai um pouco da teoria que explicaria a existência do signo de Serpentário (muuuuuuuuito legal esse nome. Tem até um personagem
“Astrônomos do Planetário de Minnesota, nos EUA, afirmam que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês.
A questão opõe astrólogos, que se baseiam na posição dos astros para fazer o horóscopo, e os astrônomos, preocupados com a posição atual de estrelas e planetas.
“Quando [os astrólogos] dizem que o sol está em Peixes, não está realmente em Peixes”, disse Parke Kunkle, um dos integrantes do Minnesota Planetarium Society à revista "Time". O signo astrológico é determinado pela posição do sol no dia em que a pessoa nasceu, o que significa que, de acordo com os astrônomos, tudo o que se sabia sobre horóscopo está errado.
Ainda de acordo com os o grupo de astrônomos, um 13º signo deveria fazer parte da astrologia, que teria imprecisões desde o seu início. A explicação é que, na Antiga Babilônia, apenas 12 das 13 constelações foram levadas em conta, ignorando Serpentário, que tem como símbolo a cobra.
De acordo com os astrônomos de Minnesota, esta é o período correto que identificaria cada signo:
Capricórnio: de 20 de janeiro a 16 de fevereiro
Aquário: de 16 de fevereiro a 11 de março
Peixes: de 11 de março a 18 de abril
Áries: de 18 de abril a 13 de maio
Touro: de 13 de maio a 21 de junho
Gêmeos: de 21 de junho a 20 de julho
Câncer: de 20 de julho a 10 de agosto
Leão: de 10 de agosto a 16 de setembro
Virgem: de 16 de setembro a 30 de outubro
Libra: de 30 de outubro a 23 de novembro
Escorpião: de
Serpentário: de 29 de novembro a 17 de dezembro
Esse artigo, do site G1, é bem interessante, pois não só fala do signo de Serpentário como também “bagunça” a ordem mais conhecida dos signos. Eu, por exemplo, seria do signo de Aquário se fosse considerada a nova ordem dos signos. Nem precisa dizer como eu torcia pra que isso fosse mudado. E a minha curiosidade em conhecer o “Cavaleiro de Ouro de Serpentário” ( um mais tenebroso e menos menina) não conhece limites.
Acabei fugindo do que eu queria dizer, pela trilhonésima
vez.
Resumindo, para bom entendedor, meia palavra basta: se
chegou na última casa e eu ainda não tinha disparado a frase “esse é o
cavaleiro do meu signo”, só pode significar uma coisa: POR CAUSA DESSE DESENHO, EU PASSEI A ODIAR ROSAS. NÃO IMPORTA SE SÃO
BRANCAS, NEGRAS OU VERMELHAS.
Antes de começar a falar sobre essa luta, preciso adiantar que não vou falar nem uma palavra negativa ou pejorativa a respeito de Afrodite de Peixes. Uma pessoa, certa vez, fez isso de maneira mil vezes mais engraçada e antiprofissional que eu. Abaixo, a janela do vídeo. É um vídeo longo, então adiante para o tempo de 5:40.
Nota: enquanto editava a postagem, tive grandes dificuldades
para inserir janela do vídeo no post. depois de umas boas horas, descobri que a
incorporação do vídeo havia sido desativada. vou colocar o link para que os
leitores possam acompanhar no próprio Youtube mesmo. Esse vídeo é muito
engraçado. Se você leu até aqui, não deixe de
assistir: http://www.youtube.com/watch?v=j0vQpw0CQ7c
Concordo com várias coisas que o Zangado diz sobre a
tragédia que foi esse cavaleiro de Peixes. Principalmente com relação à posição
de sua casa. É só parar pra pensar: a casa de peixes é a última barreira, linha
de defesa, que um suposto invasor teria que enfrentar para chegar à sala do
mestre do santuário e encontrar Atena.
Era pra ele ser um dos mais fortes, senão O mais forte dos
cavaleiros de ouro. Mas não... Em vez disso, quem guarda a posição mais
importante de todas as casas é aquele... aquela... coisa. Ops, disse que não
falaria mal de Afrodite de Peixes. Então, vamos começar. E eu prometo que vou
ser o mais profissional e menos passional possível.
Depois de uma (desnecessária) recapitulação sobre a batalha
de Kamus (não estou falando daquele pequeno resumo do início do episódio não),
os roteiristas acharam que seria extremamente interessante passar vários
minutos embromando com uma cena inútil que mostra Tatsumi e os cavaleiros de
bronze desqualificados. Então, um corte para a sala do mestre.
Um monólogo de Ares nos deixa por dentro da situação de
todos os cavaleiros de ouro nas doze casas. Uma coisa bem legal é que até a
armadura de sagitário, que não possui dono, “mira a sua flecha ameaçadoramente
em direção ao santuário”, nas palavras do próprio Ares.
![]() |
Espelho, espelho meu... |
O pior, Ares aposta todas as suas fichas na força do cavaleiro de Peixes. Nossa, quanta ingenuidade. O que ele achou que Shun e um cavaleiro do naipe de Afrodite iam fazer? Lutar pra valer é que não seria. Tava mais fácil eles pararem para comentar sobre a beleza dos cabelos de Kamus, ou a imponência do peitoral da armadura de Aiolia... acho que já deu pra entender.
O caso é que mais da metade desse episódio não tem nada a ver com a luta na casa de peixes. E acho que isso nem é tão ruim assim, afinal de contas.
Depois de um tropeço de Shun e dos temores de Seya de que este esteja sendo coagido por sua constelação a se sacrificar, mais um flashback tem início, dessa vez sobre a Ilha de Andrômeda. Nota: este flashback tem a óbvia função de nos forçar a uma identificação com a revolta de Andrômeda, durante a vindoura batalha de peixes.
Cara, essa ilha é tão gay, mas tão gay, que se você prestar muita atenção verá que até os redemoinhos de vento que passam atrás de Albion, o mestre boa pinta de Shun, são COR-DE-ROSA. ISSO MESMO QUE VOCÊ LEU: REDEMOINHOS COR-DE-ROSA. Sem comentários.
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Redemoinho gay... essa é boa... |
Esse personagem, o mestre de Shun, é muito interessante.
Ele é um cavaleiro de prata que tem total competência e poder para ocupar o posto de um cavaleiro de ouro, mas não o faz devido a sua natureza pacifista.
Diferente do mestre de Yoga, que era um fracote assim como seu aluno, Albion chuta bundas como a de Afrodite no café da manhã. E ele é bem apessoado pra caramba, levando-me a crer que ele seja um tipo de pedófilo que cultiva vários mancebos em sua Ilha da Fantasia particular. Não entendeu a referência? O remédio já conhece: yubato de tubinolol.
Shun e Seya enrolam tanto conversando besteira que o fogo da casa de Aquário se apaga, logo depois da aula de cosmo infinito. O papo furado é interrompido pelo arremesso de duas rosas vermelhas, que se fincam no chão. Então, aquela música imponente de aparição de um cavaleiro de ouro começa a tocar (apesar de que eu acho que a melodia apropriada para essa ocasião seria I Will Survive).
Cara, Afrodite é muito gay. Eu disse que não falaria mal
deste cavaleiro, e chamá-lo de gay não é falar mal ou escrachar, é simplesmente
dizer o óbvio ululante.
Afrodite é tão gay, mas tão gay, que me obriga a definir a
palavra gay, de acordo com o dicionário Michaelis:
“n, adj gay, homossexual.”
Droga, não era essa a definição que eu queria, até porque
não sabemos se Afrodite sente atração pelo sexo oposto ou simplesmente foi amaldiçoado
pelas trollagens de sua constelação.
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Só não vale puxar o cabelo |
A palavra gay, antes de ser utilizada para designar homossexuais, significava “alegre”, “chamativo”.
E é isso que Afrodite é.
Ele é tão espalhafatoso, que já faz a sua primeira aparição
com uma rosa entre os dentes. Muito me espanta o fato de não tocar um tango
durante a sua batalha, de tão ridículo e risível que é este cavaleiro.
Ele também vem com o elmo de sua armadura debaixo do braço.
Deve ser para não ocultar e despentear as suas belas madeixas azul-claras.
Argh... Quem mandou eu ser super ansioso e nascer de sete meses...
“O cavaleiro de ouro que defende a casa de peixes é o
cavaleiro mais FORMOSO dos oitenta e
oito combatentes...”
Essa é a definição do próprio mestre Ares. Pois é... Pra quê
ser o mais veloz (Milo)? Pra quê ser o mais forte (Shura, mas há
controvérsias)? Pra quê possuir uma armadura com seis tipos de armas? E pra quê
ser o homem mais próximo de Deus, quando se pode ser o cavaleiro "mais formoso
de todos"?
Um close no rostinho meigo da figura e a sua “bela” voz nos
é revelada.
Cara, Afrodite é tão gay, mas tão gay, que em volta dele
ficam voando umas purpurinas douradas. Seu cabelo se meche para os lados
enquanto ele fala. ELE USA BATOM.
POOOOOOOOOOOOOOORRA! UMA DESGRAÇA DE UM CAVALEIRO QUE USA BATOM!!! O QUÊ QUE SE
PODE DIZER SOBRE UMA COISA DESSAS? PORRA DE AFRODITE! (OBRIGADO, ZANGADO, POR
CONSEGUIR EXPRESSAR A FRUSTRAÇÃO COM ESSE PERSONAGEM DE UMA FORMA QUE NINGUÉM
CONSEGUIU ANTES)
Ele tem um brilho nos olhos que me lembra o Bob Esponja:
E o pior de tudo, se é que ainda dá pra ficar pior que isso: ELE TEM UMA PUTA VOZ DE TRAVECO! SIM, EU ACHO QUE AFRODITE DE PEIXES É UM TRAVESTI.
Pronto. Falei,e chamar uma pessoa de travesti não é falar
mal.
Quando Shun avista a rosa entre os delicados e belos lábios
cheios de gloss de Afrodite, ele se dá conta de um fato terrível (além de ficar
com uma inveja de matar) que só será revelado mais pra frente, quando os dois
estivem puxando os cabelos, quer dizer, lutando.
Quando Seya avança, Afrodite tenta impedi-lo, mas Shun prende seu braço com a corrente. Então Peixes revela seu plano maligno, capaz de deixar o próprio Ozimandias em torpor diante de sua insignificância: UMA ENCOMENDA DE ROSAS. É assim que o cavaleiro de peixes pretende deter o cavaleiro de Pégasus. Tá... Tudo certo...
Seya cai de cara no chão e Afrodite encerra o episódio com
uma risadinha afetada.
Hora da parte dois da luta.
E aí eu pergunto: o que seria pior que dois cavaleiros
efeminados puxando os cabelos um do outro? Dois cavaleiros efeminados puxando
os cabelos um do outro e o retorno do Sr. Takavara no comando da animação.
Sim, é isso mesmo que você está pensando. Tinha como ficar
pior sim, e a batalha mais ridícula de todas as Doze Casas é ilustrada pelo
pior desenhista da série. A cereja do bolo, sem sombra de dúvidas...
Continuando, no episódio 69 (eu juro que o número do
episódio é esse mesmo), Afrodite diz que quem aspira o pólen das rosas
diabólicas perde os cinco sentidos gradativamente. Lembram do que eu falei
sobre tudo retirar os cinco sentidos? Pois é...
Embalados por um rockinho mela cueca dos mais vagabundos, a batalha do gloss e blush começa!
Peixes explica que, pela desobediência de Albion ao mestre
do santuário, Milo de escorpião foi enviado à Ilha de Andrômeda para castigar o
cavaleiro rebelado. Mas o mestre de Andrômeda era tão forte quanto um cavaleiro
de ouro, e Milo teve dificuldades para ganhar. Foi então que Peixes se
intrometeu e jogou uma rosa no mestre de Shun (rosa essa que, provavelmente,
removeu seus cinco sentidos), determinando o rumo do combate.
O resto da luta é patético e totalmente sem graça. A animação é tão feia quanto os beiços besuntados por gloss de Afrodite. Eu, sinceramente, não tive paciência de reassistir a todo o episódio, mas me recordo de uma parte ridícula na qual peixes desaparece e Shun fica tentando acertá-lo com a corrente.
As rosas negras de Afrodite quebram a armadura de Andrômeda, como de praxe. Ao menos, a boa qualidade da animação retorna a tempo de nos apresentar o apogeu de Shun.
Em um flashback até interessante, Shun prova que pode atacar
mesmo sem as correntes de sua armadura e consegue quebrar o braço da armadura
de prata de Albion.
Depois é vez de Afrodite fazer o test drive do mais novo
golpe de Shun, a Corrente Nebulosa, uma técnica que utiliza uma corrente de ar
(rosa, como esperado) para atacar o inimigo. Algo interessante sobre essa
técnica: em teoria, a Corrente Nebulosa é o golpe mais forte de toda a saga.
Isso porque ela não tem limite. Uma vez que comece a se expandir, o golpe de
Shun aumenta de força indefinidamente. Isso teria alguma utilidade narrativa se
os roteiristas do desenho não fossem especialistas em mandar a lógica às favas
quanto bem lhes convém.
Afrodite, então, joga toda a lógica água abaixo e revela a Shun seu mais mortífero golpe, que nunca tinha sido usado antes contra um oponente (eu já ouvi essa conversa fiada mais de mil vezes, só nas doze casas): A Rosa Sangrenta.
Peixes faz mais uma recapitulação dos efeitos de suas rosas,
mas essa é bem relevante para podermos entender o porquê da lógica ter ido ralo
abaixo:
As Rosas Vermelhas matam gradativamente.
As Rosas Piranhas (ou Negras) matam instantaneamente.
A Rosa Branca é um golpe que, segundo Afrodite gosta de
arrotar, não pode ser evitado por ninguém. Raios! Por que esses caras adoram
criar regras apenas para que elas sejam sumariamente ignoradas durante o
desenho? Bem, a falta de lógica no golpe mais poderoso de Afrodite é que a Rosa
Branca só vai matar o oponente quando sugar todo o seu sangue e se tornar
vermelha, fazendo deste golpe que devia ser mais forte uma versão inferior à
segunda técnica do cavaleiro. Deu pra entender?
Afrodite consegue ARREMESSAR UMA ROSA DIANTE DE UMA TEMPESTADE E ACERTAR O CORAÇÃO DE SHUN. A física foi pro espaço. Este, depois de atingido, eleva seu golpe ao máximo (ele se transforma na Tempestade Nebulosa) e acaba com toda a produção e maquiagem de peixes, que deve ter tido um trabalhão dos diabos para fazer.
Afrodite morre (graças aos céus).
Shun morre sem conseguir ajudar Seya. E mais um guerreiro
extremamente efeminado e bunda mole tomba.
No episódio seguinte, Marin une forças a China para derrotar uns NPCs genéricos que querem impedir o seu avanço.
Marin vai até Seya e lhe empresta a sua máscara para que
Seya não seja afetado pelas rosas, ignorando totalmente os FERIMENTOS JÁ SOFRIDOS E OS ESPINHOS, QUE NÃO DEIXARIAM DE FURAR SEYA
POR CAUSA DA MÁSCARA.
Seya sente o cosmo de Marin e tem a certeza de que ela é a
sua irmã mais velha, que conseguiu chegar ao santuário antes dele (mesmo que
esta tenha ficado na fundação quando Seya foi para a Grécia se tornar
cavaleiro) e se tornar uma experiente instrutora de trainees. Vai entender a
linha do tempo desse desenho. Mas tudo bem.
Uma coisa bizarra é que a máscara de Marin se molda ao rosto de Seya, convenientemente.
Marin explica o efeito das rosas diabólicas e não parece se
incomodar nem um pouco pelo fato de Seya poder ver o seu rosto, o que prova que
os escritores tinham uma cena de incesto planejada para os dois, mais à frente
(quem assistiu à saga completa sabe o porquê).
Seya, depois de três horas sofrendo o efeito das rosas, tem
a brilhante ideia de soltar alguns Meteoros de Pégasus para acabar com elas. E
assim, consegue salvar Marin e alcançar a sala do Mestre.
O mestre Ares, que parece andar sobre pernas-de-pau e ter dois metros de ombro, demonstra ser um cara legal e ensina a Seya como salvar Atena. Mas não sem antes passar meia hora falando besteira e embromando até que a sua personalidade maligna tome conta de seu corpo.
Isso me lembra de uma série de vídeos do Youtube, que se chama “How It Should Have Ended”. Nela, o autor faz um exercício de imaginação e nos mostra possíveis finais (mais práticos e diretos) de filmes e afins.
O “Como Devia Ter Terminado” das doze casas seria mais ou
menos assim:
Seya adentra o salão do mestre:
Seya:
-Basta, Ares! Finalmente cheguei ao fim das doze casas e vim
te socar até você retirar a flecha maligna do peito da verdadeira Atena.
Ares:
-Seya! Acredite em mim. Eu sou o cavaleiro de gêmeos, sofro de dupla
personalidade e estive sob a influência do meu alter ego maligno todo esse
tempo. Para te provar que estou dizendo a verdade, ficarei ajoelhado enquanto
lhe explico o que você precisa fazer para salvar Saori.
Seya:
-Qualé, Ares acha que eu vou cair nes...
Ares:
-Silêncio, Seya. Me ouça! Para salvar Atena, tudo que você
precisa fazer é apontar o Escudo de Atena em direção à flecha. O escudo está na
sala de Atena, que fica atrás de meu trono. Se não acredita, vá lá e faça o
teste. Você não tem nada a perder. Se eu estiver mentindo, você pode voltar
aqui e tentar arrancar a verdade à força. Mas você pode ver que as minhas
intenções são boas, pelo cosmo benigno que estou emanando.
Seya:
-Esse cosmo... não tem como ser de uma pessoa maligna...Mas,
mestre...
Ares:
-Ande logo, Seya. Atena não tem muito tempo e a qualquer
momento o meu lado maligno pode emergir e tomar conta do meu corpo. Evite uma
batalha desnecessária e vá salvar Atena.
Seya:
-Certo.
Pronto. Essa sequência não duraria mais que três minutos e
uma cena cheia de exageros e diálogos afetados poderia ser evitada, muito
embora que depois Ares tentasse matar Seya. Mas não...
Voltando à dura e burocrática realidade dos desenhos animados...
Depois de passar quase doze horas sendo espancado e sem suprir
nenhuma de suas necessidades fisiológicas, como ir ao banheiro, comer ou
dormir, Seya embroma o suficiente para que o lado mal de Ares venha à tona. E a
regra é: cabelo azul = bonzinho; cabelo cinza = malzinho.
O mestre Ares castiga Seya com sua técnica mais poderosa, a Risada Afetada do Cavaleiro de Ouro de Gêmeos.
aqui temos a opinião real do mestre ares sobre seya:
E aqui vai mais uma, do nosso querido Calça Quadrada:
Pronto, agora que já rachei o bico de tanto rir, posso
continuar e acabar com esse terrível episódio de uma vez por todas.
Ares fica totalmente pelado na frente de Seya (acho que Shun se arrependeu amargamente de ter ficado na casa de peixes...) e chama a armadura de gêmeos para lhe proteger.
Gêmeos ataca Seya com a Outra Dimensão, e diz que ele vai
continuar vagando para sempre no labirinto do tempo e espaço, apenas para ver
Seya caindo no chão da sala cinco segundos depois de gritar como uma colegial
desesperada.
Nossa! Como é bom ver a lógica do desenho ser triturada no
moedor da irracionalidade sem o menor pudor.
Então, posso me reservar ao direito de presumir que Yoga foi
trocentas casas à frente por pura frescura mesmo.
...”eu não vou tirar a vida dele, mas acabarei com todos os
seus cinco sentidos!”
Ai, ai... preciso dizer alguma coisa? Continuando...
No episódio seguinte, Shaka entra em contato com Mu de Áries e lhe informa que foi parar em lugar estranho (como lugar estranho, entenda-se: preguiça dos roteiristas), e que precisa da ajuda do amigo para escapar. Ele também pede para que Mu ajude a resgatar Iki de fênix.
Áries diz que Shaka não precisa de ajuda para escapar, mas
acaba cedendo ao seu pedido.
Shaka volta, acorda Iki e restaura a sua armadura de bronze.
Ok, o escapismo atingiu massa crítica e não existem mais regras no desenho.
Quanta ingenuidade a minha, a de achar que apenas os habitantes de Jamir
dominavam a arte da restauração de armaduras...
O cavaleiro de Virgem pede para que Iki se apresse e vá
ajudar Seya, que luta sozinho contra o mestre do santuário. O motivo pelo qual
Shaka não mexe o seu traseiro emo e se junta a Iki para ajudar Seya pode ser
entendido através do trecho sublinhado do texto.
Seya aplica o golpe da Encochada Atômica com Direito a Voo de Purpurina em Ares, mas não é o suficiente. Iki aparece para dar tempo a Seya de ir à sala de Atena.
Fênix é atingido pela outra dimensão, mas consegue voltar.
Certo, oficialmente esse desenho virou a casa da mãe Joana, sem regras, e o
golpe Outra Dimensão perdeu toda e qualquer moral que já teve um dia.
Finalmente, Seya consegue pegar o escudo que pode salvar Atena, mas está completamente cego e não sabe para onde mirar (finalmente essa palhaçada de remover os sentidos serviu de base para roteiro). Atena guia Seya através de seu cosmo, provando que é uma vaca egoísta que só sabe se mexer para algo quando isso envolve salvar o seu próprio traseiro.
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O pobre do Seya se ferrando... |
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... só pra salvar essa cachorra"! |
O fogo da casa de peixes se extingue, mas Seya consegue banhar Atena com a luz dourada do escudo aos 45 minutos do segundo tempo.
Essa cena é uma das mais legais e tensas de toda a saga. É
como quando eu fui ao cinema assistir ao último capítulo de O Senhor dos Anéis:
todo mundo já sabia o final do filme, mas o silêncio dominou a sala de cinema e
as pessoas ficaram grudadas à poltrona até que o Frodo queimasse o anel no fogo.
Ok, essas piadinhas sobre a sexualidade do hobbit já estão mais que datadas.
Seya encarna o verdadeiro papel de um herói nessa parte.
Mesmo que você deteste este personagem (como eu), tem que admitir que ficamos
muito orgulhosos do esforço do cavaleiro raquítico de bronze em conseguir
acertar Atena mesmo depois de ter levado um baita soco de Ares na barriga. \o/
O episódio acaba com a flecha desaparecendo do peito de
Atena (por meio de um efeito digno de Space Paranoids) e a deusa abrindo os
olhos.
Finalmente, a vaca da Atena está salva.
“Nós não fizemos nada. Somente Seya e os outros cavaleiros
sofreram muito.”
Essas são as palavras do mestre ancião. Ainda bem que esse filho da mãe admite.
Então, depois de ficarem parados olhando as coisas
acontecerem, os cavaleiros de ouro que restaram resolvem se reunir à Atena.
“Cavaleiros defensores de Atena. Agora é a minha vez de salvá-los.”
Palavras de Saori, que inicia uma peregrinação nas doze casas com o intuito de reviver os cavaleiros de bronze mortos. Ok. Deixa eu digerir essa parte da história... burp! Pronto.
WTF NA VELOCIDADE DA
LUZ!!!
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Levanta-te e anda! |
Atena sai de casa
Enquanto isso, Iki reveza a sessão de espancamento gratuito com Seya. Ares ataca fênix com uns socos genéricos que...adivinhe só: VÃO RETIRANDO SEUS CINCO SENTIDOS. Aham... oras, e por que não? Permitam-me continuar o texto antes que os meus cinco sentidos desapareçam também, sem razão aparente.
Shun, Yoga e Shiryu atacam com seus melhores golpes, que são
desviados por Ares, sem nenhuma explicação. Três cavaleiros com o cosmo máximo
não conseguem acertar um reles cavaleiro de ouro porque ele não quer e pronto!
Simples assim.
Os cinco cavaleiros de ouro não fazem nada para ajudar, o que não chega a ser nenhuma surpresa a essa altura do campeonato. E o resto é uma cena idiota
Preciso dizer o quão sem sentido e desnecessário foi esse
episódio?
Este foi o final das doze casas, a saga mais interessante da série principal dos cavaleiros do zodíaco.
O próximo episódio revela a trama de Odin e os guerreiros
deuses.
Não tenho o mínimo interesse em continuar a falar dos
episódios seguintes, pelo simples fato de que eles não passam de uma repetição
das características dos acontecimentos das doze casas (Atena sendo incapacitada
por algo que levará doze horas para matá-la; inimigos invencíveis sendo
vencidos; exageros e mais exageros e lá vai o trem...).
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Isso só pode ser brincadeira... |
Queria atentar para as novas armaduras dos cavaleiros de bronze: são feias pra caramba e vão de encontro à ideia das armaduras originais (a de proteger o corpo), visto que essas são ainda menores que as anteriores. Repare no capacete de pégasus e Andrômeda antes e depois. Shun usa praticamente uma tiara em vez de seu elmo. Ridículo. Só pra vender novos bonecos, mesmo.
Outro fato: Aldebaran é derrotado com um único golpe de um
guerreiro-deus. Uma coisa patética a forma como retratam este personagem como
um fracote apenas para tentar causar um impacto barato e justificar a força dos
novos oponentes.
A mesma coisa foi feita na saga de Hades, quando Aldebaran
nem dá as caras e é morto por um espectro ridículo que ataca com perfumes.
Triste.
Mas quero avisá-los de que estas 37 páginas de Word (de longe, o artigo mais longo desde que criei o blog) serviram apenas como uma longa introdução para dar lugar ao verdadeiro motivo deste post.
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A TELA PERDIDA
Posso dizer que o verdadeiro trabalho começa agora!
Depois das doze casas, teve a saga de Odin (chata e
repetindo algumas coisas de forma pouco criativa, como Shiryu ficar cego
novamente); a saga de Poseidon (a mais fraca e sem graça de todas, com inimigos
tão sem criatividade e irrelevantes que mal conseguiam sustentar as suas razões
de ser no enredo); a saga de Hades (muito boa no começo, pois mostra a
peregrinação de Mu pelas doze casas) e tantas outras histórias e sub-histórias
aonde Seya, por meio da armadura de Sagitário, salva a pátria milhares e
milhares de vezes.
A característica comum a todas elas é a forçação de barra e
a repetição, além da queda gritante de qualidade no roteiro. Felizmente, o Sr.
Takavara parece ter recebido meu recado e desistido de exercer a profissão.
O que sobra depois das doze casas é um hype injustificado e
a sanha sado-masoquista de continuar assistindo algo, mesmo sabendo que é ruim.
Até que veio o ano de 2009. E eu pensava que, depois de Death Note, poucos
animes teriam a capacidade de me surpreender novamente...
Lost Canvas é um prequel, ou seja, se passa antes de todos
os acontecimentos da saga principal. A história acontece no ano de 1744 e
começa na Europa, mostrando os três personagens principais Sasha, Tenma e Alone
em sua cidade natal.
Caso você ainda não tenha percebido ou tenha se esquecido,
devido à prolixidade do texto acima, esse anime é a razão da minha vontade de
escrever sobre cavaleiros do zodíaco, uma série que mora no coração de muitos
até hoje em dia, mas que tem uma qualidade de roteiro pra lá de duvidosa.
Comecei a escrever este texto no dia 13 de junho de 2012,
movido apenas pela vontade de homenagear um ótimo desenho que eu, sinceramente,
nunca pensei que sairia de um universo tão saturado quanto o de Saint Seya.
Aliás, assistindo à Lost Canvas com a dublagem em japonês,
finalmente me dei conta de que o anime não se chama Seya O Santo, ou algo que o
valha (mas isso já serviria para explicar a bajulação em torno desse
cavaleiro).
Durante todo o anime, os personagens pronunciam o termo
“Gorudo Sento”, que é a romanização de Santo de Ouro. Ou seja: Saint, ou santo,
é a forma como os cavaleiros são chamados na história. Picikes Gorudo Sento:
Cavaleiro de Ouro de Peixes.
Lost Canvas retoma a história da saga de Hades, só que
aborda os acontecimentos da última guerra santa que houve com o soberano dos
mortos.
No primeiro contato que tive com este anime, na casa de um
amigo através do Youtube, logo de cara já achei um grande erro falar de algo
que já havia sido contado. Ledo engano, pois The Lost Canvas retrata o universo
dos Cavaleiros do Zodíaco de uma forma única, adulta e séria como nunca vista
antes.
Sem mais delongas, vamos esmiuçar episódio por episódio.
Prepara o colírio, ajeita os óculos na cara e cai dentro.
EPISÓDIO 1: A
PROMESSA
O episódio começa com o sensível jovem de cabelos loiros, Alone, passeando de forma completamente autista pelas ruas de sua cidade natal.
Depois que Alone se mete em encrenca, Tenma aparece para
salvar o seu traseiro perfumado por bálsamos de rosas.
Me sinto muito feliz em informar que esse primeiro episódio é o menos interessante de todos os
Alone é um talentoso pintor. Ele recebe a visita de um dos
mais terríveis personagens que aparecerão nestes 26 episódios. Depois ficará
mais claro o porquê.
“Eu busco uma cor que reflita o pôr-do-sol”.
Alone trabalha em uma fantástica pintura. Mas o título do
post ou do desenho não fazem referência a ela não. Essa cena serve apenas para
mostrar a ligação que Alone tem com as artes e a sua forma de enxergar a beleza
no mundo.
Uma coisa muito engraçada nesse personagem é que ele é tão
emo e sensível que, enquanto pinta ao ar livre, animaizinhos de toda sorte
aparecem do nada para lhe fazer companhia e mostrar que pessoas sensíveis
sempre estão cercadas de coelhinhos felpudos e esquilos e casais felizes de
pássaros (e ursos selvagens estranhamente calmos...). Mas eu não consigo deixar
de gostar de Alone.
Acho que aqui ocorre o mesmo que aconteceu com Final Fantasy
10: o roteiro é tão conciso que consegue fazer nós nos apegarmos a um
personagem totalmente mala-sem-alça como Tidus ou Waka.
A cena do (provável) primeiro beijo de Alone é tão estranha quanto a visão de dois japoneses de desenho animado se beijando pode ser, mas já dá uma pista da qualidade da trilha dessa série. A trilha de Lost Canvas é excelente, caso eu ainda não tenha dito isso antes. Com certeza eu direi isso novamente, com o decorrer do post, mas não queria deixar a oportunidade passar.
Agora o desenho nos apresenta ao primeiro cavaleiro de ouro:
Dohko de Libra.
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Quando eu crescer, quero ser assim |
Eu posso acabar sendo mal interpretado e zoado futuramente, mas queria tecer o seguinte comentário: Dohko é o cavaleiro mais bonitão entre os doze cavaleiros de ouro. Não sou muito de ficar admirando a beleza masculina de personagens de desenho ou de videogame, mas Dohko é boa pinta pra caramba. Ele me lembra o personagem Gabriel, de Castlevania Lords of Shadow (epaaaaa! Ninguém é meu lord não senhor!).
Fica difícil acreditar que ele vai se transformar naquele
mestre Yoda prendendo a respiração por duzentos anos seguidos. Pagação de pau à
parte, continuemos com a história.
Um flashback de Tenma revela a terceira peça do
quebra-cabeça: Sasha, a irmã de Alone.
Com todas as apresentações tendo sido feitas, fica muito claro o papel de cada um na história: Alone é a alma sensível e sofredora. O amante da paz e das artes. Isso terá uma função no decorrer da história, caso você não tenha assistido à primeira saga de Hades.
Tenma é o garoto impulsivo de bom coração. É ingênuo e
defende os amigos nos campos de atuação em que eles se mostram completamente
incompetentes (ou seja, as lutas). Sasha é a menininha indefesa que fica no
meio de tudo sempre. Até aqui não tínhamos nenhum motivo para crer que ela não
seria mais uma princesa Peach a ser eternamente presa pelo vilão e salva pelo
herói. Bem, se isso acontecesse eu não estaria escrevendo este post e tecendo
elogios ao roteiro dessa saga.
Dohko leva Tenma para o santuário, para que se inicie o seu treinamento como cavaleiro.
O episódio acaba com o misterioso visitante e a beijoqueira
conversando sobre o despertar do Imperador dos Mortos, Hades, que deseja acabar
com toda a vida na terra para estabelecer seu reinado. Bastante plausível
aquele que governa os mortos querer matar tudo que vive no planeta.
Uma última consideração sobre esse episódio é que ele não
aparenta ser nada de mais.
Se eu não tivesse começado a assistir essa série pelo
episódio 6, dificilmente teria motivação para continuar acompanhando a partir
daqui.
Mas não cometa esse erro: a qualidade dessa saga é
crescente, com seu gráfico sendo representado por uma seta com origem no ponto zero e ascensão a perder de vista. Nossa! Agora eu me superei nas
referências matemáticas!
EPISÓDIO 2: O
DESPERTAR DE HADES
O episódio começa com Shion de Ares passando pelos doze cavaleiros de ouro e indo se apresentar ao Mestre do Santuário.
Depois a cena corta para o campo de treinamento dos
aspirantes a cavaleiros, onde uma Amazona surra a cara de um outro sujeito
genérico.
Aqui fica claro que os exageros (tipo, quebrar colunas de
pedra e essas coisas comuns nas outras sagas) não sumiram da mitologia do
desenho. Felizmente isso não atrapalha a forma como o enredo é contado.
Tenma se prepara para treinar quando é apresentado a Yato, um tipo de Seifer do santuário que o desafia para brigar pelo simples fato de se achar o bonzão do pedaço.
Se você está lendo até aqui é porque já assistiu aos
episódios e quer saber quais tosqueiras tenho guardado pra falar do desenho.
Dessa forma, não chega a ser um spoiler dizer que Tenma é o cavaleiro de
pégasus e Yato o cavaleiro de Unicórnio.
Yato é arrogante e super-confiante, e dá um belo tapão na
mão de Tenma quando este a oferece como forma de cordialidade. A luta entre os
dois começa.
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Sai pra lá, jacaré! |
Tenma leva um belo shoryuken de Yato e sai cabisbaixo, humilhado pelos gracejos de seu rival de que ele “devia voltar pra casa, pelo seu próprio bem. Dohko deve ter cometido algum engano”.
É então que libra aparece para explicar a Tenma que ele
perde as lutas por não conseguir controlar seu cosmo, a verdadeira origem da
destruição.
Esse conceito de cosmo já é bem conhecido pelos fãs do anime. Não há muito o que acrescentar. Queria atentar para o detalhe do clichê do “carinha ultra poderoso que só consegue despertar sua força em situações de extrema tensão e perigo”. Até aqui não há muitos motivos para acreditar que Lost Canvas faria muito diferente das séries nas quais se baseia. Mas a pressa é inimiga da perfeição...
Tenma confunde uma garota com seu amigo Alone, apenas para
descobrir que está diante de Sasha, sua amiga de infância e companheira de
orfanato.
Mais uma observação aqui: SASHA É EXATEMENTE IGUAL À SAORI KIDO, da série original. Sem tirar
nem pôr. Ela é praticamente uma versão criança da Saori.
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Meiguice atingindo massa crítica... |
Isso me assustou um pouco mas depois fiquei tranqüilo, pois constatei que as semelhanças eram meramente físicas: Sasha é meiga; linda; seu nome é muito bonito e ela é doce e gentil sem parecer forçada. Não é uma vaca egoísta que torturava seus colegas de infância e depois ficou boazinha porque o espírito de uma deusa baixou no seu couro. Sasha não tem nenhuma mancha negra em seu passado. Ela é linda e eu amo a sua meiguice.
Tenma lembra a amiga de sua promessa de retornar como
cavaleiro e mostra a pulseira de flores que ganhou de presente dela. Esse
detalhe é importante e terá sua função futuramente.
A conversa dos dois é interrompida pelo ataque de um
espectro. Adianto logo que não vou citar o nome dos espectros pela sua
estrela-guia, a menos que isso renda comentários engraçados ou irônicos de
certa forma.
Esse espectro me lembra um assassino serial, por causa da
sua conversa de adorar ouvir criancinhas gritando.
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De trás de ti, imbecil! (Desculpe, Sasha, não resisti!) |
Tenma é preso pelos tentáculos mas consegue se soltar. Ele desperta o cosmo e parte para cima do Dr. Octopus para ajudar Sasha.
Sim, Sasha é a reencarnação da deusa Atena. Pode colocar o
queixo de volta no lugar agora, caso ainda não tivesse percebido. Mas o que eu
mais gosto da relação de Sasha e Tenma é que este tem um motivo mais sólido e
convincente para sua obsessão em ajudar Atena... ajudar Atena... cérebro...
Os dois já eram amigos antes de aceitarem seus respectivos
empregos (a de cavaleiro babão e deusa fru-fru que só faz sofrer presa em
alguma coisa que demora doze horas para matá-la). Não é como Seya, que bajula
Saori pelo simples fato dela ser a deusa Atena. De fato, Seya não ia nem um
pouco com a cara de Saori antes de descobrir que ela era a reencarnação da
deusa.
“Pare! Não permitirei que você machuque Tenma desse jeito!”
Sasha desperta seu cosmo e vai em direção do espectro. E, cara, isso já é muito mais do que a Saori fez por qualquer um dos cavaleiros em toda a saga das doze casas e das que viriam a seguir.
O espectro sente algo de estranho, e se dá conta de que se
vê diante de uma deusa ao invés de uma criança. A forma como o desenho retrata
os deuses nessa série é muito boa e interessante. Falarei disso mais tarde, na
minha parte favorita da saga (lá pro episódio 17, mais ou menos).
Shion de ares aparece e dá cabo do espectro, deixando bem
claro quem são as verdadeiras estrelas do desenho. E assim Tenma fica sabendo
que Sasha é a deusa Atena.
Alone pintava um quadro quando sente um distúrbio na força e
percebe que a sua irmã também despertou.
Dois anos se passam e a cena é a luta de Tenma conquistando a armadura de pégasus. Lembra que eu disse que as coisas iam ficando mais e mais interessantes bem rápido nesse desenho? Pois é...
“Eu o reconheço como Cavaleiro e lhe concedo esta armadura”.
O momento
“Tudo que eu pinto acaba morrendo”.
Tenma se torna o cavaleiro de pégasus. Sasha está mais velha e mais linda do que nunca. E Alone percebe que o poder do imperador dos mortos só traz morte e cinza para os seus quadros. Isso é praticamente um Death Picture. Bem, viajei um pouco na maionese. Mas é que escrever sobre ótimos desenhos me faz lembrar de outros ótimos desenhos.
A questão é perceber a rapidez e diligência do caminhar dos
eventos desse anime: EM
UM EPISÓDIO E MEIO JÁ TEMOS TODOS OS ELEMENTOS A POSTOS
PARA CONTAR UMA ÓTIMA HISTÓRIA. E é assim que se faz!
Pandora (a beijoqueira com voz de Lilika na dublagem
brasileira) leva Alone para ver a tal pintura que pode fazer até o mais vil dos
criminosos cair em prantos, na catedral da floresta.
Lá, Alone consegue ver a monstruosa pintura dele mesmo sobre
uma pilha de corpos. Ele também descobre que matou todos os seus companheiros
de orfanato com um quadro que havia pintado há alguns dias.
Não é querendo bancar o advogado de personagens com 200% de emosterona no sangue, mas uma coisa dessas seria suficiente para deixar até o mais durão dos durões derramar lágrimas de desespero.
Alone é influenciado a acreditar que a morte é benevolente, pois livra as crianças da fome e das injustiças do mundo. Se tornando o deus da morte, Alone seria o verdadeiro salvador da humanidade.
Esse ponto de vista lembra muito aquele da aniquilação total
sobre o qual discorri no episódio de Shaka de Virgem, por sinal.
“Hades despertou. É o começo da guerra santa”!
EPISÓDIO 3: A GUERRA SANTA COMEÇA
Uma coisa que eu nunca havia reparado no começo desse episódio (mesmo tendo assistido a saga outras duas vezes) é que o cavaleiro de andrômeda aparece na introdução. A armadura é igual a da fase de Odin.
Bem, o episódio começa comigo escrevendo que o episódio começa mostrando os cavaleiros de prata partindo para uma missão de reconhecimento (ficou zonzo? Pode voltar pra ler de novo, eu deixo).
Uma frustração com relação a essa e outras séries é o total
descaso com os cavaleiros de prata.
Neste mesmo episódio chegam a afirmar que eles quase se
equiparam aos cavaleiros de ouro em poder.
Na saga das doze casas fazia todo o sentido eles não
aparecerem muito, pois a maioria tinha sido derrotada nos episódios anteriores.
Sem contar o fato de que eles estavam à serviço do mestre Ares.
Aqui a coisa devia ser um pouco diferente, visto que a
participação deles se resume a este episódio e um detalhe que falarei mais
adiante.
Um dos cavaleiros de prata usa o golpe Flecha Fantasma. Acredito que esse seja o mesmo golpe que derrubou Saori na saga do santuário. Só um lembrete (se soubessem o sauseiro que esse cara ia causar tinham acabado com a sua constelação aqui mesmo...)
A cena continua com a perseguição deles a um espectro.
Eles chegam a um corredor e se deparam com Pandora, que diz
que cavaleiros como eles deviam se envergonhar. A cena corta para a sala do
mestre do santuário. MUITA ATENÇÃO AQUI.
Era sobre esse detalhe que eu havia falado quando citei a participação dos
cavaleiros de prata. É um sinal bastante sutil da qualidade do enredo de Lost
Canvas.
O cavaleiro de prata faz um report da missão, e afirma que
chegaram a uma catedral e encontraram espectros lá.
“Todos foram aniquilados, sem sobrar nenhum”.
Preste muita atenção à frase acima, pois foi EXATAMENTE NESTE PONTO QUE EU PERCEBI QUE LOST CANVAS NÃO ERA UM RELES DESENHO SOBRE CAVALEIROS DO ZODÍACO.
Dizem que o diabo está nos detalhes. Bem, se o diabo está
nos detalhes, Deus também pode ser encontrado neles, a meu ver.
Detalhes são muito importantes, pois nos dão uma pista da
qualidade de qualquer coisa que seja: detalhes da capa de um jogo; dos ângulos
de câmera de um filme; do figurino de uma peça de teatro; nas descrições de um
livro.
Os detalhes são um indício de que alguém “perdeu tempo”
pensando em como enriquecer uma obra, seja direta ou indiretamente.
Eu presto muita atenção a detalhes, e foi este detalhe de
diálogo que me fez acordar para a qualidade do roteiro desse anime.
Depois de proferir essa frase, os cavaleiros de prata atacam a deusa Atena, todos ao mesmo tempo.
Os cavaleiros de ouro intervêm e percebem que o poder dos
três é incompatível com as habilidades dos cavaleiros de prata.
Suas armaduras revelam um brilho negro que denuncia sua
verdadeira natureza: os cavaleiros de prata usam Sapuris (Súplices), ou “Jóias
do Submundo” nas palavras de Shion.
Os cavaleiros de prata foram mortos pelos espectros e venderam
a alma a Hades para voltar à vida. E isso me faz lembrar do (amado por mim)
recurso do Impostor, que era tão utilizado em filmes e desenhos dos anos 80.
O fato é que toda a pompa dos cavaleiros de prata se desfaz com um simples golpe de Shion e Dohko. Eles viram pó aos pés de Sasha e ela descobre que eles estavam, na verdade, sendo controlados.
Fica decidido que os dois cavaleiros de ouro partirão para a
cidade de Tenma para continuar a missão dos cavaleiros de prata na catedral.
Dá pra ver que, entre os cavaleiros escolhidos por Shion e
Dohko, está um carinha de armadura vermelha que não sei quem é e um cavaleiro
de prata de armadura meio cor-de-rosa.
Se você não se lembra, esse cavaleiro é aquela bicha louca
que Seya enfrenta em uma praia. Ele era tão emo que nem tinha genitália. Vinha
com uma conversa fiada de que nunca tinha sido machucado por um oponente e,
quando se sujou com o sangue de Seya, tirou toda a roupa para se banhar nas
águas do mar.
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Curioso, esse tem jeito de homi... |
Sério, esse cara merecia levar uma surra de chicote do
Richter Belmont pra deixar de ser frutinha. Observações homofóbicas à parte,
continua a história.
NOTA DO EDITOR: eu pesquisei o nome da figura: Misty de Lagarto. Apesar de não gostar de Pokèmons de água, a luta do cavaleiro contra Seya se passa em uma praia.
Enquanto editava o pos, topei com um artigo muito bom da Wikipedia listando os 24 cavaleiros de prata. Aqui vai o link para a completíssima lista:
http://nikkeypedia.org.br/index.phptitle=Cavaleiros_de_prata_da_saga_Santu%C3%A1rio&redirect=no&printable=yes#Algethi_de_H.C3.A9rcules
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E agora, quem poderá nos ajudar? |
Tenma pergunta o que Sasha disse sobre o fato de os espectros estarem aparecendo em sua terra natal. Dohko diz que Atena está rezando pela segurança deles. E aí eu pensei: puta que pariu! A FDP inútil de uma figa vai ficar trancada em uma sala orando enquanto Hades toca o terror mundo afora! Não há esperança mesmo para essa série...
Bem, tentarei mostrar ao longo do texto como eu estava
enganado sobre a função dessa personagem na trama.
Tenma se precipita na frente dos outros a tempo de ver Sephiroth queimando a sua cidade natal. Ou mais ou menos isso.
Os cavaleiros de ouro encontram Yato sendo fustigado por
Hades, que flutua como uma anêmona acima deles. Esse não é lá um detalhe muito
importante, mas flutuar como uma anêmona é um sinal indiscutível de
superioridade divina. Se você quer impressionar seus inimigos e mostrar quem é
que manda, já sabe: paire como uma anêmona sobre suas cabeças. Não tem erro.
Pela primeira vez, Tenma vê Alone na forma de Hades e pode
apostar que esse assunto ainda vai render muito pano pra manga nessa série.
Alone mostra o retrato que prometeu dar a Tenma quando este retornasse como um cavaleiro de Atena: um moleque de rua sem olhos e boca! Nossa! Esse cara se acha o Van Gogh, mas pinta mal pra caramba!
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Você não me parece muito bem. Quer um copo d'água? |
Alone faz um xis de mapa do tesouro no quadro de Tenma e ele cai duro como um peixe morto. E quando cai ele destrói a pulseira de flores que Alone usava.
Tenma está morto. Alone chora lágrimas de sangue e se
despede de seus ex-amigos e de si mesmo.
Dohko prepara um ataque contra Alone mas é impedido por
Kagahu de Beno, da estrela celestial da violência.
Lembra quando eu disse que só comentaria o nome dos
espectros em um tom cômico ou de ironia? Pois bem, a ocasião se enquadra na
minha exigência.
Kagaho de Benu. Eu sei, o nome é japonês, mas soa como se fosse francês. E o primeiro nome desse personagem teria o incrível potencial de arruinar quaisquer chances dele se mostrar um inimigo imponente e fodão pra caralho se não fosse pelo fato de que Kagaho É FODÃO PRA CARALHO.
As constelações dos espectros geralmente remetem a
características nada bonitas da personalidade humana como crime, por exemplo. E
a desse personagem não é nem um pouco sutil: o que esperar de um inimigo que
responde pela Estrela da Violência? QUE
ELE SEJA MAIS CACETEIRO QUE O CHUCK NORRIS E O AGENTE SMITH JUNTOS, não é
mesmo?
E Kagaho está muito à altura das comparações acima. Ele
ataca com fogo. Quer coisa mais violenta e incontrolável que o fogo? E outra:
de zero a dez na escala Emo, Kagaho atinge -1. Só não entendo o “celestial” do
seu nome. Acho que é de praxe para os espectros.
De acordo com o próprio Dohko, o poder de Kagaho se equipara
ao de um cavaleiro de ouro. E o seu golpe Corona Blast é bem impactante e
legal. Não é um dos melhores, de fato, mas é bem legal.
O objetivo de Hades era levantar o seu atelier no solo que já foi a sua cidade natal. E Minos de Griffon, da estrela celeste da Nobreza, aparece em cena para contrariar a minha observação sobre as constelações dos espectros e para executar a tarefa de matar Atena e todos os cavaleiros do santuário.
Se prepara que a coisa vai ficar cada vez melhor daqui pra
frete!
Não, essa frase não indica o fim do episódio.
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Mistériooooooo....... |
O episódio termina com uma estranha encapuzada observando Yato e sua descrença diante do corpo sem vida de Tenma.
EPISÓDIO 4: A
PULSEIRA DE FLORES
Este episódio começa com o relatório de missão de Shion à sua patroa, a deusa Atena.
Shion informa que: dois cavaleiros de bronze morreram na
missão; uma barreira foi erguida em volta do atelier de Hades e que este
escolheu o corpo de um jovem chamado Alone para reencarnar.
Sasha não derrama nem uma lágrima perante os cavaleiros de ouro e começa a dar novas instruções para o início da batalha. Essa sim é a postura de uma deusa que guerreia com estratégia.
Depois que fica sozinha, Sasha fica cabisbaixa,
completamente absorta em seus tristes pensamentos. Me pergunto qual parte de
deusa e qual parte humana foram responsáveis pelos atos da personagem nessa
parte. E a guerra continua.
Yato remove o corpo de Tenma dos escombros, demonstrando sua insatisfação por estar “ajudando” seu antigo rival. A motivação do cavaleiro de bronze de capricórnio é bem simples: se Tenma morrer, Sasha irá ficar triste e chorar.
Eu sei, nem um pouco altruísta de sua parte mas na vida real
é assim que funciona.
É quando o anime nos apresenta mais uma peça do
quebra-cabeça: Yuzuriha, uma amazona da terra de Jamir.
Se você leu a palavra Jamir com a mesma empolgação de quem
lê uma bula de remédio, só pode ter havido um terrível engano e você foi parar
no post errado do blog:
Jamir é a terra de Shion e Mu de áries. A terra dos
cavaleiros-emo especializados na arte da telecinese.
Aqui preciso abrir um importante parêntese para justificar o meu descontentamento com o roteiro desse desenho: JAPONESES SÃO A RAÇA MAIS MACHISTA QUE JÁ CAMINHOU SOBRE A FACE DA TERRA.
O que acontece com o roteiro de Lost Canvas, no geral?
Simples: ele põe ordem na bagunça que era o roteiro da série original e, de
quebra, ainda adiciona muita coisa boa e interessante à mitologia da série.
Mas nem o bom senso dos roteiristas deste desenho conseguiu
quebrar um grande tabu da cultura japonesa, a de que mulheres só servem como
objeto de fetiche dos homens ou para serem salvas pelo herói machão da história
(no caso do japoneses, um machão andrógino com roupas espalhafatosas).
Se discorda do que digo preste um pouco de atenção às roupas
de Yuzuriha.
Quando está sem a armadura ela usa um shortinho BC que é
puro hentai service.
Seu corpo é coberto por umas faixas e ela usa um cachecol
cor-de-rosa. Será que mulheres só podem usar a maldita cor rosa? Raios! Isso
parece coisa de primário: meninos no lado azul da sala. Meninas no lado rosa da
sala. Me poupe!
Antes os exemplos de machismo ficassem apenas no campo do visual.
Sabe esse cachecol cor-de-rosa que ela usa? E se eu te
disser que essa é a principal forma de ataque da personagem?
Pra quê criar buracos negros que arrastam o inimigo para
longe? Pra quê esmagar átomos com o punho? Pra quê disparar trezentos socos por
segundo quando você pode jogar um pedaço de pano no inimigo?
Para completar a lista de queixumes sobre o tratamento indigno que deram a essa personagem, preciso me adiantar um pouco no enredo e revelar o fato de que Yuzuriha usa uma armadura de prata e sua força é equivalente a de um desses cavaleiros.
A armadura (acho que a constelação é o Grou) só cobre os
seios da amazona, pois todo ser macho que se preze sabe que as tetas são o
ponto vital de qualquer personagem feminina que dê as caras em um anime. E o
fato dela ser uma amazona de prata não significa muita coisa, visto que suas
ações são comumente ofuscadas por dois meros cavaleiros de bronze. Sem mais o
que dizer...
Felizmente o dano causado a uma das personagens com maior
potencial na saga se restringe ao que eu citei acima, pois a personalidade de
Yuzuriha é forte e muito bem construída. Prosseguindo.
A bela amazona informa que o cavaleiro de pégasus não está
completamente morto (como diabos se fica meio morto?) e explica a missão da
qual foi incubida: resgatar o corpo de Tenma e recuperar a sua alma no mundo
dos mortos.
Depois de um rápido e conveniente teleporte, estamos em Jamir.
Yato e a amazona chegam a uma torre que serve de oficina de
armaduras. O desconfiado cavaleiro de unicórnio deduz que Yuzuriha foi a
responsável pela morte dos donos das armaduras danificadas e começa a atacar. Yuzuriha
apenas se desvia, e o rompante de imbecilidade de Yato é interrompido por um
clarão de luz e somos apresentados a um dos personagens mais legais do anime.
O mestre de Yuzuriha remove a armadura do corpo de Yato e a amazona corta o próprio pulso (com o cachecol) para reviver a armadura morta. Aqui fica clara a razão das faixas: o velho fdp usa a sua discípula como bucha de canhão para consertar armaduras. Por que diabos eu gosto tanto desse personagem mesmo? Depois tudo se esclarece.
Então o verdadeiro objetivo da missão dos heróis começa a
ser trabalhado: Tenma não está morto e deve ser resgatado. Aí você pergunta:
mas Shadow, você me obriga a ler um post de mais de trezentas páginas, que só
serve de introdução para o verdadeiro assunto do texto, e me recomenda um
desenho cheio de buracos de enredo como esse? O imperador da morte em pessoa deu cabo de Tenma. Em um
roteiro que se preze esse cavaleiro devia permanecer morto.
Então eu digo: calma, peregrino: a estrada é longa e o
caminho é deserto. E o lobo mau passeia aqui por perto...
O consertador de armaduras atenta para a pulseira de flores que adorna o braço de Tenma: ela continua viva mesmo depois de vários anos.
A pulseira, de fato, é um artefato mágico criado pela deusa
Atena quando Sasha ainda nem tinha noção dos poderes que habitavam seu corpo
mortal. Foi por isso que Tenma não foi direto para o mundo dos mortos.
O mestre faz toda uma cena com uma espada e diz que, para salvar Tenma, Yato precisa morrer. Em um dos poucos momentos de humor do anime, Yato suspira e diz que ele podia ter simplesmente entregado a espada a ele.
A espada, na verdade, é um conduíte que contém o sangue de
Atena e foi usado na última guerra santa. O item permite que humanos normais (e
vivos) passeiem pelo mundo dos mortos. A seguir acontece uma cena que é um belo
exemplo daquilo que eu falei sobre pôr ordem na bagunça e acrescentar à
mitologia da série antiga.
Para levar Yato ao mundo dos mortos, Sage (se não me engano)
utiliza a técnica Ondas do Inferno que, vejam só, tinha a curiosa peculiaridade
de... enviar o espírito do oponente até o Sekishike, a entrada do mundo dos
mortos.
Yuzuriha aterrissa em cima de Yato e fala que foi enviada pelo seu mestre para protege-lo de qualquer perigo. Yato fica com as bochechas vermelhas de vergonha. Acho que ta rolando um clima entre esses dois. No que dá o cruzamento de um unicórnio com um grou? Só deus sabe...
Yato responde com a frase: “não brinque assim. Essa é o meu
papel, o de um homem.”
Eta personagem machista da porra!
Continuando, Tenma finalmente desperta e dá de cara com um espectro. Eu gosto desse cavaleiro por causa de sua armadura, que tem uma cara que grita para causar ferimentos no oponente.
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Diga "Aaaaaahhhh"... |
Continuando, Tenma finalmente desperta e dá de cara com um espectro. Eu gosto desse cavaleiro por causa de sua armadura, que tem uma cara que grita para causar ferimentos no oponente.
A mandrágora é uma planta que existe de verdade. A lenda diz
que a mandrágora deve ser colhida em uma noite de lua cheia. Suas raízes devem
ser amarradas a um cão preto e puxadas. Se um dos requerimentos forem
descumpridos, a planta grita até matar quem estiver por perto.
Lendas atribuem o nascimento de mandrágoras ao esperma de um
homem enforcado que caiu no chão e germinou. Fico imaginando que tipo de pessoa
pensa em... como posso dizer isso sem ser rude ou grosseiro... bater punheta
estando com a corda no pescoço. Desculpem. Não consegui evitar em ser rude e grosseiro. Mas vamos continuar...
Tenma de pégasus, um cavaleiro que consegue destruir uma pilastra de rocha maciça, continua preso por reles correntes de aço, sem conseguir se desvencilhar. Yuzuriha e Yato chegam para salva-lo.
Enquanto discutiam sobre o escândalo que Tenma faz para
tentar se livrar das correntes, eles são interrompidos por um cavaleiro
portando uma foice enorme e dentes de jacaré mais enormes ainda. E aqui eu abro
mais um parêntese...
Pare um pouco para se recordar do que aconteceu a todos os cavaleiros que possuíam essa aparência (grotesca), com dentões desproporcionais saltando da boca.
E aí, lembrou? Pois é, todos eles foram espancados por
cavaleiros sem moral nenhuma, ou foram derrotados por seus próprios aliados
para servirem de exemplo de que um cavaleiro não é obrigado a ser traiçoeiro,
sem honra e patético só porque é do MAL.
Foi exatamente isso que aconteceu àquele cavaleiro com
dedinhos de sapo na primeira saga de Hades.
“Eu vou te cortar. Dos ouvidos até o cérebro”.
O espectro da estrela do ferimento ataca com seu “Estrugido Lancinante do Enforcamento”.
Um detalhe aqui é sobre a palavra “estrugido”.
Estrugir quer dizer “vibrar fortemente; estrondear”. Essa
tradução se aplica bem ao golpe desse espectro, mas sempre fico meio
desconfiado com essas traduções de desenhos japoneses encontradas na net.
Isso porque os caras sabem traduzir do japonês para o
português, mas não conseguem se ater a regras básicas da ortografia do próprio
idioma.
Yato tenta atacar com os punhos mas é imobilizado pelo espectro. Então ele decide usar a outra alternativa de que dispõe: estrear o seu golpe Galope do Unicórnio, uma das técnicas mais sem graça entre os cavaleiros de bronze (pois é single hit, diferente do Pegasus Ryuseiken que é multihit e vai ficando cada vez mais intenso a ponto de arrancar a proverbial frase “isso não são meteoros! É um cometa!” dos oponentes desse cavaleiro).
Esse golpe fraco é suficiente para quebrar a face da sapuris
de Mandrágora. E eu fico pensando como esses espectros são uns bundões do
caralho...
“Mandrágora, agora será você quem irá gritar”!
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Putz, que frouxo. Sobrou pra mim... |
Tenma consegue derrubar a parede à qual estava preso (mas não conseguiu quebrar as correntes! Essas são da boa mesmo!) e mata o espectro com um Pegasus Sui Seiken.
O episódio acaba com Yuzuriha revelando que uma outra missão deve ser realizada ainda no mundo dos mortos.
EPISÓDIO 5: ROSAS VENENOSAS
O episódio se inicia em uma vila nos arredores do santuário. Posso estar enganado, mas acho que essa vila é a mesma na qual Cassius morava, durante o episódio da casa de leão.
Começa o ataque de Minos ao santuário.
Ele usa o golpe chamado “COSMIC MARIONATION”, que é traduzido como Marionete Cósmica.
Marionation deveria ser traduzido como MANIPULAÇÃO.
Manipulação Cósmica é mais adequado para a técnica de um dos três juízes do
inferno.
Ah, só um detalhe: ouvir um dublador japonês pronunciando a
palavra Marionation é uma coisa engraçada
pra caramba! Me faz lembrar da banda Massacration, dos caras do Hermes e Renato
(quando ainda tinham alguma graça e não haviam sido comprados pela igreja
universal).
É chegada a hora de Minos e seus asseclas trilharem o caminho das rosas. E faço mais uma pausa para reflexão nerd...
Ah, um dos momentos mais aguardados por mim desde a criação
deste blog sobre games. Um momento tão agradável quanto o aroma de rosas...
Não é exagero afirmar que realizo um sonho ao escrever este
trecho do artigo em
especial. O sonho de ver o meu signo sendo representado por
qualquer um que não seja AQUELA BICHA
FILHA DA PUTA DO AFRODITE DE PEIXES!
Lembre-se de que a promessa de não xingar Afrodite foi feita
na saga das Doze Casas. Aqui estamos em outro território, e posso extravasar a
minha ira contra essa aberração da forma que me convier.
Por esse episódio já dá pra perceber que essa série não segue a ordem das doze casas. Claro, não faria o menor sentido os cavaleiros de ouro ficarem parados em sua respectivas casas enquanto os espectros estavam à solta tocando o terror no santuário. Mas estou me adiantando um pouco.
Os imbecis espectros que acompanham Minos julgam inofensivas as rosas que encontram no meio do caminho, e descem ribanceira para dar sentido à existência da música abaixo:
Uma tenebrosa música de órgão revela a imprudência dos
inimigos: o sangue começa a jorrar de suas bocas. As rosas no chão são
extremamente venenosas. O espectro do exército de Radhamantis (digo isto aqui e
agora: NÃO EXISTE NOME MAIS LEGAL QUE
ESSE EM NENHUMA OBRA DE
NENHUMA OUTRA ESPÉCIE) avisa que o simples aspirar do perfume das rosas
demoníacas é capaz de matar o inimigo.
“O responsável por essa emboscada é...”
O espectro aponta para um belo cavaleiro de cabelos azuis sentado em uma coluna acima do chão...
“Meu nome é Albafica de Peixes.”
Minos dá uma bichada federal e fica elogiando e discorrendo sobre como Albafica é bonito e orgulhoso de sua força e poder.
Eu nasci no dia 3 de março de 1982. Sim, além de estar
ficando velho eu sou do signo de peixes, como já havia dito nas doze casas.
Uma coisa que me chamou muita atenção na outra ocasião em
que os cavaleiros de ouro aparecem é que os escritores não se preocuparam muito
em seguir as descrições de cada signo para traçar a personalidade desses
personagens.
Veja bem. Veja muuuito bem: não estou dizendo que acredito
em mapa astral, destino determinado pelos signos ou no lançamento do Bioshock
Infinite. Eu tenho uma dificuldade extrema em acreditar em fantasias, exceto
naquelas que divertem.
O que estou querendo dizer é que os criadores poderiam ter
levado mais a sério a “brincadeira” de se inspirar nos respectivos signos para
tecer a personalidade dos cavaleiros de ouro.
Signos são uma bobagem, e eu me divirto horrores vendo como
algumas pessoas são tolas a ponto de achar que a posição de um corpo celeste e
um dia específico do ano são capazes de fazer milhares de pessoas completamente
diferentes se comportarem do mesmo jeito. Mas aqui eu abro uma exceção, pelo
simples fato de que a descrição do signo de peixes CASA PERFEITAMENTE COM A MINHA PERSONALIDADE E COM A PERSONALIDADE DE
ALBAFICA DE PEIXES.
Vejam bem, novamente. Estou fazendo uma coisa extremamente desaconselhável e arriscada. Chega a ser constrangedora a semelhança entre a personalidade descrita neste signo com a minha
NOTA: as informações foram coletadas do site Toca do Elfo.
Peixes - 20 de fevereiro a 20 de março
"A ti Peixes, não foi por acaso que te deixei por último, pois te dou a mais difícil de todas as tarefas. Peço-te que reúnas todas as tristezas dos homens e as tragas de volta para Mim. Tuas lágrimas serão, no fundo, minhas lágrimas.
A tristeza e o padecimento que terás de absorver são os efeitos das distorções impostas pelo homem à Minha idéia, mas cabe a ti levar até ele a compaixão, para que possa tentar de novo. Será tua a missão de amparar e encorajar a todos os teus irmãos, fazendo-os acreditar que eles são capazes, e sempre podem tentar novamente.
Por esta tarefa, Eu te concedo o Dom mais alto de todos: tu serás o único de Meus doze filhos que Me compreenderás. Mas este Dom do Entendimento é só para ti, Peixes, pois quando tentares difundi-lo entre os homens eles seguirão outros caminhos e poucos te escutarão."
Mitos do signo de Peixes
”Alguns mitos associados à peixes são de Poseidon, o nome grego de Netuno, o senhor das águas subterrâneas (que com seu tridente tinha o poder de abalar a terra e o oceano, formando terremotos e maremotos, mas também fazia a água brotar das rochas e do solo) e Dioniso, o deus da metamorfose, do êxtase, da embriaguez dos sentidos, do vinho.
Dioniso, filho de Zeus e Perséfone, foi raptado e comido pelos titãs, sob mando de Hera. Ao saber disso, Zeus fulminou-os com um raio e entregou o jovem coração do filho à Sêmele, princesa tebana que o engoliu. Assim, ela “engravidou” de Dioniso. Posteriormente, Zeus retirou o filho do corpo de Sêmele e o colocou em sua própria coxa, onde permaneceu até o final da gestação. Após o nascimento, entregou-o a Hermes, para que escondesse Dioniso da ira de Hera. Dioniso presidia ritos de êxtase religioso que prescindiam de qualquer ritual de poder. Seus ritos permitiam a experiência religiosa pura, independente do culto realizado ou do deus cultuado.
O culto dionísico simbolizava a imersão para a consciência das forças obscuras que povoam o inconsciente, através da bebida, das drogas, da música, canto, dança e loucura”.
Como reconhecer uma pessoa de Peixes
”O último signo do zodíaco mistura uma pitada de cada um dos onze anteriores - a infantilidade de áries, a sensualidade de touro, a suscetibilidade de câncer, a maleabilidade de gêmeos, a magnanimidade do leão, a acuidade de virgem, o mimetismo de libra, a sagacidade do escorpião, a benevolência de sagitário, uma certa reserva própria de capricórnio e uma tendência a desligar típica de aquário. Com tantos atributos contraditórios somados numa só pessoa, o peixes só poderia ser o que é: um tímido.
Nem um replicante conseguiria exprimir essa coisa toda, e o peixes desiste de se fazer entender antes mesmo de começar, refugiando-se no mais seguro mundo da fantasia, onde toda (aparente) incongruência é bem-vinda. Um peixes introspectivo, portanto, é praticamente um pleonasmo. Ele prefere comunicar-se com aquele olhar vago e enternecedor, seguido de gestos doces e delicados, completados por um único comentário extremamente sensível - mas, quem diria, surpreendentemente na mosca. Peixes, como escorpião, é um signo que saca tudo de cara - uma espécie de detector de mentiras ambulante, o que provavelmente contribui para acentuar seu ar melancólico. Ao contrário do escorpião, porém, que saca e corta a bola imediatamente, os piscianos vacilam na hora de reagir. Um peixes pode intuir que o camarada ao lado é um perfeito patife, mas nada, em seu sistema imunológico, o leva a proteger-se adequadamente. Talvez porque, ao contrário de escorpião, peixes enxergue sob a superfície de todo patife um ser tão desprotegido quanto ele e o restante da humanidade. Ou porque, no fundo, não se abale muito com as patifarias alheias.
Peixes é o símbolo do cristianismo, e sua palavra de ordem é transcender. Não deixa de ser uma boa política: já que as barbaridades que sua intuição constantemente pesca por aí não tem muito jeito nem conserto, ele prefere fechar os olhos e passar batido. A única ressalva é que esta política de resistência passiva às vezes só funciona entre os acólitos do sr.Ghandi, e não com o taxista que o rouba na corrida, o sócio que o rouba no escritório e o melhor amigo que lhe roubou a mulher. Como a natureza poética de peixes, contudo, lhe permite sublimar a vontade, estas bobagens do dia-a-dia não o atingem muito. Ele pode se safar da condição de vítima pintando, compondo ou pondo em versos toda esta chateação. Com seu talento natural, terá uma carreira arrasadora. No ramo da fantasia, peixes será sempre the best”.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Apesar de ser bastante completo, o texto acima deixou de
fora a característica mais importante do signo, que será mais relevante para o
raciocínio do meu post: A DO
AUTOSSACRIFÍCIO.
Afrodite era uma bicha louca filha da puta que não sacrificaria nem uma madeixa de sua juba para ajudar alguém
Albafica é generoso. Bonito (por dentro e por fora, assim
como eu, e modéstia em órbita da terra). Forte para defender alguém que ama. Altruísta.
E capaz de dar a própria vida em prol de um bem maior.
Por outro lado, esse cavaleiro é introvertido e prefere
afastar as pessoas que vê-las se machucando em sua aspereza.
Mas não quero estragar o episódio. Todas essas
características poderão ser constatadas por aqueles que assistirem ao desenho.
Continuando...
“Não se deixe enganar pela beleza dele. Ele é como essas
rosas que estão no chão, uma rosa venenosa...”
Dohko e Shion discutem sobre as defesas externas do santuário. Libra afirma que os cavaleiros de ouro estão se dedicando a essa tarefa, o que explicará a ausência de alguns dos cavaleiros de ouro, como Leão, Escorpião, Aquário e etc..
Shion diz que as defesas estão agüentando muito bem, graças
à barreira de rosas criada por Albafica.
Entendam bem o que está sendo feito aqui neste episódio:
não é nada fácil restaurar o estrago causado à imagem do cavaleiro de peixes
durante a saga das doze casas. Nas sagas subsequentes, quando a participação de
Afrodite não era totalmente irrelevante era regada a momentos de vergonha
alheia (lembre do vídeo do Zangado) e ostracismo a esse cavaleiro.
Em Lost canvas não.
Albafica não só é um personagem muito sério como representa
uma linha de defesa real para a estratégia de guerra do santuário e, ainda por
cima, é muito estimado e considerado pelos seus companheiros.
Se você levar em conta que os roteiristas foram meio que
obrigados a serem fiéis às características do signo de peixes (beleza extrema;
uso das rosas como ataque) dá pra ter uma noção melhor do serviço prestado
pelos roteiristas a esse personagem e a todos que sofreram por causa daquela BICHA LOUCA FILHA DA PUTA DO AFRODITE.
Não há rejeição ou ostracismo algum: ALBAFICA DE PEIXES É UM REPRESENTANTE DIGNO DE USAR A ARMADURA SAGRADA
DE OURO DE PEIXES.
A beleza do cavaleiro de peixes não é motivo de escárnio ou de pilhérias. Albafica é imponente, e sua armadura é muito bonita também. Pena que ele não aparece usando o capacete em nenhum momento.
Shion discorre sobre a personalidade de peixes (outra
característica intrínseca a esse signo: acabar sendo o centro das atenções
mesmo sem procurar por isso. Acredite. Falo por experiência própria...) e acaba
respondendo à pergunta do espectro genérico: Albafica consegue ficar de pé
sobre as rosas demoníacas porque seu sangue é tão venenoso quanto elas mesmas.
O puxa-saco de Radhamatis, Niobe, entra no campo de rosas sem ser afetado pelas rosas. A explicação é que a fragrância exalada pelo espectro anula o aroma venenoso das rosas de Albafica. Aliás, como seria o nome do irmão gêmeo maligno de Albafica, caso ele existisse? Seria Albafoge? Nossa! Agora eu me superei
Essa coisa da fragrância venenosa me lembrou que as rosas de
Afrodite não tinham essa peculiaridade. Elas só envenenavam caso os espinhos
perfurassem o alvo.
Então, podemos concluir que Albafica é melhor; mais
competente; bonito de verdade (ele não tem os lábios besuntados com gordura de
carneiro) e MAIS FORTE QUE AFRODITE.
Não que essa última meta seja tão difícil de ser superada...
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Mais fraco que um gato eu já ouvi falar, mas mais fraco que uma rosa... |
Niobe promete que vai desfigurar o rosto do cavaleiro de peixes, que responde parando seu soco com uma Rosa Piranha.
Repare na expressão de maníaco no rosto de Albafica antes de
lançar o seu ataque.
Niobe é um puta covarde, e tenta fugir das rosas negras se escondendo atrás de uma coluna de pedra. As rosas são tão fortes que abrem buracos na pedra, acabando com tudo que encontram pela frente.
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Filho, procure salvar a alma que o corpo já tá podre! |
O espectro solta uma bufa tão lazarenta que mata todas as rosas de Albafica.
O cavaleiro de peixes fica preocupado, pois a Fragrância
Profunda de Niobe está se espalhando muito rápido e, dentro de pouco tempo,
atingirá o pequeno vilarejo que aparece no início do episódio.
Mais uma característica do signo vem à tona nessa parte.
Vejam só: Albafica não está nem aí para o que pode lhe acontecer. Mas isso não
é à toa. Ele não se preocupa com o perfume de Niobe por saber que seu sangue
venenoso é capaz de suportar qualquer tipo de veneno que entre em seu corpo.
É uma força inerente à necessidade que o cavaleiro sente de
proteger os inocentes ao seu redor.
Albafica absorve o veneno de Niobe para proteger a vila, e fica parado sem dar sinal de vida. O espectro começa a bater no cavaleiro inerte de peixes, quando descobre que as rosas demoníacas retornaram ao campo de batalha.
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Kirinson Sórn!!! |
É então que Albafica desperta de seu torpor com um sorriso cínico no rosto e utiliza uma técnica que o viadinho do Afrodite nunca seria capaz de utilizar: O Crimson Thorn, ou Espinho Carmesim na tradução brasileira.
Os espinhos da rosas atacam como flechas, e Niobe pôde sentir o sangue venenoso diretamente em seu corpo.
“Parece que chegou a sua vez, Minos de Griffon.”
“Você se tornará uma marionete magnífica, Albafica de
Peixes.”
Minos usa seu golpe, Gigantic Feather Flap (Bater de Asas Gigantesco), e cria um furação que manda pelos ares todas as rosas do cavaleiro.
“Agora você é a única rosa envenenada que sobrou por estas
terras.”
Minos apela para o seu Cosmic Marionation. E faço mais uma pausa para divagar sobre um ponto de extrema importância para o roteiro do anime.
Uma coisa que me irrita muito nesta técnica é a sua falta de
critério para atingir o oponente. Vamos analisar: Minos arremessa cordões
invisíveis que amarram o corpo do oponente. Não tem como escapar disso. Ele
simplesmente acerta o oponente porque sim e ponto final!. Sem direito a
reviravoltas ou pausas dramáticas para revisão de regras do confuso livro de
rpg chamado Cavaleiros do Zodíaco.
O cabuloso desse “golpe” é que, além de imobilizar o
oponente, Minos ainda ganha controle total sobre o corpo do adversário. Ele
podia obrigar Albafica a dançar Gungnam Style por exemplo (e o pior, a versão
do Latino!).
Pronto. Posso continuar.
Minos é muito perspicaz, e percebe que Albafica absorveu o veneno para proteger alguma coisa. Ele manda os seus comparsas matarem todos os moradores da vila.
Mas Albafica é tão foda que consegue matar os espectros de
nível ralé mesmo estando imobilizado.
Ao tentar passar pelo cavaleiro de peixes, os espectros se
deparam com um campo minado de rosas.
As rosas brancas são acionadas pelo movimento dos inimigos e
se cravam em seus peitos como estacas.
Preciso. Cirúrgico. Cruel... Assim é o cavaleiro de ouro de
Peixes.
Minos obriga Albafica a socar o próprio rosto, para lhe torturar e atingir o ponto que deveria mais doer no cavaleiro mais belo de todos: o orgulho.
Minos tenta decidir qual parte do corpo de Albafica ele vai
atacar em seguida. E
um olhar furioso do cavaleiro é o suficiente para dar a certeza que Minos
precisava: o juiz do inferno decide que vai usar os próprios dedos de Albafica
para cegar seus olhos.
Albafica consegue se livrar do controle quebrando o próprio braço o processo. Como ele conseguiu fazer isso estando imobilizado eu não posso dizer. Mas essa foi, sem sombra de dúvidas, uma ATITUDE DE MACHO PRA CARAI QUE A PUTA ESPALHAFATOSA DO AFRODITE NUNCA CONSEGUIRIA TER.
Eu confesso que quase tive um treco quando vi essa cena, pois realmente parece que Minos conseguiu alcançar seu objetivo de cegar Albafica. Mas o embate titânico entre os dois inimigos ainda estava longe de terminar. Continua, literalmente, no próximo episódio...
EPISÓDIO 6: O FUNERAL DE FLORES
O episódio começa com a cena dos asseclas de Minos sendo mortos, como descrevi no episódio 5. É que essa cena é tão legal que eu me empolguei e adiantei um pouco as coisas.
Albafica ataca novamente com seu Crimson Thorn, mas Minos se protege dos espinhos com as asas de sua armadura. Bem lógico, já que na maior parte do tempo essas armaduras são bem espalhafatosas mas inúteis.
Minos aperta Albafica com seu golpe, fazendo o cavaleiro
sangrar que nem uma jarra de kisuco e cair no chão.
O juiz decide ir até a vila para executar a matança ele
mesmo. Eta carinha mais persistente...
Minos começa sua onda de destruição infantil e sem sentido, quando é interrompido por Shion, que está decidido a vingar a morte de Peixes.
Seja sincero: quando você assistiu a essa parte do desenho,
em algum momento você realmente achou que Albafica havia morrido? Pois é. Foi
como eu pensei... Fator surpresa nunca foi o forte dessa série de qualquer
forma.
O belo tema de ação do anime começa a tocar só pra nos
mostrar aquilo que eu já tinha dito sobre o golpe de Minos.
Shion é pego pelos fios sem nenhuma chance de escapar e fica
cara a cara com a morte. Aí eu pergunto: por que diabos um cara que pode se teleportar
fica preso em um golpe tão limitado quanto este?
Uma rosa corta os fios e liberta o cavaleiro.
Tadãããã!!! Se você ficou surpreso com a aparição de Albafica, só pode ter nascido ontem ou nunca ter assistido um desenho japonês em toda a sua vida.
A luta entre os dois recomeça.
A visão de Albafica é ao mesmo tempo assustadora e
deslumbrante.
O cavaleiro de peixes caminha lentamente, coberto com o
próprio sangue num estado físico deplorável, carregando na boca uma rosa
vermelha. A grande diferença é que a cena, dessa vez, não é nem um pouco digna
de chacotas ou gracejos. É um exemplo de como o contexto pode fazer toda a
diferença.
“Você tem usado a palavra ‘beleza’ para ferir o meu orgulho”.
Na primeira vez que assisti esse episódio não entendi o que
Albafica quis dizer com essa frase. Depois compreendi.
Minos afirma que controla apenas os fracos que não têm a
capacidade de se libertar de seu poder.
Ele diz que não quer ver uma pessoa bela como Albafica
rastejando por aí coberto de sangue. Isso é um golpe baixo ao orgulho de um
guerreiro de alto nível como o cavaleiro de peixes. É o mesmo que dizer: “volta
pro salão de beleza, seu fracote. Seu lugar não é no campo de batalha”.
Albafica ataca com um Crimson Thorn caprichado, que concentra todo o sangue de seu corpo. Ele cai de joelhos e é derrubado com facilidade por Minos.
O espectro convida Shion para a batalha, mas este responde
com um belo “não há necessidade de completar algo que já se deu por encerrado”,
ou mais ou menos isso.
Minos olha para o peito de sua armadura e vê uma rosa
vermelha fincada em seu coração. O Crinsom Thorn de Albafica era só uma
distração para que Minos não visse a rosa que era atirada em direção de seu
peito.
Minos se emputece e começa a carregar um Gigantic Feather Flap, mas Shion barra o seu golpe com a Cristal Wall, a técnica que repele qualquer golpe do inimigo.
Shion está decidido a proteger a vila que Albafica tanto se
sacrificou para preservar.
Minos finalmente vomita dois litros de sangue e cai duro no
chão.
As pétalas das rosas destruídas pelo Gigantic Feather Flap
começam a cair do céu, e Albafica se impressiona com a sua beleza. Mesmo tendo
vivido todo esse tempo ao lado das rosas, só em seu leito de morte o cavaleiro
percebeu como elas são bonitas.
O cavaleiro de peixes está morto. Mas a sua morte não foi em vão, já que ele derrotou sozinho um dos três juízes do inferno.
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A tristeza da garotinha é de cortar o coração... |
"Nenhum cavaleiro morre
A triste música de fundo é interrompida pela frase de Atla de Jamir:
“No entanto, temo que a morte do cavaleiro de ouro de peixes tenha sido em vão”.
O garoto explica que os espectros, depois de mortos, são
constantemente revividos pelo poder de Hades. E foi aqui que eu percebi como o
roteiro desse desenho seria cruel e pé no chão...
“Acalme-se Shion! Não estamos de braços cruzados. A deusa Atena já está agindo. Neste momento há uma poderosa barreira erguida por Atena que impede que os espectros de Hades voltem à vida.”
E foi aqui que eu pensei: “ferrou tudo”! Atena vai morrer em
doze horas por manter a barreira e vai ser a velha palhaçada de sempre.”
Felizmente eu estava errado...
O pequeno Atlas (que, graças aos céus, não lembra nem um pouco o Kiki das Doze Casa) revela um plano: se eles puderem agüentar por mais um dia, o cavaleiro de pégasus voltará à vida e Atena terá boas notícias. Fim do episódio.
EPISÓDIO 7: OS FRUTOS
DA MOKURENJI
A ação retorna para os cavaleiros que estavam vagando pelo submundo.
O episódio começa com os heróis correndo enquanto conversam.
Isso acontecia muito nas doze casas, e eu adoro quando os personagens correm
enquanto conversam em qualquer obra que seja. Depois de mais esse irrelevante
detalhe, o show continua...
Yuzuriha revela o detalhe sobre a imortalidade dos espectros
quando são atacados pelo Cérberus, o cão do inferno.
Essa luta não tem muita razão de ser, então pularei para as
partes mais relevantes do episódio.
Depois de Cérberus, Hades aparece para ter uma DR com Tenma.
A conversa termina com a promessa de Hades de cortar seus
laços com o cavaleiro de pégasus e a promessa deste de chutar o traseiro do
imperador Hades.
Eu gosto de Tenma, pois ele não é um zumbi debilóide que só
pensa em salvar Atena.
Ele é obstinado e altruísta sem ser irritante.
Os cavaleiros chegam a uma cascata de sangue e já conseguem visualizar a Mokurenji, uma árvore mística cujos frutos podem selar a alma dos 108 espectros de Hades.
A Mokurenji é especial, pois se configura como o único ser
vivo a habitar o inferno.
Tenma realiza que tem algo de errado com a cachoeira de
sangue. Digo, além dela ser uma cachoeira que derrama sangue invés de água. Ele
observa que seus companheiros estão paralisados, então um dos cavaleiros mais
legais do anime se apresenta.
Veja bem: não é que eu seja volúvel. O caso é que Lost
Canvas tem a decência de aceitar que os cavaleiros de ouro são os personagens
mais interessantes da saga dos Cavaleiros do Zodíaco. E, nesta saga em
especial, TODOS os cavaleiros de ouro (pelo menos os que aparecem até o
episódio 26) são muito legais.
Os que não eram bons nas Doze Casas ficaram. Os que já eram
legais ficaram ainda mais. Espere e entenderá os meus motivos.
“Eu sou Asmita de Virgem”.
Asmita questiona o porquê de Tenma levantar a mão contra o
imperador Hades. Tenma se pergunta o que um cavaleiro de ouro está fazendo no
inferno.
Mais um detalhe é que Asmita é uma cópia perfeita de Shaka
de Virgem. Mas a semelhança fica no visual.
Asmita é muito agressivo e impetuoso. Ele não irradia calma
e tranqüilidade, ao menos não nesse primeiro encontro.
E, como era de se esperar de um cavaleiro que transcende o
plano físico e o imaterial, a luta entre os dois se passará apenas no plano
espiritual.
A cena corta para um diálogo entre Dohko e Aldebaran de Touro.
Sim, o cavaleiro de touro usa o mesmo nome do seu sucessor.
E usa também o nome de Hasgard.
Esse cavaleiro é muito imponente. Ele tem longos cabelos
arrocheados que acabam com qualquer semelhança que pudesse ter entre ele e o
outro Aldebaran. E, antes que eu me esqueça, o nome Aldebaran entra para a
minha wishlist de nomes mais legais de todos os tempos.
A conversa entre os dois cavaleiros de ouro revela um ponto
de vista bastante interessante: Aldebaran atenta para o fato de que Asmita
simplesmente ignora a guerra ao seu redor e não para de meditar nem com o
santuário sob ataque.
Aldebaran vai além: ele confessa que não vê o cavaleiro de
virgem com bons olhos, pois ele “pratica” uma religião diferente da que os
cavaleiros estão inclinados a praticar, que é a adoração da deusa Atena.
“Dizem que ele pode cruzar as dimensões como quiser, e que
conversa com Buda”.
“Como inimigo ele é um homem terrível”.
“Eu não quero nem pensar nisso”.
“Você pensou que um punho carregado de emoções tolas funcionaria contra mim”?
Asmita é forte o suficiente para debochar de Tenma, de Hades
e até da própria deusa a quem jurou proteger.
Os meteoros de Tenma não surtem nenhum efeito. E nem
poderiam, visto que a batalha se dá no plano espiritual, e não no físico.
Asmita derruba Tenma na cachoeira de sangue, e afirma que o
Matador de Deuses não seria derrotado tão facilmente. Claro que Tenma não
entende patavinas do que o cavaleiro está dizendo, mas isso fará todo o sentido
com o avançar do enredo. De fato, os roteiristas dessa saga estavam tentando, desde
o começo, consertar algumas coisas erradas que haviam com esse cavaleiro de
pégasus na série original.
Asmita revela que o cavaleiro de pégasus tem uma ligação com o imperador Hades desde a era mitológica, e que esse detalhe pode determinar o rumo da guerra.
Pra quem não entendeu o que quiseram dizer aqui, eu explico:
os roteiristas tentaram amenizar a babação de ovo em torno de Seya e criar uma
explicação para o fato de um reles cavaleiro de bronze de pégasus ser o rola
doce do desenho. Continuando...
O asceta Asmita de virgem utiliza o golpe “Tenma Koufuku”.
Não sei se esse nome foi traduzido errado, mas o golpe “Rendição do Demônio
Rei” chega a ser (quase) tão legal quanto “Satã Imperial”. E o que significa o
nome Tenma, do cavaleiro de pégasus? Depois eu olho no Google. Pronto! Olhei. Tenma é um nome grego que, aparentemente, significa "cheio de vontade; cheio de compaixão e amor pra dar". Até que combina com o personagem de Lost Canvas, mas não combinaria nada com Seya.
“Tenma, você não deveria retornar a esse mundo. Caia nas chamas do inferno e torne-se cinzas”.
Asmita utiliza o Ciclo das Seis Existências em pégasus. Não vou
discorrer sobre eles novamente, pois continuam os mesmos. Digamos, apenas, que
Tenma fica muito “tentado” a cair no mundo dos homens.
Asmita fica de pé. A armadura de virgem é mais bonita que na
saga das doze casas. E virgem, como prova de seu respeito pela determinação de
Tenma, promete revelar ao cavaleiro “a maior sabedoria de Asmita de Virgem”: O
Tesouro do Céu.
Para maiores descrições sobre o modus operandi desta
técnica, acesse Maisumblogdegame.blogspot.com.br e leia o post A Tela Perdida.
Ótima leitura. Recomendo!
Após perder os cinco sentidos, Tenma vai parar na zona fantasma e resta apenas a intuição, o sexto sentido. Asmita vai além e afirma que pode acabar com este sentido também, com um simples aceno de mão.
Ao ver a imagem de uma possível Sasha sendo morta pelo cavaleiro de Virgem, Tenma ataca com toda a sua força e o causa o final do episódio.
EPISÓDIO 8: UM DIA
COM UMA BRISA AGRADÁVEL
O episódio começa com Shaka, quer dizer, Asmita entregando os frutos da Mokurenji a Tenma. Ele manda que o cavaleiro leve 108 frutos: um para cada espectro. Eu, como eterno pessimista que sou, levaria pelo menos uns 200, pro caso de alguma merda acontecer (a sacola se rasgar; algum passarinho esfomeado atacar durante a noite...), mas em desenho animado esse tipo de coisa não acontece.
“Da próxima vez nos encontraremos na terra, Pégasus”.
Além de tudo, Asmita ainda é vidente. Concordo com Dohko: pegar briga com um cara desses é loucura. Aliás, Asmita é tão forte que passa a impressão de que ele podia chutar o rabo de Hades pessoalmente, se assim decidisse.
Só resta uma flor na pulseira de Tenma, e seus companheiros
precisam se apressar e leva-lo de volta ao mundo dos vivos. Mas claro que isso
não seria tão simples, não é mesmo?
Asmita tinha algumas dúvidas quanto à guerra que está
acontecendo, e vai ver Atena.
Sasha começa a dar sinais de cansaço por manter a barreira e
afirma que, pelo fato de ser cego, Asmita consegue enxergar muito além dos
sentidos físicos comuns. Peraí...
Asmita é cego? WTF? Imagina se ele enxergasse, o estrago que
não causaria?
“Você se encontrou com Tenma no inferno. O que achou dele”?
Pergunta Sasha.
“Ele é esquentado, emotivo e tolo. Mas é uma pessoa bem
humana.”
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... nobody knows the way it's gonna be... |
Yato carrega Tenma nas costas e já se aproximava da saída do inferno com Yuzuriha, quando é interrompido por Stand, o besouro mortal da estrela da feiúra.
Sinceramente, com tantos defeitos pro cara escolher e acha
de ficar logo com um que vai impossibilitá-lo de pegar mulher na vida.
Bem, eu usei a palavra interrompido pelo fato de achar que
essa luta não é nem um pouco inspirada. Os cavaleiros de bronze não são as
estrelas principais dessa série e não deviam ocupar muito tempo do enredo.
Tenma e Yuzuriha conseguem voltar, mas Yato fica empacado
com o besouro da feiúra no mundo dos mortos.
Veja bem: Yato e Tenma, até pouco tempo, se odiavam. Tenma
levou uma surra de Yato e não tinha nada em comum, além do fato de serem
cavaleiros e terem a missão de proteger Atena.
Quando Yato se sacrifica para resgatar Tenma e possibilita
que seus dois companheiros escapem, Tenma começa a perceber seus reais sentimentos
pelo detestável rival.
Isso é uma construção de amizade lenta e bastante realista,
ao meu ver.
“O que houve com a sua confiança? Unicórnio é um cavalo, não é? Então eu vou montá-lo.”
Realmente: não conseguir pegar ninguém por ser da estrela da
feiúra deve ter deixado Stand com pouquíssimas opções de intercurso amoroso. E,
dado o tamanho desse espectro e o fato de Yato estar desacordado, posso
concluir que o cavaleiro de Unicórnio está em maus lençóis.
Yato acorda a tempo de preservar a sua integridade anal e
ataca, mas é agarrado pelo golpe Stand by Me (fica comigo) do espectro. Tá
vendo como a minha teoria sobre a feiúra de Stand faz todo sentido agora?
Yato acerta um Galope do Unicórnio em Stand, ao mesmo tempo
que leva um socão causador de Doublé K.O. em qualquer Street
Fighter. Mas ele não consegue terminar a luta, pois é trazido
de volta pela espada que lhe permitia caminhar no mundo dos mortos.
Uma tropa de espectros é enviada para recuperar os frutos roubados da Mokurenji.
Os espectros se dirigem à torre onde estão Tenma, Yato,
Yuzuriha e o mestre da amazona, mas têm o azar de dar de cara com Asmita de
virgem. Ele mata a cambada com um papel de parede belíssimo e avança para o
topo da torre.
Os frutos da Mokurenji são parte do material que constituem as súplices que protegem os espectros. Eles têm o poder de selar a alma dos espectros mas, para tanto, devem ser energizadas por um cosmo no limite máximo. Só um cavaleiro altamente iluminado e sem dúvidas em seu coração pode alcançar tal proeza.
É então que o anime resolve nos apresentar ao nome mais esdrúxulo de toda a série: Chesire de gato-fada, da estrela terrestre da besta.
Pausa para refletir sobre todas as coisas mais fru-fru e
algodão doce que já foram feitas em um anime...
Pronto, recobrei os cinco sentidos que me foram retirados
por ouvir um nome tão fresco e algodoado como esse.
O fato é que, mesmo parecendo bastante confiante nesse
primeiro encontro, não se engane: Chesire é o personagem mais covarde e esquivo
do desenho, até a parte onde que eu assisti.
Sage revela que Asmita é cego, e Tenma fica surpreso com tal revelação. Asmita, por sua vez, fala que isso nunca o atrapalhou em chutar bundas a uma distância Terra-Júpiter, sendo que ele é o único homem no mundo que pode alcançar um cosmo máximo para ativar os frutos da árvore.
Sage conserta a armadura de pégasus com o sangue de Asmita
que, por razões óbvias, não se importa com a doação.
Sage ainda pede desculpas por não poder realizar a missão de
Asmita. Isso deixa claro duas coisas: uma é a de que Sage teria plena
capacidade de alcançar o cosmo máximo, a despeito de toda a falação sobre o
poder de Asmita. A segunda é que os roteiristas do anime, desde os primeiros
episódios, já sabiam da grandiosidade e do papel que Sage representaria no
roteiro. É ótimo saber que tudo foi muito bem planejado desde o começo no ótimo
roteiro de Lost Canvas.
“Que brisa agradável. Que dia agradável...”
Não é preciso ser a Mãe Diná ou mesmo ser muito esperto para sentir o que aconteceria com o cavaleiro de Virgem neste episódio.
Depois de um belo flashback no qual Asmita leva uma lição de
moral de uma deusa Atena de 6 anos de idade, o cavaleiro começa a elevar seu
cosmo ao máximo. Ele utiliza uma técnica que invoca demônios e começa a matar
os espectros de Hades definitivamente.
“Você tem um rosto mais infantil do que eu imaginava”.
Lembram do que eu disse sobre como os roteiristas utilizaram de forma engrandecedora os elementos da mitologia da série antiga?
Lembram-se na luta de Shiryu contra Máscara da Morte, o que
aconteceu quando Shiryu alcançou o sétimo sentido? Isso mesmo... Ele teve sua
cegueira curada pelo milagre do cosmo máximo. O mesmo aconteceu a Asmita, que
pode enxergar com seus grandes olhos azuis novamente.
Tenma cai de joelhos e
EPISÓDIO 9: A GRANDE
ESTRELA
O episódio nove começa com os espectros que foram mortos pelas rosas de Albafica ressuscitando.
Eu ODEIO o começo desse episódio por este motivo: saber que
os esforços de um dos cavaleiros mais fortes foram em vão, assim como a sua
morte, me corrói por dentro enquanto assisto.
Eles se levantam e decidem continuar a sua missão de invadir
o santuário.
Para o total e completo azar dos espectros eles são recebidos em suas novas vidas por Aldebaran de touro, que varre o chão com a cara dos espectros usando seu Grande Chifre.
Uma conversa com Dohko me faz perceber o quanto eu gosto da personalidade de Hasgard. Mais à frente veremos que ele cuidava de crianças em um orfanato. Ele é mais velho que a média dos cavaleiros de ouro. Ele é bem grande e forte, assim como o Aldebaran das doze casas. Mas ele não tem uma personalidade clichê ou exageradamente machona: Aldebaran é forte quando precisa ser (95% das suas aparições). É sensível quando a situação exige e é bondoso quando a ocasião permite. Gosto muito deste personagem e da forma como ele interage com os outros cavaleiros.
Ele é o completo oposto de Albafica, que afastava as pessoas
de si. Hasgard inspira força e confiança àqueles que estão ao seu redor.
Muita atenção aqui. Essa é uma das melhores partes deste
anime, se é que é possível delimitar os pontos mais altos desta obra.
Enquanto refletia sobre a morte prematura de Albafica de
peixes e o sumiço de Asmita, Aldebaran avista um objeto voador não identificado
vindo do horizonte com tudo em sua direção.
“Um cosmo tão hostil que chega a ser selvagem”...
O inimigo alado é um velho conhecido nosso: Kagaho, o Yori
Iagami do Lost Canvas.
Ele pergunta sobre Dohko de libra antes mesmo de se
apresentar, coisa que faz Aldebaran prometer que vai lhe dar uma lição de bons
modos.
Dois jovens e uma candidata à amazona discutem sobre o
atraso de Hasgard. Eles são discípulos de Aldebaran no santuário e foram
criados por ele no orfanato em que viviam. Esses personagens não são
importantes, mas têm a sua profundidade enquanto aparecem.
Kagaho informa que não quer o cavaleiro de touro como oponente, que sua treta é com Dohko. Aldebaran segura o espectro pelo ombro, e este começa a queimar seu cosmo em forma de chama negra para torrar o braço de Hasgard.
Aldebaran desdenha do poder das chamas de Kagaho e, simplesmente,
enfia a cara do espectro a sete palmas do chão.
Essa cena é uma das mais legais nestes episódios. E isso já
é um motivo mais do que justo para um sujeito orgulhoso como Kagaho considerar
Aldebaran como um alvo a ser eliminado a qualquer custo.
Depois das apresentações terem sido feitas, Aldebaran cruza
os braços e a batalha começa.
Kagaho usa seu golpe Explosão da Coroa do Sol (Corona
Blast). Aldebaran nem liga para as chamas e acerta um Grande Chifre em cheio no
espectro.
“Você e suas chamas são violentos demais. São chamas negras que queimam a tudo sem distinção”.
Kagaho faz uma declaração de amor ao soberano Hades,
confessando que está pouco se lixando para Atena, a guerra santa e até mesmo
para os outros espectros. Isso será relevante para um episódio mais à frente,
quando ele se encontrar com o cavaleiro de Pégasus. Se eu me esquecer de citar
esse detalhe, tirem suas próprias conclusões quando chegar a hora (sabe como é:
escrever um post com quase 100 páginas de Word causa um pouco de amnésia...)
O treinamento continua sem o professor, e os três jovens se
lembram de quando foram resgatados pelo cavaleiro de touro.
Com o início da guerra santa, Aldebaran não poderia mais
viver a sua vida como Hasgard, mantendo o orfanato. Os três jovens decidem se
tornarem cavaleiros apenas para ficar perto daqueles que consideram como pai.
![]() |
Só vai ter sobremesa pra quem me vencer numa luta |
O fato deles considerarem Hasgard um pai não é algo que seja dito na história, mas um bom entendedor consegue se banquetear com meias palavras, então...
Uma atenção especial ao personagem Salo, um dos alunos de
Aldebaran. Ele foge durante um sermão do seu mestre por ter medo da violenta
vida de cavaleiro que terá que levar para ficar perto de seu mestre. Depois
ficará mais claro que, mesmo sendo personagens de pequena importância para o
enredo, esses três jovens esbanjam profundidade no roteiro.
A luta continua. Depois da conclusão de Aldebaran de que Kagaho é violento mas não é maligno, ele ataca novamente com um Grande Chifre. Mas o golpe é facilmente desviado pelo espectro, que se aproveita da idiota regra de que um golpe não funciona duas vezes contra o mesmo oponente.
Ele observa, ainda, que os braços cruzados de Aldebaran não
são um sinal de arrogância, e sim uma postura para soltar seu golpe. A animação
de Hasgard estendendo os braços em câmera lenta para atacar é muito bonita. Dá
gosto de ver. Continuando...
Dohko se dirige para onde o pau está comendo no centro,
quando encontra os cavaleiros de prata que foram incumbidos de trazer os corpos
dos espectros derrotados por Albafica para dentro da barreira de Atena.
Os inúteis foram derrotados por um espectro muito veloz e
forte (leia-se: Kagaho).
É incrível como os cavaleiros de prata não servem pra nada
nessa série.
Quer dizer: para pra pensar nas prezepadas que os cavaleiros
de bronze aprontaram até então. Aí fica fácil perceber como os cavaleiros de
prata são relegados ao esquecimento neste anime.
Aldebaran paga pela sua arrogância: após levar uma sucessão de socos que desfazem a sua postura, o cavaleiro é acertado por um Shoryuken que faria o ultra Forbidden Shoryuken de Gouken parecer um reles tapa.
Depois de apanhar de novo, Kagaho usa sua técnica Crucify Ankh, um tipo de estacas de chama que paralisam o oponente (não se preocupem. Não há perda dos cinco sentidos como efeito colateral).
Kagaho afirma que é impossível se livrar das chamas, e que o Corona Blast é suficiente para acabar com o inimigo.
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Mas que porra é essa!? |
Aldebaran está cego de um olho e completamente paralisado. Dohko chega a tempo de ver o estado calamitoso de seu amigo, e o episódio acaba.
EPISÓDIO 10: O
ADVENTO
Hasgard desperta e lembra Dohko da regra fundamental de
combates entre os cavaleiros: um e apenas um oponente por vez. Ao menos essa
regra parece ser respeitada, em geral.
“A grande estrela de Aldebaran não seria queimado por uma
chama dessas”.
Aldebaran manda as regras às favas e se livra do Crucify Ankh simplesmente “porque sim”.
A peleja continua, e os discípulos de touro chegam para
assistir à luta.
Salo vai ao encontro de seu mentor e grita que não quer que
Hasgard morra. Essa cena traz à tona uma lembrança de Kagaho. Eu confesso que
simplesmente não me recordo dessa parte do episódio, então vou dar uma espiada
com bastante atenção.
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A história e Kagaho me lembra os dramas vistos em Valkyrie Profile |
Pronto. É um flashback bem curto, no qual Kagaho e um amigo estão sentados em um poço. É curioso saber que um espectro do nível de Kagaho ainda tenha laços com sua vida humana. Isso faz o espectro virar o rosto e se sentir muito mal pelo que está acontecendo.
De fato, acho que Kagaho não gosta da guerra. Ele só quer
ficar perto de quem importa, Hades.
Kagaho solta três Corona Blast de uma vez só, e Aldebaran cai de joelhos diante do poder do inimigo. Mas Aldebaran é forte pra caramba e estréia um novo golpe: a Supernova Titânica.
Depois de levar uma pedrada de dez toneladas, Kagaho fica
gravemente ferido. Agora ficou bem clara a diferença de poder entre os dois.
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Você é um fanfarrão, seu 06 |
Kagaho parte e Aldebaran cai feito uma pedra no chão. Nessa parte eu pensei que já estavam começando a forçar a barra para que todos os cavaleiros de ouro morressem. Bem, a festa continua.
Aldebaran admira a força de Kagaho e começa a rir por causa
de seu estado. Seus discípulos o ajudam a ficar de pé e tudo acaba bem.
“Kagaho, para onde você voltará”?
Aldebaran quer voltar ao santuário, seu lar, e se pergunta o que acontecerá ao seu oponente.
A Kagaho, só resta a dor de seus ferimentos e um grito de
extrema frustração, pois sabe que tudo que Aldebaran disse durante a luta era a
mais pura verdade.
Hasgard retorna à sala do Mestre para seu relatório. E mais um cavaleiro de ouro nos é apresentado: Sísifus de sagitário.
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Olha pra mim, Shadow! Eu sou mais presença que o Dohko |
Esse cavaleiro é muito forte e imponente. Também gosto muito de seu nome. Seu papel será de suma importância no enredo do anime, e eu espero do fundo do meu coraçãozinho nerd que ele tenha um golpe melhor que o Trovão Atômico para nos mostrar.
Depois, ficamos sabendo que Sísifus foi o responsável por
trazer Atena ao santuário e vem, até o presente momento, desempenhando o papel
de protetor direto da deusa.
Sísifus se questiona sobre ter retirado Sasha de perto de
seu irmão, Alone, e afirma que seu coração dói ao saber que a deusa terá que
lutar contra seu próprio irmão na guerra santa.
Esse detalhe da personalidade de Sísifus será vital para
entendermos a relação com esse cavaleiro nos episódios posteriores.
A barreira de Atena é quebrada por ninguém menos que o Hades em pessoa, que pousa no santuário sem o menor pudor ou vergonha na cara.
Hades começa a destruir o santuário, e podemos ter um
lampejo do cavaleiro de ouro de câncer, que terá sua chance de brilhar nos
episódios futuros.
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Bazinga! Quer dizer, mandinga! |
Hades faz uma mandinga que paralisa os cavaleiros Aldebaran e Sísifus. Shion também é afetado pelo poder do imperador.
Em um dos momentos de maior tensão do desenho, Sísifus consegue se levantar, mesmo diante da enorme pressão exercida por Hades, e prepara o arco e flecha da armadura de sagitário.
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Sísufus é muito corajoso ou muito burro? |
Sísifus dispara e Hades simplesmente devolve a flecha de volta, acertando o cavaleiro direto no coração. Quem diria que Hades tinha vocação pra cupido...
Atena se enfurece, desse dos saltos e aponta o seu báculo em direção ao imperador Hades. Sasha demonstra muito mais atitude que certas vacas mimadas que ficam doze horas em um lugar esperando ser salva pelo super Mario.
Hades puxa uma Soul Edge da manga e se prepara para lutar, mas é interrompido por um clarão. Imagina se o arroz de festa do cavaleiro de pégasus ia perder uma reunião dessas...
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Querida, cheguei!!! |
Tenma vem carregando o rosário de Asmita e está decidido a cumprir a promessa de chutar o traseiro de Alone pra bem longe. Fim de mais um emocionante episódio.
EPISÓDIO 11: FORA DE
ALCANCE
O episódio começa comigo percebendo que esqueci de falar
sobre um aspecto desse anime: a sua abertura.
Geralmente os animes japoneses (acho que isso foi uma
redundância) têm uma abertura que ou é totalmente irritante ou não tem nada a
ver com o desenho. Veja o exemplo de Death Note: um desenho sobre a astúcia e
inteligência humanas tem uma abertura na qual um japa muito louco começa a
berrar feito um carneiro sendo sacrificado. Na segunda temporada, um rock de
rasgar os ouvidos bastante frenético. Confesso que dessa segunda música de
Death Note eu gosto muito, mas ainda assim ela não tem muito a ver com sutileza
e sagacidade.
Já com Lost Canvas, a música da primeira temporada é
bastante calma (apesar de começar com solos de guitarra) e melodiosa. Ela me
lembra muito aquelas músicas dos anos 80, como “Eyes Without a Face” do Billy
Eidol.
No começo eu não gostava muito e pulava logo pra porrada. Eu
ainda faço isso, por falta de tempo, mas às vezes me flagro ouvindo “só mais um
pouquinho”...
Começando...
Tenma ergue o rosário e as almas do espectros que estavam dentro da barreira de Atena são aprisionadas.
“Ressuscitar os espectros sempre foi um estorvo para mim. Se
o seu rosário vai acabar com a imortalidade deles, ótimo”.
Alone está disposto a acabar com Atena, pois essa é uma
guerra de verdade, e manda o cachorrinho que havia salvado para cima da deusa.
O cão do inferno cérberus ataca e Tenma protege Sasha.
Perceba o que eu disse: Tenma protege SASHA, não Atena.
Um detalhe curioso dessa parte é que Tenma não é afetado
pelo poder de Hades, que deveria manter paralisado todos os cavaleiros dentro
das doze casas. Deve ser bendita pulseira de novo...
Tenma mata o cão cérberus com seus meteoros da paixão...
digo, Meteoros de Pégasus.
Hades finalmente decide me contrariar e sela os movimentos de Tenma. Ele ataca Tenma com a espada mas é impedido pelo Selo de Atena invocado pelo mestre do santuário, A Prisão de Talismãs. Essa prisão é muito forte e tem a capacidade de inibir os poderes de um deus. Hades agora está em maus lençóis...
Hades revela que o mestre é o garoto que sobreviveu à última
guerra santa, há duzentos anos. É bom prestar atenção a esses detalhes daqui
pra frente, pois a relação do mestre do santuário e seu irmão com essa guerra é
uma das coisas mais legais até agora na história.
De fato, sem Sage e Hakurei, duvido que a qualidade do
desenho fosse a mesma.
Um flasback revela que o mestre foi o cavaleiro de ouro de Câncer na última guerra contra Hades.
Atena e o mestre teleportam todo o templo de Atena acima da
torre onde ficam presos os 108 espectros, e planejam exorcizar o espírito de
Hades do corpo de Alone para acabar com a guerra santa.
Pandora aparece para quebrar o gelo e se mostra ser bastante
fria e calculista. Eu gosto mil vezes mais dessa Pandora que da primeira, da
saga original. Ela é forte e impetuosa, não uma mulherzinha frágil com voz de
Lilica do Looney Tunes.
“Você é patética para ser a deusa que é filha de Zeus”.
Atena decide lavar a roupa suja na frente de todo mundo e
afirma que não se lembra de ter dado a liberdade a Pandora de chamá-la de
patética. Nossa! Eu juro que fiquei esperando pela cena em que as duas iam
começar a puxar o cabelo uma da outra...
A cena a seguir é de suma importância para a construção de certos elementos futuros no enredo, principalmente os que envolverão o cavaleiro de sagitário.
Pandora afirma que Atena é uma cobra ladra e suja, por ter
escolhido viver como ser humana e reencarnar como irmã do imperador Hades.
Atena, por sua vez, não acha que a sua escolha seja um
rebaixamento, e afirma que preferia estar vivendo os velhos dias na companhia
de Tenma e Alone.
Sísifus não é evidenciado durante esses diálogos, o que eu
acho que foi um erro: Atena demonstra infelicidade no seu atual estado de deusa
guerreando contra o imperador do submundo. Sísifus foi o responsável por tirar
a pequena Sasha da companhia de seus amigos. Somando um mais um dá pra ter uma
noção do que se passa na pobre cabecinha do cavaleiro de ouro...
A coisa esquenta e Pandora carrega uma mega bofetada na cara de Atena, e uma tiara sai voando no ar. Mas é a tiara da armadura de pégasus que é atingida...
Tenma é foda. Ele consegue encarnar o papel de cavaleiro e
cavalheiro ao mesmo tempo, sem ser um baba-ovo zumbi que só pensa em... salvar
Atena... salvar Atena.
“Tanto a sua voz quanto seu punho já não podem mais me
alcançar, Tenma”.
Pégasus vai atrás de Hades, que simplesmente entra na carruagem trazida por Pandora. É então que Hades revela o seu maligno plano.
“O imperador do submundo, Hades, pintará um quadro do
mundo”.
Lembra o que acontecia àqueles que eram retratados nos quadros de Alone? Sim, é isso mesmo que você está pensando: Alone planeja pintar um quadro COM TODAS AS PESSOAS DO PLANETA E ACABAR COM A VIDA NA TERRA DESSA FORMA. Só não entendo porque ele não começa pintando os cavaleiros de ouro ou o próprio Tenma, que são óbvias pedras em seu sapato.
Essa é a verdadeira Tela Perdida. Essa é a tela que dá
título ao anime. E eu, particularmente, acho esse um artifício muito
inteligente para manter um personagem do naipe de Hades ocupado enquanto nos
divertimos horrores com lutas estupendas entre os espectros e os cavaleiros de
ouro.
Tenma se irrita com toda a conversa de Hades e parte em direção do inimigo. Pandora chama por Violet, o espectro da estrela celeste da solidão. Ele estava escondido na sombra do imperador Hades e parte pra cima de Tenma. Aldebaran intervém e protege o cavaleiro de bronze.
Tenma tenta seguir a carruagem mas leva um choque do
tridente de Pandora.
Hades suspeita que Pandora tentava espioná-lo escondendo um
espectro em sua sombra, e revela que foi ao santuário para se vingar de um
certo cavaleiro.
Então dois dos inimigos mais legais do desenho aparecem.
Bem, as suas sombra aparecem em uma floresta: Tanatos e Hipnos desconfiam que
Hades não está preparado para governar o exército de espectros e começam a se
mexer.
O mestre do santuário lamenta a perda de oportunidade de fazer Alone voltar a ser humano novamente. Atena responde com um “eu sei”.
“Não há outra escolha a não ser mata-lo como Hades...”
EPISÓDIO 12:
SACRIFÍCIO SEM FIM
O episódio começa com as reflexões de Tenma sobre a reconstrução do Santuário após o ataque de Hades e o medo que a população sente por causa da Lost Canvas que enfeita os céus.
Depois de onze episódios, finalmente os roteiristas do anime
resolveram dar uma chance a esse personagem e mostrar um pouco de sua
personalidade. E eu gosto muito do Tenma que será visto daqui em diante.
Dohko interrompe a reflexão de Tenma com um soco na sua
cabeça. O cavaleiro de ouro aparece sem camisa, vestindo apenas a parte de
baixo da armadura de ouro. Isso deve ter causado vários orgasmos em muitas adolescentes
nerds ao redor da nerdosfera. Mas o que me chama atenção nessa série é como a
força dos personagens nunca fica muito bem definida. Uma hora eles levantam
colunas de pedra com uma mão. Na outra tropeçam, caem de cara no chão e sangram
como menininhas choronas. Isso é típico da narrativa japonesa, de não se
importar de onde vêm os poderes de um personagem.
Tenma afirma que gostaria de conversar com Sísifus, mas este
continua inconsciente. É estranho, já que Tenma conhece esse cavaleiro e passou
boa parte de seus anos de treinamento no santuário.
Dohko revela que o ataque do imperador Hades fere não só o
corpo, mas também a alma do oponente. É por isso que Sísifus não acorda. Não
por ele ser uma menininha chorona. Entendeu?
“É uma pena, Tenma, mas eu não consigo sentir simpatia por
seu amigo”.
Apesar das palavras acima, Dohko pede para que Tenma não desista de seu amigo, pois a sua perseverança pode ser a única coisa que salvará Alone. E é por isso que eu gosto muito do cavaleiro de Libra nessa série: ele é muito altruísta e bondoso. É impulsivo e meio cabeça dura, mas sabe que seu modo de pensar não se aplica a Tenma ou aos mais jovens. Ele sabe separar as coisas e leva-las a sério quando precisa.
Pandora tem um mau pressentimento sobre o imperador Hades, e os deuses Hipnos e Thanatos aparecem para lhe dar a ordem de matar o cavaleiro de pégasus. Fica claro, nessa parte, quem é que realmente está orquestrando toda a guerra santa. Dica: não é o Hades.
Thanatos e Hipnos flutuam acima de Pandora como anêmonas. E
falam sem mexer a boca. Sim, você adivinhou onde quero chegar: FALAR SEM MEXER A BOCA TAMBÉM ENTRA PARA
LISTA DE ATOS DE SUPERIORIDADE DIVINA.
Depois de castigarem Pandora simplesmente porque ela merece,
os dois deuses decidem enviar Hades a um ateliê especial para que ele possa
terminar a Lost Canvas sem distrações.
Que Thanatos, o deus da morte, tenha interesse no plano de
Hades eu entendo. Mas o que Hipnos, o deus do sono, ganharia com todos os
sonhadores do mundo mortos? Boa pergunta...
Pandora envia dois espectros de baixo nível para matar Tenma: um que controla as sombras e um que pensa que é um morcego.
Aldebaran sai da casa de virgem e avista uma nuvem de
morcegos em plena luz do dia. Mesmo não sendo um especialista em mamíferos, ele entranha tal
fato.
Tenma treina com os alunos de Aldebaran. O professor se junta aos alunos, e uma divertida música que me lembra a trilha de Chrono Trigger toca ao fundo.
O cavaleiro de ouro tenta ensinar algumas lições a Tenma.
Os alunos de Hasgard caem no sono um por um. Tenma também
adormece. Aldebaran começa a cair no sono também. O golpe Nightmare Sonar do
espectro simplesmente não faz distinção de poderes e afeta a um cavaleiro de
ouro da mesma forma que faria com qualquer outro oponente.
Isso me irrita, digo, esses golpes que ignoram a tudo e
simplesmente arregaçam com tudo, como a fragrância do espectro que matou
Aldebaran da primeira saga de Hades, ou o poder de petrificação do (terrível e
estiloso) cavaleiro de prata de Górgona.
O espectro da sombra estava prestes a arrancar a cabeça de Tenma com a mão, quando Aldebaran interrompe a sua ação dizendo “espere”!
Aí eu me pergunto: e se o espectro não tivesse esperado, por
uma razão ou outra, e continuado seu golpe? Não é meio imprudente um cavaleiro
que se move na velocidade da luz confiar nos reflexos do inimigo? Deixa pra
lá...
Bem, o fato é que Aldebaran destruiu seus tímpanos para não
ser afetado pelo golpe do espectro wanna be morcego. Mas como raios ele sabia
que a causa do sono era um som? Novamente, deixa pra lá... deve ser uma licença
poética do anime.
Ele solta um Great Horn no cavaleiro da sombra e o derrota. Fico imaginando se o Nightmare Sonar realmente afetou todo o santuário, pois nem Atena (uma deusa) nem outros cavaleiros parecem estar por dentro do que se passa.
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Diga adeus àquela gordurinha localizada... |
Aldebaran é perfurado pela mão do cavaleiro wanna be morcego, que aproveitou o ponto cego do olho de Hasgard para atacar de surpresa. Como eu odeio esses espectros putinhas que ficam fugindo e atacando pelas costas.
Pra piorar, o golpe do espectro afeta diretamente os nervos
do oponente: mesmo que não adormeça, Aldebaran perderá os movimentos aos
poucos. É uma saída meio escapista, mas eu gosto da lógica de enfraquecimento
do golpe.
O espectro morcego aproveita as junções da armadura de touro para perfurar seu corpo. As feridas da batalha contra Kagaho se abrem, e touro fica em uma situação difícil de escapar.
Depois de levar um golpe mortal do espectro wanna be
morcego, Aldebaran dá um golpe de judô que mata o espectro rapidamente.
O outro espectro, o das sombras, usa a técnica Mensageira da
Morte para tentar dar cabo de touro.
Eu gosto muito deste golpe (acho que mais pela música sombria que pelo golpe em si). Veja a descrição dele pelas próprias palavras do espectro:
“As palavras que a cabeça desta mulher recita são as
palavras da Morte. Mesmo que seus ouvidos estejam fechados, as palavras
penetram a pele e param as batidas de seu coração”.
Aldebaran não morre. Apenas fica de joelhos e consegue
agarrar a cabeça do espectro e lhe aplicar uma Supernova Titânica à
queima-roupa.
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Covarde, feioso e de dentes grandes: adivinha qual será seu destino? |
Então o espectro sapo aparece para ganhar os créditos pela morte de touro e pégasus.
Mas ele não vai muito longe: uma coluna de chama negra
fulmina o espectro ridículo de dentes grandes. Lembra do que eu falei, sobre o
destino reservado a personagens com esse padrão de visual?
Tenma desperta a tempo de ver o cadáver de Hasgard e Kagaho
de pé, ao seu lado.
Tenma conclui que Kagaho matou o cavaleiro de touro, e parte para cima dele. Claro, um espectro com um poder comparável ao dos três juízes do mundo inferior não seria derrotado pela raivinha de um cavaleiro de bronze.
Kagaho revela os planos de Pandora e de Hades, e fala que
ele vá comprovar por conta própria se não acredita. O espectro se vai,
lamentando que um cavaleiro do nível de touro tenha perdido em tais injustas
condições.
Os alunos de Hasgard despertam e caem
Como um mais um são dois, Tenma decide deixar o santuário.
Esse raciocínio de Tenma não é nada forçado, e é típico de
adolescentes que acham que podem resolver tudo sozinhos.
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... mas qualquer um em seu lugar faria o mesmo |
Tenma parte diante do triste grito de choro e desespero do discípulo de Aldebaran. E mais um episódio se encerra...
EPISÓDIO 13: A
PARTIDA
O episódio começa com um belo pôr-do-sol e a Lost Canvas pairando ameaçadoramente no céu.
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Uns acham sublime. Eu acho sinistro... |
O episódio começa com um belo pôr-do-sol e a Lost Canvas pairando ameaçadoramente no céu.
Tenma ouve os comentários de uns aspirantes a cavaleiro de
que o mestre Aldebaran morreu protegendo o cavaleiro de pégasus. Isso deixa
Tenma arrasado pela culpa.
Eu, particularmente, acho os sentimentos do cavaleiro de
pégasus bastante plausíveis e verossímeis: imagina se você fosse o responsável
indireto pela morte dos maiores heróis do seu país? Como as pessoas passariam a
olhar pra você? Como você se sentiria? E se você pudesse se adiantar e fazer
alguma coisa para impedir que isso acontecesse? Pois é...
“Apenas vivam com força e gentileza...”
Esse foi o conselho de Hasgard aos seus alunos. A filosofia
do cavaleiro de ouro era a de que não é necessário ser um cavaleiro para ajudar
na guerra santa.
Selinsa, a discípula de Aldebaran, decide abandonar o seu
treinamento de amazona e assumir o antigo orfanato do seu mestre.
Bem, levando em conta como essa série é machista pra caramba
com relação às chances de sucesso de guerreiras mulheres, Selinsa se mostrou
mais que sensata em sua escolha.
E viver com força e gentileza pode ser uma tarefa mais
difícil que a de ser um cavaleiro.
Força qualquer pessoa pode ter. Desde a física (treinamentos)
até a de espírito e de alma (provações durante a vida). Mas, viver com
gentileza, aí o buraco é mais embaixo.
O ser humano é podre. Por fora. Por dentro. Propositalmente
ou mesmo sem perceber. Gentileza é uma das características que mais admiro em uma
pessoa pois, para ser gentil, se faz necessário controlar todo o lado ruim,
ganancioso e sem escrúpulos que existe em cada um de nós. É uma enorme
provação. Uma prova de autocontrole e de paciência consigo mesmo e com os
outros.
Tenma parecia ouvir toda a conversa dos dois alunos e é corroído por uma culpa tão terrível que quase transcende o fictício ao real. Mas sua dor é interrompida por um dos personagens de quem eu mais gosto neste desenho. Sim, você adivinhou: ele é um cavaleiro de ouro, e seu nome é Manigold de Câncer.
“Se há guerra, é óbvio que há mortes também”.
Apesar do nome esquisito e da semelhança com Máscara da
Morte, Manigold tem uma personalidade TOTALMENTE
OPOSTA à do cavaleiro de câncer das doze casas.
Ele insulta Aldebaran e provoca a ira de Tenma.
Manigold prega uma peça em Tenma (e no espectador) e conclui que Tenma é importante por sua ligação com o imperador Hades.
Ele decide aprisioná-lo para que não fuja ou corra perigo.
Hipnos manipula Pandora de forma que ela aprisione o imperador em um ateliê longe de qualquer distração. Hipnos e Thanatos são dois personagens assustadores e grandiosos na série, caso eu ainda não tenha dito isso.
Eu adoro a forma como eles são imponentes, e as suas
armaduras me lembram muito o estilo da armadura de Lenneth do Valkyrie Profile.
O curioso é que Hades não dá a mínima para o fato de ter
sido aprisionado e continua pintando a Lost Canvas na maior sussa...
Tenma consegue fugir da cela especial por uma passagem secreta, revelada por Yato e Yuzuriha. A bela moça, agora, é oficialmente uma Amazona de Prata. Ela não se importa de tirar a máscara na frente dos dois colegas, o que me dá a liberdade de concluir que a moça tem futuros planos de participar de uma ménage (dois cavalos ao mesmo tempo, heim safadinha?).
Não que isso impeça os roteiristas de continuarem sendo
machistas e idiotas com essa personagem, que devia servir de guia e de
protetora dos outros dois cavaleiros.
Yuzuriha afirma que já havia passado no concurso para
amazona de prata, mas sua armadura ficou retida na alfândega do santuário por
entraves meramente burocráticos.
O mestre do santuário revela a Atena o plano de prender Tenma nas profundezas do santuário. Atena concorda, mas o mestre de Yuzuriha aparece para explicar seu ponto de vista: deixar Tenma solto para que faça o que seu coração mandar.
O mestre decide fazer vista grossa à fuga de um reles
cavaleiro de bronze, e o mestre de Jamir avisa que se a senhorita Sasha tem
algo a dizer, que diga enquanto é tempo.
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Perguntar não ofende: quer casar comigo, Sasha? |
Sasha é linda. Ela parece com uma daquelas high priests de jogos como Atelier Alguma Coisa, da Nippon Ichi. Ela solta o báculo nas mãos do Kiki não pentelho e vai correndo falar com seu amigo de infância.
“Thanatos irá lhe proporcionar uma morte cheia de medo e desespero”.
Como são terríveis os deuses da morte e do sono.
Os deuses gêmeos decidem intervir diretamente para impedir
que Tenma tenha qualquer contato com Hades, e colocam uma barreira em volta do
castelo de Hades.
Sasha aparece de longe e apenas mostra a pulseira de flores
a Tenma, que retribui o gesto.
Nem uma palavra é necessária. E mais um episódio acaba.
Devo alertar aos leitores de que o melhor ainda está por vir. Para continuar a escrever, precisarei fazê-lo apenas quando estiver com muita vontade e inspiração, visto que a melhor parte deste anime começa agora e quero apresentar um texto à altura. E que este seja o mote do post daqui pra frente.
Aqui começa a segunda temporada. Um pouco mais de atenção será dada a Tenma, Yato e Yuzuriha, mas os cavaleiros de ouro brilharão mais do que nunca nesse anime. Vamos em frente que atrás vem cometa de pégasus...
O episódio começa com os três cavaleiros escalando uma montanha em uma típica cena de humor japonês. Mas não é isso que interessa. O mais importante é a cena
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É hora do chá afetado das cinco |
A cena corta para Hipnos e Thanatos tramando o MAL contra Tenma. Até aqui esses dois deuses só sabem ficar dizendo que vão cuidar de pégasus pessoalmente e tomar chá feito uns afetados. Mas não se engane: Thanatos e Hypnos (mais o primeiro que o segundo) renderão alguns dos melhores episódios que Lost Canvas tem a oferecer.
Thanatos informa que emprestou uma parte de seu poder a um
espectro, para que ele dê cabo de Tenma de uma vez por todas.
Prepare-se para uma das cenas mais legais, envolvendo um do personagens mais legais do desenho: o mestre de Jamir e o mestre do santuário iniciam uma batalha totalmente desnecessária apenas para divertir a nós, os telespectadores do anime.
Caso não tenha dado pra perceber, eu estava enrolando para
não admitir que não me lembrava os nomes exatos dos dois personagens. Mas agora
ficou claro: o mestre do santuário se chama Sage (que, talvez por coincidência,
significa “sábio”) e o mestre de Jamir se chama Hakurei. Eles são irmãos gêmeos
e lutaram na última guerra santa, há duzentos anos. Como eles continuam vivos
sem usar o mesmo processo de yodatização que Dohko de libra, isso ainda não foi
explicado no roteiro.
Falando em Dohko de libra, uma cena mostra a conversa entre esse cavaleiro e Manigold de câncer. O cavaleiro de câncer acha que Tenma é um chorão por não superar a perda de sua terra natal. Afinal, numa guerra esse tipo de coisa acontece...
Manigold é enviado pelo mestre do santuário para proteger
Tenma, visto que os deuses da morte e do sono estão envolvidos na guerra.
Tenma e seus companheiros chegam à cidade natal do cavaleiro de pégasus, quando este percebe que há uma floresta onde antes não havia.
Eu confesso que essa parte não é muito inspirada, assim como
todas as outras que focam apenas nestes três personagens. Então, farei um
resumo para adiantar as coisas:
-os três chegam à floresta;
-um corvo rouba a pulseira de flores de Tenma;
-os três se perdem, como se estivessem em um episódio de
Scoobydoo;
-Tenma chega a sua antiga casa e encontra três crianças que
viviam com ele e foram mortos por Hades;
-Manigold adentra a floresta que “cheira a morte”.
O/a espectro/a chamado/a de Verônica se revela como o/a responsável pelo estado lamentável dos amigos de Tenma.
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Da mesma "raça" de Afrodite... |
Algo que me irrita muito em Verônica é que ele/a me lembra muito Afrodite de peixes. Preciso dizer as implicações desse pequeno detalhe?
Tenma consegue libertar a alma de seus amigos, em uma bela cena que me deixa muito emocionado em assistir.
O cavaleiro de pégasus promete que Verônica vai pagar muito
caro por suas traquinagens. E mais um episódio se encerra.
Esse episódio não é um dos mais legais, pelos motivos que já citei. Mas ele não é muito longo, por se tratar de uma retrospectiva do que havia acontecido até agora na saga.
Esse tipo de retrospectiva de início de temporada é muito
comum nos desenhos japonês, por uma simples questão de cultura: os japoneses,
mesmo as crianças, passam a maior parte da semana estudando ou trabalhando. É
uma coisa tão absurda que os pobres dos japas chegam a ir à escola até aos
sábados.
Lá, geralmente eles só têm um dia da semana para assistir desenhos animados e esse tipo de coisa que crianças normais fazem. Desenhos como Saint Seya, Death Note ou Dragon Ball geralmente costumam ser exibidos em doses homeopáticas, um episódio por semana. Por esse motivo os desenhos geralmente começam com um resumo do que aconteceu no episódio (semana) anterior. Perdi o rumo, mas a ideia era essa: os roteiristas, sabiamente, aproveitaram um episódio que seria mais curto para mostrar uma parte do anime que não é tão interessante quanto lutas estroboscópicas entre cavaleiros de ouro e espectros fodões do nível de Kagaho ou Minos.
EPISÓDIO 15: SE EU
PUDESSE VOLTAR ÀQUELE DIA...
Este episódio começa com a história pessoal de Yuzuriha. O esquema deste episódio é meio chato: um espectro em forma de flan de Final Fantasy ataca os três heróis e os faz reviver seus dramas pessoais: Yuzuriha e seu irmão Tokusa (a amazona derrota o espectro Flan com seu incrível Dança Magnífica dos Chutes Velozes... o que foi que eu dizia sobre o machismo dos japoneses mesmo?); Yato e seu passado com sua irmã enferma (que nos revela que o cavaleiro de unicórnio conheceu o cavaleiro de ouro de escorpião em sua infância) e Tenma lutando sozinho contra Verônica.
Os três cavaleiros se reúnem e continua a luta contra o
espectro traveco.
Verônica tem um ataque de frescurite aguda e decide que não quer tocar em seus oponentes. Ele/a invoca uma horda de zumbis para atacar em seu lugar.
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Sekishike: Meikai-ha!!! |
Mas os cadáveres animados nem chegam a encostar nos três: uma luz azul dissolve todos os zumbis. Um dedo indicador reúne todas as almas mortas e Manigold se apresenta para dar início a um momento bem legal do anime, embalado por uma bela música de órgão ao melhor estilo Castlevania.
Mais uma troca de insultos entre câncer e pégasus encerra o
episódio...
EPISÓDIO 16: DEUSES E
PEÕES
Uma coisa que eu acho muito legal nessa série é como os roteiristas souberam dosar os recursos que tinham em mãos para contar uma boa história. Eles nunca ficam regulando mixaria com elementos que sabem que os espectadores querem ver no anime. Mas estou me adiantando um pouco. Continuando...
O episódio começa com os discípulos de Hasgard visitando a
sua lápide. Dohko aparece e interrompe a visita. Um dos alunos de Aldebaran
pede para dizer a Tenma que não o culpam pela morte de seu mestre. Dohko
demonstra preocupação com seu próprio aluno, pois não deseja que ele seja cobaia
dos planos malignos de Hades. Ele está decidido a sacrificar a própria vida por
seu aluno, se for preciso...
Voltamos para a floresta.
Verônica afirma que Manigold tem o cheiro das tropas de
Hades. E começa uma batalha de insinuações e piadinhas de cunho sexual entre o
“bonitão” cavaleiro de câncer e o travesti... quero dizer, espectro Verônica.
Algo que me agrada bastante neste episódio, como vocês
poderão ver por conta própria, é que os roteiristas não perdem tempo como
oponentes que não representam um desafio real para os cavaleiros de ouro. Já
vou logo adiantando que Verônica será derrotado/a sem nenhuma dificuldade por
Manigold. Aliás, esse nome me lembra uma coisa que eu gostaria muito de ter
removido das minhas lembranças. A imagem do vídeo está horrível a ponto de deixar os rapazes do grupo praticamente desfigurados mas, acredite, a coisa não é lá muito pior que a realidade...
Maldita memória perene para assuntos irrelevantes
Maldita memória perene para assuntos irrelevantes
Um enxame de moscas e a cena corta para os deuses gêmeos. Hipnos, cauteloso como sempre, questiona se Verônica sozinho/a pode dar conta de todos os cavaleiros.
Thanatos, arrogante como sempre, lembra seu irmão de que
emprestou uma parte do seu poder ao espectro, e que um humano é o suficiente
para lidar com outros humanos.
Os dois decidem não intervir e continuam a jogar a sua
partida de xadrez.
Mais alguns gracejos de cunho sexual e Manigold acaba com as moscas do espectro com a tática do Fogo de Raposa.
É então que Manigold usa uma daquelas estranhíssimas
técnicas em que o cavaleiro apenas diz uma frase (ou palavra) e ataca com um
golpe puramente físico:
Acubens, uma chave de perna (cortesia das pinças do caranguejo de câncer) que parte Veronica ao meio.
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As pinças do caranguejo em ação... |
Acubens, uma chave de perna (cortesia das pinças do caranguejo de câncer) que parte Veronica ao meio.
Essa técnica demonstra um pouco da frieza e do sadismo que
permeiam o cavaleiro de câncer, e até os seus aliados ficam aterrorizados com a
violência do ataque vindo de um cavaleiro de Atena.
Mas Verônica não morre. De fato, ele/a afirma ser imortal. Manigold suspeita de algo e arremessa o cavaleiro de unicórnio em direção a Verônica. Yato fica com o pé preso em Verônica e sua armadura começa a apodrecer. Yuzuriha salva o amigo, e Manigold tem a confirmação de que precisava para derrotar definitivamente o espectro. Ele pede que os cavaleiros mais fracos aguardem o seu retorno, e usa as Ondas do Inferno em si próprio e em Verônica.
O campo de batalhas muda de cenário: Yomotsu Hirasaka, o
abismo que dá acesso ao mundo dos mortos.
Verônica acha muita graça que o cavaleiro de câncer o/a tenha trazido/a para um lugar considerado como “o quintal dos espectros”. Ele acha que Manigold arrastou a si próprio para a morte certa.
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Nossa! Essa foi rápida Manigold |
Manigold apresenta Verônica às Chamas Pálidas Azuis, um fogo espiritual que usa como combustível o espírito dos mortos para continuar a queimar.
“Não importa quão imortal seja o seu corpo. Quando trazido
para cá, você é só uma alma”.
O plano de Manigold é astuto e faz muito sentido.
“Aqui pode ser o seu quintal, mas para mim esse lugar é o
meu playground pessoal”.
Muito bem representado, o cavaleiro de ouro que lida com o mórbido.
Manigold usa as Chamas Demoníacas Azuis em Verônica, que
solta um gritinho histérico de mulherzinha afetada.
O cavaleiro de ouro dá as costas e solta uma frase do tipo:
“eu te avisei que éramos farinha do mesmo saco...”
A voz de Thanatos começa a falar com Verônica. Ele dá um baita sermão no espectro, lembrando que até emprestou um pouco do seu poder e, mesmo assim, a mulherzinha fracota não conseguiu dar cabo de um poderosíssimo e experiente cavaleiro de elite das fileiras de Atena. Como esses deuses são intransigentes...
Ele exige que Verônica se sacrifique para matar Manigold.
Verônica parte com tudo para explodir junto com Manigold e a
deusa Atena sente o cosmo do cavaleiro de câncer se abalar. Sage, o antigo
cavaleiro de ouro de câncer, também sente que algo aconteceu a seu aluno.
Sage tranqüiliza Atena, e afirma que o seu aluno não morreria
facilmente. Até mesmo porque, para Manigold, viver é uma forma de vingança. E
começa um flashback.
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A morte é ainda mais terrível pela ótica de uma criança... |
Em geral eu detesto flashbacks. Mas este aqui traz tantas reflexões e tem tanto peso psicológico que é impossível não gostar dele.
Quando criança, Manigold teve a sua vila dizimada pelos
espectros de Hades. Ele sofreu tanto vendo a morte de todos que conhecia que um
grande temor, revolta e ódio cresceram em seu interior. E o desprezo e gosto
pela morte lhe desenvolveram a sensibilidade de visualizar os espíritos dos que
já estiveram vivos.
Atena afirma que a história de Manigold se parece muito com
a de Tenma, que perdeu todos que conhecia e deveria estar à beira da loucura.
“Eu quero que eles vivam. Eu realmente quero que eles
vivam...”
A cena retorna para Tenma e seus companheiros. Eles percebem
que a floresta está voltando a ser o que era antes. O corpo de Verônica
evapora, mas nada de Manigold voltar dos mortos...
Devido às credenciais de Manigold, os três decidem que não
há com o que se preocupar.
O caminho da floresta se abre e eles continuam sua jornada
rumo ao castelo de Hades. A cena corta para a partida de xadrez dos dois
deuses...
Hipnos dá uma bronca de irmão mais velho (antes de morrer todos sonham, não é mesmo?) em Thanatos e o chama de imprudente.
Uma luz azul interrompe a partida. Uma bota dourada
aterrissa e destroça o tabuleiro de xadrez. Eu confesso que foi neste exato
momento que eu me apaixonei perdidamente pelo roteiro desse desenho. Eu soltei
uma risada involuntária quando percebi a audácia e arrogância do cavaleiro de
ouro de câncer.
Manigold encara violentamente o deus da morte, Thanatos, e o avisa de sua imprudência em deixar uma passagem aberta no Yomotsu Hirasaka.
Ele se admira com a semelhança entre os dois e pergunta qual
deles é o deus da morte. Thanatos se apresenta, admirado com a ousadia de seu
inimigo em aparecer por lá sabendo que estaria diante de deuses. Manigold
desfere um soco diretamente em Thanatos, o deus que ele sempre quis chutar o
traseiro pessoalmente.
O punho de Manigold sangra. Thanatos parou o seu ataque com
um peão do jogo de xadrez.
“Você não pode nem quebrar um peão? No fim das contas você
não passa de lixo”.
Com o fim do episódio, fica a dúvida: Manigold é putamente
forte para cometer tamanha estupidez ou é um completo imbecil?
EPISÓDIO 17: LIXO
“Aonde você vai, Hipnos”?
“Diferente de você, o sangue ou conflitos sem sentido não me
atraem. Eu estou de saída.”
Hipnos, por total falta de interesse, deixa Thanatos sozinho
para lidar com Manigold.
Este, por sua vez, leva vários revezes até se dar conta da
força do deus da morte.
Thanatos repele os ataques de câncer com muita facilidade,
ao passo que prova que colunas de sustentação não exercem nenhuma função nas
construções dos prédios da saga cavaleiros do zodíaco.
Thanatos restaura o tabuleiro de xadrez, e um cavaleiro negro gigante aparece para atacar Manigold.
“Você interrompeu meu jogo. Então eu quero que você me
divirta um pouco.”
Esse é o típico raciocínio de um deus, uma criatura imortal e extremamente entediada com tudo. Não que eu acho que esse seja o caso de Thanatos. Ele parece se divertir bastante com os teatrinhos armados contra os cavaleiros.
Peão, rei e rainha atacam Manigold, mas ele consegue destruir os bonecos de Thanatos com as Chamas Demoníacas Azuis.
Câncer destrói o tabuleiro e promete queimar a alma de
Thanatos junto com seu corpo. O deus da morte leva na brincadeira, mas mostra a
sua verdadeira aparência, a de Valquíria Negra do Valkyrie Profile. Ou algo bem
parecido com isso.
É então que Thanatos usa uma ancient magic retirada do
próprio Valkyrie Profile e invoca o Caminho dos Deuses, uma outra dimensão que
só pode ser trilhada por deuses. Um único passo e um mortal é completamente
despedaçado. O porquê de Thanatos não criar o caminho dos deuses bem abaixo dos
pés de Manigold, ao invés de atrás de si próprio, é um mistério que só as
maravilhas da narrativa podem desvendar...
Eu ia usar a frase “falando sério, agora”, mas se eu
dissesse isso metade do texto acima desapareceria. Então, simplesmente falando:
você que assistiu às outras sagas deve se lembrar que o caminho dos deuses
apareceu na primeira saga de Hades, quando os cavaleiros de bronze seguem Atena
aos Campos Elísios (boneca no pote! Boneca no pote!). Seya e seus asseclas
conseguem atravessar por causa do sangue de Atena que dá brilho a suas
armaduras. Mas Manigold não tem a mesma sorte...
“Você não é digno nem de morrer pelas minhas mãos”.
A força do caminho dos deuses arrasta tudo no caminho, e Manigold não consegue se mexer. A morte do cavaleiro que lida com a morte é só uma questão de tempo.
“Agora, volte ao pó e morra nas lacunas entre o espaço e o
tempo!”
Uma voz ecoa pela sala que já fez parte do castelo dos
deuses gêmeos.
“Isso não vai acontecer, Thanatos”.
O mestre Sage rasga a matéria negra do caminho dos deuses. Thanatos nem ao menos o conhece, mas isso não impede que Sage cancele o caminho dos deuses arremessando os talismãs de Atena (os mesmos que selaram parte do poder de Hades) diretamente na armadura do deus. Essa cena me lembra uma outra cena, com uma personagem que eu gosto muito desde criança:
Aliás, esse desenho era bem “de menina” e tosquinho, mas eu gostava muito da música da abertura
Quer saber como uma coisa que podia dar
tremendamente errado foi consertada antes que causasse a morte involuntária de
nerdezinhos Brasil afora? Dá um olhada nesta versão alternativa:
Como (provavelmente) nunca farei um post inteiramente dedicado
a Sailor Moon neste blog, não quero deixar a oportunidade passar: SAILOR MERCÚRIO, VOCÊ É A COISA MAIS INÚTIL
QUE JÁ CAMINHOU SOBRE A TERRA ANTES DE ASHLEY DO RE4. BORBULHAS DE MERCÚRIO? ENFIA AS BORBULHAS NO...
Continuando...
A música que toca enquanto Thanatos e Sage conversam é tão
bonita que me causa revertérios nerd de alta periculosidade ao meu miocárdio.
Sage revela que a tarefa de proteger o cavaleiro de pégasus
dada a Manigold foi apenas uma artimanha para chegar até o deus Thanatos.
“O dever do mestre do santuário é estar um passo à frente
dos deuses”.
Isso faz bastante sentido, já que o mestre do santuário deve
guardar a deusa Atena e sua sala. Lembra que o mestre Ares fingia que Atena
estava em seus aposentos, bem atrás de seu trono de mestre?
Manigold faz pouco dos ferimentos causados por Thanatos, mas
admite que seu corpo está bem pesado. Ele diz que se não fosse pela barreira de
Hades (que sela 90% da força de qualquer cavaleiro) teria conseguido acabar com
Thanatos.
Sage joga um balde de água fria no ego inflado de seu aluno,
informando a ele que não estão sob efeito da barreira de Hades, visto que a
área em que eles se encontram está acima do castelo.
“Tolo! Como pode um homem velho mudar alguma coisa”?
Thanatos usa a Fobia do Tártarus, uma magia que invoca almas que atacam o corpo e o espírito do inimigo. Elas são as almas que foram depenadas pelo deus, e que estão condenadas a viver em eterna tortura. Thanatos é cruel e mesquinho.
Manigold é agarrado e sugado pelos espíritos. Mas Sage avisa
que, se eles são espíritos, os dois podem lidar com a situação.
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Thanatos só usa golpe baixo |
Um dos minions de Thanatos passa uma rasteira no cavaleiro de câncer, que é arrastado para dentro do buraco negro criado pelo deus.
Manigold concentra sua força em um ataque chamado Sepultura
das Almas.
“Quanto mais poder espiritual houver em uma área, mais sua
força aumenta”.
Esse era o plano de Sage: turbinar o golpe de Manigold com os espíritos invocados por Thanatos.
Uma farpa voa e arranha o rosto do deus gêmeo. Thanatos, incrédulo,
fica em silêncio e apenas passa a mão no rosto. Manigold acredita que isso
deixou o inimigo em xeque.
“Humanos ferindo um deus. Esse é o maior dos pecados”.
Thanatos se enfurece e decide acabar com tudo de uma vez por todas.
O deus usa a Terrível Providência, uma Genki Dama negra que
destrói tudo que encontra pela frente. Manigold se joga na frente de seu
mestre, para protegê-lo.
Ao ser quase esmagado pela energia do golpe, Manigold se
lembra das palavras de Thanatos ao comparar os humanos com lixo.
O jovem Manigold concentra as almas dos moradores da sua vila, e o mestre Sage atenta a esse fato. Manigold fica de olho no colar de ouro do mestre e começa a puxar conversa.
“Antes elas tinham corpos. Agora não passam de lixo”.
O garoto tenta roubar o ouro do velhote, e leva uma lição de
moral por causa disso.
Então ficamos sabendo que Manigold é um pseudônimo que o
garoto utiliza para se auto-proclamar “O Arauto da Morte”.
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Uma linda cena que não podia ficar de fora |
Sage explica que as pessoas, por mais insignificantes que pareçam ser, não podem ser comparadas à lixo, pois fazem parte de um esquema maior no universo.
Ele afirma que todos viemos e voltamos ao pó de estrelas
depois que partimos.
Manigold finge não entender o que o mestre lhe diz. E lágrimas lavam o pequeno rosto do garoto. Sage lhe faz um convite: que o garoto o siga ao santuário. Por que levar um garoto de rua, ladrão, ao santuário de Atena?
Boa pergunta...
O cavaleiro de câncer diz que finalmente entendeu o que o
mestre queria lhe dizer (eta carinha devagar, heim?): mesmo que as suas vidas
sejam lixo aos olhos de um deus, todos querem brilhar ao menos uma vez.
Thanatos faz uma munganga que arranca dois litros de sangue do peito de Manigold, de dentro pra fora (claro).
Sage usa a Prisão de Talismãs contra Thanatos, mas ele solta
uma onda de energia que destrói todos os papéis.
Manigold mostra que é duro na queda (nossa, um sinal claro de que estou ficando velho: quem com menos de 30 anos ainda fala “duro na queda”?) e acerta um combo de 3 hits na cara de Thanatos.
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Agora o bicho vai pegar! |
Ele se emputece 150% e decide acabar com tudo, mais uma vez.
O deus abre quatro caminhos dos deuses ao mesmo tempo para
matar Sage e Manigold.
Mas os dois ainda têm um pequeno truque na manga...
E o episódio acaba.
Falando sério: se eu fosse um japa que precisa esperar uma
semana pra ver a continuação de um episódio de desenho, acho que eu ia ter uma
combustão espontânea de ansiedade e curiosidade. Felizmente, os milagres da
pirataria e do Youtube permitem a nerds incautos como eu assistir os episódios
de uma vez só.
EPISÓDIO 18: EU SÓ
QUERO QUE VOCÊ VIVA!
Antes de começar, gostaria de dizer que este é o episódio de
que mais gosto dentre os 26 que vi até agora. Os porquês ficarão claros com o
decorrer do texto.
“É aqui que começamos a nos desesperar, certo?”
Essa é a pergunta de Manigold diante da fúria do deus
Thanatos.
“Nos desesperar? Não use essa palavra com tanta leviandade.”
As palavras do mestre Sage iniciam mais um flashback. Como eu já adiantei que este é o meu episódio preferido, dá pra adivinhar que algo muito bom vem por aí. Pelo menos ao meu modo de ver as coisas, algo muito bom sem dúvida...
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Esse moleque precisa de acompanhamento psicológico |
As palavras do mestre Sage iniciam mais um flashback. Como eu já adiantei que este é o meu episódio preferido, dá pra adivinhar que algo muito bom vem por aí. Pelo menos ao meu modo de ver as coisas, algo muito bom sem dúvida...
Em uma área de treino do santuário, Manigold luta contra um oponente. Ele aplica o golpe da tesourada nos quadris (mas não chega a torar o oponente no meio, claro) e começa a socar seu rival. Ele continua a bater mesmo depois que o outro aspirante a cavaleiro joga a toalha e desiste da luta. Manigold se irrita e afirma que esses treinos não são nada comparados com as lutas da vida real.
O mestre Sage aparece e interrompe a sessão de espancamento.
Mais à frente veremos um dos vários motivos pelo qual eu gosto tanto do roteiro
deste anime, pois a violência não é usada de forma gratuita e apenas para gerar
impacto barato no telespectador.
Manigold fala que os outros aspirantes são muito moles, e
que não conhecem o verdadeiro desespero.
Sage marca uma sessão de treinamento pessoalmente com
Manigold, em sua sala particular.
Já nos aposentos de seu mestre, Manigold questiona como será o treinamento, visto que não há nenhum campo de batalha.
Mestre Sage afirma que não será necessário, e toca a testa
do garoto. Uma luz azul envolve seu corpo, e Manigold vê a si mesmo do alto do
aposento.
“Sua alma foi separada de seu corpo. Por que você não me
conta sobre esse desespero de que tanto fala, Manigold?”
Manigold agora se encontra em uma montanha, com pessoas caminhando paralelamente a ele. As pessoas avançam como zumbis sem vontade própria e se atiram em um fosso sem fundo.
O garoto fica horrorizado com a cena, e não entende porque
eles fazem isso.
Quando tenta impedir um rapaz que avançava rumo ao fosso,
Manigold percebe que as pessoas são, na verdade, cadáveres ensanguentados. São
pessoas mortas que estão diante dele.
“Morte. Há milhares de mortos aqui”, diz o mestre Sage.
“Então quer dizer que, se caírem naquele buraco, eles
finalmente encontrarão a paz?” pergunta Manigold.
“Não. O submundo os espera naquele buraco. É o inferno”.
Manigold não consegue aceitar as palavras de seu mestre. Ele observa que as pessoas parecem terem morrido de uma forma terrível e violenta. Até parece que eles ainda conservam as dores e o sofrimento que sentiram em vida.
Ele não aceita que eles, depois de tudo que passaram na
terra, sofrerão por toda a eternidade depois da morte.
Para continuar a escrever, preciso me preparar
psicologicamente. Essa é uma das partes que mais mexeram comigo em todo esse
desenho. De fato, nas duas vezes em que assisti a esse episódio não consegui
conter as lágrimas enquanto presenciava a cena seguinte.
Manigold tenta, em vão, avisar os mortos do que os espera lá embaixo. Realmente
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Manigold não consegue aceitar a injustiça da vida |
Manigold consegue segurar a menina e a si mesmo. O mestre Sage agarra o braço de seu aluno e pede que ele deixe a menina cair, pois ela já morreu de qualquer forma.
Manigold insiste em salvar a menina, pois ela morreu
sofrendo e não merece passar o resto da eternidade em sofrimento.
Este personagem é um reflexo claro de pessoas que passaram
por grandes traumas ou sofrimento na vida. Manigold usa uma máscara de
insensibilidade e de ironia, apenas para disfarçar o fato de que não suporta
ver os outros sofrendo sem poder fazer nada.
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Difícil de entender e aceitar... |
“Se é isso que nos espera depois da morte, não sei por que continuo vivo”.
O jovem questiona a razão da própria vida e a utilidade de
seu treinamento como cavaleiro, já que o destino final das pessoas será o
mesmo.
“Não há nada além de desespero”...
A garota consegue se soltar e cai no buraco. Sage puxa
Manigold de volta e afirma que o trouxe ao santuário não para que ele
testemunhasse os horrores do campo de batalha, e sim para que ele vivesse. Sage
recosta a mão sobre a cabeça de seu aluno. O olhar que Manigold (gostaria de
saber seu nome verdadeiro) lança para seu mestre é de cortar o coração...
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O amor que o mestre sente por seu aluno é algo muito bonito de se ver |
É por isso que eles devem combater o imperador do submundo, Hades, que trata a vida humana como um brinquedo.
Ele diz ainda que eles podem vencer até a morte se
conseguirem viver em prol desse objetivo, guiados pelo universo que reside em
seu interior.
“Nos desesperar? Não use essa palavra com tanta leviandade.
Ainda temos uma carta na manga!”
A batalha recomeça.
Thanatos ataca os dois cavaleiros. Ele destrói o cenário onde os dois se encontram para que caiam no caminho dos deuses. Ele acerta Manigold com alguns ataques, que derrubam o cavaleiro de câncer no chão. Então Sage usa as Ondas do Inferno no deus da morte, que começa a se desfazer diante de sua própria estupefação.
Sage afirma que há um boato de que o verdadeiro corpo de Thanatos está nos campos Elísios, e que o corpo que o deus usa não passa de um recipiente temporário. Se ele conseguir remover a alma de Thanatos desse corpo, a luta acaba.
“Eu não sei o que você pretende, mas um simples humano não
pode mover a alma de um deus”.
O problema é que a alma de Thanatos é muito forte, e ele consegue retornar ao recipiente com facilidade. Ele promete que vai acabar com mestre e aluno ao mesmo tempo. É então que a alma do deus começa a sair de seu corpo. Thanatos fica espantado, sem conseguir entender.
Manigold está usando as Ondas do Inferno para remover
Thanatos de seu corpo falso. O mestre Sage se junta ao seu aluno e, juntos,
realizam a técnica do Sekishiki mais uma vez.
Thanatos afirma que é inútil, pois ele pode voltar ao corpo
quantas vezes forem necessárias.
Manigold diz que foi muito feliz por poder viver ao lado de
seu mestre.
E, somando um mais um, não é muito difícil de adivinhar o
que vai acontecer a Manigold ainda neste episódio.
O cavaleiro de câncer salta e agarra o corpo inerte de Thanatos pelo pescoço.
“Agora você não passa de um lixo também.”
Manigold e o humano que Thanatos possuía se esfacelam quando tocam o caminho dos deuses. O cavaleiro de câncer está morto, mas conseguiu assegurar que o deus da morte não possa retornar para seu corpo.
Thanatos afirma que a morte de Manigold foi
É então que Thanatos revela que pode possuir o corpo de
qualquer pessoa que ele quiser, inclusive o do próprio Sage.
O deus avança em direção ao corpo do mestre. Uma estrela negra
aparece em sua testa. Thanatos fica animado diante das possibilidades abertas
com a possessão do corpo do mestre do santuário.
Thanatos percebe que não consegue dominar por completo o corpo de Sage. E o mestre lembra mais uma vez de que o dever do mestre é estar um passo à frente dos deuses.
Sage remove seu manto e revela uma armadura de prata com um
espelho no peito. É a armadura do seu irmão, Hakurei. Thanatos decide destruir
o corpo de Sage de dentro pra fora, mas já é tarde demais para o arrogante deus
da morte.
Sage retira uma caixa do peito da armadura de Altar. Uma caixa dada pela própria Atena para que a alma de um deus pudesse ser aprisionada nela. E, caso eu ainda não tenha dito isto, direi agora: ADORO A ATENA DESTA SÉRIE. ELA NÃO É UMA INÚTIL QUE FICA DENTRO DE UM VASO ESPERANDO DOZE HORAS PARA O SEYA VIR SALVAR O SEU TRASEIRO.
A cena de Thanatos sendo aprisionado me lembra uma clássica
cena do cinema dos anos oitenta...
Sage lamenta por seu plano, pois a morte de seu aluno não
era esperada.
O caminho dos deuses se fecha. O palácio dos deuses gêmeos
se desfaz. Sage deixa a tarefa de vencer a guerra nas mãos de Atena e seu
irmão.
A caixa retorna à sala do mestre. A armadura de câncer
retorna à casa de câncer. Atena e Hakurei especulam sobre a morte do mestre e o
que fazer em seguida.
“Selamos um dos deuses gêmeos. Agora só falta Hipnos”.
Hakurei deixa claro que a tarefa de vencer Hades cabe aos jovens da presente era. Ele e seu irmão intervieram apenas porque um inimigo comum se colocou em seu caminho.
Manigold aparece na casa de câncer (por intermédio de sua
armadura, creio eu) e entrega o capacete do mestre a Shion.
Depois ele aparece para Tenma em uma visão e se despede.
O mestre Hakurei aceita o cargo de mestre do Santuário. E uma peça branca de xadrez cai do céu. Hipnos a segura em sua mão.
“Thanatos, fique nessa caixa por algumas centenas de anos e
esfrie a cabeça. Afinal, isso não é muito tempo para um deus”...
EPISÓDIO 19: A ESPADA
SOLITÁRIA
Lembram quando eu disse que o episódio anterior era o meu favorito? Sim, eu não estava mentindo. Mas o meu ARCO de episódios favorito dessa série começa agora. Um novo cavaleiro de ouro é apresentado. Ele se parece mais com um vilão que com um típico herói das histórias. De fato, eu acho que as motivações deste personagem deixam bastante claro que ele está mais para um anti-herói que um típico bom moço. Mas paremos de divagar e continuemos...
O episódio começa com quatro deuses se apresentando ao deus do sono, Hipnos: Oneiros, Ichelus, Morpheus e Phantasos.
Hipnos delega uma tarefa especial para os quatro deuses que
formam os sonhos.
A ação corta para o santuário, mais especificamente a casa
de sagitário.
Sasha, a deusa Atena, se dirige aos aposentos do cavaleiro
de sagitário para ver como ele está.
Ajoelhado diante do cavaleiro de sagitário está um outro cavaleiro de ouro. A “câmera” faz uma panorâmica e nos revela o personagem mais fodão que a série Cavaleiros do Zodíaco já conheceu: EL CID, O CAVALEIRO DE OURO DE CAPRICÓRNIO.
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"Heather, Harry Mason é Sin"! |
Antes de continuar, preciso fazer um pedido de desculpas: Sir Auron do Final Fantasy 10, mil perdões mas sua senhoria terá que dividir o título de O CARA com o personagem apresentado acima. Só pra adiantar o porquê de El Cid ser O Cara, só basta dizer que aproximadamente cinco episódios são dedicados a este cavaleiro e seus grandiosos feitos. Continuando...
El Cid é amigo pessoal de Sísifus, o cavaleiro de ouro de sagitário que foi atingido pela flecha devolvida por Hades. Atena especula que essa é a razão de Sísifus não conseguir despertar de seu coma. A conversa é interrompida por Ichelus, que sente o cheiro do ferimento causado por Hades e invade o santuário para roubar a alma de Sísifus. Como Ichelus consegue entrar no santuário, mesmo com a magia de Atena que impede quaisquer tipo de teleportações, só ficaremos sabendo mais pra frente.
El Cid se irrita profundamente com a ousadia do deus.
“Atena-sama. Ordene que eu resgate a alma de Sísifus”.
El Cid é o cavaleiro de capricórnio. Lembram da fama de
Shura, de ser o cavaleiro de ouro mais fiel à Atena? Pois bem, aqui isso fica
nas entrelinhas, pelo fato de El Cid pedir permissão para que Atena o envie
para resgatar seu amigo, coisa que todos sabem que ele faria de qualquer jeito.
Atena afirma que não podem se dar ao luxo de perder Sísifus nesta guerra. E eu fico imaginando o quão fodão é esse cavaleiro de sagitário para que Atena não abra mão dele de forma alguma.
El Cid afirma que vai derrotar os quatro deuses e resgatar a
alma do amigo. Atena o envia à missão, não porque é uma louca irresponsável e
egoísta que não tem noção do perigo de enviar um único cavaleiro para enfrentar
QUATRO DEUSES ao mesmo tempo. Atena
faz isso porque sabe que El Cid é o único capaz de realizar a tarefa.
“Minha lâmina ainda não se tornou a Excalibur”...
WTF? COMO ASSIM? QUER
DIZER QUE O CAVALEIRO DE OURO MAIS FODA DE TODOS OS TEMPOS É UM ESTAGIÁRIO? A
SUA EXCALIBUR AINDA NÃO ESTÁ COMPLETA? QUE RAIOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI? E é aí que eu digo: calma, pequeno gafanhoto...
El Cid parte em sua missão, mas é interrompido por três cavaleiros de prata que parecem ser seus alunos. Eles pedem que ele os deixe ir junto. Wolverine, quer dizer, El Cid não permite e fala que eles devem ficar de prontidão no santuário.
“Se o coração de El Cid é afiado como uma lâmina, o coração
de Sísifus é de uma generosidade sem tamanho”.
Essas palavras de Dohko serão importantes para que o leitor consiga acompanhar o meu modo de enxergar as coisas a respeito do cavaleiro de Sagitário, nos episódios posteriores.
Em um flashback, Sísifus explica o porquê de El Cid não
permitir que seus discípulos o acompanhem em suas missões.
El Cid treina duramente em um rio para aperfeiçoar o corte
de sua Ginsu 3000, quer dizer, Excalibur.
Uma onda gigante ameaça esmagar o cavaleiro. Ele consegue
cortá-la ao meio com a lâmina de seu braço. Os alunos de El Cid afirmam que ele
é maravilhoso. E eu concordo plenamente.
A começar pelo nome: El Cid me lembra um nome espanhol, de
um toreador (nada a ver com o clã vampírico) ou coisa que o valha. É um nome
muito ousado, inusitado e completamente diferente de todos que já ouvimos na
série.
El Cid me lembra o Wolverine. Ele tem um semblante sério e
sinistro, mesmo sendo justo e bondoso. A sua armadura de ouro apenas contribui
para a impressão que ele passa, por causa dos chifres. E é uma das armaduras
mais bonitas e imponentes entre as doze. Seus cabelos adornam sua cabeça em
forma de arco, dando uma impressão de espinhos protegendo seu rosto...
Outro flashback mostra Pakia, um aspirante a cavaleiro tutelado por El Cid. Ele consegue vencer seu oponente e ganhar uma armadura mas decide fugir do santuário pelo medo da guerra que se aproxima.
El Cid o encontra e lhe lembra que a pena para aqueles que
tentam fugir do santuário é a morte. E eu pensando que essa regra tinha sido
criada por Ares durante seu mandato como mestre...
El Cid ergue o braço para acabar com seu aluno, mas Sísifus se interpõe entre os dois, protegendo Pakia com as asas de sua armadura, enquanto fica de joelhos e de costas para seu amigo. E queria dizer algo sobre Sísifus: ESSE CARA É O QUE PODEMOS CHAMAR DE UM VERDADEIRO HERÓI
Sísifus afirma que o aspirante pode ajudar o mundo mesmo sem se tornar um cavaleiro. Ele vai além e diz que ser benigno de outras maneiras que não o da luta é tão válido quanto os que enfrentam o campo de batalha. Viu? Agora sabe por que Sísifus é um verdadeiro herói clássico?
Mesmo que estes não sejam os seus métodos, El Cid recua,
reconhecendo a sabedoria das palavras escolhidas pelo seu irmão de criação.
El Cid continua a sua jornada para encontrar os quatro
deuses que governam o mundo dos sonhos, e lembra que o coração bondoso de
Sísifus também é a sua maior fraqueza: é por causa disso que a ferida de Hades
é tão profunda em sua alma, que ainda se culpa por ter retirado Sasha da
companhia de seu irmão e amigo quando estes ainda eram crianças.
É então que uns espectros genéricos têm o azar de emboscar
El Cid. Sim, o azar é deles, pois o cavaleiro extermina todos com um único
golpe de sua Excalibur Incomplete e os parte ao meio em uma cena bem sangrenta.
Gregor de Gambu, a estrela celeste do Retrocesso, aparece para enfrentar O Cara, quer dizer, El Cid. Ei! Acho que Cid deve significar Cara em espanhol.
Mas antes, uma pausa para recuperar o fôlego. O QUE RAIOS QUER DIZER “ESTRELA CELESTE DO
RETROCESSO”? Seria isso?
I wonder...
Gregor afirma que sua súplice é tão dura quanto o diamante,
e que pode derrotar El Cid. Foi só eu ou você já sabia o que ia acontecer com
esse espectro ridículo? Caso você não tenha muita imaginação, dou uma dica:
El Cid confirma as minhas expectativas, mas reafirma que sua
lâmina ainda não pode ser chamada de Excalibur, A Espada Sagrada. Então o deus
Ichelus aparece.
Ele explica a El Cid que seus esforços são em vão, pois a alma
de Sísifus já foi mandada para Morphia, o reino dos sonhos. Os outros deuses
dos sonhos se juntam a Ichelus. Phantasus paga o maior pau pra El Cid e diz que
quer ficar com ele.
Deus dos sonhos, Oneiros. Ichelus, das ilusões. Phantasus, das fantasias. Morpheus, dos sonhos dos heróis. El Cid parece querer enfrentar os quatro ao mesmo tempo, mas é Ichelus quem lhe desafia como rival.
El Cid ataca com a sua espada. O ataque acerta Ichelus em
cheio mas nada acontece.
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A lâmina da Excalibur pega no flagra |
El Cid ataca novamente. Os outros deuses pedem para que Ichelus pare de brincar e acabe logo com seu inimigo.
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WTF!? |
Um outro ataque e El Cid pode ver o raio de luz de seu golpe avançando contra ele mesmo. Um braço ensangüentado voa pelo ar. Um braço que usava uma armadura de ouro. Uma lâmina foi quebrada...
“Como? Como eu perdi meu braço direito”?
El Cid não consegue entender o que está acontecendo. Como fazer para enfrentar quatro deuses com um braço a menos? Boa pergunta. O episódio acaba...
EPISÓDIO 20: PRISÃO
DOS SONHOS
O episódio começa com Atena olhando para o corpo inerte do cavaleiro de sagitário. Provavelmente Sasha se culpa por não ter feito nada para impedir o roubo da alma do cavaleiro. Hakurei aparece para confortar a deusa e acrescentar que El Cid tem poder para derrotar os quatro deuses dos sonhos.
O braço de El Cid voa pelos ares. Ichelus explica como funciona o seu poder. Phantasus leva o braço cortado embora e El Cid tenta atacar com a perna, mas Ichelus aparece nas suas costas e dá um golpe que faz o cavaleiro voar longe no meio da floresta.
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De trás de ti, El Cid! É assim que funciona |
Durante toda essa seqüência eu fiquei esperando... pelo quê exatamente? Pare pra pensar um pouco: dois dos deuses dos sonhos comandam ilusões. Então eu fiquei esperando pelo momento que o roteirista revelaria que o braço de El Cid ser cortado era uma ilusão criada por Phantasus. Esperei e esperei, pois não seria possível um cavaleiro que ataca com seu braço-espada lutar sem sua principal arma.
Mas isso não aconteceu. Simplesmente não aconteceu. Um dos
maiores clichês foi simplesmente jogado fora, fazendo o telespectador (e o
próprio cavaleiro de ouro) se deparar com uma situação de difícil resolução.
Sim, meu amigo: tem que ter muita coragem para se desapegar do escapismo e das
saídas fáceis quando se quer escrever algo de qualidade. E foi isso que fizeram
aqui.
Diante da fraqueza de El Cid, os quatro deuses resolvem partir. Oneiros revela que a outra missão dada por Hipnos era a de capturar o cavaleiro de pégasus. Hipnos atenta que a conexão de Tenma com o imperador Hades é um elemento que representa perigo para seus planos. Ele ordena que não só a alma, mas também o corpo, seja enviado ao mundo dos sonhos. Isso mostra que Pandora falava sério quando dizia que o nível de cautela entre os dois irmãos era bem diferente. Hipnos está, simplesmente, removendo um por um os riscos ao sucesso de Hades.
Tenma, Yuzuriha e Yato avançam pela floresta. Os quatro deuses aparecem em segredo e Tenma se separa do grupo. Finalmente ele avista a sua cidade, só que como era antes do ataque de Hades.
A vida corre normalmente na cidade natal de Tenma. Ele chega
a se perguntar se não se trata de uma ilusão do inimigo. Em um exercício de
especulação, Tenma também se pergunta se tudo que ele viveu nos dias anteriores
não era um sonho.
Alone e Sasha o esperam, e sua armadura de pégasus desaparece
para dar lugar as suas tradicionais roupas de camponês. A vida parece ter
voltado ao normal...
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Gurin Fantajia! Adoro Engrish... |
Yato e sua companheira são atacados por Phantasus e sua Grim Fantasy, um golpe que recria um mundo onde os maiores desejos de uma pessoa se realizam.
Ela leva as almas dos dois para que se juntem a uma coleção
de almas, no reino dos sonhos. Yuzuriha come uma maçã ao lado de seu irmão.
Yato carrega Sasha em seus braços. A vida parece ter voltado
ao normal...
Essa sequência me lembra muito o conceito de falsa realidade de Matrix e também uma história de Alan Moore na qual o Super-Homem vive quase que tranquilamente em Kripton por intermédio de uma criatura conhecida como Consciência Negra. Essa história faz parte de uma publicação que compila grandes histórias do mestre Alan Moore. Altamente recomendado. Voltando para Cavaleiros do Zodíaco...
“Aproveitem seus sonhos... por toda a eternidade”!
Uma fenda no espaço do mundo dos sonhos interrompe as reflexões de Phantasus. Sim, a verdadeira estrela do episódio voltou com força total.
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Chega a ser uma covardia El Cid versus Phantasus... |
El Cid adentra o lugar em grande estilo: seu braço cortado flameja uma chama dourada enquanto ele explica que conseguiu invadir o mundo dos sonhos por causa da ressonância do pedaço da armadura de ouro que foi cortado com o restante. Como El Cid sabia que Phantasus levaria o pedaço de seu braço? Só o sombra sabe. Aliás: acho que nem o sombra sabe! Vai ter uma capacidade de improvisar assim no raio que o parta, El Cid.
Phantasus usa a sua “Girim Fantagia” (rsrsrs. O engrish dos japoneses nunca deixa de soar divertido aos meus ouvidos...) e explica que El Cid pode ter tudo o que desejar neste mundo. Ela remove a alma do cavaleiro, assim como fez com Yato e Yuzuriha.
O corpo de El Cid jaz inerte e na mão de Phantasus, uma
esfera que representa o maior desejo do cavaleiro.
Sem saber que a curiosidade matou o gato, Phantasus resolve
dar uma bizolinha na esfera de El Cid pra saber que filme está passando. Para
sua total surpresa, não há nada lá dentro. Apenas uma pequena luz dourada que
vai tomando forma... a forma de uma afiada espada de ouro.
“O meu maior sonho é fazer do meu braço a lâmina suprema”.
O sonho de El Cid escapa da esfera e quase parte a cara de
Phantasus em duas.
A espada de El Cid, ereta (sem piadinhas, for god sake!),
corta a esfera em duas e faz uma fissura bem no meio da deusa do sonho,
Phantasus.
Ela fica desesperada e nos revela seu maior segredo: PHANTASUS FAZ JUS AO SEU NOME E SE REVELA
COMO A FANTASIA DE MUITO MARMANJO CASADO QUE TEM POR AÍ. Sim camarada, é
isso mesmo que você não está pensando.
A máscara da deusa cai e revela que ela é um TRAVESTI.
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Passando um paninho e botando um saco na cabeça, quem sabe... |
Sim, os japoneses adoram personagens estranhos de gênero indefinido. Mas aqui tudo se encaixa com perfeição, já que Phantasus comanda o reino das fantasias. Ou então os caras conseguiram uma bela desculpa pra colocar mais um personagem traveco no desenho (lembram de Verônica?).
Phantasus parte pra cima com tudo, mas leva um belo shoryuken e depois é partido ao meio.
“Agora só faltam três deuses”.
El Cid é resoluto e irredutível. O que eu disse sobre ele
ser o Cara?
Com a morte de Phantasus, a frágil fantasia de Tenma e seus
colegas desaba como um castelo de cartas montado pelo Stephen Hawking.
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Boa sorte, Ichelus! |
Ichelus e Oneiros sabem que algo aconteceu. Oneiros, mais cauteloso, acha que Morpheus deveria cuidar de El Cid. Ichelus, mais prepotente, ainda não percebeu que El Cid come deuses de meia tigela como eles no café da manhã e parte para dar cabo do cavaleiro. El Cid o esperava silenciosamente. Uma bela música anuncia o combate e o fim de mais um episódio.
EPISÓDIO 21: ALÉM DOS
SONHOS
O episódio começa com Ichelus trazendo El Cid ao mundo de Fobia. O domínio deste deus explica o porquê dele ser tão feio e ter uma personalidade tão assustadora.
El Cid ativa o seu sabre de luz, quer dizer, espada
Excalibur e eu me lembro que esqueci de falar sobre algo que citei no episódio
de Shura de capricórnio.
Eu gosto muito deste cavaleiro de capricórnio. Seu visual
sinistro. Sua força incomparável. Sua obsessão em ficar mais forte. De fato, se tem um cavaleiro que personifica o constante estado transcendental do Sétimo Sentido, esse personagem é El Cid. Mas uma
coisa que eu detestei em El Cid
foi o efeito de Excalibur na sua mão. Shura disparava cortes em forma de faixas
douradas. Os efeitos, tanto visual quanto sonoro, eram bem legais (fazia som de "vrooomm". Tudo que faz som de "vrooomm" é legal demais da conta!)
Eu pensei que isso era proposital, pelo fato de sua
Excalibur estar incompleta. Mas não. Mais à frente podemos ver que a animação
de seu golpe continua mais como um raio que como cortes de uma lâmina. São
meros detalhes que não querem dizer nada, claro.
“Então o braço que eu cortei era só a bainha de uma espada de energia. Mesmo assim, deve doer bastante”.
El Cid começa a perder muito sangue. E, basicamente, essa parte da luta se resume a El Cid atacando e Ichelus devolvendo o seus ataques, fazendo com que o cavaleiro perca ainda mais sangue.
Ichelus passa a se ocultar em um plano diferente do de El
Cid. Ele tenta assustar o cavaleiro com uma imagem de lobo. Depois ataca e
some. O curioso é que, segundos antes, o próprio Ichelus chamava os seres
humanos de covardes...
A ação muda para... sim, eu confesso: não me lembro o nome
desse carinha que aprisionou Tenma em um sonho. Mais pra frente eu explico o
motivo.
O devaneio de Tenma continua com ele enfrentando o seu
próprio doppelganger. O Tenma falso explica que se ele despertar, sua vila
desaparecerá para sempre. Isso não faz muito sentido, pois a vila já sumiu de
qualquer forma.
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"Estou tentando dizer que, quando estiver pronto, não precisará esquivar-se delas"... |
Tenma consegue despertar da ilusão e quebra a parede que o aprisionava. O nome do carinha que eu não me lembro é Morpheus. Ele usa uma armadura que, sem sombra de dúvidas, venceria fácil fácil a categoria Luxo do Bal Masque 2013.
Morpheus ataca com o Coma de Morpheu, um ataque que só será
explicado depois que o embate entre Ichelus e El Cid continuar. Então...
A ação volta para a batalha entre o carneiro e o lobo. El Cid sangra mais que um personagem de Mortal Kombat. Ele dá um pulo e espalha um montão de sangue no ar. Ichelus pensa que ele está tentando fugir do mundo dos sonhos. E, nessa parte, eu ficava tentando adivinhar a estratégia que este cavaleiro usaria pra derrotar um FDP covarde que fica atacando e desaparecendo.
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Quando aparecer você vai ver só... |
El Cid consegue acertar vários cortes em seu inimigo. A ideia é que o cavaleiro de capricórnio espalhou seu próprio sangue no ar para conseguir delinear o plano de onde o espectro estava emergindo. Das primeiras vezes que assisti essa luta achei a resolução bem meia-boca. Desta vez, para criar o post, até que eu gostei do final dessa luta. Não sei muito a razão, mas gostei.
“Só faltam mais dois deuses”...
A frieza e determinação de El Cid são assustadoras...
A ação volta para Pégasus. Morpheus fica preocupado com a morte de dois dos quatro deuses do sonho e pensa em falar com seu mestre, Hypnos, mas Tenma o interrompe. O cavaleiro de bronze está coberto de flores e nem pode se mexer. Essa técnica causaria invejas hemorrágicas em Albafica de peixes.
Morpheus explica o seu efeito: o Coma de Morpheus prende a
vítima em uma sepultura de flores. Cada flor, ao desabrochar, esvai um
sentimento humano. No final, o alvo do ataque não conseguirá nem sentir medo ou
qualquer outra coisa. E é aqui que a minha amnésia com o nome desse deus se explica.
Então, quando estava prestes a virar um zumbi sem emoções, Tenma tem uma visão de Atena, ele mesmo e Hades. Eles usam lindas armaduras de Guerreiras Mágicas, e Tenma usa a armadura celestial que aparece no corpo de Seya quando ele chega nos Campos Elísios.
O corredor onde os dois se encontram é coberto por flores.
Mas elas não têm nenhuma cor de emoções. Grandes asas brancas brotam das costas
de Tenma. Sua armadura se transforma na armadura da visão. Morpheus entende o
que está acontecendo, e fala da “força de vontade que se opunha até aos
deuses”, na era mitológica.
Essa parte em especial é muito importante para podermos
entender o que o roteirista do desenho tem em mente para o cavaleiro de
pégasus.
Pégasus, na série original, era o queridinho do desenho. Se ferrava até não poder mais mas sempre vestia a armadura de sagitário para vencer o inimigo mais fodão de todos os tempos. Essa babação de ovo podia ser explicada pelo título do anime, Saint Seya.
Vendo a discrepância que havia em tudo isso, os escritores
de Lost Canvas tentaram formalizar essa “atenção especial” dada ao cavaleiro de
pégasus, oficializando o seu mito de “matador de deuses”. Não sei ainda se
conseguiram, pois a história ainda não teve a sua conclusão, mas é uma atitude
nobre e de bom senso tentar colocar panos quentes em toda aquela pagação de pau
que havia na série original com o cavaleiro de pégasus. Continuando...
Tenma entra em modo berserker e mata Morpheus COM MEROS METEOROS DE PÉGASUS. O deus constata que a alma de Tenma foi despertada pelo cosmo do próprio Hades. Tenma retorna a si e nem sabe como seu inimigo foi derrotado. E aqui está a explicação para o fato de eu nunca conseguir me lembrar do nome desse personagem até que assista a esse episódio: Morpheus é um deus mas é morto de uma forma brusca e gratuita por um personagem classe C. Descanse em paz, senhor das areias...
Com a derrota de Morpheus os portões do mundo dos sonhos se quebram. Tenma encontra El Cid e tenta dialogar, sem muito resultado. Eles então chegam ao portão do sonho de Sísifus, que por algum motivo não foi destruído.
El Cid tenta destruir o portão com sua espada, mas o deus
Oneiros aparece para explicar que a própria vontade do cavaleiro de Sagitário
sustenta o portão.
“Capricórnio, não há mais nada que você possa fazer”.
El Cid dispara um ataque que passa longe de Oneiros e atinge
uma parede do plano dos sonhos. Oneiros acha que o cavaleiro está tão fraco que
não consegue nem mirar direito em seu oponente.
Atena percebe o distúrbio no mundo dos sonhos e decide ir
para lá a fim de resgatar a alma de Sísifus.
Oneiros afirma que deuses não podem morrer, e convoca a alma dos deuses derrotados por El Cid. Ele fica do tamanho de um carro alegórico de escola de samba. Tomara que essa porra toda não invente de pegar fogo, como sempre acontece nos desfiles...
Mais um episódio acaba...
EPISÓDIO 22: O
CAMINHO CORRETO
O episódio começa com uma recaptulação dos inimigos que El Cid derrotou. E não é pra menos: já vamos no quarto episódio mostrando as lutas desse cavaleiro. E aviso que esse ainda não será o último.
Tenma ataca mas não causa nem cócegas em Oneiros. El Cid
parte para cima do deus e o surpreende pelas costas. Ele acerta um corte que
parte o deus ao meio.
“Idiotas. Seus ataques físicos são inúteis. Há quatro almas
neste corpo, todas trabalhando ao mesmo tempo para protegê-lo”.
Preciso acrescentar algo mais? Acho que não. O caso é que
Oneiros é indestrutível, a menos que algo a respeito das almas seja feito.
“Eu sou um dentro de quatro, e quatro dentro de um”.
Humm... essa frase abre possibilidades sexuais deveras
interessantes rsrsrs. Oneiros afirma que matar os dois cavaleiros é contra a
ordem de Hypnos, então ele vai fazer uma coisa melhor que matar: vai aniquilar
o corpo juntamente com a alma, para que seja impossível aos dois reencarnarem.
Isso prova que os deuses desse anime têm sérias bases na doutrina espírita.
Oneiros ataca com o Oráculo do Guardião, uma técnica que certa vez foi capaz de exterminar uma nação inteira. E não, eu não acho esse nome nem um pouco legal. Ele tenta ser pomposo mas nem se compara a nomes como Satã Imperial ou Rendição do Demônio Rei.
Tenma teme (lol) pela alma de Sísifus caso ele ataque com
tamanha quantidade de energia.
O caso é que o Oráculo do Guardião de Oneiros é um golpe sem nenhuma moral. Ele parece não acertar o alvo e só faz levantar poeira. E o idiota do Oneiros ainda se pergunta se Tenma e El Cid conseguiram sobreviver ao seu “incrível” Oráculo do Guardião. Acho que agora ficou bem claro que eu não gosto nem um pouco desse personagem e não sinto um pingo de respeito por ele. Ele não se compara, em nível de impacto, nem ao próprio Ichelus ou Morpheus (que lhe dão poder no momento). Ele não tem a imponência de Thanatos ou Hypnos. Só está lá pra cumprir tabela e ser derrotado por El Cid. E tem mais: as suas ridículas asinhas na cabeça o fazem parecer um poodle. E também acho que ele tem a maior cara de penico...
Então ficamos sabendo como os dois conseguiram sobreviver ao ataque de Oneiros, que pelo jeito realmente é indefensável: o báculo da deusa Atena resplandece em frente ao olhar incrédulo dos dois cavaleiros. Bem, o olhar de El Cid não é tão incrédulo assim: lembra quando ele disparou um corte em Oneiros que aparentemente errou o alvo? Pois a intenção do cavaleiro não era acertar o inimigo, e sim abrir uma fenda no mundo dos sonhos para que a deusa Atena pudesse adentrar. Por que uma ressonância com uma armadura de ouro pode burlar a barreira entre os dois mundos e uma deusa não, isso é um mistério que está além da minha capacidade especulativa.
Sasha paira como uma anêmona, linda como de costume. Ela
salvou a vida de Tenma e El Cid com seu báculo. O que me faz lembrar, uma vez
mais, COMO ESSA DEUSA ATENA NÃO É UMA
INÚTIL QUE FICA COM O TRASEIRO SENTADO POR DOZE HORAS ESPERANDO QUE ALGUÉM A
SALVE ENQUANTO OS CAVALEIROS VÃO METER A MÃO NA MASSA POR ELA.
El Cid se martiriza por precisar de Atena para cumprir a sua
tarefa de resgatar a alma de Sísifus. Ele simplesmente não entende que se não
fosse por causa dele, nem a deusa Atena em pessoa teria conseguido chegar tão
longe. Eta carinha mais exigente consigo mesmo...
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"Boa sorte, good luck! Fui!!! |
Atena resolve demonstrar sua gratidão ... SIMPLESMENTE DANDO AS COSTAS AOS DOIS CAVALEIROS, QUE SÓ SOBREVIVERAM AO ATAQUE DE ONEIROS POR CAUSA DE SUA INTERVENÇÃO, ABANDONANDO OS DOIS À PRÓPRIA SORTE COM ONEIROS! WTF? SERÁ QUE BATEU UMA RECAÍDA DE SAORI KITO EM SASHA? Abstrai...
Oneiros percebe o lado bom que a situação lhe proporciona, e
resolve acabar com Atena lá mesmo para dar um fim à guerra. El Cid lança vários
ataques ao redor do deus. Ele rasga o tecido do mundo dos sonhos e usa um golpe
para expulsar Oneiros do lugar. O nome do golpe? JUMPING STONE. Isso não
os faz lembrar de nada não?
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Pelo menos esse não é risível |
Isso mesmo, incansável leitor do post: El Cid é tão fodão que consegue usar o golpe com um dos nomes mais ridículos para empurrar Oneiros para fora. É que os tradutores não tiveram a coragem de traduzir Jumping Stone como Pedra Saltitante, que na verdade é a tradução mais fiel e correta. Eles mandaram a lógica às favas em prol de um bem maior e traduziram como Salto de Pedra. Acho que os tradutores da atualidade sabem que ferrar com a moral de um personagem fodão é um pecado capital que manda ao inferno de cabeça pra baixo, e sem direito a chamar pelo Phoenix Wright para gritar Objection! por você.
Pégasus se intromete e usa o Cometa de Pégasus para ajudar El Cid. Sabe quando tem uma garrafa ou embalagem com uma tampa putamente apertada que todo mundo da sua casa fica tentando afrouxar mas não consegue, aí vem o último cara e destampa porque uma caralhada de gente já havia facilitado a coisa? Acho que é mais ou menos isso que aconteceu nesse caso.
Os cavaleiros conseguem expulsar Oneiros do mundo dos sonhos
para a realidade, e os três cavaleiros de prata que são alunos de El Cid
percebem quando os três adentram a realidade. Eles decidem ajudar.
Oneiros percebe a aproximação dos discípulos de El Cid e concentra seu MP para soltar mais um Oráculo do Guardião. Os três cavaleiros de prata executam uma técnica tripla de Chrno Trigger chamada Housing Argo.
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"Bonitinho..." |
Eu não fazia ideia do que Housing significava, então fui no dicionário de inglês: mas o maldito unilateral do dicionário só tinha o significado de House, que significa “médico quarentão dotado de extremo mau humor e sarcasmo suicida”. Então fui ver no Google: “casa; habitação; armazenamento; biblioteca; encaixe”. Fuck! Não ajudou nem um pouco. então tive a ideia de voltar o vídeo do episódio para prestar mais atenção na figura que aparece atrás dos três cavaleiros quando eles soltam a técnica tripla: raios! A figura também não ajuda muito. Parece uma mistura de bainha de espada com uma armação de vela de navio antigo. Pesquisei, finalmente, a palavra Argo: pasmem! Meu queixo caiu de uma altura de 1,79m, tamanha a minha capacidade de observação de detalhes: Argo tem a ver com um navio no qual embarcaram os Argonautas! Isso explica o troço que parecia com uma vela de navio... Bem, acho que perdi um pouco o rumo do texto. Continuando...
“Bonitinho...”
Oneiros não sofreu nem um arranhão. O máximo de incômodo que
ele teve foi ter que prender a respiração por causa desse golpe que só fez
levantar uma tonelada de poeira no ar. Sério: quando os roteiristas vão parar
de usar esse bagulho de um golpe levantar poeira só para a poeira assentar e
revelar que o golpe mais fodástico dos heróis não assanhou nem a metade de uma
das sobrancelhas do inimigo? Usam isso em Dragonball o tempo todo. Parem, pois
isso deixou de ter impacto há muito tempo.
Oneiros sai da implosão com uma Genki Dama na mão. Ele solta o Oráculo do Guardião e acaba com a raça dos cavaleiros de prata. E eu só posso concluir que o roteirista desse desenho deve sofrer de alguma espécie de licantropia, pois nenhum cavaleiro de prata consegue ter mais que quinze minutos de fama nessa saga.
O golpe de Oneiros extermina os três cavaleiros, mas não sem
dar uma chance de um deles ficar moribundo para agradecer pela chance de sofrer
uma morte agonizante ao lado de seu mentor. E é hilária a paciência que os
inimigos demonstram para esse tipo de situação: em vez de partirem pra cima dos
heróis com tudo, aproveitando um momento de fragilidade, eles esperam
pacientemente até que todas as despedidas sejam feitas e que o herói tenha chance
de elevar seu cosmo/ki/chakra e solte um golpe ultra fuderoso que acabará com a
sua raça.
“Faça de seu coração uma arma, cavaleiro de pégasus, para
que você nunca perca o caminho... o caminho da verdade”.
Juro que da primeira vez que eu assisti a esse episódio,
quando eu ouvi El Cid dizendo essa frase, eu tive a exata sensação de que elas
soavam como uma frase póstuma, um conselho para aqueles que vivem e ainda vão
viver.
O que houve com os demais cavaleiros de ouro que apareceram
até agora, com exceção de Shion e Dohko? Não precisa ser muito inteligente para
deduzir que o fim de capricórnio está muito próximo.
Oneiros diz: “O caminho é estreito e a arma é frágil”.
E eu digo: cala a boca, Oneiros. Sua poesia é uma droga.
O plano de El Cid é simples: Tenma cobre Oneiros com uma chuva de meteoros enquanto ele procura as quatro almas que sustentam o poder regenerativo do deus.
Capricórnio (cansei de escrever o nome El Cid...) parte o
corpo de Oneiros em quatro.
Os pedaços caem e levantam uma poeira danada. E o que você
acha? Que os cavaleiros saíram vitoriosos e que a batalha terminou? Claro que
não! A teoria da nuvem de poeira está lá pra responder a essa pergunta.
El Cid está no limite. Quase sem poder. E Oneiros começa a
se regenerar lentamente, enquanto compara El Cid a uma espada enferrujada.
Cara, por que você não para? Eu já não te disse que a sua poesia é uma droga?
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Até um super-homem tem o seu limite |
Tenma tenta destruir as quatro almas, mas é repelido facilmente pelo poder do deus. O cavaleiro de bronze não quer deixar que ninguém mais morra.
Oneiros ataca com um poder genérico sem nome que empurra
Tenma pra trás. Quando está quase sendo derrubado, Yuzuriha e Yato aparecem
para ajudar.
Tenma revela que os ataques de El Cid estão impedindo que
Oneiros concentre sua força para soltar mais uma Genki Dama. Se ele se
recuperar, babau!
Yato ataca com um Galope de Unicórnio. A amazona ataca com um “Chute Reluzente” (nossa! Que surpresa! E eu pensando que seria dessa vez que iam dar um golpe decente para uma PORRA DE UMA AMAZONA QUE SE EQUIPARA, EM PODER, A UM CAVALEIRO DE PRATA. Que falta faz um pênis e um par de testículos no campo de batalha...) e Tenma usa o seu manjado Meteoro de Pégasus.
Uma poeira sobe e os heróis se perguntam se conseguiram
acabar com o inimigo. E você? Depois das considerações acima, o que acha? Bom
menino...
Os três cavaleiros podem até saber lutar, mas fazer conta de
matemática não é seu forte. Havia quatro almas. Três deles atacaram. Claro que
não ia dar certo.
A poeira abaixa e, adivinhem só: Oneiros não sofreu nenhum arranhão.
Mas que mundinho mais previsível esse...
El Cid está de joelhos. Tenma, Yato e Yuzuriha (apesar de sua prepotência típica da adolescência) são fracos demais para acabar com as almas...
“O próximo ataque será o último. Meu Oráculo do Guardião irá
aniquilar todos vocês...”
Fim. Do capítulo, é claro!
EPISÓDIO 23:
EXCALIBUR
O episódio começa com Hakurei e Atena na casa de sagitário. Atena deixa seu corpo físico e adentra o corpo do cavaleiro.
A deusa chega ao sonho de Sísifus.
“Sísifus, você ainda está obcecado por aquele dia”?
O sonho do cavaleiro se passa na vila na qual Sasha, Tenma e
Alone viveram juntos.
O cavaleiro de sagitário caminha a passos firmes, porém
dificultosos. O sofrimento em seus olhos é notório. Ele encontra os três e,
abruptamente, ataca a pequena Sasha com uma avalanche de informações que deixam
a garotinha assustada. Tenma, como sempre, se irrita e toma satisfações com
Sísifus.
Mas é tarde demais. Sísifus leva a assustada garota embora,
debaixo de muitos protestos de Tenma e da incredulidade de Alone.
“Se eu não levá-la, uma vida feliz pode estar a aguardando. Entretanto, este é meu dever como cavaleiro. Estou fazendo a coisa certa”...
Mas o sonho de Sísifus não retrata a realidade de como as
coisas aconteceram. Em seu sonho, a deusa Atena o acusa de interferir em
assuntos dos deuses. Ela diz que foi a decisão dele que deu início à guerra
santa.
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"Não me mate, Ryuku! Eu juro que compro mais maçãs!" |
A vila fica
A armadura de sagitário abandona o corpo de Sísifus e ameaça
o cavaleiro com a flecha de sagitário, uma arma capaz de derrotar até mesmo um
deus. Um detalhe curioso nessa parte é que Sísifus fica muito parecido com
Raito Yagami, do Death Note, quando fica com roupas de civil.
A flecha dourada atinge o coração de Sísifus. O espírito da deusa Atena assiste a tudo, observando que o remorso de Sísifus foi ampliado pelo ataque espiritual de Hades. Como se precisasse...
A culpa do cavaleiro de ouro, por causar mal à vida de uma
pessoa, é totalmente verossímil e justificada, pois ele arruinou quaisquer
chances de Athena ser feliz como uma humana. Culpa é uma coisa terrível, que pode
corroer uma pessoa por dentro. Só deus sabe como machuca o sentimento de não
ter conseguido ajudar uma pessoa ou um ser querido. Então não acho justo achar
que os roteiristas utilizaram isso como uma desculpa para tirar de cena um
personagem muito forte. Não acho que foi esse o caso.
Sísifus pede desculpas a todos a quem causou mal, mesmo que indiretamente, e remove a flecha do coração. Um redemoinho de sangue engole o cavaleiro. Quando se vai, o sangue torna a armadura de ouro negra como uma súplice de espectro.
“Eu sou o pecador que causou a guerra santa. Não tenho o
direito de ser um cavaleiro”.
Lágrimas de sangue negro escorrem pelo rosto de Sísifus. Ele
tenta afastar Sasha com um ataque. Atena tenta convencê-lo de que a guerra não
é culpa sua. Mas isso só faz piorar as coisas: Sísifus usa a flecha e prepara
um ataque contra a deusa.
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Relaxa que você ainda tem 12 horas de vida |
Sasha desce do salto e dá uma bronca
O cavaleiro solta a flecha no ar e esta atinge Atena em
cheio no coração. Mas não se preocupe: nada de passar doze horas descansando o
rabo na chuva enquanto os outros encaram cavaleiros de ouro em seu lugar.
“Então, essa é a dor que você vem suportando todo esse
tempo”.
Eu já disse que amo a deusa Atena dessa saga? É muito legal
a forma como Sasha mete a mão na massa e dá a cara a tapa. Ela participa da
forma que sua benignidade permite, sem perder a bondade e grandiosidade que uma
divindade deve ter.
“Sinto muito, Sísifus. Minhas decisões nesta vida fizeram
você sofrer muito”.
Sasha, agora, fala como a verdadeira deusa Atena, que se
importa com o bem-estar de seus cavaleiros e tem plena consciência de que só
fazendo Sísifus extravasar a dor que sentia conseguiria abrir os olhos do
cavaleiro. Bem, acho que uma passadinha no motel também dava conta do problema, mas sabe como as japonesas são puras e castas...
Atena abraça o cavaleiro e fala do apreço que sente pelos dias em que viveu como humana. Mas não faz sentido o cavaleiro se martirizar, pois quando ela despertou Hades já havia feito o mesmo e os deuses gêmeos já tinham começado suas maquinações.
“Se você não tivesse vindo eu teria morrido. Você me
protegeu”.
Atena faz o cavaleiro de sagitário perceber a própria
importância no esquema da guerra e como todos precisam do seu poder para
vencer. É ótimo que seja assim, pois se Sísifus tiver a maior fama de ser o
mais fodão dos cavaleiros e ME VIER COM
AQUELA PORRA DE TROVÃO ATÔMICO DE NOVO EU MANDO ESSA SÉRIE TODA TOMAR NO * E
VOU ASSISTIR GUERREIRAS MÁGICAS QUE É O MELHOR QUE EU FAÇO.
“Você não pode ter esquecido a promessa que fez ao Tenma naquele dia em que partimos”...
Então um flashback mostra o que realmente aconteceu no dia.
Enquanto se dirigia para fora da cidade, Sasha e Sísifus são
surpreendidos pelo jovem Tenma, que se escondia em cima de uma árvore.
O garoto argumenta que os três sempre estão com fome.
Quando adoecem, não tem dinheiro para remédios. Com certeza eles seriam mais
felizes se alguém os protegesse. Mas será que o cavaleiro de sagitário é mesmo
capaz de fazer Sasha mais feliz do que ela é na companhia de seu amigo e irmão? E eu confesso que foi nesse exato momento que eu me vi completamente apaixonado
pelo altruísmo inocente deste personagem, Tenma.
Tenma é muito diferente de Seya. Ele não é forçado. Ele não
se importa nem um pouco com o esquema das coisas. Ele não sofreu lavagem
cerebral para proteger uma deusa que nunca tinha visto na vida.
Não. Tudo que Tenma faz é pensando no bem de Sasha, não de
Atena. Ele só deseja voltar a viver a sua antiga vida feliz ao lado de Sasha,
Alone e de seus novos amigos (Yato, Dohko e etc.).
“Se você não for capaz disso, não posso deixar que a leve”.
Sísifus diz que não pode prometer nada. Que ao contrário:
pode ser até que ele esteja a levando para longe de quaisquer chances de viver
um futuro feliz. O que lhe garante um belo...
... da parte de Tenma.
Sísifus afirma que apenas pode pedir a permissão de Tenma
para levar Sasha. Ele afirma que vai fazer tudo que puder para proteger a
garota. E o pequeno detalhe que dá a Tenma a certeza de que pode confiar no
homem que se encontra de joelhos a sua frente acaba sendo uma das cenas mais
bonitas que eu já vi em toda essa série.
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"Entenda: não é em você em quem confio. É no universo..." |
Não vou descrevê-la. Deixarei que cada um assista novamente e julguem por si mesmos.
Sísifus desperta mais radiante do que nunca. E reforça a sua
promessa de proteger Atena custe o que custar.
“Desculpe pelos problemas que causei”.
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Desculpa aí, Tia! |
Sísifus está de volta. E a deusa Atena e o mestre Hakurei sabem exatamente como ele pode ajudar El Cid contra a ameaça que este enfrenta. Preparem-se, pois este foi eleito por mim como o melhor momento de todos os episódios que assisti até agora.
A ação retorna para Tenma e seus companheiros sendo espancados por Oneiros da Beija-flor. Yato se pergunta sobre o estado do cavaleiro de ouro. Ele diz isso porque não sente nenhum cosmo vindo de El Cid.
Eles tentam atacar novamente, só que ao mesmo tempo desta
vez. Claro que o máximo que eles conseguem é levantar mais poeira que uma
empresa de demolição.
A cena corta para a base da estátua de Atena, no santuário. Sísifus prepara um ataque com sua flecha dourada. Atena está exatamente ao lado dele, como se copiasse a sua postura de Ataque. Mas o que raios está acontecendo? Foi exatamente isso que se passou na minha cabeça na primeira vez que vi esse episódio.
Atena toca na flecha de Sísifus com seu cosmo (duplos sentido, off) e o cavaleiro dispara a toda velocidade.
A cena retorna, mais uma vez, para o cenário de batalha de
Oneiros da Tijuca.
Tenma fica muito frustrado por não poder fazer nada.
Yuzuhira e Yato também não conseguem nem ficar de pé. Oneiros prepara mais um
Oráculo do Guardião e aponta para El Cid.
“Não consigo me mexer...
Sou um cavaleiro de ouro e não consigo me levantar...”
O estado de El Cid é lamentável. Ele apenas olha, com a
visão turva, para os três cavaleiros que serão aniquilados em breve. Nessa parte eu
fui tomado por uma grande depressão, pois é triste ver um dos melhores
personagens já criados na série totalmente incapacitado justamente por ter dado
o melhor de si, lutando contra quatro deuses.
“Minha espada quebrou”?
O espírito de Sísifus aparece na mente de El Cid. Acredito
que essa comunicação foi possível graças ao elo que o cavaleiro de sagitário
estava formando com a deusa Atena, para lançar a flecha ao local de batalha.
Ele agradece pela ajuda no mundo dos sonhos e diz que quer
ajudar: ele enviou uma flecha com a força de Atena ao campo de batalha e espera
que seu amigo saiba aproveitá-la com sabedoria.
“Falta poder e número para destruir os quatro deuses ao mesmo tempo”.
El Cid se ergue, apesar de todos os ferimentos que dizem que
tal coisa é impossível. Ele se ergue, imponentemente, e se vira pro lado
contrário onde está o deus Oneiros.
Nessa hora, mesmo sem ter visto nada sobre o episódio, eu já
sabia o que El Cid ia fazer. Quatro almas... apenas uma flecha... Como resolver
isso...
Oneiros acha que El Cid pirou na batatinha pois está olhando
pro lado errado. O deus havia sentido o cosmo de Atena mas nem suspeitou o que
estava sendo tramado contra ele. De fato, Oneiros é uma vergonha. É um deus
arrogante mas sem inteligência, faculdade essencial para quem deseja trilhar o
caminho da prepotência. Ele é burro e só sabe atacar imprudentemente.
“Seu caminho é como uma espada... e você é a Excalibur”!
A cena que se segue é a minha preferida de todos os tempos.
El Cid salta e corta a flecha de Sísifus em quatro partes.
Cada pedaço atinge uma das almas dos deuses. Oneiros está acabado. E El Cid,
como não poderia deixar de ser, atingiu o cosmo máximo se tornando a Excalibur.
El Cid diz que está orgulhoso com a sua Excalibur, que foi
fundida com o amor de cavaleiro por Atena. Oneiros diz que ele e os outros três
deuses passarão vergonha diante de Hypnos. Realmente, tá aí uma coisa com a
qual eu tenho que concordar com esse personagem detestável.
Oneiros não quer voltar de mãos vazias e decide que vai
levar o cavaleiro de pégasus consigo antes de explodir e virar purpurina.
E é como eu disse: o que vem acontecendo com todos os
cavaleiros de ouro que apareceram até aqui, exceto Shion e Dohko (que todos
sabemos que não vão morrer pois fazem parte da guerra de Hades da atualidade)?
Pois é...
Eu odeio esta cena, pois o melhor personagem do desenho precisa se suicidar para que o merda do cavaleiro de pégasus não morra. Eu sei que faz sentido no enredo, mas não deixa de ser uma forçação de barra dos roteiristas em ficar matando todos os cavaleiros de ouro. PORRA, EL CID! VOCÊ ERA O CARA! NÃO PODIA TER MORRIDO NEM ASSIM NEM DE OUTRA FORMA.
“Tenma de pégasus: este é o caminho que você também deve
seguir”.
A cena da morte de El Cid é tão triste que nem sinto mais
vontade de continuar o episódio. Só pra terminar, Sísifus diz que não vai ficar
triste, pois seu amigo conseguiu se tornar a lâmina que sempre almejou. E,
mesmo com a sua morte, outros seguirão o caminho que ele iluminou...
A Tenma só resta amaldiçoar a sua sina de ver pessoas de grande honra e valor morrerem por sua causa.
Quando Tenma decidiu ir ao castelo de Hades, eu achei uma
coisa bem idiota e imprudente. Mas, diante deste sentimento de perda, a cruzada
de Tenma faz todo o sentido para mim agora. E o episódio acaba...
EPISÓDIO 24: HORA DA
BATALHA FINAL
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Hypnos é puro mistério... |
Quando eu assisti a esse desenho da primeira vez eu não fazia ideia de quantas temporadas seriam. Então, este episódio começava com uma interrogação emergindo de minha cabeça: como assim batalha final? E os outros cavaleiros de ouro? E Kagaho? E todas as pontas que não dá pra resolver em apenas três ou quatro episódios? Continuando...
O episódio começa com Pandora e Hypnos conversando sobre a perda dos quatro deuses. Hypnos afirma que isso pouco importa, pois tudo está indo de acordo com seu plano. Ele veste a sua súplice de pavão misterioso e vai embora.
A música que toca nessa parte é a deixa para eu dizer que a
trilha dessa série, em geral, me faz lembrar muito a do jogo Chrono Trigger. E
qualquer coisa que lembre esse jogo só pode ser de altíssima qualidade.
É quase palpável o clima de “começo de uma nova fase” que essa parte transpira. Mesmo quando pensava que o desenho ia acabar, ainda sim sentia essa sensação.
O mestre Hakurei segura o elmo do Mestre do Santuário e a espada
enfaixada que Yato usou no mundo dos mortos.
Hakurei faz várias reflexões sobre seu irmão e deixa claro
que está para partir a uma missão sem volta. Sua última missão como cavaleiro
de Altar. Bem, já que todos os personagens mais legais do anime morreram, não são nenhuma novidade as palavras de Hakurei.
Ele revela ainda a verdadeira função de Sísifus (e o motivo de Hypnos querer tanto mantê-lo longe da guerra): o cavaleiro de sagitário, com sua flecha dourada matadora de deuses, é capaz de quebrar a barreira de sono que foi colocada em torno do castelo de Hades. Enquanto Hakurei fala, é exatamente isso que Sísifus faz...
Hakurei faz um discurso como mestre do santuário. Ele avisa que a barreira de sono foi quebrada e lembra de todos os cavaleiros de ouro que se sacrificaram para que esse momento fosse possível. Ele ordena que todos se preparem para a batalha contra Hades.
Durante o discurso podemos ver o cavaleiro de ouro de touro,
um jovem que pouco lembra Aiolia de leão. Provavelmente, durante o começo da
próxima temporada (se houver. Falarei disso no final do post. E sim, mesmo que
não pareça esse post vai ter um final...) esse cavaleiro participará ativamente
no desenho.
O patético espectro Cheshire vem correndo para informar Pandora que a barreira de sono caiu. A mulher apenas fala para ele não se preocupar, pois tudo está de acordo com o plano. Ela diz, ainda, que as tropas de Atena estão se aproximando e que ele deve se preparar. Sinceramente, eu não consigo imaginar esse espectro no campo de batalha. Ele é covarde e só sabe se assustar com tudo. Se os roteiristas conseguirem me surpreender com algo de bom a respeito desse personagem, eu tiro o chapéu para glorificar os escritores dessa série.
Hypnos chega à sala onde Hades pinta a Lost Canvas, uma pintura em 3D do tipo Holodeck que tem o poder de matar toda a humanidade de uma vez só.
Ele percebe que Alone está fingindo ser o Hades totalmente
desperto. E eu acho que Hypnos, na qualidade de divindade, não tem a menor razão
de sentir mais ou menos respeito pelo imperador do submundo.
O deus do sono usa sua Eterna Sonolência para afastar a alma
de Alone e despertar de uma vez por todas o espírito de Hades em seu corpo.
“A morte não é uma salvação. É um julgamento. Pintarei estas
terras com escuridão”.
Shion surpreende Hakurei se preparando para partir. Ele
questiona os atos do mestre, mas Hakurei deixa claro que sabe o que está
fazendo. Ele parte para completar a sua missão e deixa o comando do exército de
cavaleiros com Sísifus.
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Dá licença que agora quem manda aqui sou eu! |
Na praça do santuário Sísifus, o cavaleiro de escorpião e o cavaleiro de aquário se preparam para partir com o exército. Leão está com eles. Mas Shion e Dohko não estão presentes. Eles partem para ajudar o mestre Hakurei, mesmo contra as suas próprias ordens.
Um dos cavaleiros genéricos pergunta como eles farão para
chegar ao castelo de Hades. Sísifus chama Atla, o Kiki-não-pentelho para
teleportar TODO O EXÉRCITO DE ATENA ATÉ
O CASTELO DE HADES. Ta bom... nem sei o que dizer. Mas se Sísifus diz que
Atla é um mestre em psicocinese, quem sou eu para discordar...
O exército chega ao castelo de Hades, que se parece com uma
espada quebrada cravada em cima de uma montanha.
Yato, Tenma e Yuzuriha escalam a montanha do castelo e já
começam a sentir os efeitos do poder de Hades (aquele mesmo que inibe 90% dos
poderes originais de qualquer cavaleiro). Os dois amigos de Tenma desmaiam. Ele
salva os dois de uma queda certa e se pergunta porque eles estão sendo afetados
desse jeito.
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"Oi, Shadow! Beleza"? |
Dohko aparece, para a total alegria de Tenma. É visível o carinho de Tenma pelo cavaleiro de libra. Também não é pra menos: além de ser como um irmão para o cavaleiro de pégasus, Dohko é boa pinta pra caramba e sempre dá uma piscadinha para esquentar os ânimos. Sim, eu gosto muito desse personagem. E o momento de Dohko brilhar está bem próximo.
Shion também aparece e explica tudo sobre a barreira de
Hades. Ele explica também que Tenma não está sendo afetado por portar uma
relíquia criada por uma deusa, a pulseira de flores. Bendita seja essa pulseira
de flores...
O exército de Atena está se coçando para dar uma surra nos espectros de Hades. Eles querem que Sísifus ordene o avanço. Rola até uma ceninha típica de momentos de empolgação de guerra em que todos gritam de euforia. Um belo “esperem”! de Sísifus joga um belo balde de água fria em uma cena bem clichê. Ele explica que faz parte dos planos de Hakurei que todos aguardem o momento certo para avançar.
Enquanto isso, um ancião envolto em um manto se aproxima da
entrada do castelo de Hades...
Hakurei consegue a incrível façanha de derrubar um dos espectros genéricos apenas com seu manto. Vendo de quem se trata, os inimigos desdenham do ancião Hakurei. Só pra levar uma surra homérica de um cavaleiro de prata com bagagem para ser um cavaleiro de ouro (tipo, o mestre Albion, só que menos gay) e dispondo de seus plenos poderes, visto que ele também carrega uma relíquia da deusa Atena.
Enquanto escalavam, Yato percebe que Shion e sua aluna desapareceram. Um pentagrama púrpuro se desfaz no ar e mais um episódio se encerra.
EPISÓDIO 25: OS
MUITOS, MUITOS ANOS
O episódio começa com Kardia de escorpião inconformado por causa da ordem de esperar do capitão Sísifus. Em uma demonstração fútil de poder, o cavaleiro psicótico desconta a sua frustração de não poder chutar o traseiro de Hades pessoalmente. Se ele é tão bonzão assim por que não foi sozinho ao castelo de Hades. Aliás, preciso dizer que Kardia é muito semelhante fisicamente a Milo das doze casas? Mas a sua personalidade, pelo pouco que deixou transparecer, é totalmente distinta do escorpião mais novo. Espero que, quando ele for lutar, que mostre uma técnica diferente (e criativa) da Agulha Escarlate. Eu gosto da Agulha Escarlate, mas um golpe só é phod@!
Ele é consolado por Degel, o cavaleiro de ouro de aquário. Pausa! Agora eu confesso que os roteiristas desse anime conseguiram me deixar com uma pulga atrás da orelha com relação à criatividade dos novos personagens.
Vamos olhar um pouco mais de perto o tal do “Degel de aquário”. Diferente de Camus, ele tem o cabelo totalmente verde. Tá, eu sei que venho reparando nesses detalhes de semelhança física como sendo um defeito. Mas é que ele é muito estranho: Degel usa óculos (!?) e anda pra lá e pra cá com um livro nas mãos (WTF!?????). Preciso dizer mais?
Bem, o fato é que os personagens mostrados até aqui não
deixaram nem um pouco a desejar. Então, só nos resta esperar pela nova
temporada e ter um pouco mais de fé no julgamento dos roteiristas.
A cena corta para Hakurei lutando contra uns espectros genéricos. Ele derrota todos eles com facilidade e chega ao centro da barreira de Hades. Ele afirma que se colocar a espada banhada com o sangue de Atena no centro da barreira ela será desfeita. Mas Hakurei enrola tanto para SIMPLESMENTE CRAVAR A MALDITA ESPADA NA BARREIRA QUE HYPNOS CHEGA E O IMPEDE DE FAZER ISSO.
A luta contra o deus do sono começa...
O flashback da última guerra santa começa. Aqui vemos Hakurei e Sage ainda jovens. Eles planejam atrair os espectros para a praça do santuário. A luta começa e umas imagens em preto-e-branco dão lugar à animação tradicional. Se você se achou estranha essa parte, ou ficou pensando que os animadores foram dar uma voltinha e deixaram uma criança do jardim da infância a cargo do desenho, preciso lhe lembrar que Lost Canvas é uma obra baseada em um mangá. Sabe aquelas revisas em preto-e-branco caríssimas que foram impressas erradas, de trás pra frente? São dessas mesmas que eu estou falando.
O pau continua a comer no centro (se você prestar bastante atenção, verá que o juiz Minos até faz uma pontinha nessa parte. Mas acaba sendo derrotado, aparentemente). A imagem volta ao normal e Hades aparece. Ele é um pouco diferente do Hades de Alone, mas o jeitinho de chefão final afetado continua o mesmo. Hades faz uma quizumba e todos os cavaleiros de enfeite começam a cagar e vomitar sangue. Atena aparece para impedir a lambança de Hades. Sage está ao seu lado, com a espada banhada pelo sangue da deusa. Como não há nenhum ferimento aparente no corpo da deusa, só posso concluir que Atena tinha estava em seu período fértil. Aliás, essa Atena de duzentos anos atrás é bem bonita, mas tem um semblante mais sério e ameaçador que Sasha.
Atena explica que ativou um firewall do santuário que impede que os espectros ressuscitem e de quebra ainda prende Hades nas doze casas. Ele se revolta e solta uma Genki Dama negra
Hades leva a Genki Dama e começa a sangrar feito a putinha
que é. O jovem não agüenta e o espírito de Hades foge de seu corpo. A guerra
acabou e os cavaleiros de Atena venceram. Mas algo parece não estar certo...
Coisas dando errado quando tudo parecia estar indo no
caminho certo já não são novidade há muito tempo. O melhor exemplo que me vem à
cabeça é o exemplo mais clássico de todos:
Hakurei e Sage observam todos os seus companheiros caídos no chão, em poças de sangue. O rapaz que abrigava Hades esgurmita um pouco de sangue. Atena baba um pouquinho de sangue também. Atena avisa para que os dois cavaleiros não percam as suas espadas banhadas com seu sangue. Então ficamos sabendo que a onda de morte não é obra do espírito de Hades.
“Por que estão aqui”?
A sombra da morte e do sono encobre o santuário de Atena...
Thanatos ataca Hakurei mas Atena o protege. Ele carrega um
kamehameha mas Atena repele a energia com seu báculo. Bem, ao que parece a
única Atena FDP que fica deitada enquanto os cavaleiros sofrem em seu lugar é a
Saori Kito mesmo. Todas as outras Atenas que apareceram fora ela fazem jus a sua
alcunha de deusa da guerra e partem pra luta.
Thanatos abre um caminho dos deuses para se encontrar com Hades nos Campos Elísios, onde seu verdadeiro corpo descansa. Atena pede para que os dois irmãos vivam. E eles prometem que vão continuar existindo durante estes duzentos anos para se vingar dos dois deuses que causaram a morte de seus companheiros.
Atena segue os dois deuses para um desfecho que não será
mostrado no desenho. Aliás, eu não assisti a primeira saga de Hades até o fim.parei
quando os cavaleiros de bronze chegam aos Campos Elísios e Saori fica presa
dentro de um jarro (!?!). Vou dar uma olhada nestes episódios para ter uma
noção de como as coisas se desenrolaram.
O flashback acaba e Hypnos revela seu respeito e admiração
pelos feitos alcançados por Hakurei e seu irmão. Diferente de Thanatos, Hypnos
não subestima o poder dos seres inferiores a ele.
Shion e Yuzuriha, que haviam desaparecido, caem do teto nos
braços de Hakurei.
“Agora me mostre a sua obsessão. Se ela me deixar entediado,
será o seu fim”.
Hypnos usa a sua técnica Encontro com Outra Realidade. Os três cavaleiros são teleportados e vão parar a uma altura de
Mesmo depois da queda, ninguém morre. Aliás, com exceção dos
personagens legais a quem nos apegamos, ninguém morre nessa porra desse
desenho.
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Isso mesmo, meu querido: Meteoro! |
Hypnos decide que é hora de dar a prova cabal de sua superioridade divina. E você se pergunta: “Titio Shadow, qual é a maior prova de superioridade divina depois de planar como uma anêmona acima dos seus oponentes”? Oras, insipiente leitor do blog. A segunda maior prova de divindade é INVOCAR METEOROS DE TROCENTAS TONELADAS PARA CAÍREM
Mais um:
O último. Se alguém se lembrar de outro, pode ficar à
vontade pra me dizer:
Nota: alguém que jogou FF12 duvida que Balthier não só é o
personagem mais legal do game, como também é o protagonista por direito do
jogo? Foi como eu pensei...
Este ainda é um texto sobre Lost Canvas, então continuarei.
Hypnos derruba o meteoro em Shion e Yuzuriha, mas Hakurei
intercepta a pedra e consegue destruí-la.
Hakurei crava a espada no chão. E o penúltimo episódio da
segunda temporada de Lost Canvas chega ao fim.
EPISÓDIO 26: SEJA VOCÊ MESMO
Este é o último episódio da segunda temporada. Não há tempo para embromação e ele começa exatamente de onde o último parou.
Hakurei informa a seus amigos que utilizará uma técnica que vai consumir toda a sua vida. É um golpe que utiliza o espírito de todos os seus companheiros mortos na guerra de duzentos anos atrás: as Ondas de Presepe. Eu, particularmente, acho que esse poder faria mais sentido se fosse usado pelo mestre Sage, que era o cavaleiro de ouro de câncer. Mas tudo bem.
“Uma reunião de mortos. Todos os cavaleiros da última guerra santa não são mais fortes que isso? Você é apenas um humano no fim das contas”.
A súplice de Hypnos não agüenta a pressão do golpe de Hakurei e se destrói. O corpo hospedeiro que ele usava também não resiste e ele é derrotado. A alma de Hakurei volta ao corpo. Ele então tira uma caixa com o selo de Atena de dentro do seu peito (!?!) e sela o deus do sono de uma vez por todas.
Eu achei que essa resolução foi demasiadamente simplória, se comparada aos esforços de Manigold e Sage para selar a alma de Thanatos. Como não sou um escritor e não tenho cacife para criar histórias empolgantes como Lost Canvas, só me resta me contentar com esse desfecho.
Apesar do esforço para lançar a Marcha dos Espíritos, Hakurei não morreu. Ele se aproxima da barreira de Hades e se prepara para cravar a espada no centro. Mas...
Shion se revolta pela morte de seu mestre e solta uma Revolução Estelarem
Hades. Este apenas fica admirado pela beleza das cores do
golpe de Shion, como se nada tivesse acontecendo. Ele usa o seu manto para
voltar a técnica de Shion contra ele mesmo. O cavaleiro de áries percebe que o
cosmo de Hades está diferente: mais frio e poderoso. Até mais que o de Hypnos e
outros deuses.
Shion começa a temer pela própria vida e a duvidar de seus objetivos. Mas ele recupera a sua determinação e parte para cima de Hades. Ele tenta pegar a espada para quebrar a barreira, mesmo que isso lhe custe a vida. Mas Hades parte a espada em mil pedacinhos antes que ele chegue perto. O imperador derruba Shion e se volta para Yuzuriha. A coitada não consegue nem se mexer.
Ela apenas treme de medo e se lembra que seu treinamento como guerreira não está servindo de muita coisa diante de um deus tão poderoso.
Shion se interpõe entre o ataque de Hades e Yuzuriha para salvá-la. M as não é o suficiente. Então Dohko aparece para salvar o dia. Ah, Dohko... o que seria do emo da porra do Shion se não fosse você...
Tenma ataca com seus meteoros, que são absorvidos pelo manto de Hades. Ele devolve os ataques com dez vezes mais velocidade. Essa cena é muito legal e impactante.
A cena corta para o santuário. Claro que Atena, não a Atena Sasha, não poderia estar tomando chazinho enquanto toda essa bagaceira rola solta no castelo de Hades. Ela sente uma perturbação na Força e percebe que seu irmão já não está mais entre os vivos...
Hades afirma que não consegue ver Tenma como uma ameaça. Mas, só pra garantir, ele invoca sua espada negra de Guerreiras Mágicas e ataca o cavaleiro. Dohko protege o seu aluno com o escudo da armadura de libra que, creio eu, é mais forte que o escudo da armadura de dragão. Aliás, eu nunca pensei que diria isso, mas eu sinto saudade dos cavaleiros de bronze clássicos. Queria ver as representações de cisne, andrômeda, dragão e (principalmente) fênix nesta saga.
Desta vez Hades não se resume a copiar os ataques lançados contra ele. Ele envia uma onda de energia que acerta todos os cavaleiros ao mesmo tempo. Hades prepara um ataque que deixa Tenma paralisado, mas Atena usa a pulseira no punho do cavaleiro para chegar ao local de batalha. Agora o bicho vai pegar!!!
Atena está decidida a lutar como a deusa da guerra para impedir Hades. O imperador materializa asas negras nas costas e transforma aquele seu pingente com um pentagrama (ou hexagrama, não sei) em uma armadura negra bem bonita. Mais ou menos assim, só que com menos purpurina:
Hades solta uma mini Genki Dama negra. Pégasus apara a bola de energia com as mãos mas ela explode. Sim, não preciso dizer que uma nuvem de poeira se levanta, apenas para baixar em dois segundos e revelar o Pégasus Berserker que veste a armadura da era mitológica. Só que dessa vez ele fala.
Hades envia uma nova onda de energia. Ela vaporiza a armadura dos deuses incompleta de Tenma e varre Atena para uma outra dimensão. Eta deusinha mais capenga essa Atena.
Dohko demonstra ser um vampiro emo das Crônicas Vampirescas de Anne Rice e ouve os pensamentos de seu amigo. Para a alegria das fãs, Dohko remove a parte de cima da sua armadura e prepara um ataque. Preste muita, mas muita atenção nesta parte. Ela é um exemplo claro do que eu falo sobre os roteiristas deste anime conseguirem usar os elementos da série clássica com respeito e inteligência aos mesmos. E também um exemplo da safadeza desses cavaleiros de ficar tirando a roupa na frente dos outros...
Um tigre aparece nas costas (saradas. rsrsrs) de Dohko. Ele parte, desarmado, para cima de Hades e libera o seu Dragão Voador. É um dragão lindo e dourado que causa uma luz cegante no inimigo. Essa era a chance de fuga que Dohko pretendia dar a Shion.
Mas... DA BOCA DO DRAGÃO SAI UMA LANÇA DOURADAEM DIREÇÃO AO
PESCOÇO DE HADES. A luz era um embuste. Um disfarce para
o verdadeiro motivo do golpe. A intenção de Dohko não era só criar uma distração. Se pudesse...
Se você é fã da série ou simplesmente assistiu às outras sagas, não importando o motivo, deve se lembrar que os cavaleiros sempre topavam com a tarefa de enfrentar um deus. E como eles conseguiam vencer? Usando o açúcar que a mãe de Seya passou em seu corpo quando neném para grudar a armadura de sagitário em seu couro. Aí ele lançava a flecha umas trocentas vezes e conseguia vencer. Ou seja: diante do cosmo adequado, a arma de uma armadura de ouro tem o potencial para derrotar o mais forte dos inimigos. Não importa se ele é um deus. E a armadura de libra já realizou grandes feitos ao longo da série: quebrou o esquife de Kamus; quebrou os pilares de Poseidon e lá vai o trem...
Nessa parte do Dragão Voador, o escritor prova que fez a lição de casa e cria um golpe original e que se utiliza da mitologia criada na série clássica: se Hades fosse um pouco mais descuidado a lança perfuraria seu pescoço e já era, deus pomposo dos mortos.
Hades decide tomar a atitude de um verdadeiro deus: ele cria uma escada celestial que o leva ao céu. É hora de governar a terra do alto, como um verdadeiro deus faria. Claro que todos sabem aonde Hades está indo: Campos Elísios.
Sísifus promete unir os cavaleiros e derrotar Hades. Shion chega ao santuário.
A música de fim de episódio começa a tocar. Atena fala para eles não perderem a esperança. Mas isso não traz conforto a Tenma. Ele apenas se levanta, cambaleando, e grita a plenos pulmões seu desejo de ficar mais forte.
O grito parece alcançar os portões do paraíso. Hades apenas olha para trás e o último episódio, assim como o maior e mais ambicioso projeto do Mais Um Blog de Games, termina...
Muito do que eu tinha pra falar sobre a criação deste post eu já disse no texto “A Quem Possa Interessar”. Gostaria apenas de acrescentar algumas coisas esparsas.
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Continuando exatamente de onde parou... |
Este é o último episódio da segunda temporada. Não há tempo para embromação e ele começa exatamente de onde o último parou.
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A Seleção da Grécia de 1412 |
Hakurei informa a seus amigos que utilizará uma técnica que vai consumir toda a sua vida. É um golpe que utiliza o espírito de todos os seus companheiros mortos na guerra de duzentos anos atrás: as Ondas de Presepe. Eu, particularmente, acho que esse poder faria mais sentido se fosse usado pelo mestre Sage, que era o cavaleiro de ouro de câncer. Mas tudo bem.
Hakurei invoca uma enorme Genki Dama, que suga todos os
espíritos. Ele arremessa a Marcha dos Espíritos em Hypnos.
“Uma reunião de mortos. Todos os cavaleiros da última guerra santa não são mais fortes que isso? Você é apenas um humano no fim das contas”.
Hypnos consegue deter o avanço do golpe com uma mão. Claro,
ele é um deus.
Mas Hakurei falava sério quando disse que a técnica
consumiria toda a sua vida: ele abandona o próprio corpo e se junta à Marcha
dos Espíritos. A sua forma jovial, de duzentos anos a menos, mede forças
diretamente com o deus Hypnos.
A súplice de Hypnos não agüenta a pressão do golpe de Hakurei e se destrói. O corpo hospedeiro que ele usava também não resiste e ele é derrotado. A alma de Hakurei volta ao corpo. Ele então tira uma caixa com o selo de Atena de dentro do seu peito (!?!) e sela o deus do sono de uma vez por todas.
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"Doutor, só dói quando eu rio..." |
Eu achei que essa resolução foi demasiadamente simplória, se comparada aos esforços de Manigold e Sage para selar a alma de Thanatos. Como não sou um escritor e não tenho cacife para criar histórias empolgantes como Lost Canvas, só me resta me contentar com esse desfecho.
Apesar do esforço para lançar a Marcha dos Espíritos, Hakurei não morreu. Ele se aproxima da barreira de Hades e se prepara para cravar a espada no centro. Mas...
O problema é que o FDP demora tanto refletindo sobre seus
feelings and emotions QUE DÁ TEMPO DE
HADES CHEGAR E ARRANCAR VINTE LITROS DE SEU CORPO EM UM ÚNICO ATAQUE.
Pronto, agora Hakurei está morto. Fica a lição de não enrolar e fazer uma coisa
de uma vez.
Shion se revolta pela morte de seu mestre e solta uma Revolução Estelar
Shion começa a temer pela própria vida e a duvidar de seus objetivos. Mas ele recupera a sua determinação e parte para cima de Hades. Ele tenta pegar a espada para quebrar a barreira, mesmo que isso lhe custe a vida. Mas Hades parte a espada em mil pedacinhos antes que ele chegue perto. O imperador derruba Shion e se volta para Yuzuriha. A coitada não consegue nem se mexer.
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Será que ele quer fazer a dança dos chutes velozes comigo? |
Ela apenas treme de medo e se lembra que seu treinamento como guerreira não está servindo de muita coisa diante de um deus tão poderoso.
Mas temos que dar um desconto à pobrezinha. O que esperar de
uma reles mulher amedrontada diante do imponente imperador do submundo? Isso seria
exigir algo que está além da força que o gênero da amazona lhe permite
alcançar...
Você achou mesmo que eu ia dizer isso de uma das personagens
femininas mais lindas e participativas da história de Saint Seya? Quanta
ingenuidade de sua parte...
Shion se interpõe entre o ataque de Hades e Yuzuriha para salvá-la. M as não é o suficiente. Então Dohko aparece para salvar o dia. Ah, Dohko... o que seria do emo da porra do Shion se não fosse você...
Tenma vem junto e caminha decididamente até Hades. Mas ele
passa direto e vai até o corpo ensangüentado de Hakurei. Ele está visivelmente
cansado e transtornado em ver que mais uma pessoa de valor se foi por causa da
sua impotência em dar um fim à guerra.
“Alone, você é o culpado”?
Hades apenas ri, sem saber a quem o cavaleiro de pégasus se
refere. Tenma ainda não se deu conta do tamanho da encrenca em que todos eles
estão metidos.
Hades não possui mais nenhum traço do humano que outrora
serviu de recipiente para sua ressurreição. Ele está mais frio do que nunca e
não pensará duas vezes em acabar com Tenma. Todo o esforço dos cavaleiros para
garantir que Tenma alcançasse Hades foi em vão.
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Ser um deus deve ser tããão divertido... |
Tenma ataca com seus meteoros, que são absorvidos pelo manto de Hades. Ele devolve os ataques com dez vezes mais velocidade. Essa cena é muito legal e impactante.
Tenma se lembra de sua promessa de proteger Alone e ataca
novamente. Hades devolve os golpes novamente e destroça a armadura de pégasus.
A cena corta para o santuário. Claro que Atena, não a Atena Sasha, não poderia estar tomando chazinho enquanto toda essa bagaceira rola solta no castelo de Hades. Ela sente uma perturbação na Força e percebe que seu irmão já não está mais entre os vivos...
Hades afirma que não consegue ver Tenma como uma ameaça. Mas, só pra garantir, ele invoca sua espada negra de Guerreiras Mágicas e ataca o cavaleiro. Dohko protege o seu aluno com o escudo da armadura de libra que, creio eu, é mais forte que o escudo da armadura de dragão. Aliás, eu nunca pensei que diria isso, mas eu sinto saudade dos cavaleiros de bronze clássicos. Queria ver as representações de cisne, andrômeda, dragão e (principalmente) fênix nesta saga.
O escudo da armadura ouro não aguenta o ataque e seu quebra
como seu fosse de vidro (!?). Vai entender. Dohko e Tenma atacam juntos. O
engraçado é que a voz dos dois se sobrepõem, e como a pronúncia de seus golpes
é meio parecida acaba dando um efeito de ékio...
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Essa pulseira rendeu, heim? |
Desta vez Hades não se resume a copiar os ataques lançados contra ele. Ele envia uma onda de energia que acerta todos os cavaleiros ao mesmo tempo. Hades prepara um ataque que deixa Tenma paralisado, mas Atena usa a pulseira no punho do cavaleiro para chegar ao local de batalha. Agora o bicho vai pegar!!!
Atena está decidida a lutar como a deusa da guerra para impedir Hades. O imperador materializa asas negras nas costas e transforma aquele seu pingente com um pentagrama (ou hexagrama, não sei) em uma armadura negra bem bonita. Mais ou menos assim, só que com menos purpurina:
“Você cavou sua própria cova, Atena”.
Hades solta uma mini Genki Dama negra. Pégasus apara a bola de energia com as mãos mas ela explode. Sim, não preciso dizer que uma nuvem de poeira se levanta, apenas para baixar em dois segundos e revelar o Pégasus Berserker que veste a armadura da era mitológica. Só que dessa vez ele fala.
Hades envia uma nova onda de energia. Ela vaporiza a armadura dos deuses incompleta de Tenma e varre Atena para uma outra dimensão. Eta deusinha mais capenga essa Atena.
Shion percebe que não há chance de vitória agora que Atena
se foi. Ele quer manter Tenma vivo a todo custo, mas precisa de uma distração
para fugir de Hades.
“Shion, eu vou te dar essa chance”.
Dohko demonstra ser um vampiro emo das Crônicas Vampirescas de Anne Rice e ouve os pensamentos de seu amigo. Para a alegria das fãs, Dohko remove a parte de cima da sua armadura e prepara um ataque. Preste muita, mas muita atenção nesta parte. Ela é um exemplo claro do que eu falo sobre os roteiristas deste anime conseguirem usar os elementos da série clássica com respeito e inteligência aos mesmos. E também um exemplo da safadeza desses cavaleiros de ficar tirando a roupa na frente dos outros...
Um tigre aparece nas costas (saradas. rsrsrs) de Dohko. Ele parte, desarmado, para cima de Hades e libera o seu Dragão Voador. É um dragão lindo e dourado que causa uma luz cegante no inimigo. Essa era a chance de fuga que Dohko pretendia dar a Shion.
Mas... DA BOCA DO DRAGÃO SAI UMA LANÇA DOURADA
Shion se teleporta com Tenma, Yato e Yuzuriha, deixando
Dohko sozinho com o inimigo. Uma pequena pausa para analisar a cena anterior.
Se você é fã da série ou simplesmente assistiu às outras sagas, não importando o motivo, deve se lembrar que os cavaleiros sempre topavam com a tarefa de enfrentar um deus. E como eles conseguiam vencer? Usando o açúcar que a mãe de Seya passou em seu corpo quando neném para grudar a armadura de sagitário em seu couro. Aí ele lançava a flecha umas trocentas vezes e conseguia vencer. Ou seja: diante do cosmo adequado, a arma de uma armadura de ouro tem o potencial para derrotar o mais forte dos inimigos. Não importa se ele é um deus. E a armadura de libra já realizou grandes feitos ao longo da série: quebrou o esquife de Kamus; quebrou os pilares de Poseidon e lá vai o trem...
Nessa parte do Dragão Voador, o escritor prova que fez a lição de casa e cria um golpe original e que se utiliza da mitologia criada na série clássica: se Hades fosse um pouco mais descuidado a lança perfuraria seu pescoço e já era, deus pomposo dos mortos.
Dohko ataca e o castelo de Hades desaba aos poucos. Hades
perfura o corpo de Dohko com sua espada. Mas é claro que todos sabemos que o
cavaleiro de libra não está morto, pois ele é o mestre Ancião dos Cinco Picos
Antigos (nossa! Não envelheceu bem não, heim Dohko? Quem manda parar de malhar
e levar muito sol na pele?).
Hades decide tomar a atitude de um verdadeiro deus: ele cria uma escada celestial que o leva ao céu. É hora de governar a terra do alto, como um verdadeiro deus faria. Claro que todos sabem aonde Hades está indo: Campos Elísios.
Sísifus promete unir os cavaleiros e derrotar Hades. Shion chega ao santuário.
Yuzuriha e Yato se culpam por não terem conseguido fazer
nada. Atena se junta a eles. Tenma se senta no chão, sem dizer nada.
A música de fim de episódio começa a tocar. Atena fala para eles não perderem a esperança. Mas isso não traz conforto a Tenma. Ele apenas se levanta, cambaleando, e grita a plenos pulmões seu desejo de ficar mais forte.
O grito parece alcançar os portões do paraíso. Hades apenas olha para trás e o último episódio, assim como o maior e mais ambicioso projeto do Mais Um Blog de Games, termina...
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PINTANDO A TELA PERDIDA
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"Mandou bem, Shadow! Uma salva de palmas"! |
Muito do que eu tinha pra falar sobre a criação deste post eu já disse no texto “A Quem Possa Interessar”. Gostaria apenas de acrescentar algumas coisas esparsas.
Eu considero Lost Canvas um exemplo de catarse por parte dos
roteiristas: repare como os cavaleiros mais fracos e sem graça das doze casas
(Afrodite, câncer, capricórnio) são retratados de forma espetacular. Como eu já
disse antes, esse anime organiza os mitos em torno da série de forma comedida e
inteligente, respeitando os limites impostos pelos criadores originais e
prestando um serviço que nem mesmo estes conseguiram imaginar.
Infelizmente não há previsão de quando sairão os novos
episódios de Lost Canvas. A terceira temporada já estava sendo planejada mas
foi cancelada sem muitas explicações. Tomara que esse desenho não seja um
Caverna do Dragão da vida, pois a história é muito boa e os fãs merecem ver a
sua conclusão.
Então, a dica está dada. Se você é fã da série original,
saiba que encontrará ótimas batalhas embaladas por um ótimo roteiro. Se você
não é fã ou detesta os cavaleiros do zodíaco, peço que dê uma chance a essa
saga em particular pela sua qualidade.
Gostaria de fazer uma citação aos jogos da Batalha das Doze
Casas, visto que este ainda é um blog de games.
Sobre eles não tenho muito o que dizer. Joguei um pouco o do
PS2 mas não gostei nem um pouco do estilo de jogabilidade e da falta de
balanceamento entre os personagens.
Não tem como fugir: jogo de luta tem que ter jogabilidade em
2D e com dois (e variantes, tipo Strikers de KOF) personagens na tela socando a
cara um do outro. Qualquer coisa que fuja desse dogma carece de lutas técnicas
e bem planejadas.
Também há um jogo sobre as doze casas para PS3 e 360,
lançado no ano passado. Mas ele é apenas uma atualização em gráficos dos jogos
já conhecidos. Também não há uma diferença criativa de nível entre os
cavaleiros e as batalhas são um jogo de gato-e-rato deveras repetitivo. Outro
detalhe é que as músicas do game são boas, mas não se comparam com as do anime,
então não deviam ter mudado.
No máximo esse game consegue ser um jogo-novela com os
principais momentos da série. Se você se contenta com isso, vá em frente. Eu prefiro
assistir ao anime.
E é isso. Peço desculpas pelos atrasos e pela demora, mas como diria Victor Ireland, da extinta Working Designs: "Atrasos são temporários, mas a mediocridade é eterna".
Agora vou entrar na minha piscina de nutrientes para me recuperar dos danos que A Tela Perdida causou em mim e até a próxima loucura deste louco incorrigível.
Agora vou entrar na minha piscina de nutrientes para me recuperar dos danos que A Tela Perdida causou em mim e até a próxima loucura deste louco incorrigível.
Au Revoir!!!
Obviamente não consegui ler tudo, mas o resumo das doze casas ficou bem engraçado. É interessante ver que eu não tenho nenhuma afeição por Cavaleiros, mesmo na época que eu assistia eu já me incomodava com problemas do roteiro e a repetição dos arcos, sem aprofundar tanto os personagens.
ResponderExcluirCom o Lost Canvas, talvez me anime a acompanhar um pouco mais a série porque prezo por mitologias bem exploradas. Se Lost Canvas conseguir dar sentido pra história de fundo da série original sem cair nos clichês extremos de um anime, viro fã.
a ideia era essa mesmo, Fernando: a de ninguém conseguir ler tudo de uma vez só rsrsrs.
Excluirfalando sério, vai por mim camarada: o roteiro de Lost Canvas é bom demais da conta. assista do começo ao fim sem preconceitos e você vai ver por conta própria. depois dá uma passada aqui pra ver os 26 pela minha (deturpada) ótica rsrsrs.
isso que você fala de se incomodar com as falhas de roteiro da série original é natural. isso também acontecia comigo. mas a questão é você aproveitar o que as coisas têm de bom. sem contar o fato de que tem certas coisas que a gente gosta e ponto final. seja por nostalgia, seja porque fez parte da infância. eu me surpreendi comigo mesmo ao criar esse post pois eu tinha um preconceito absurdo com a série original. mas comecei a assistir os episódios para escrever o texto e vi que tinha muita coisa boa no meio dos exageros e choradeira.
Ja pensasse em fazer um indice? quebrei o meu mouse de tanto rolar pra ver até onde vai o final do artigo,hehehe...
ResponderExcluirse eu soubesse como fazer isso, Breno, provavelmente eu... não faria! esse texto foi criado pra ser lido em sequência. claro que não de uma vez só, mas em sequência.
Excluiro máximo que eu pude fazer foi configurar o blogger pra ficar apenas uma postagem na página, para facilitar de usar o botão home ou page down. se é custoso pra vocês, imagina pra editar esse monstro? o blogger ficou tão lento e dando lag que me causou madeixas de cabelos brancos antecipadas. algumas vezes eu até tive medo que o site não aceitasse publicar um post tão grande de uma vez só, e pensei em dividir o texto em duas partes, mas isso quebraria o clima colossal do texto.
P.S.: eu até pensei em fazer um tópico com estatísticas, tipo: quantas vezes a palavra "cavaleiro" foi escrita; quantos segundos leva pra rolar o post inteiro e etc. rsrsrs
Caramba, ficou gigante! Mesmo com os seus avisos, eu imaginava o artigo um pouco menor. rsrs Mas eu amo Cavaleiros (foi "O" anime da minha infância, ficou no coração), vou ler tudo (ainda que aos poucos).
ResponderExcluirisso ensina a você uma lição, cara Rebeca: o titio Shadow não brinca em serviço rsrsrsrs. Quando eu digo que um texto vai ser grande, prepara a pipoca e os óculos de leitura que lá vem bíblia pela frente.
Excluirfalando um pouco mais sério: são essas reações que dão a nós, blogueiros, o ânimo para seguir em frente e trabalhar com afinco em um post. só deus sabe as privações que eu tive que fazer para criar este post, sem querer ser dramático mas já sendo um pouco. e sabe o que mais? valeu a pena cada segundo investido, pois me diverti bastante e tenho certeza que proporcionarei muito divertimento aos que gostam dessa série. obrigado.
P.S.: você é mais linda que a Sasha rsrsrsrsrsr
Não costumo ler aos poucos textos de internet, mesmo grandes assim, mas como estou trabalhando agora e já me furtei a ler o começo, acho que vou comentando por partes, à medida que algum tópico me interessar.
ResponderExcluirVc definiu muito bem, realmente essa onda de "um golpe não funciona 2 vezes no mesmo caveleiro" foi BIZARRAMNTE mal conduzida!
Tipo, eles teríam que criar uns 18 mil golpes diferentes para cada ocasião! Hahahahahahaha
Eles não seguiam essa regra, muitas vezes um mesmo golpe funcionou (pela décima vez), com a desculpa de que o "cosmo antingiu o 7º sentido"! Hahaha muito bom ter lembrado disso!
E sabe onde essa falha é pior sentida?? NOS GAMES! Tipo aquele joguinho chinfrim, The Hades! Vc simplesmente TEM que usar o mesmo golpe mil vezes pra matar o inimigo! Rsrs
(Ítalo Patrocínio)
Antes de ler mais (o trabalho está intenso hoje, então só à noite em casa pra retomar), já adianto minha MAIOR reclamação quanto ao desenho (o qual, apesar disso, sou extremamente fã):
ResponderExcluir• Seiya é um pau-de-bosta sem quaisquer habilidades acima da média nem inteligência aguçada, que basta estar à beira morte, sem nenhum dos sentidos sobrando, para matar em 3 minutos um DEUS que durante todos os episódios da luta era simplesmente intocável!
Detesto isso, pois no fim das contas quem é o verdadeiro herói é Athena, que é quem dá os poderes a ele (ou no mínimo o incentiva a queimar o cosmo ao sétimo sentido - que é outra palhaçada que se torna muito simples de alcançar ao decorrer do anime).
Mas mesmo com suas muitas falhas:
• Poucos golpes e a regra falha do "um mesmo golpe não funciona 2 vezes";
• Uma dublagem muito ruim (no que tange os nomes dos personagens e constelações protetoras);
• Nunca promoviam os 5 Cavaleiros de Bronze a uma classe melhor, mesmo que salvassem o rabo de todas as classes de guerreiros (prata, ouro, marinas, deuses), eles sempre continuavam a ser "de bronze" e com armaduras mais frágeis que farinha.
• e (como vc disse) um enredo principal muito repetitivo baseado salvar em Athena em 12 horas (horas tão falsas quanto os 5 minutos eternos da explosão de Namekusei em DBZ);
O que mais me empolgava, na época, com o anime eram 2 coisas (3 na verdade):
• Apesar de alguns clichês principais, o anime tinha uma história ótima, baseada na interessantíssima mitologia grega (normalmente bem explorada pelo anime);
• O advento das ARMADURAS, diferentes e únicas, dava um "quê" de especial ao anime.
(•) Os bonecos da Bandai eram muito empolgantes pra minha geração (na época com 11, 12 anos). Apesar de que hoje, vendo a evolução nos Cloth Myth, aqueles de antigamente eram UM LIXO de malfeitos! Rsrs
Avante na leitura...
(Ítalo Patrocínio)
concordo, Ítalo, mas é aquela coisa: gostamos porque sim e pronto, ao melhor estilo Hasgard de Touro rsrsrs. espero que você esteja gostando e obrigado por prestigiar o post. deu muito trabalho pra fazer e a recompensa é a reação dos leitores. um abração.
ExcluirOlá Shadow, no meu blog Predominio do Terror: http://predominiodoterror.blogspot.com.br/te indiquei para uma campanha de incentivo à leitura. Da uma passada lá para ver como é!
ResponderExcluirAbraços!
Olá Leon (esse é seu nome de verdade? se for, que inveja: adoro esse nome, com a pronúncia em inglês). como faço pra participar da campanha? não entendi direito. gostei da ideia de indicar livros. aguardo contato...
ExcluirNão é meu nome de verdade, kkkk, mas cara, bom, acho que ce ainda pode aderir, mas é bem simples. É só você fazer um post, indicando alguns livros que recomenda para as pessoas lerem e no fim ou início como você quiser, coloque as regras da camapnha (você pode vê-las lá no post do meu blog!) e indique 10 blogs para aderir a campanha (vale repeetido, que já tenha sido indicado) espero que tenha compreendido e desculpe a demora!
ExcluirAbraços!
Outras impressões e concordâncias:
ResponderExcluir•Shun é mesmo um bambi de marca maior, e aquela cena foi o fim da picada. Que hentai homossexual da porra! Rsrs
•Realmente essa mudança no traço do anime era escancarada! E quem é fã de anime sabe que isso acontece em praticamente TODOS, sem exceção! Acho que são os pledges que eles botam pra mostrar serviço. Só não detesto mais isso do que detesto os malditos fillers de desenhos japoneses!
•Milo é sem dúvida o mais pressão dos dourados!
•Satã Imperial e Golpe Fantasma, quem disse que Genjutsu é só em Naruto?! Rsrsrs
•Concordo que a fase Hades teve uma qualidade bem decrescente, mas das 3 sub-fases (Santuário, Inferno e Elísios) eu aprovei muito as 2 primeiras (tem gente que não gostou da fase. A Elísios é simplesmente uma OFENSA das mais agressivas aos fãs de CDZ.
•Sou sagitariano e sofri de múltiplos sentimentos de orgulho/decepção na infãncia quando via CDZ. No começo achava que o meu signo era o mais fodão de todos; a armadura de Sagitário era a principal do desenho (OU NÃO, PQ SE BEM ME LEMBRO ELA ERA O PRÊMIO DADO AO CAVALEIROS DE BRONZE QUE VENCESSE A GUERRA GALÁTICA - taí o seu concurso público, Geisel). Ou seja, se Ban de Lionet desse a cagada de vencer o torneio ELE seria o novo cavaleiro de Ouro de Sagitário! WTF é pensar nisso!!! Depois, ao chegar às doze casas, toda a minha sala na 4ª série se animava com a expectativa da aparição do cavaleiro respectivo ao signo de cada um. O resultado foi que eu, que até então me gabava de ser sagitariano, cuja armadura e cavaleiro eram os mais emblemáticos da série, quase entrei em depressão ao assistir aquele episódio de Scooby Doo (ótima associação sua). Tive que me contentar com os flashbacks de Aiolos e com a mudança daquela armadura PIRATA da Guerra Galática para uma nova mais bem feitinha. No fim das contas, na minha sala, só quem se fudeu mais que eu foi um colega que era um pisciano bem moreno, e que ganhou o singelo apelido de Afrobixa! Rsrsrsrsrsrs
e por último:
•Ese lance que vc citou de Shaka ter suprimido a fala de Ikki ao ser questionado por que mesmo sabendo das intenções do Mestre Ares ele ainda o protegia... me deu um nó na cabeça ao lembrar que na fase Hades-Santuário Shaka também escondia suas reais intenções ao deter o trio supostamente maligno (Saga, Shura e Camus), e em meio a explicações super viajadonas se revelou ciente de tudo que rolava há muito tempo. Não sei se é viagem da minha cabeça (muito provavelmente sim, pq é bem improvável que os roteiristas trapalhões da série tenham colocado na saga das doze casas um segredo que só poderíamos saber tanto tempo depois), mas isso me deixou com a pulga atrás da orelha. Acho que vou reassistir a saga Santuário(Hades) pra tirar a prova. Se for em vão, pelo menos será legal rever esta que é sem dúvida a melhor parte da última quest dos cavaleiros.
(Ítalo Patrocínio)
"Mesmo com o hidrocor amarelo acabando"
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Mítica!
(Ítalo Patrocínio)
kkkkkkkk. muito engraçado seu comentário. a armadura pirata era o prêmio sim ao vencedor da Guerra Galática. sobre o seu amigo que era de peixes, só posso lamentar rsrsrs. ainda bem que não cheguei a passar por esse tipo de coisa. quando assisti a essa parte do desenho já estava na oitava série e ninguém tava dando muita bola para o desenho.
Excluirsobre sagitário: você já assistiu ao Lost Canvas? se sim, deve saber que o cavaleiro de sagitário é muito foda. forte pra caramba. dá orgulho de ver...
Só vi o Sagitário na primeira temporada msm, ao recrutar Tenma para ser cavaleiro. Depois disso assisti acho que até fim da segunda temporada e não vi mais sinal dele. Mas lembro que no pouco que apareceu ele parecia ser mto foda msm...
Excluir(Ítalo Patrocínio)
sim,Ítalo: Sísifus é foda. espero que se a série continuar ele lute de forma mais direta para nos dar uma noção de seu poder. e sem porra de Trovão Atômico, espero...
ResponderExcluirBom, o texto é grande pra caramba, vou levar um tempo pra ler, mas eu quero comentar algo aqui, rapidinho: Você assistiu apenas ao anime do Cavaleiros do Zodíaco, certo? Por que todos os erros que você citou na luta do Shaka não existem no mangá. Agora, deixa eu voltar a ler o texto.
ResponderExcluirBom, terminei de ler a parte das 12 casas. Meu Deus, que texto grande! Ainda bem que você escreve bem, por que senão eu já teria desistido faz tempo. E eu gostaria de falar que você deveria procurar ler o manga, por que tudo aquilo que você falou do episódio final contra Ares não acontece no manga. Me lembro de assistir a saga das 12 casas quando criança e achar muito foda, lendo o seu texto, percebo que tem muitos erros, mas no manga, esses erros não existem aos montes dessa forma.
ResponderExcluirPrimeiramente seja bem-vindo ao blog. Luis Felipe. e respondendo a sua pergunta, sim, infelizmente eu só assisti ao anime. nunca tive a chance de ler o mangá. sobre o tamanho do texto, cara levou quase um ano pra rever os episódios, escrever o texto, colar as fotos e revisar e revisar e revisar... eu lembro que dava falha no blogger quando eu tentava salvar, de tão grande que ficou. mas acho que valeu a pena, pois esse foi um dos posts que mais gostei de escrever. espero que vc curta a parte do Lost Canvas também. se vc ainda não assistiu, recomendo que vc veja pois essa série é de primeira qualidade. abraços.
ResponderExcluirÓtimo post. Se ainda não leu o mangá, recomendo, pois não há esperanças de continuação.
ResponderExcluirOs Gaidens também são interessantes, com uma história fechada por volume.