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quinta-feira, 6 de junho de 2019

ANÁLISE: YU-GI-OH! DUEL LINKS (PC E CELULARES)






















A Konami é uma empresa no mínimo contraditória: se por um lado ela foi responsável por algumas das maiores franquias de games da história (se eu preciso dizer quais são, sinto avisar que você está no site errado), por outro acabou ficando famosa por abandonar essas mesmas IPs que colocaram o pão na sua mesa, durante as décadas de 80 e 90.

Como se morder a mão que a alimenta não fosse ruim o bastante, durante os anos 2000 e 2010 ela apareceu nos holofotes diversas vezes pela forma quase escravagista como trata seus funcionários (já rolou denúncia de toda espécie, é só pesquisar no Google). E quem não se lembra do vexame envolvendo Hideo Kojima e o Metal Gear The Phantom Pain na The Game Awards de 2016?

A equipe de reportagem do Mais Um blog de Games
conseguiu imagens exclusivas de um fã de Castlevania esperando um novo jogo da série.

Uma empresa que trata suas franquias e funcionários dessa forma deve estar beirando a falência, não é mesmo?” É aí que você se engana, meu caro leitor: é com um misto de tristeza com sensação de impotência que eu venho informar que a dona Konami vai muito bem das perna$, obrigado.

Além de ganhar dinheiros e mais dinheiros com (pasmem) máquinas de pachinko (um tipo de caça-níqueis) temáticas de seus jogos em seu país-sede, o Japão, a mamãe (ou seria madrasta?) Konami enche cada vez mais a burra com venda de cartas de Yu-Gi-Oh! (que já entrou pro Guinness várias vezes como card game mais lucrativo do mundo) e microtransações do jogo alvo desta análise, o Duel Links.

A Konami pode ser tudo, menos estúpida como os inocentes órfãos das franquias Metal Gear e Castlevania acham que, de fato, ela é. E, entrando nessa vybe de “arrancar dinheiro das pessoas do jeito mais eficaz possível” (de preferência sem que elas se deem conta de que ficaram viciadas), nada mais natural que ela tentasse garfar a sua fatia de lucros se valendo da maior base instalada de jogos do planeta: os celulares!

Quem disse que Silent Hill está morta? Olha aí o pachinko da franquia firme e forte! (Riso nervoso)

Sendo um jogo gratuito que gera grana pra Konami por meio de microtransações, será que o Yu-Gi-Oh! Duel Links tem um bom conteúdo não pago pra oferecer aos menos dispostos a abrir a carteira? O jogo conta com um sistema atrativo que consegue te convencer a gastar dinheiro real em pedaços de papéis coloridos digitais? Ou ele é apenas um caça-níqueis descarado que não vale nem a pena ser instalado no seu celular? Puxa uma cadeira que eu vou responder essas e outras dúvidas sobre a forma eletrônica mais atual (e oficial) de jogar Yu-Gi-Oh! que nós temos.


HISTÓRIA (5,0)



Vamos resumir as coisas de uma forma bem direta e reta: desde o Yu-Gi-Oh! GX que não temos um jogo dessa franquia com algo que seja mais que uma desculpa pros duelos acontecerem. Aceitando esse fato, seria até ingênuo esperar de um jogo free-to-play como este uma história que faça jus ao material escrito por Kazuki Takahashi. Não que o jogo não aproveite os acontecimentos dos animes e mangás. Longe disso.

Duel Links se passa num mundo de realidade virtual onde duelistas desconhecidos podem travar duelos contra duelistas lendários, como Yugi Muto, Seto Kaiba e outros nomes famosos das demais franquias (no momento deste texto, a “história” do game vai apenas até a fase 5D’s).

O Duel Links pode até não ter história, mas a Konami tem: pense numa coroa safada pra gostar de dinheiro...

Alguns eventos especiais ativam cenas (apenas imagens estáticas, nem se empolgue) contando alguns momentos clássicos da história original (só pra dar um exemplo, a luta de Yugi contra Mako no Reino dos Duelistas). O mais legal é que o próprio sistema do jogo incentiva esses momentos, através de desafios que exigem certas condições de vitória (por exemplo, invocar o Slifer com Yugi numa batalha contra Marik).

No mais, não espere nada mais profundo que um pires quando o assunto for o enredo desse jogo. Mesmo não tendo uma história de verdade pra chamar de sua, que avance o lore da série e mostre novos acontecimentos, o Duel Links consegue fisgar bastante os fãs do anime pela nostalgia e pela presença de momentos marcantes da série.

Você não via a hora de saber o que aconteceu com Rex Raptor? Não? Nem eu...

Sim, um fã de enredos elaborados como eu odeia ter que admitir, mas a conversa fiada do “mundo virtual com um portal para duelistas clássicos de todas as sagas” funciona muito bem ao formato proposto para esse jogo. E eu mal vejo a hora de poder enfrentar Yuya e Yuma por meio desse recurso, em futuras atualizações do game (vai ter, né Konami? Por favor...).


GRÁFICOS (9,5)


Outra coisa que vai me doer ter que admitir, mas o Duel Links é o Yu-Gi-Oh! mais bonito que você viu em décadas. Os jogos dessa franquia como um todo nunca foram lá muito preocupados com visuais, visto que o objetivo aqui é jogar cartas, e não conjurar magias de nível 99 como na saga Final Fantasy.

Dessa forma, não era de se espantar que gráficos horrorosos como os do GX ou do Forbidden Memories não representassem um demérito ao fator diversão dos jogos em questão. Claro que todo mundo quer que um jogo seja o mais bonito que ele consiga ser, mas se as batalhas de cartas forem retratadas com fidelidade ao sistema do jogo real, pouco importa se você vai estar chutando o traseiro dos irmãos Para e Dox em baixa ou em alta definição.

Essa carta é linda, não importa o hardware.

Mas, como eu já adiantei, o Duel Links é simplesmente o Yu-Gi-Oh! mais bonito e funcional que você vai ter o prazer de jogar. Funcional sim, pois a beleza dos gráficos e das animações (cada personagem clássico possui um monstro ás com uma ceninha da hora quando ele entra em campo, cena essa que você pode rever a qualquer hora no estúdio de deck) não prejudica o ritmo de jogo, como acontecia com as animações exageradamente detalhadas do GX.

Lembra do que eu falei, sobre um jogo de cartas precisar ser bem-sucedido no ato de... jogar cartas? Então, os confrontos são bem dinâmicos e bem animados (as artes recortadas dos monstros em campo são lindas), não importa se você joga nos celulares ou nos PCs. Sem muita enrolação, dá pra empurrar uma carta de monstro em posição de ataque e amassar a cara do oponente com um golpe super impactante. Efeitos e elementos diversos de jogabilidade nos duelos são bastante intuitivos e fáceis de pegar o jeito, algo importante tendo em vista o caráter casual que os jogos de celular, inevitavelmente, possuem.

Olha esse look de campo de evento, que demais!

Pra finalizar este tópico, do qual não tem muita coisa a descrever (jogue e veja por si mesmo), é preciso ressaltar que, pela primeira vez na história da franquia, é possível apreciar o visual das cartas em alta definição e tela cheia, um recurso mais que bem-vindo a essa era atual de telas de LCD e ultra definição.


MÚSICA E SOM (9,0)



Essa parte, que geralmente eu coloco junto com o tópico gráficos, eu precisei falar de forma separada aqui neste review. Isso acontece pelo fato de que Yu-Gi-Oh! sempre teve jogos com excelentes trilhas sonoras. Se duvida, ouça a OST do Forbidden Memories e volte aqui pra concordar comigo algumas excelentes faixas depois (a análise desse jogo pode ser lida clicando AQUI).

Mas e o Duel Links, está à altura da qualidade vista na série como um todo? Sim, é com muita alegria que eu posso afirmar isso. Enquanto jogo free-to-play focado em arrancar o seu dinheiro da forma mais descarada possível, o Duel Links poderia ser tão relaxado e incompetente na parte musical quanto o Legado do Duelista foi.

Felizmente, parece que os poucos escravos funcionários que ainda suportam trabalhar sob condições insalubres pra Konami ainda possuem talento de sobra pra entregar um bom resultado no tocante a efeitos sonoros de forma geral e músicas. Os efeitos sonoros desse jogo são simplesmente fabulosos: dá gosto de atacar com um monstro e ouvir um barulho super foda de vidro se estilhaçando ou de um golpe capaz de abalar os fundamentos da própria Terra.

Um som que eu nem achava ser possível: Téa vencendo um duelo!

As músicas, muito embora que não estejam num nível de maestria que te faça baixar o MP3 pra ouvir no celular (como acontece com o Forbidden Memories), são abundantes e variadas: há uma faixa diferente pra tudo (duelo comum, na ranqueada, de evento...). O jogo chega ao cúmulo de esbanjar uma música própria pra cada duelista lendário no Portal de Duelo.

No momento deste texto, eu sigo com exatas 92 horas de Yu-Gi-Oh! Duel Links na minha conta da Steam (você pode usar a mesma conta pra continuar a jogar no celular). E é como eu sempre digo aqui no blog: se é pra jogar um jogo sem prazo de quando vai parar, que pelo menos as músicas desse jogo sejam boas o bastante pra você nunca enjoar. Desse aspecto, não tem nada do que reclamar do Duel Links.


SISTEMA (8,7)


O Duel Links não é um jogo fácil de se entender ou se acostumar. Pode parecer contraditório dizer isso, visto que ele traz um sistema de duelo (o Speed Duel) que é uma versão simplificada dos duelos de TCG (ou jogo de cartas reais). Mas o fato é que este jogo não é pra todo mundo.

Eu baixei o Duel Links pela primeira vez em agosto do ano passado (mais ou menos), e o fato de eu ter passado quase um ano pra começar a gostar desse jogo pra valer se deu por causa da grande quantidade de elementos que este formato de jogo gratuito traz consigo.

Não se deixe enganar pela experiência que você tem com a série: suas primeiras horas no mundo virtual do Duel Links serão governadas pela mais pura sensação de confusão e de estar perdido num universo que parece ser impossível de se compreender. Eu jogo Yu-Gi-Oh! desde a década de 2000 e eu não fiquei livre de me sentir da mesma forma.

Não tente entender tudo num dia só: seu cérebro vai fritar.

No jogo existem: esferas de elemento, dinheiro em moedas de ouro, gemas, tíquetes das mais variadas cores e com uma infinidade de letras, ícones, itens diversos, uma loja de cartas, um negociante de cartas (que não está na loja de cartas), chaves, cristais e outros itens os quais não me lembro agora.

Um jogador experiente na franquia como eu fica meio perdido com esse formato. Agora imagine um jogador “casual” de celular que nunca ouviu falar de Yu-Gi-Oh! na vida e resolveu experimentar? Agora você entende por que eu falei que o jogo é para poucos, mesmo numa base instalada que passa (literalmente) dos bilhões.

Pegando esse gancho, eu posso continuar falando como funciona a economia do jogo. Durante o texto você já leu que o Duel Links é feito para arrancar o seu dinheiro, não é mesmo? Eu mantenho o que disse a esse respeito, mas o fato dele ser feito para arrancar seu dinheiro não quer dizer que, necessariamente, ele VÁ arrancar seu dinheiro. Explico.

Nem sempre o show pirotécnico garante boas cartas...

No jogo há uma quantidade limitada de NPCs pra enfrentar. A qualquer hora da campanha você pode enfrentar jogadores reais nas partidas online, mas isso não vem ao caso no momento. Se não me engano, você começa podendo enfrentar cinco ou seis NPCs por rodada. Quando o limite se esgotar, você terá que esperar uma quantidade X de horas (geralmente são mais de três) para que o contador de NPCs se recupere.

Isso parece bem escroto pra quem está acostumado com os jogos anteriores, onde você enfrenta até o entregador de pizza de Domino City quantas vezes desejar. Mas tenha em mente que o Duel Links foi projetado para você ter o que fazer durante meses, uma estratégia típica de jogos como serviço. Se eu estou colocando panos quentes para justificar um elemento nocivo num jogo que eu gosto? Claro que não. Quando digo que ele foi projetado para durar meses, quero dizer (muito benvindamente) que o Duel Links DOSA bem o seu acesso a certos recursos, pra que não falte o que fazer em cada dia que você logar.

Só num game pro Yami Yugi perder um duelo.

Por exemplo: ao subir de nível e avançar nas Fases das campanhas (Duel Monsters, GX e 5D’s), seu limite de NPCs vai aumentando. Quando você cumpre os objetivos das Fases, todos os NPCs são recuperados, te dando chance de fazer um “combo” e seguir jogando sem precisar parar. Um dos itens consumíveis do jogo é justamente uma esfera que enche esse contador, cabendo a você apenas jogar e acumular tais recursos.

Pra ganhar cartas há várias formas: duelando contra NPCs e ganhando elas como prêmio de vitória (nem se anime: quase sempre só vem lixo); cumprindo objetivos, eventos e subindo de nível (por exemplo: a carta Windstorm of Etaque é prêmio por alcançar o nível 25 com a personagem Mai); gastando gemas na loja; trocando com o negociante de cartas; e claro, como não podia deixar de ser, gastando dinheiro em decks de cartinhas virtuais...

A loja de cartas: um lugar onde amor e ódio se revezam na sua mente...

É mais que óbvio que a Konami vai forçar a sua experiência de jogo de forma que você fique agoniado e decida gastar dinheiro real no jogo. Por exemplo, pra montar um Blue-Eyes decente no jogo você vai ter que comprar packs e mais packs da coleção Lords of Shinning, pra ver se ganha a carta The White Stone of the Ancients.

O problema é que essa carta é Ultra Rara, e só vem uma cópia dela por coleção. Junto com essa carta estão outras 40 cartas, em quantidades variadas que vão de 1 a 9. Além disso diminuir sua chance pela variedade de cartas, também o faz pela quantidade de cartas, visto que os packs só te dão três cartas (cada pack custa 50 gemas). Resumindo: se uma carta vem na quantidade 9 na coleção, enquanto você não esgotar essa quantidade correrá o risco dela vir no lugar de uma outra carta que você quer.

A sofrência sem igual de quem precisa brigar contra a
probabilidade pra ganhar uma reles pedra dos antigos...

Dá pra resetar as cartas da coleção, mas isso só vai aumentar a chance de aparecer cartas que você não queria. O remédio pode ser comprar decks com dinheiro. Não vou mentir, não conheço o jogo em sua totalidade pra citar cada modalidade de compra do sistema. O que eu sei é que acontecem promoções onde, por exemplo, você vai compra um pack e terá a garantia de que virá uma carta da raridade ultra, sendo que essa garantia só acontece na primeira vez.

Parece assustador, mas não é: até pela quantidade de recursos e meios de adquirir cartas, é um baita desperdício “furar a fila” e usar dinheiro real pra comprar cartas de um jeito mais rápido. Só na primeira campanha existe uma quantidade enorme de personagens para desbloquear e realizar missões. Gastando dinheiro real você meio que acaba com parte da graça proposta pelo jogo.

Assistindo a um replay de duelo por dia você garante 5 gemas!
Só um jogo de videogame pra me fazer votar a assistir T.V.

Claro que não tem como eu citar cada elemento de jogo no texto, caso contrário ele se tornaria uma bíblia em prolixidade. Entretanto, cabem algumas observações para guiar os jogadores mais perdidos no jogo. Como eu já falei, o formato adotado aqui é o Speed Duel, ou Duelo Relâmpago visto no mangá VRAINS.

Esse formato muda algumas regras e estruturas já consagradas no card game real e nos games. Funciona assim: como nos desenhos animados, ambos jogadores contam apenas com 4000 pontos de vida (contra os 8000 normais). Há apenas 3 zonas de monstros e 3 zonas de armadilhas/mágicas (contra as 5 habituais). Diferente do TCG, que conta com duas Fases Principais, aqui só há uma: ou você coloca uma armadilha/mágica na sua primeira fase ou só poderá fazer isso no turno seguinte.

Blue-Eyes de volta ao meta: EU QUERO ACREDITAR!

A diferença mais impactante, que pode até afastar alguns jogadores mais tradicionais, é no tamanho dos baralhos: se no TCG nós temos o mínimo de 40 cartas e máximo de 60, no Speed Duel (que inclusive conta com cartas reais para TCG exclusivas dele) o mínimo de cartas é 20 e o máximo é 30 cartas. 

Esse “simples” detalhe já dá uma cara e ritmo totalmente diferentes da forma como o jogo passa a ser jogado, transformando o Yu-Gi-Oh! Duel Links num universo completamente paralelo e alheio ao TCG da vida real. E isso é algo mais que bem-vindo, visto o elevado teto em que o jogo real se encontra no momento. Um fator que adiciona à estratégia do jogo são as Habilidades, exclusivas de cada personagem com efeitos os mais variados (por exemplo, a Mai usa seus perfumes pra saber qual carta está no topo do deck).

Dá pra comprar bons decks competitivos por apenas 1000 Rupees.

Tais freios no sistema do jogo implicam num meta game totalmente distinto e exclusivo para o Duel Links: se no TCG decks como Blue e Red-Eyes são memes, aqui eles são meta da mais pura categoria (eu arriscaria tier 1 no mínimo). Se no TCG seus coleguinhas duelistas gargalhariam copiosamente da sua cara se você dissesse que quer montar um deck competitivo de Six Samurais, no Duel Links eles te olharão com respeito e até um certo temor.

Os duelos contra NPCs geralmente são bem fáceis, mesmo nos níveis mais elevados de deck, mas sua opinião sobre isso vai mudar um pouco quando precisar cumprir um desafio específico (como vencer 10 duelos seguidos), o que acaba dando uma sobrevida ao seu interesse pelas coisas que tem pra se fazer no jogo.

Alguns desses desafios vão te fazer arrancar os cabelos de tanta raiva.

Caso esteja enjoado de derrotar a pequena Bella pela milionésima vez, há os desafios da Tour Guide, como os decks de Empréstimo (você precisa vencer com um deck fechado) e os quizzes, que vão te desafiar a desvendar uma situação específica pra vencer o duelo em apenas um turno. Além de renderem gemas, esses desafios te estimulam a conhecer estratégias das quais você nem fazia ideia de que eram possíveis.

Outra alternativa pra quem enjoou de dar OTK no Yami Marik de nível 10 é a deliciosa, maravilhosa, necessária, poderosa e empolgante opção de (rufem os tambores) AUTO-DUEL. Sim, meu querido leitor! No Duel Links há uma opção de Duelo Automático, pra você não precisar passar manualmente por aqueles desafios genéricos de vencer X duelos em tal campanha, ou causar X pontos de dano no oponente. Eu acho que, só pela adição desse recurso, já fica provado que a Konami tinha boas intenções para com o jogador na ocasião do desenvolvimento do Duel Links (pelo menos no tocante a ferramentas de gameplay).

"E todos os males do mundo escaparam da caixa, restando em seu fundo apenas o botão de Auto-Duel..."

Pra encerrar esse último tópico que já está quase com a mesma duração de leitura que meu tempo de jogo, preciso falar um pouco do modo Competitivo. Além das partidas casuais contra NPCs ou duelistas lendários, tem o modo online onde você enfrenta jogadores de verdade.

Esse duelos vão te posicionando de acordo com um ranking e servem também para classificar o jogador em eventos como a Copa da Corporação Kaiba ou o Campeonato Mundial (para o qual eu já estou me preparando). Nessas ocasiões especiais, além de bônus na XP, o jogador ganhar uma quantidade cavalar de gemas e itens pelo simples ato de PARTICIPAR DO EVENTO.

Um jogo que incentiva o jogador a... jogar! Vejam só...

Ouviu, Overwatch? Um modo competitivo que te premia por... deixe-me ver... JOGAR A PORRA DO JOGO!!! Eu sei, a base instalada absurda do game e o fato dele ser free-to-play facilitam bastante as coisas pro lado da Konami (ao ponto de eu quase achar ela merecedora de elogios, vejam só a que nível fomos descer...). Mas é bom demais jogar um modo competitivo onde você não fica mais que CINCO SEGUNDOS ESPERANDO POR UMA PARTIDA!

Se não acredita em mim, experimente por si mesmo: por ser de graça, tem sempre alguém jogando o competitivo do Duel Links A QUALQUER HORA DO DIA QUE VOCÊ ENTRAR. E isso sem toxicidade ou perda de pontos por culpa dos outros (seu deck, suas escolhas, suas consequências...). Sei que o post não é sobre isso, mas a Blizzard e seus 20 minutos pra achar uma rankeada deviam aprender um pouco com a equipe desse jogo.


QUE HORAS SÃO, VOCÊ PERGUNTA? É HORA DO DUELO, PORRA!!!


Sim, a Konami é uma puta interesseira que só pensa em dinheiro. Faz mais cagadas que acertos em tudo, mas até um relógio quebrado acerta as horas duas vezes ao dia, então com a megera da Konami não podia ser tão diferente. É triste ter que elogiar um formato de jogo com o qual eu não concordo, mas seria infantilidade não reconhecer seus méritos: ao menos no mundo dos games, o Yu-Gi-Oh! Duel Links segue como a melhor forma de jogar seu jogo favorito de cartinhas.

Devido à grande variedade de eventos e desafios (como o bingo, os desafios semanais, o RPG de mesa ou a Copa KC), sempre há algo pra se fazer no jogo. Muitas vezes você vai loggar sem nem ter nada em mente e vai dar de cara com um desafio interessante de se realizar.

NOTA FINAL: 8,5

E é esse tipo de ritmo que um jogo como serviço deve ter, não um evento tosco de três em três meses com skins que não valem o dinheiro gasto.

Não dá pra negar: rola um arrepio ao desbloquear certos personagens clássicos.

Apesar de ser sim um caça-níqueis em determinado grau, o Duel Links sempre oferece uma alternativa pra você contornar as limitações típicas desse modelo de game como serviço, além de uma variedade de coisas pra se fazer nos meses em que você ainda não enjoou do jogo.

Aproveite que ele é gratuito, não é muito pesado e oferece possibilidades pra você montar um deck razoavelmente competitivo sem gastar um tostão sequer de dinheiro real e vá jogar.

E é isso folks. Mais uma vez, peço desculpa pela lacuna entre os posts e espero que tenham gostado do texto. Até mais.

Au Revoir!


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