Antes de começar a ler
o post, queria dar um aviso ao leitor que caiu de paraquedas aqui no blog: sou
um grande fã da franquia Resident Evil, apesar de que, em alguns momentos, ela
não faça por merecer tal apreço. Mesmo assim, gostaria de deixar claro que
senso de julgamento e imparcialidade (na medida do possível) são duas coisas
que eu prezo muito na hora de escrever uma análise de jogo (pois acho que o
texto, além de detalhar minhas opiniões, deve servir de guia de
compra pro leitor decidir se vale a pena gastar seu dinheiro com um game ou
não).
Resident Evil 7, em
seu lançamento (janeiro de 2017), sofreu com ataques que usavam como base
argumentativa as mesmas falácias que foram arremessadas no Resident Evil 4 na
mesma ocasião de lançamento: de que ele não era um “Resident Evil de verdade”,
que era um jogo de ação (no caso deste, um FPS de terror) que, mesmo sendo ótimo,
não tinha “nada a ver com Resident Evil”.
Se essa é a opinião
mais profunda que você guarda na cabeça quando o assunto é Resident Evil 7, te
aconselho a fechar o navegador do seu PC e ir assistir à sétima temporada de
The Walking Dead, na Netflix. Seu modo tacanho de pensar e encarar os fatos
simplesmente não é bem-vindo aqui. Caso você tenha o costume de pesar
argumentos e levar em conta opiniões alheias, seja bem-vindo ao Mais Um Blog de
Games e a minha análise de Resident Evil 7. E boa leitura.
HISTÓRIA (6,0)
Uma coisa que eu acho
positiva com relação a esse jogo é a alta expectativa que ele gerou no tocante ao enredo, elemento esse que nunca foi muito bem desenvolvido nos jogos anteriores.
Com Resident Evil 7, acho que essa expectativa tenha se dado por causa da
mudança de câmera/gênero. Sim, alguns acontecimentos, apesar da sensação de déjà
vu com outras mídias (a mão amputada, a família desajustada e o massacre da
serra elétrica) levam o jogo a uma inusitada direção de eventos que vai te
deixar curioso sobre o que acontece a seguir... isso nas primeiras cinco horas
de gameplay.
O problema começa quando
o pedigree “Capcom” de roteirizar se torna dominante nesse genoma chamado
Resident Evil 7: será que os caras dessa empresa têm a mínima noção do tempo de
recuperação que levaria pra uma pessoa que teve OS OSSOS DO PUNHO E TENDÕES
SERRADOS FORA DO BRAÇO conseguir fazer algum coisa com a mão? A menos que
tenham se passado cinco meses entre a cena que Ethan desmaia e acorda, não
consigo ver lógica nesse evento além da tentativa desesperada de tentar
impressionar.
Alguns detalhes do enredo são bem interessantes... |
De sobremesa neste novo
rumo da série temos algumas referências ao primeiro jogo, pra quem é fã das
antigas e minimamente atento ao seu redor: a porta que tranca se você tirar a shotgun
da parede e a banheira com líquido preto que você esvazia pra pegar um item
estão lá pra revoltar aqueles que detestaram o jogo ou deslumbrar os mais
saudosistas. Sem falar do chefe final, quando uma certa pessoa num helicóptero
arremessa uma arma pra dar cabo do bichão. Acredite, quando a vontade de gostar
fala mais alto que o senso crítico, esses petiscos arremessados aos jogadores
podem ser mais que suficientes pra garantir altas notas em sites “especializados”.
Mas o problema com o
enredo do game começa mesmo com a falta de empatia que (ao menos) eu senti com
Ethan, o protagonista. Ele não esboça medo ou qualquer reação ao lidar com um
Jason Voorhees de serra elétrica na mão, mas tem nojinho ao passar por um
corredor estreito com lacraias na parede. Vai entender...
Algumas partes vão chocar os mais sensíveis de estômago. |
Já que pegou
emprestado um gênero que não lhe pertence (tiro em primeira pessoa), Resident Evil
7 não tem o menor pudor em ruminar os clichês mais cronometrados e jump scares da mais baixa categoria: tem
o vulto da menina (de cabelos pretos escorridos) que atravessa rápido um corredor; a arena com o locutor ensandecido
que te trata como uma atração de circo; o soco na cara ao subir uma escada (pra
piorar, esse é usado mais de uma vez); e outros mais.
Chega uma hora que
você já sabe que ao pegar um item-chave alguém vai te agarrar por trás e te
arremessar no chão pra começar um combate contra chefe. Aliás, sobre a
fragilidade de Ethan, cabe um parágrafo dedicado só a esse problema do jogo. Mas, antes, é preciso contextualizar o caso pra’queles que estão cagando e andando
pra Resident Evil como um todo.
Os últimos jogos da franquia,
desde o quatro, ficaram famosos por trazerem protagonistas e personagens
secundários que pareciam mais mutantes dos X-Men do que seres humanos normais,
com limitações físicas impostas pelas leis da gravidade. Esse excesso de
pressionar o botão do “foda-se a lógica” por parte da Capcom acabou saturando a
franquia, com jogos que todos sabiam que os protagonistas não sofriam nenhum
risco de morte (pois super agentes nunca morrem, mesmo quando despencam de
abismos sem fim).
"Ai, que nojo! Não coloco a mão aí nem que minha vida dependa disso!" |
Sendo assim, visto que
a parte do “horror” e (principalmente) da “sobrevivência” já tinham ido pro
saco, pro Resident Evil 7 a Capcom decidiu colocar no controle do jogador um
protagonista “comum” (do tipo que não consegue surrar uma pedra de duas
toneladas até a morte), pra aumentar a imersão com a atmosfera do jogo.
O problema é que a
Capcom exagerou na dose de V-Jolt: Ethan Winters é, de longe, O PIOR
PROTAGONISTA DE UM FPS QUE EU TIVE O DESPRAZER DE CONTROLAR EM TODA MINHA VIDA.
O desgraçado é lento, mas é lento de um jeito que deixaria a Amanda Ripley
parecendo uma maratonista de olimpíada. Eu sei, a ideia era colocar uma pessoa
ordinária enfrentando situações que Leon ou Chris estão acostumados a lidar no café da manhã, antes
de ir pro trabalho. Mas estou adiantando o tópico Sistema no post. Voltemos à
programação normal.
Uma coisa boa que eu
encontrei em Resident Evil 7 é que, diferentes de outros títulos da franquia, esse
aqui ao menos tenta contar uma história que faça diferença. Pena que falha
miseravelmente em atribuir peso à personalidade que o jogo, definitivamente,
não possui. O plot twist sobre a família Baker, ao final do gameplay, é banal e
sem impacto algum. Simplesmente não funciona. Não funciona nem como jogo de
terror nem como um restart à franquia desgastada pelo excesso de ação do games
passados.
Tenho que dar o braço a torcer: essa parte foi foda! Entendeu? Braço... a torcer... |
Além de não
surpreenderem, as reviravoltas de enredo são seguidas de uma exposição barata
quase insuportável, que só pode levar em conta que quem segura o controle sofre
de retardo mental ou analfabetismo funcional-visual: depois de ler um texto
revelando a identidade do primeiro Espécime-E, o jogo coloca uma foto dele (a)
com uma legenda atrás. Quando encontramos o (a) sujeito (a), Ethan acha pouco e
solta a frase: “Então era você?” Ah,
Capcom, não fode...
Pra não dizer que só
taquei pedras, achei um enorme acerto por parte dos desenvolvedores contar
detalhes do enredo por meio de fitas de VHS encontradas nos cenários (pena que
são tão poucas). A fita do “Feliz Aniversário”, por exemplo, carrega uma
excelente mecânica de enigmas que podia, fácil fácil, ser o tema central de
todo o jogo.
No melhor estilo “Jogos
Mortais” você assiste/controla um completo estranho tentando resolver um
quebra-cabeças imposto por Lucas, o filho mais novo do casal Baker, a fim de
salvar sua própria vida. Além de terminar a filmagem com a completa certeza de
que Lucas é o membro mais perturbado e cruel da família, ao participar do
evento você adquire background pra escapar com vida quando chegar a hora de resolver o puzzle “em tempo real”, com Ethan. Falo com zero por cento de ironia quando digo que gostaria de ver
mais puzzles com essa pegada na série.
GRÁFICOS (8,9) E SOM (5,0)
É triste constatar que
um jogo super esperado por você é bem-sucedido apenas em quesitos técnicos
(sim, estou dando spoiler do meu veredito com o game, mas fazer o quê...). Assim
como Resident Evil 4 e 5, os gráficos são a primeira coisa que vão chamar sua
atenção no jogo: são simplesmente embasbacantes, muito embora que nem mesmo
esse quesito técnico esteja livre de falhas.
Eu gostaria de saber o
que justifica, em pleno ano de 2017, um protagonista de FPS que interage com
objetos como se estivesse usando poder da mente. Sei que soa repetitivo citar
este jogo, mas lembra das mãos habilidosas de Amanda Ripley na hora de
manipular armas, equipamentos e maquinários em geral, no Alien Isolation? Então,
Capcom, que tal se inspirar naquele nível de maestria gráfica e torná-lo um padrão
nos seus produtos?
A riqueza de detalhes é absurda! |
Sim, seriam
frescurites irrelevantes em um produto com mais acertos que erros, o que nem de
longe é o caso desse jogo. Pra agravar o problema visual, o design de monstros
e inimigos é paupérrimo. Além dos antagonistas não possuírem nenhuma identidade
própria ou presença de palco nos desafios do game (são sempre uma massa disforme
que avançam em sua direção, cambaleando pra evitar seus tiros), eles são
pouquíssimo variados.
Você pode argumentar
que isso acontece porque eles surgem de uma mesma fonte de contaminação. Mas lembre-se
daquilo que eu sempre falo antes de se valer dessa desculpa: um conceito de um
jogo deve trabalhar em conjunto com seu design e vice-versa (um elemento
fundamental da jogabilidade de um game nunca deve ser limitado pelos seus
conceitos). Tirando os confrontos com (alguns e nem todos) membros da família
Baker, acostume-se a só topar com Mofados
e suas variantes durante toda a (curta) campanha do game.
Da parte técnica do
som, não tem muito o que falar: a dublagem é boa e os efeitos sonoros (tanto
das armas quanto de todo o resto) cumprem bem a sua parte. Só senti falta de
uma trilha sonora que se fizesse notar, como no Resident Evil 5 e na série
Outbreak, daí minha nota 5,0 (média) pra esse quesito.
SISTEMA (3,2)
Chegou a hora de falar
do pior que Resident Evil 7 tem a oferecer: seu sistema de combate e criação de
itens. Mas, antes de continuar, preciso reforçar o que eu falei sobre o
protagonista, Ethan, no tópico acima, visto que suas maiores dores de cabeça
com este jogo serão inteiramente causadas pela inaptidão desse personagem.
Mais uma vez, Ethan é
um dos protagonistas mais lentos e canhestros que eu já controlei num FPS. O
engraçado é que eu postei na página do Facebook do blog esse queixume, e um
participante me perguntou se eu queria "controlar um Rambo logo no começo do
jogo" e que era pra eu ter paciência. Uma dezena de horas de jogo e uns
esteroides depois, minha opinião sobre a inépcia do personagem não mudou nem um
centímetro.
Ethan é lento pra
tudo. Pense em uma ação corriqueira que um ser humano comum realiza em seu
dia-a-dia e ele será capaz de deturpá-la da maneira mais desajeitada e lenta
possível: correr (parece que estamos num daqueles pesadelos onde o chão é feito
de barro); despejar líquido curativo na mão (ele fica duas horas de bobeira
olhando a água escorrer...); recarregar uma arma (um parto); cruzar um obstáculo (parece que está se recuperando de uma cesariana); abrir e fechar uma porta (o jogo nivela tanto ele pra baixo que há um troféu pra quem fizer isso!). Resultado: se tiver mais de um inimigo no cenário e você precisar
recarregar uma arma e se curar ao mesmo tempo, prepare to die...
Muitas vezes você usa um item de cura e acaba numa situação pior do que estava... |
Além de correr e
tropeçar como a Anastasia Steel, do Cinquenta Tons de Cinza, as ações de Ethan
são interrompidas por qualquer dano causado pelo inimigo. De forma geral, o combate
do jogo é seu pior aspecto, e só pode ser descrito como uma surumbamba
balançante e vertiginosa que vai te fazer sentir vontade de arremessar o controle
na parede: há ocasiões em que a câmera treme tanto que você fica totalmente
desorientado, se perguntando o que houve com os comandos que você inseriu no
controle. Sem falar nas manchas de sangue que tapam quase todo seu campo visual, te obrigando a se curar não por medo de morrer, mas pra poder enxergar alguma coisa a dois palmos do seu nariz.
Em alguns momentos
você quer recarregar a arma (a pistola do game é uma das mais fracas que eu já
usei num Survival Horror), ou usar um item de cura, e a câmera fica sacudindo,
Ethan levando tapa dos monstros e nada acontece. Ele chega a fazer algo
parecido com os Jutsus de Naruto com os dedos e necas de realizar o comando que
você mandou. Acho que Ethan é o primeiro protagonista de um Resident Evil que
conseguiu a façanha de ser derrubado por uma mosca em combate (uma mosca do tamanho de uma jaca mas, ainda assim, uma mosca)! Pra piorar, o
personagem conta com um giro rápido, realizado com o botão círculo, que o
tutorial do jogo não está nem um pouco preocupado em te ensinar.
Jack é um dos inimigos mais legais do jogo, com seu jeitão de Tyrant. |
É bem verdade que o
mapa do game está a seu favor, sendo um dos mais intuitivos, limpos e práticos
em toda a série. Os clássicos baús de teleporte de itens estão de volta, pra te aliviar nos
momentos difíceis. Mas isso não vai te ajudar nas piores partes do game, os
combates contra chefes! Enfrentar Jack, o patriarca da família, é como jogar de
novo o Resident Evil 3, com o Nemesis na sua cola por boa parte do jogo. Confesso,
essas partes são bem legais e, pra mim, se revelaram as melhores do meu
gameplay. Mas teriam sido bem menos estressantes se a dificuldade dos combates
não estivesse atrelada à péssima jogabilidade e resposta aos comandos.
Já que falei dos
chefes, alguns deles, como o chefão final, parecem mais atrações de parque
temático do que uma real ameaça disposta a te matar. Pra piorar, Ethan é tão maricas
que chaga ao cúmulo de enfrentar o boss final do game, pasmem, DEITADO NO CHÃO!
É isso mesmo que você leu, sofrido leitor: o protagonista trava a
batalha final caído, de costas pro chão...
Acredite: ISSO é o final boss do jogo... |
Sem falar que a criatividade pra criar chefes de fase mandou lembranças: essa batalha no final do
jogo arremessa na sua cara uma massa disforme com um rosto no meio como inimigo
derradeiro, um antagonista que cobra do jogador que apenas atire pra
frente e descarregue o pente de balas na fuça dele (nem a exigência de precisar
mirar no olho foi feita aqui).
Os Mofados, os
assustadores monstros que fazem cosplay do Venom, vão te deixar com o cu na mão em suas primeiras aparições: eles são um tipo de Regenerator que surgem de qualquer lugar e só podem ser mortos por dano na
cabeça. Assustadores, de fato... até o momento em que você se dá conta de que dá pra
dar cabo deles com a tática da defesa + golpes de faquinha na cabeça...
Sobre a jogabilidade
de uma forma geral, a Capcom chegou ao ápice da má intenção de colocar um
controle travado e devagar-quase-parando,
só pra trabalhar a favor da dificuldade do game e contra o jogador (a exemplo
da movimentação de tanque da série clássica). Some a isso um protagonista tão durão
quanto a Dorothy do Mágico de Oz e seja bem-vindo ao inferno dos FPS modernos...
"E agora: seguro a arma ou seguro o cu na mão?" |
A Capcom não consegue
fugir de seu bitolado sistema oito-ou-oitenta
de protagonistas: ou o cara é um super-homem que cai em pé de alturas de trinta
metros ou é uma menininha indefesa que leva dano pelo simples ato de ser
empurrado pro lado por alguém (não é força de expressão não, essa é uma situação
verídica no game).
Sobre alguns aspectos
de sistema de jogo, há um recurso de craftar itens que não foge muito do “cadê a porra da pólvora quando eu preciso
dela pra fazer munição”; e há possibilidade de deixar Ethan menos “desajeitado”
por meio de estimulantes e esteroides (sem muito efeito, adianto logo). Também
tem uns Bubble-Heads espalhados pelos cenários que fazem o papel dos medalhões
dos jogos anteriores, mas quem liga pra eles (a Capcom perdeu a chance de
colocar personagens clássicos da franquia antiga como easter-egg nessa hora).
Pra encerrar, os loads
do jogo, ao menos os iniciais e os das fitas VHS, são abusivos, do tipo que te
faz questionar pra quê diabos seu console instalou mais de 40 gigas de dados no
HD. Acha que eu estou exagerando? Pois o cronômetro do meu celular não me deixa
mentir: há telas de carregamento que duram mais de três minutos que vão lembrar
os jogadores mais “experientes” (pra não dizer velhos) do não tão saudoso tempo
do Neo Geo CD. Aproveite pra fazer um cafezinho antes de começar a jogar...
VOCÊ NÃO É REDFIELD, É APENAS UM
SOLDADO GENÉRICO NUM HELICÓPTERO...
Resident Evil 7,
apesar de eu ter passado essa impressão ao longo do texto, não é um jogo necessariamente ruim. Mas ele
visivelmente carece de momentos mais originais e marcantes, carregando o peso
do título de uma franquia a qual ele não tem condições de empurrar pra frente. Faltou
mais empenho em mesclar elementos de um gênero quase inédito na série (lembra
do Gun Survivor?) com as
características clássicas que todos esperavam que estivessem presentes nesse
reboot. Ou seja: faltou uma personalidade própria pra Resident Evil 7 chamar de
sua.
Não é exagero dizer
que, se não fosse pelo título estampado na embalagem do jogo e pelas ervas
verdes, nem daria pra notar que esse jogo é um Resident Evil. Eu sei, o mesmo
pôde se dizer de Resident Evil 4, que causou reações semelhantes em seu
lançamento. A diferença é que aquele jogo fez história por ser, acima de tudo,
um título de excelente qualidade, que lograva êxito em vários de seus aspectos. O
mesmo não pode ser dito deste aqui, infelizmente.
NOTA FINAL: 5,8
Infelizmente sim, pois
a cada tentativa fracassada de restaurar a glória passada, a Capcom se afasta
cada vez mais de sua missão de criar um jogo que renove os ânimos dos jogadores
mais antigos ao passo que chama a atenção de um público estreante na série. Se os
Resident Evil 4, 5 e 6 pecavam pelo excesso (de ação), este peca pela falta: de
originalidade, de acontecimentos memoráveis, de personalidade...
Sua falha mais grave,
a meu ver, é que este projeto da Capcom nem sequer tenta reinventar/reinserir
elementos clássicos que pavimentaram a fama da franquia antiga: ele se
distancia completamente de suas raízes apenas pra recair em clichês do gênero
que já eram sem graça na época de jogos como F.E.A.R ou Dead Space, conseguindo, na melhor das hipóteses, ser
apenas inferior às fontes de onde bebeu sem nada acrescentar.
Tem os extras mas, na boa: whatever... |
A Capcom desagradou os
fãs e descaracterizou tanto a franquia (até culminar numa abominação inominável
chamada Umbrella Corps.) que ela se
rebaixou ao nível de achar que fazer um jogo de survival totalmente genérico, e
sem charme, seria o suficiente para redimi-la de suas cagadas passadas. Spoiler alert: NÃO É.
Esquecível. Com tristeza,
é esse o adjetivo que eu escolheria pra resumir o que foi minha experiência com
esse sétimo Resident Evil. O que é algo no mínimo deprimente pra um fã que
acompanha a série desde 1998 e esperava um jogo que realmente trouxesse o tão
falsamente alardeado “retorno às origens”
que todos aguardam...
Au REvoir...
Gostaria de receber informações sobre o jogo mais jogado da atualidade, o Fortnite. Vocês abordam algo sobre esse jogo??
ResponderExcluirLotofácil.
Boa tarde, como está Shadow?
ResponderExcluirNo computador a jogabilidade não foi tão traumática assim. Não usei defesa, foi realmente um auto nerf, porém as balas contadas, e cagaço de ficar sem munição/suprimentos acho que compensou.
Agora vai perder um pouco o impacto, mas tenta jogar ele no VR, depois me diz o que achou, quem jogou, babou; daí a jogabilidade truncada virá um fator positivo... porém a imensa maioria jogou sem vr, dai a critica faz sentido
Ainda bem que as diferenças são apenas com relação à jogabilidade, assim minhas outras críticas continuam valendo. Eu não tenho o VR e nunca lançaram nenhum jogo que me fizesse achar que vale a pena pagar R$2500,00 para obtê-lo, então vai ter que ficar pra uma próxima. Mas agradeço pela dica.
ExcluirShadow, chegou meu comentário anterior?
ResponderExcluirsenão, posto ele novamente
caso chegou, pode moderar esse ^^
Oi Shadow, joguei no computador, e a movimentação não me incomodou tanto;
ResponderExcluirAgora, tenho um desafio para vc, tente jogar esse jogo na realidade virtual, sei que é um desespero de caro, e provavelmente, por não ser o primeiro game through perde uma parte do impacto, mas, se possível, experimente e depois me diga o que achou!
Não tenho vontade de joga-lo, embora toda a alarde da Capcom do tão esperado RE 7, não me chamou a atenção essa jogabilidade de ser em primeira pessoa, sei lá! Mas acho que pra mim não é isso, pq já zerei o Survivor do PsOne, e acredite, em partes o jogo até me divertiu, mas esse 7... sua análise só comprovou o que eu podia esperar! Mas aí Shadow, qual o melhor (ou menos ruim) o Survivor ou 7? Rsrs.... Gostei do blog, tô vasculhando os tópicos!
ResponderExcluirGabriel, o Survivor eu tenho em mídia física mas ainda não consegui jogar (os dois Psone que tem aqui em casa resolveram quebrar). Sobre o 7, não é um jogo ruim não, mas você não está perdendo nada se passar por ele. Agradeço pelos elogios e desculpe pela demora na resposta. O blogger tava enviando os comentários pra caixa de spam sem me notificar por email.
ExcluirEu também sou fã de Resident Evil... Like!!
ResponderExcluirMuito boa a análise, li por curiosidade já que pra mim a franquia "morreu" no RE5. Sua análise só comprovou o que eu esperaria. Acho que o Survivor do PsOne deve ser mais divertido, não joguem pedras em mim, mas até curtir o Survivor...rsr Gostei do blog vou dá umas vasculhadas aqui!
ResponderExcluirPra ser sincero, eu acho que a franquia clássica morreu com o RE4. Só que ele é um dos melhores jogos de ação já feitos, enquanto o 5 não está à sua altura e consegue ser apenas bom (a música do 5 e o gráficos são excelentes). Agradeço pelos elogios e desculpe pela demora na resposta. O blogger tava enviando os comentários pra caixa de spam sem me notificar por email.
ExcluirEu gostei desse jogo por me fazer ficar tenso, acho essa geracao de console muito carente de jogos de terror,mas ele foi falho em diversos pontos realmente.Ele funcioaría melhor como um spin off ou um resident 6.5 sei la...Mas nao ostentando o 7 da leva original...
ResponderExcluirEnfim, muito boa análise(de fã de resident pra fã de resident).Gosto muito quando você analisa jogos de 1 player! Continue assim!!
O pior é que a ideia do 7 é muito boa, pois ele consegue trazer o foco do jogo de volta ao terror, survival e ambientes fechados como era no começo. Infelizmente, por tudo que eu disse no texto, o resultado final não ficou bom. Agradeço pelos elogios e desculpe pela demora na resposta. O blogger tava enviando os comentários pra caixa de spam sem me notificar por email.
ExcluirPs- não nos esqueçamos do possivelmente incrível e maravilhoso
ResponderExcluirresident 2 remake...contando os dias...
Ps-2: A respeito da mão reimplantada do Ethan,ele havia sido contaminado não?Isso daria a ele essa "Habilidade"creio...Lembro que ele ate toma uma das vacinas.
Abço
Cara, sinceramente eu não lembro desse detalhe da contaminação, mas mesmo assim a recuperação dele é muito fantasiosa. até pros padrões de recuperação da franquia. Agradeço pelos elogios e desculpe pela demora na resposta. O blogger tava enviando os comentários pra caixa de spam sem me notificar por email.
ExcluirMuito bom teu blog
ResponderExcluirSaudades de ler seus reviews, tava sumida mas agora voltei 😊
ResponderExcluirSeja bem-vinda de volta. Nesses dias vou criar coragem pra escrever a análise do RE2 Remake, então fica de olho. Abraços.
Excluir