Sou um fã doente da série Castlevania. Quem acompanha o blog
sabe que isso não é nenhuma novidade. Joguei praticamente todos os Castlevanias
já lançados, com as vergonhosas exceções feitas aos dois primeiros (pois eu
praticamente não era nascido) e aos mais recentes do Nintendo DS e 3-DS, pois
não possuo nenhum dos dois consoles. Só não fui doente o bastante para comprar
e jogar o Mirror of Fate, jogo em 2-D lançado recentemente em HD nas lojas do
PS3 e 360 (uma conversão de um game de portátil). O motivo é que testei a demo
dele e, diferente do LOS2, não me senti nem um pouco compelido a jogar mais ou
escrever um texto sobre a demonstração. Em parte por não ter ido muito com a
cara do “novo” sistema do game. Em outra parte por não ter simpatizado nem um
pouco com a macarronada que fizeram com a história do game.
Nostalgia para os fãs do 2-D |
Mirror of Fate se passa em uma época em que a esposa de
Gabriel ainda estava viva. O que nem o cabeludo chupador de sangue sabia é que,
ao partir em uma missão, havia deixado para trás a sua esposa grávida de
algumas poucas semanas. O nome do rebento? Trevor Belmont! Isso mesmo: se você
leu meus textos sobre o primeiro LOS ou acompanhou a história por si mesmo,
jogando, deve saber que LOS é um recomeço da franquia Castlevania. O problema é
que, ansiosos por colocar elementos e figuras conhecidas como Alucard, o clã
Belmont e outros, a Mercury Steam está fazendo a maior salada de frutas com o
enredo da nova franquia. Depois de assistir a uma cena na qual Pan e alguns
membros da Irmandade da Luz presenciam o nascimento do filho de Gabriel, fica
mais do que claro que a responsável pelo roteiro da série está mais perdida do
que cego em
tiroteio. Principalmente se levarmos em conta que nomes como
Alucard, Trevor e Simon Belmont aparecem no enredo de uma demo de pouco mais de
vinte minutos.
Are you the one who tread in to the shadows? |
De qualquer forma, Mirror of Fate é um spin-off da série
principal e, pelo que pude perceber jogando a demo, ele não reflete a qualidade
costumeira dos ótimos games da competente Mercury Steam. E como o texto é sobre
a demo do Castlevania Lords of Shadow 2, vamos ao que interessa.
IMPRESSÕES DA DEMO
Agora que vestiu túnica de Senhor das Trevas não tem mais volta... |
Lógico, a primeira coisa que eu prestei atenção nessa demo
de aproximadamente 700Mb foram os gráficos. Mesmo com o já manjado aviso de que
“esta demonstração é um produto em desenvolvimento que não reflete a qualidade
final do game”, é impossível não se impressionar com os visuais de LOS 2. Se
você não se impressionou com o comecinho da demo, jogue até chegar na parte que
enfrentamos uma espécie de anjo trajando uma lindíssima armadura dourada
(parece um Cavaleiro de Ouro de Saint Seya). Enxugue a baba da boca e suspenda
o seu maxilar inferior à sua posição de origem, já certo de que games como LOS
2 arrefecerão com a sua sanha momentânea em adquirir um console de nova geração
(se os diversos problemas envolvendo os dois consoles de peso ainda não o
fizeram).
O visual desse cara é coisa de descer lágrima. E em barras de ouro, que valem mais que dinheiro. |
A demo começa com Gabriel em seu castelo, ponderando sobre
as peculiaridades que permeiam a vida eterna e seu completo estado de tédio,
quando uma turba revoltada de cavaleiros genéricos (não do zodíaco) invadem o
aposento bem a tempo de preencher o cálice quase vazio do senhor dos vampiros. E
o melhor dessa demo é constatar que o sistema de combate do primeiro não só
permaneceu inalterado como agora está um pouco mais conciso, mais rígido (não
sei explicar direito). Agora podemos rotacionar a câmera ao nosso bel prazer, o
que facilita muito a vida de quem sofreu horrores com os distantes ângulos de
câmera de algumas batalhas no primeiro game.
O esquema é o mesmo: Gabriel usa um chicote de sangue e duas
armas místicas que fazem as vezes dos talismãs do bem e do mal: uma Espada de
Vácuo (seja lá que raios seja isso), no lado branco da força, e umas manoplas
de fogo (que não sei o nome) do lado negro. O azul recupera HP (não entendi
qual a função de chupar sangue no game, visto que o que regenera HP é a espada)
e o vermelho potencializa os ataques de Gabriel, possibilitando a quebra de
escudo e guarda de inimigos mais fortes.
O bicho é grande de dar medo |
A demo continua com uma parte de escalada em um construto
místico encomendado pra acabar com a raça de Gabriel (não consigo chamá-lo de
Drácula). Durante as partes de escalada, fica mais do que claro que o fator de
alto estresse e tentativa e erro presentes no game anterior permanecem
praticamente inalterados nesta continuação. Não sei se isso é motivo para fogos
ou para comprar uma passagem de avião com destino ao mais longe que eu possa ir
desse jogo. Sim, quem jogou o primeiro (sem tutoriais ou ajuda da internet)
sabe que “uma tempestade se aproxima”...
Uma coisa que não me agradou foi um recurso de highlight, de
“destaque” de itens ou elementos de rota nos cenários. Será essa uma clara
tentativa de assoprar as nossas feridas de jogadores, depois do festival de
incessantes pancadas que foi a experiência no primeiro Lords? Tomara que sim,
desde que não comprometa a dificuldade do game, fator este diretamente ligado à
diversão deste título em especial.
Quase dá pra sentir o faniquito dos fãs ao redor do globo... |
Como eu disse, a demo “custa” apenas 700Mb de espaço em seu HD , sendo bastante
curta e terminando com aquela cena embasbacante do dragão de névoa e do carinha
emo de madeixas brancas encarando
Gabriel.
Mesmo curta, a demo de LOS 2 deixou um gostinho férreo
(filhos da noite entenderão...) de “quero ver aonde essa porra toda vai
chegar”.
Castlevania Lords of Shadow será lançado dia 25 de
fevereiro de 2014 para PS3 e 360. Agora é esperar um ano pro preço do game
chegar a um patamar “adquirível” e torcer para que ele seja merecedor de um
enorme texto aqui no Mais Um Blog de Games, contando todas as delícias e
dissabores que é retornar ao universo de Castlevania mais uma vez...
Au Revoir!
Curti muito teu blog cara.
ResponderExcluirEu tenho um canal de games.
Dá uma visitada lá.
Se estiver afim de uma parceria estamos de portas abertas.
Grande abraço
O meu problema com Castlevania: LoS é que eu fui jogá-lo após jogar o Symphony Of The Night num emulador no meu note - aliás, eu tenho que voltar e zerar esse jogo - e aí foi um puta choque encontrar um hack'n slash com nome de Castlevania e eu meio que deixei de lado por preconceito msm. Mas tem tanta gente falando desse 2 que eu vou jogar o primeiro só pra poder jogar o 2 - não consigo jogar continuações sem jogar os anteriores -.
ResponderExcluirLuis, eu gostei muito do LOS. tem uma qualidade e um charme que poucas vezes se viu nessa geração. eu escrevi dois posts sobre esse game. um deles tem spoilers mas eu aviso no começo. se quiser ler procura na barra de pesquisa. abraço.
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