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terça-feira, 20 de novembro de 2012

UM HOMEM ESCOLHE. UM ESCRAVO OBEDECE


A notícia abaixo me fez "perder" alguns preciosos minutos da minha volta ao trabalho para escrever este post.

"Mass Effect 4
 BioWare pergunta o que os fãs esperam
Produtor usa o Twitter para conhecer os jogadores

O produtor executivo da BioWare, Casey Hudson, perguntou em seu Twitter qual o período histórico que os fãs gostariam que Mass Effect 4 se passasse: antes os depois dos acontecimentos da primeira trilogia da série.
Não é a primeira vez que Hudson faz uma pequena pesquisa com os jogadores. Se você é fã da franquia, vale a pena seguir o produtor e deixar a sua opinião. A versãoExtended Cut de Mass Effect 3 foi lançada como um DLCgratuito."

O texto acima foi retirado do site Omelete. E aí eu pergunto: O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO COM A INDÚSTRIA DOS VIDEOGAMES?

Onde foi parar aquela época em que os desenvolvedores SABIAM o que estavam fazendo, pois passavam anos trabalhando para entregar um produto e davam um belo PHODH@CI para jogadores mimados por ferramentas como Twitter e Facebook, quando estes vinham com o típico mimimi de pessoas desocupadas que foram mimadas pelo Twitter e Facebook?
Cadê AQUELA certeza de que estava indo no caminho certo, mesmo "against all odds", como nos casos clássicos de Resident Evil 4; Metroid Prime; Tomb Raider (aquele que a Lara Croft morre) e etc.?
Aonde foram parar os colhões de fazer um jogo totalmente em 2D, voltado para um público 101% hardcore e nem se importar se as vendas alcançariam menor ou maior público (como no Valkyrie Profile, o melhor exemplo que me vem à cabeça no momento)?

 O que seria da morte de Crono se os fanboys de RPG decretassem que ele era legal demais pra ficar fora do jogo (mesmo que brevemente)? Onde estaria a criatividade da série Final Fantasy se os chorões de plantão não conseguissem se adaptar à mudança de universo a cada título lançado (ok. péssimo exemplo)? O que seriam dos fãs do Netherworld se maioria ditasse que nenhum jogo de luta seria melhor que Street Fighter 4?

Sinceramente, fico cada vez mais preocupado com o rumo que o meu entretenimento predileto vem tomando. 
Vendas, mais do que nunca, ditando decisões que nunca deviam sair do âmbito do criativo. Jogos se travestindo de outros gêneros pelo puro receio de não agradar a gregos e troianos. Jogadores decretando que não gostaram de determinado final da franquia x, obrigando os criadores a sair correndo para preparar um DLC de encerramento de enredo. Só falta alguém me dizer que, daqui a algum tempo, seremos obrigados a comprar um jogo incompleto que só poderá ser plenamente aproveitado mediante o pagamento de quantias futuras, por meio de download. Ops! Acho que agora é tarde...

Au Revoir!

10 comentários:

  1. Têm duas questões embutidas nesse desabafo: a da participação do jogadores e a busca cega do lucro.A primeira eu acho legítima , e a verdade é que de uma forma direta (como a citada acima) ou indireta os produtores/criadores levam em consideração a opinião dos jogadores.A segunda é se não é um fato novo ao menos vêm ficando cada vêz mais evidente, e não só no mundo dos jogos mas em qualquer ramo de negócios.A época dos apaixonados acabou e não percebemos( ou percebemos tarde, sei lá), Shadow.Hoje é tudo lucro.Sem contar que a criatividade está em baixa mesmo.Os "indies" , em minha opinião, é que podem resgatar essa paixão e essa criatividade perdida.

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  2. realmente Marcos, a participação dos jogadores é legítima. o problema é quando os criadores esquecem que são ELES que sabem (ou deveriam saber) como se faz um bom jogo. pense no melhor jogo de videogame que você já jogou. há uma boa chance desse jogo ter, pelo menos, uns quinze anos de idade. época essa em que os jogadores não ditavam tudo que deve ter a ver com um jogo. gamers escolhendo palheta de cores em um jogo? desculpe, mas acho isso absurdo.
    e o pior é quando empresas inescrupulosas como a Capcom disfarçam a sua cleptomania com pretextos, como o de dizer que um survival horror n;ao venderia tão bem quanto um mix de ação com pitadas de survival horror para enganar os bestas. me poupe. se saísse um Resident Evil no molde do DLC Lost in nightmares, do RE5, esse jogo ia vender mais que água no deserto. o mesmo caso do famigerado remake do FF7. os caras ficam fazendo cu doce pra lançar uma porra de um jogo que TODO GAMER QUE JÁ JOGOU UM FF IRIA COMPRAR, sendo dono de PS3 ou 360.

    pra finalizar, esse efeito de monetarização acaba saindo um tiro pela culatra, como no caso da série The Need 4 Speed. descaracterizaram tanto a franquia que a EA teve que fazer um jogo nos moldes antigos (o novo most wanted) para não ver as vendas caírem no vermelho de novo. eu joguei a demo, e quer saber? o jogo é muito bom, justamente porque se baseia totalmente no primeiro most wanted. e com certeza esse vai vender. só pensar nos lucros nem sempre dá certo. RE mesmo, pra mim o 6 foi o último. foi um fracasso de críticas, e que isso sirva de aviso pra Capcom.

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  3. A diferença entre o remédio e o veneno é a dose! Imaginem, por exemplo, se a Capcom, anos atrás (ou até recentemente nos novos títulos) tivesse consutado os fãs sobre a importância de se valorizar mais (bem+) a história dos lutadores de Street Fighter (não só nos zeramentos mas também ao longo das quests de cada um, quem sabe até colocando custcenes em anime)! Por mais que possa soar pequeno, para mim, como fã, seria um puta upgrade (aliás muito melhor do que a inserção desses novos lutadores debilóides que eles teimam em criar a cada novo título)!
    O problema é mesmo o fato da indústria estar usando essa ferramenta da pior maneira, botando muleques criados a leite com pêra da nova geração para DEFINIREM aspectos de um game que podem ser (e são) cruciais para sua qualidade final.
    Se essa onda for mesmo pelo lado errado ($$$) estamos lenhados. Teremos games feitos para semi-retardados, assim como hoje temos desenhos animados para crianças pré-mongóloides!
    Eu sou do tempo em que os desenhos eram BONS de verdade; Cavaleiros do Zodíaco, Yuyu-Hakusho, DBZ, Fly, Caverna do Dragão, Thunder Cats, Liga da Justiça (o antigão), o próprio Street Fighter V(Victory), os tukusatusus clássicos como Jiban, Jiraya, Jaspion, Goggle Five, Changeman, Machineman, etc (e que hoje são GENERICAMENTE RIDÍCULOS); e até aqueles não tão violentos como Duck Tales, Inspertor Buginganga, Space Ghost, Os Herculóides, Os Impossíveis, Frankenstein Jr, Looney Tunes, DOUG, aquele de uma família da grécia antiga que vivia de aluguel e tinha um leão de estimação (não lembro o nome, mas era TRUE d++), etc, etc, etc... Só os que eu esqueci de listar já são certamente 1 trilhão de vezes melhor que os de agora! E não é preconceito infundado ou saudosismo barato, pois eu ainda vejo desenho (graças à internet, claro)!
    Me pergunto o que serão das crianças de hoje depois da lavagem-homo-cerebral implantada pela Nickelodeon e Cartoon Network com seus isossos Ben 10 e cia? Porra, os desenhos mais gays da minha época era Cavalo de Fogo e Muppet Babies (e msm assim eram massa)! Quem dera esses filhos de Hanna Montana de hoje tivessem, pra variar, um Lucas Silva e Silva ou Charlie Brown com seus conflitos existenciais para aprenderem a pensar (vije, o texto virou uma crítica sócio-cultural, melhor parar por aqui) RSRS (É por isso que meu filho será old-school).

    Enfim, a mesma coisa incorre no âmbito dos games, eu temo pelo andar dessa carroagem (ainda mais agora sobre seu palpite do fim de RE, Shadow! Pq???, como assim, o 6 é RUIM?? Pq o 5 é ótimo)!

    (Ítalo)

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    1. Ítalo, muito grande teu comentário. li todo e concordo (e discordo também) com muita coisa, mas levaria a noite toda pra comentar cada ponto.
      sim, RE5 foi ótimo (mais pela qualidade em geral e pela excelente trilha sonora), mas RE6 é um saco. só pra você ter uma noção do quanto eu gostei desse jogo: emprestei o disco no meio da segunda campanha, a de Chris. só cheguei até aqui pq um brother online me ajudou a completar (e aturar) a terrível campanha Chris of War desse jogo. ainda vou dar a pedrada de misericórdia com um post, quando pegar o jogo de volta.

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  4. Pra mim a indústria de games já morreu faz tempo. Estou cada vez mais jogando, acompanhando, comprando e avaliando jogos indies e ignorando os AAA. Aliás, antes de existir o mercado de indies eu já fazia algo parecido, jogando seletos games de gerações anteriores e procurando muito por games diferentes, geralmente em portáteis (games de GB e GBA sempre foram meio indie). Para mim os únicos games da geração atual que me conquistaram foram os Fallout e o Skyrim.

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    1. acho que não adianta generalizar também, Fernando. jogo ruim existe em todos os segmentos. você gostou do indie Journey? eu odiei. muito chato. você odiou o Mass Effect 2 (indiscutivelmente AAA)? eu também odiei, no começo, mas me encantei com o jogo aos poucos, ao ponto de preparar um Review Supremo dele (que não faço ideia de quando vou publicar). também tem muita gente que acha o fim da picada os dois jogos que vc citou como salvação dessa geração. o que não quer dizer nada.
      o negócio é ficar de olho nessas manobras das empresas e não cair duas vezes no mesmo truque. é aquela velha história: se você me engana uma vez, a culpa é sua. se você me engana duas vezes, a culpa é minha (fool me once, shame on you. Fool me twice, shame on me, dito popular inglês).

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  5. Na boa Shadow, pode massacrar o quanto quiser o Resident Evil 6; dizer que deixou a essência de lado, a simplicidade dos controles, que não é mais survivor horror e sim ação, etc... Mas o jogo é consagradíssimo, e eu como admirador me recuso a crer que depois de um jogo tão legal quanto o 5 (Gold Edition) os produtores jogariam no lixo tudo que fizeram até agora e simplesmente esqueceriam como se faz um bom jogo da franquia. A não ser que tenham feito como em Code Veronica (Ps2) cuja jogabilidade era BIZARRÉRRIMA e quase injogável, e não é isso que tenho percebido nas várias reviews que vi até agora, cujas críticas foram excelentes, medianas, mas nenhuma tão extremamente negativa quanto a sua! Tem certeza de que não houve um mal entendido ae? Talvez você não esivesse num momento legal para apreciar o game com tranquilidade e boa vontade, sei lá! Enfim, to esperando que você jogue o game melhor e faça sua review suprema. Até janeiro eu ainda não comprarei o meu. Abraço
    (Ítalo)

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    1. Ítalo, com certeza vou analisar o Resident Evil 6. mas para isso, preciso ter coragem de continuar a (chatíssima) campanha de Chris e começar a de Jake (que dizem ser bem Resident Evil 5, o que pode ser um bom sinal). se você não gostou de RE code veronica, um dos meus Re preferidos, acho que não adianta muito argumentar, pois não estamos falando na mesma língua.
      Resident Evil 5 foi o motivo pelo qual eu decidi comprar um PS3. REsident Evil 6 foi... bem, não adianta falar de um jogo que vc ainda nem jogou. só uma coisa: vc não acredita que os produtores teriam a "coragem" de estragar essa franquia? só uma palavra: JOGUE.

      P.S.: Review Supremo eu só faço de jogos que foram especiais para mim, coisa que definitivamente RE6 não foi. não vá na onda de Reviews camarada. jogue o jogo e tire as suas próprias conclusões. e sim, te aconselho a só comprar depois de ler o meu review, com o perdão da pretensão. se, depois disso, você ainda sentir vontade de comprar não vai poder dizer que ninguém te avisou.

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  6. P.S.: qual foi o primeiro Resident Evil que vc jogou? ficou a impressão de que vc achou a jogabilidade do Veronica bizarra pq baixou o jogo pela PSN sem ter jogado nenhum dos clássicos que se utilizam da mesmíssima jogabilidade que o Code.

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  7. Rpz, joguei o 2(no ps1), o 4(no ps2) e o 5(no ps3). Não baixei nenhum pela PSN. Um amigo meu insiste em dizer que jogamos o 1 também (milhares de anos atrás), mas eu nada me lembro dele (a não ser agora com Lost in Nightmares).
    Quanto a Code Veronica, lembro que depois de zerar o 4 me deram ele... comecei o game e achei muito ruim sua jogabilidade. Não sei se o 4 era TÃO diferente do 2(o qual não jogava então há muitoooo tempo) a ponto de eu ter me adaptado a ele e esquecido de como era a jogabilidade original do ps1, ou se pq o game era piratão(poderia ser uma adaptação bizonha qualquer), ou se Code é realmente diferente do 2 nesse quesito. Também admito que não dei tantas chances assim a este título, tamanha foi minha rejeição ao jogar a primeira vez.
    Mas agora que vc falou que os clássicos têm a mesma dinâmica de jogo (controles), começo a me perguntar se foi realmente o quesito "jogabilidade" que me deixou pilhado com ele.
    Enfim, aguardo sua review (não-suprema).
    (Ítalo)

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