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quarta-feira, 26 de abril de 2017

NO ESPAÇO NINGUÉM VAI...






















Eu não escondo de ninguém, nem no trabalho, que sou um fã apaixonado pela franquia Alien, seja em filmes ou em games. Falando de filmes, eu simplesmente tenho todos em DVD/Blu-ray e já assisti a todos, mais de vinte vezes cada um...

Com games a situação é um pouco diferente: mesmo os jogos da franquia que possuem alguma qualidade técnica geralmente são mais voltados ao segundo capítulo da saga de Ellen Ripley, descaradamente mais puxado pra ação do que à sobrevivência (praticamente sem armas) em uma espaçonave gigantesca, onde um bicho assustador te mata ao menor sinal de contato.

Eu já joguei alguns jogos dessa marca que podem ser considerados bons, mesmo com ressalvas. É o caso de Aliens VS Predator Extinction (um RTS pra PS2), Alien 3 (do SNES) e o mais recente Aliens VS Predator (de 2010, pra PS3 e 360). E foi justamente por causa desse teor de ação que eu sempre fiquei com aquela certeza na mente de que seria impossível fazer um jogo de Alien que se aproximasse o máximo possível do contexto do primeiro filme (um/a protagonista praticamente indefeso/a em uma instalação enorme fugindo de um, e apenas 1, Alien). Isso até janeiro de 2015, quando comprei Alien Isolation pra PS3 e descobri do que é feito um verdadeiro jogo de terror...

Tente não borrar as calças numa atmosfera dessas...
Claro que não vou me prolongar muito explicando os porquês do meu amor por esse jogo. Eu já fiz isso no Meu Review Supremo de Alien Isolation, que pode ser conferido AQUI. Mas, de uma forma torturantemente resumida, quais as qualidades do jogo lançado em 2014? Lindos gráficos; um dos melhores designs já realizados em uma obra digital; atmosfera REAL de medo e suspense; trilha sonora competente; e um enredo e eventos na medida, que respeitam os elementos clássicos da franquia sem se limitar a eles.

Com o desesperador e angustiante final de Isolation (não se preocupe, spoiler free), nada mais natural que o jogador quisesse descobrir o que aconteceria com Amanda Ripley em uma continuação de Isolation. E eu também já falei sobre as probabilidades de tal projeto se concretizar no triste post Eternamente à Deriva, que pode ser lido AQUI.

Pois bem, depois de praticamente ter abandonado quaisquer esperanças de ver uma sequência de um dos meus jogos favoritos (de todos os tempos) ganhar a luz do dia, ontem, 25 de abril de 2017, foi um dia de fortes emoções pra mim. Enquanto checava meus vídeos de notícias de games no Youtube, me deparei com um título que me fez dar um salto de onde quer que eu estivesse no momento: ALIEN ISOLATION 2!

Todas as promessas do terrível Colonial Marines foram cumpridas em Isolation.
O rumor apontava que a Creative Assembly, criadora do primeiro jogo, começaria a trabalhar na continuação assim que se desvencilhasse de seu mais recente projeto, Halo Wars 2. Foi uma noite empolgante e bastante animadora: não é todo dia que vemos um sonho se confirmar assim, do nada, depois de termos jogado um game mais de 10 vezes (quase seguidas) e ansiar por sua sequência.

Mas, como alegria de pobre dura pouco, hoje mesmo o rumor foi desmentido por uma fonte jornalística da revista Eurogamer. Se você é fã como eu, e quer sofrer com seus próprios olhos, AQUI está o link desmentindo o boato. Apesar de cair como uma bomba, a negação do rumor em si nem é a pior parte dessa curta história de vã esperança: além de a SEGA não ter planos de endossar tal projeto (apesar de não descartá-lo completamente), ficamos sabendo que uma boa parte da equipe original do primeiro jogo NEM TRABALHA MAIS NA CREATIVE ASSEMBLY...

Gamer over, man. Game over...
Eu sei, bordão nada original em texto de Alien. Mas acho que não há forma mais apropriada de descrever o desfecho da novela por trás da suposta sequência de Isolation. Você ainda não percebeu a gravidade da situação, não é mesmo? Eu explico.

Um dos jogos mais detalhistas já criados.
A ocasião era mais que convidativa para anunciar Alien Isolation: mês que vem estreia nos cinemas a continuação de Prometheus, Alien Covenant, e com o passar de mais dois meses teremos o evento da E3, um acontecimento mais que apropriado para revelações bombásticas de novos projetos e promessas futuras no mundo dos videogames.

Mas, dado o balde de Royal Jelly fria arremessado na cabeça dos fãs, só ficamos com duas possíveis conjunturas para o futuro da franquia Isolation: ou o jogo não sai ou é feito por pessoas que, muito-provavelmente-e-quase-com-certeza, não terão o mesmo know-how/cacife/feeling pra entregar um jogo com qualidade à altura do original. Ou seja: game over, man. Game over...

Como crueldade pouca é bobagem, a notícia nos é dada hoje, dia 26 de abril, o dia oficial do Alien em todo o mundo. É... já vi que no espaço ninguém vai ouvir você se lamentar, e nunca saberemos o que aconteceu com a corajosa Amanda Ripley em busca de respostas pelo paradeiro de sua mãe. Shadow signing out...

O que dói mais: nunca ser confirmado ou a certeza de sua não existência?


   Au Revoir...

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