Portal é um jogo
criado pela Valve, que conta a história de uma pessoa que se encontra presa em
um tipo de instalação científica controlada por uma inteligência artificial
chamada GLaDOS. De forma geral, o jogo pode ser descrito como um FPS misturado
com Puzzles, com o detalhe de que os únicos tiros que saem da sua arma são para
gerar portais de teletransporte, que serão usados para passar por uma série de
enigmas envolvendo cubos, esferas de energia e turrets de voz extremamente sexy.
O enredo é contado
pelo ponto de vista de uma personagem muda da qual não conhecemos quase nada, e
que se vê presa na instalação num mundo industrial pós-apocalíptico
(protagonista mudo com uma arma peculiar preso em uma instalação científica. Onde
foi que eu já vi isso antes...).
No mais, os eventos do
jogo são enriquecidos pelos comentários ácidos de GLaDOS, que possui um senso
de humor negro e totalmente doentio ao estilo inglês de tecer comentários
sarcásticos nas situações mais inapropriadas. Entre em uma sala, ouça alguns
gracejos e provocações de GLaDOS a respeito das suas chances ínfimas de
sucesso, resolva o quebra-cabeças, ouça mais algumas provocações e parta pro próximo desafio. Simples, direto
e reto.
Os dois jogos são tão parecidos que fica até difícil de dizer qual é qual... |
Apesar do meu apreço
pela série, eu comecei a jogar pelo segundo jogo, em 2012, quando adquiri a
versão de Playstation 3. Na época eu gostei bastante do jogo, a ponto de
escrever não um, mas dois textos sobre ele aqui no blog. Quando retomei a minha
coleção de jogos desse console, no mês de janeiro agora, decidi que precisava
ter na minha estante a The Orange Box, uma edição especial (e super rara) contendo
três jogos da Valve para o console da Sony: Half-Life 2 (e seus DLCs), Team
Fortress 2 (que eu ainda nem experimentei) e o primeiro Portal, que até então
era exclusivo para os PCs.
Se você não conhecia
meu blog na ocasião, colocarei os links dos dois textos AQUI e AQUI, para quem
quiser conferir minhas impressões iniciais e minha conclusão sobre a resolução
de enigmas pensando com portais, respectivamente. Mas, e quanto ao primeiro jogo
da franquia, esse que deu origem a tudo? Quão diferente ele é em relação a sua continuação?
A resposta é simples: nada. Portal original é simplesmente uma versão 1.5 da
sua continuação, ou seria exatamente o inverso, respeitando as devidas ordens
de lançamento dos dois jogos.
Belos gráficos (pra
época), dublagem de excelente qualidade, um sistema de jogo que beira a
simplicidade absurda e uma síndrome de Estocolmo que vai acometer o jogador
depois que a faixa I’m Still Alive começar a rolar os créditos, ao final da sessão
de tortura aventura.
Não pergunte como nem por quê: o jogo começa, você vai resolvendo desafios, e quando dá por si não consegue mais parar... |
Com relação ao
primeiro jogo em si, ele é tão parecido com o segundo e o segundo é tão
parecido com o primeiro, que eu realmente não tenho nada pra falar sobre ele
que eu já não tenha dito há cinco anos. Claro, existem algumas diferenças entre
este primeiro Portal que eu não teria como deixar passar: ele é
significativamente mais curto e fácil que sua continuação, a despeito do que
muitos dizem por aí na net (ele só conta com 19 câmaras de teste contra os
vários capítulos com as várias câmaras do segundo).
Quando você começar a
achar que a porca vai torcer o rabo no tocante à dificuldade, o jogo vai estar
praticamente dando adeus à sua protagonista esguia de poucas palavras.
De fato, Portal é um
jogo tão curto e fácil (ou será que fui eu que me acostumei às intempéries
trazidas pelo sadismo de GLaDOS com a intenção dissimulada de dar fim a minha
vida?) que eu comecei a jogá-lo na sexta à noite (dia 10 de fevereiro), de
forma descompromissada, e finalizei agora há pouco, depois de uma batalha meio
cansativa contra um super computador que é tão inteligente, mas tão
inteligente, que não se dá conta de que turrets lançadoras de mísseis na mesma
sala que seu main frame não pode terminar em boa coisa...
Essa tela de créditos vai ficar marcada na sua trajetória gamer pra sempre... |
Pra finalizar este
texto curto, curto pra combinar com a “curteza” do Portal em si, eu vou deixar
meu veredito sobre a segunda experiência que eu tive com Portal, mas que
deveria ter sido a primeira: ele soa como um esboço do que a Valve estaria
entregando futuramente com seu maior, mais ácido, mais ligeiro e desafiador
Portal 2.
NOTA FINAL: 7,9
Não se deixe enganar
pelos números: Portal é um jogo excelente, a prova de que uma fórmula
extremamente simples pode render um jogo que vai ficar na sua memória por anos
e anos. Um jogo que esbanja personalidade própria, uma relação pra lá de
doentia entre uma encarcerada e sua captora (o engraçado é que nunca fica claro
a origem da personagem ou como ela foi parar nas instalações da Aperture
Science).
Portal só não é melhor
por causa da existência da sua continuação, Portal 2. É um jogo muito bom,
mesmo que deixe na boca (principalmente na de quem cometeu o crime de começar
pelo segundo) o gosto de um projeto inacabado, ainda que de enorme potencial. Mas
não aconselho o leitor a sair correndo pra comprá-lo na Steam, a menos que
apareça uma daquelas promoções irresistíveis que vão pegar a sua carteira com
as calças abaixadas.
Precisava colocar um contador de tempo, Valve? |
Jogue apenas quando
for conveniente. Mas não deixe de conferir esse clássico da criadora de
Half-Life (fãs da série, preparem-se para uma análise do primeiro jogo, assim
que o tempo me permitir), uma empresa praticamente Tarantineana, que lança
poucos mas excelentes jogos pra ficar na história dos games. E acima de tudo,
nunca se esqueça:
"O bolo é uma mentira.
Ela está te observando..."
Au Revoir!
Ótima análise.
ResponderExcluirLer seu blog me faz lembrar das revistas de games e animes que comprava na infância.
Fico feliz que tenha se identificado com o conteúdo do blog. Acho que a ideia no lançamento (2011) era essa mesmo: falar as coisas que se passavam pela minha cabeça enquanto eu lia as revistas de videogame, mas não podia interagir. Bem-vindo e abraços.
ExcluirThe cake is a lie hahaha XD eu entrei em salas escondidas nas fases e achei uns desenhos bem loko. Falta 2 fases pra terminar mas eu parei pq to focada em outra coisa :/
ResponderExcluirAchei ele mais fácil e curto que o Portal 2. Ainda assim, um bom jogo.
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