Mas, como o sistema vivo aberto e totalmente influenciável
por estímulos externos que sou (leia-se: opiniões de terceiros), não pude
deixar de notar certo clima de confraternização no tocante aos escolhidos como
melhor de 2014 em alguma coisa ou Os mais qualquer coisa do ano que se passou.
As listas podem ser vistas em todos os lugares da web: no
ótimo site Neogamer (que faz seu bem-vindo retorno às atividades depois de uma
longa pausa pra recuperar o fôlego); no excelente, pessoal e passional site
GameInformer (um site cheio de opiniões pessoais e pitorescas acerca do mundo
dos games, do jeitinho particular e passional que eu tanto gosto. Recomendo o
post sobre como passar pelo Farcry 4 sem dar um tiro sequer...), que
infelizmente é todo em inglês; e no também excelente (e fonte de reviews para
tirar a dúvida se devo adquirir um jogo ou manda-lo plantar batatas...) Game Trailers.
Pensando no assunto, decidi não fazer uma lista dos melhores
jogos que joguei em 2014, e sim uma lista com os melhores jogos que eu deixei
de jogar de 2009 pra cá, quando aconteceu a compra do meu console PS3.
Seja pra fazer justiça nerd e gamer, seja para servir como
um lembrete (visto que eu tenho tantos jogos que fica difícil organizar a fila
e às vezes até saber se não estou comprando um título que já possuo), aqui
deixo os leitores com uma breve lista (de jogos que já tenho e de jogos que
estou esperando chegar pra poder jogar) dos games que pretendo conhecer melhor
durante o ano que se inicia. Abaixo do texto vai um vídeo sobre ou uma curiosidade do jogo em questão.
PORTAL 2
Sim, eu sei que já joguei esse jogo. Inclusive, há dois
textos sobre ele aqui no blog. Mas Portal 2 é um daqueles jogos que só é
necessário jogar uma vez pra que ele fique na sua cabeça pro resto da vida, e é
justamente por isso que eu sinto vontade de completá-lo (ou pelo menos tentar)
mais uma vez, nem que seja só pra cumprir a promessa.
Depois de ver esse jogo sendo citado em tantas listas de
melhores jogo da geração que passou (acredite, alguns sites já jogaram a toalha
pelo PS3, 360, e... tem mais algum?), fica difícil resistir à tentação de
acompanhar mais uma vez o ritmo esquizofrênico das jocosidades de Weathley e os
sarcasmos roboticamente assustadores da IA GLaDOS.
Espero voltar a pensar com portais novamente em 2015.
TOMB RAIDER ANNIVERSARY
A saga Tomb Raider passou por maus bocados durante a era dos
128 bits. Quem acompanha a personagem desde o PSone, em sua estreia, tem uma
boa noção de como a qualidade dos jogos decaíram nos lançamentos posteriores ao
terceiro game. Se quiser saber tudo sobre essa franquia, recomendo os vídeos de
saga do Youtuber Zangado. Seu trabalho em compilar informações e criar vídeos
imensos fica melhor a cada postagem.
Desviei um pouco do assunto mas vamos lá: Tomb Raider
Anniversary retirou a franquia do cemitério (perdão do trocadilho), com um
remake de visuais fantásticos e com uma nova jogabilidade que fazia a Lara
Croft dos jogos anteriores a ele parecer tão ágil quanto o Stephen Hawkins. E
só por esse feito a Crystal Dynamics merecia o equivalente ao Nobel da paz, só
que voltado aos desenvolvedores de games.
Joguei uma vez completa no PS2, mas desde que adquiri a
versão remasterizada em HD para PS3, tudo que a bela caçadora de tesouros
desbravou foram as ruínas empoeiradas do guarda-roupas do meu quarto. Pretendo
corrigir essa injustiça... e desbravar mais alguns troféus no meio do caminho!
MASS EFFECT 3
Mass Effect 2 é um dos jogos mais bonitos já feitos em toda
a história. Eu tenho mais de 20 anos de experiência com games, e estou bem
familiarizado com muitos termos técnicos (do tipo Z buffering; polígonos 3D;
gráficos pré-renderizados; frame rate e outras satanagens mais que vierem a sua
mente), mas SIMPLESMENTE NÃO ME PERGUNTE COMO A BIOWARE CONSEGUIU ALCANÇAR
AQUELE VISUAL COM A SÉRIE MASS. Não sei explicar isso. Mesmo tendo jogos com
gráficos muito mais bem desenvolvidos e sólidos que ele, a série Mass Effect
consegue exuberar visuais dignos de revistas de ficção científica ou pinturas
do artista Moebius.
Infelizmente, o planeta Terra do nosso querido comandante
Shepard (sem customização de visual, for god sake!) vem esperando pela salvação
guiada pelo meu joystick há longos 2 anos (completando o terceiro agora, em
março de 2015). Espero que o ano galático de 2015 traga boas notícias à Normandy
e sua tripulação (literalmente) cosmopolita (e James, não adianta apelar pra sedução. Você vai ter que esperar como todo mundo...)
RED DEAD REDEPMTION
Esse também já teve post no blog. Não vou linkar. Deixe de
ser preguiçoso e pesquise na barrinha lá em cima, se tiver interesse de ler.
Mas o caso é que John Marston tem tanta sorte quanto seu contemporâneo de 600
anos no futuro quando o assunto é ocupar uma posição preferencial nesta imensa,
caótica e burocrática instituição financeira que é a minha rotina de jogador de
videogame. GTA com cavalos; imensidão sobre quatro patas; deserto de infinitas
possibilidades: nenhum desses adjetivos lido por aí foi capaz de me manter sobre
a sela por mais que uma semana seguida (um recorde!) com esse jogo. Enquanto
não consigo fazer justiça nerd com um vídeo de gameplay desse jogo, tocando ao
fundo a música A Horse with No Name (de America), pretendo fazer justiça comum
dando uma nova chance a um dos jogos mais elogiados da Rockstar.
SONIC GENERATIONS
Se você vem acompanhando as recentes notícias sobre o mundo
do ouriço azul, deve saber que seu novo jogo vem causando um certo barulho (de
Boom!) pelos motivos totalmente errados. Aos fãs da velha guarda só resta jogar
os jogos antigos ou se aventurar em Sonic Generations ,
uma declaração de amor aos veteranos em uma série de fases que mistura a jogabilidade
do Sonic antigo (baixinho e barrigudo) com o Sonic mais moderno (mais alto,
falastrão e cabeludo). Espero que os objetivos confusos, na próxima vez, não se
tornem um oponente mais veloz que a minha vontade de completar o jogo.
THE LAST OF US
Sabe aquele jogo que você ouve falar em todos os lugares,
não importa aonde você vá ou o que esteja fazendo? Sim, The Last of Us é um
desses, e viral é a palavra perfeita pra definir o fenômeno que esse jogo
representa, muito embora que o agente causador da putaria toda na história seja
um fungo, não um vírus.
The Last of Us vem sendo aclamado como uma das melhores
histórias já contadas em um game, deixando pra trás muitos filmes e livros do
gênero (drama). E ele tem alguns dos elementos que eu mais gosto em um jogo:
lindos gráficos (não finja que isso não pesa. Claro que pesa!); exploração; bom
enredo; personagens carismáticos (pelo que dizem por aí) e customização de
itens. Isso sem falar no stealth, recurso que eu amo de paixão em games mas
ainda não encontrei nenhum que o represente com fidelidade realística. Janeiro de
2015 está aí, a compra já foi feita e só resta aos leitores esperarem pelo post
com as minhas impressões (pro bem ou pro mal. Só porque são jogos indicados por
terceiros não pensem que eu vou relaxar na minha rabugice pra meter o pau).
DRAGON AGE
Como eu adoro extremos: passando de um dos melhores visuais
e expressão facial pra um dos mais toscos que eu tive a chance de jogar. Dragon
Age foi adquirido por mim em 2010, quando meu suado PS3 ainda completava tenros
seis ou sete meses de idade.
Eu confesso que a única coisa que eu tenho pra falar desse
jogo, além do ritmo meio lento dos combates, são seus visuais toscos e
esquisitões (aquela coisa de ficar sangue no rosto dos personagens é o tipo de
coisa que parece bem legal quando é apenas uma ideia mas acaba gerando um
efeito totalmente diferente do planejado).
Então, nada mais justo que dar uma nova chance pra um jogo
aclamado como um RPG de proporções épicas por quase todo mundo que eu ouço
falar (leio) dele (só pra ter uma ideia, o sempre crítico Game Trailers deu
nota 9,5 pra ele...). Desejem-me sorte no mundo dos magos de sangue e NPCs
bissexuais idealizado pela Bioware.
ALIEN ISOLATION
Sou fã doente dessa série. E acho que nunca vou cansar de
dizer isso, não importa quanto tempo se passe. Alien é simplesmente a melhor
série de terror/sci-fi já feita até hoje. Você gosta de Dead Space? Levante as
mãos pros céus e agradeça a Alien. Você curte a maioria dos elementos que
apareceram na série Resident Evil? Saiba que seus criadores são fãs declarados
do filme. Sabe todos aqueles filmes da década de 80 e 90 que se passavam em
algum lugar fechado, com uma criatura geralmente hostil que tocava o terror
entre os vivos? Bom menino...
Alien Isolation recebeu notas bem mornas diante do hype que
gerou (o GT deu 7,5), sendo a sua alta dificuldade e falta de checkpoints
alguns dos motivos apresentados.
Após assistir a alguns vídeos (como o Alien Isolation: Vale
ou não a pena jogar, do mestre louva-a-deus Zangado), não consigo me livrar da
sensação de que tais queixumes partem de uma geração de analistas experientes
que foram (finalmente) condicionados a aceitar jogos que pegam na mão do
jogador o tempo todo, com autosaves e checkpoints a todo instante e toda hora.
Depois do mediano Alien VS Predator e do fiasco Cocolonial
Marines, decidi que olharia para esse jogo com o maior olhar de desconfiança
possível. Dei uma pausa na minha estratégia de “acompanhar uma obra do zero” e consultei a
maior quantidade de materiais de análise possível sobre o game. Minha
conclusão: SÓ VOU SABER DEPOIS DE JOGAR. Não tem jeito.
Um ambiente nada linear. Uma barra de HP que NÃO se
regenera. One hit kill por parte da criatura mais agressiva do universo. Uma
lição de stealth que você provavelmente não esquecerá tão cedo. Um ser feito
puramente de agressividade e instintos, 90% do tempo de jogo em seu percalço,
vasculhando cantos estreitos, MEMORIZANDO
SUAS ROTAS DE FUGA e prestando atenção a cada passo dado e som gerado até
pela sua respiração... Essas foram algumas das características que me fizeram
tomar a dianteira e passar Alien Isolation à frente na fila de 2015.
RESIDENT EVIL REMAKE
Por esse aqui nem tem como eu sentir culpa por ainda não ter
jogado, já que o título em questão sequer foi lançado. Resident Evil era a
minha série preferida de games. Foi um jogo responsável pela repetição de um
ano letivo na minha carreira escolar e vários merecidos sermões por parte dos
meus familiares (tudo em excesso é prejudicial. A essa regra não há exceções, nem
mesmo para zumbis...).
O remake do melhor jogo da série foi lançado apenas para
Gamecube, em meados dos anos 2000. Mesmo com a quebra de exclusividade e do
(excelente) port de Resident Evil 4 para PS2, Resident Evil Remake continuou a
ser uma exclusividade do console da Nintendo devido a algumas questões
jurídicas e contratuais. Mas, depois de acertar no alvo os juízes que precisavam ser subornados, a Cacpom nos presenteia em 2015 com o Remake do Remake, uma versão
melhorada daquilo que já era perfeito. Pelo visto, me livrei do meu trauma de
tubarões zumbis de 20
metros de comprimento na hora certa...
KINDGOM HEARTS 2: HD REMIX
Eu sei que ainda estou devendo o review sobre o primeiro KH
em HD (não pronuncie essas quatro iniciais em voz alta. É cacofonia desconcertante),
mas eu pretendo compensar essa falta com um texto mega enormemente fodido de
grande falando sobre todos os jogos de uma vez só. Prepare um novo scroll de
mouse e alguns dias livres para a prática da leitura, sente na poltrona
proibida do seu avô e aproveite o melhor que a minha mente detalhista e
incansável tem a oferecer em termos de reviews quilométricos.
E that’a all, povo. Este texto saiu de supetão em uma tarde
sem graça de sábado (minha outra opção era assistir ao primeiro episódio de Game
of Thrones...) e serviu pra comemorar o clima de retorno do Neogamer e pra
acompanhar o espírito de alguns ótimos blogs e sites que sempre estão prontos a
nos entreter, não importa quantos anos passem ou o quanto as coisas mudem.
Minha lista é mais um compromisso pessoal que assumo com
minha parte gamer (que está sendo massacrada pela minha parte colleger e pela
minha parte jobber, se é que deu pra entender), com a vantagem que foi criada
por mim mesmo (sem a intervenção direta de terceiros) e ter grandes chances de realmente ser cumprida.
Obrigado a todos que acompanham o blog. Aos que não
acompanham, saibam que estão perdendo a única e verdadeira chance de salvação
eterna, prevista nas escrituras manuscritas e não datilografadas dos antigos
povos bárbaros da primeira era taurina do ciclo setentrional do quarto mandamento reptiliano...
(brincadeirinha! Au Revoir!)
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