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sábado, 3 de janeiro de 2015

2014, 2015...

O ano de 2014 se encerrou, e o fato é que eu não me senti nem um pouco animado em fazer lista dos melhores games que eu joguei ou algo do tipo. Não que eu não goste de listas. Longe disso. Pra ser sincero, listas são o melhor recurso a pessoas desmemoriadas como eu, que só não esquecem a cabeça no assento do ônibus por causa do pescoço. É que o ano que se passou foi tão esquisito e sem um formato definido (deixo bem claro que me refiro aos games, visto que o blog não existe pra tratar de assuntos pessoais) que a vontade simplesmente não surgiu.
Mas, como o sistema vivo aberto e totalmente influenciável por estímulos externos que sou (leia-se: opiniões de terceiros), não pude deixar de notar certo clima de confraternização no tocante aos escolhidos como melhor de 2014 em alguma coisa ou Os mais qualquer coisa do ano que se passou.

As listas podem ser vistas em todos os lugares da web: no ótimo site Neogamer (que faz seu bem-vindo retorno às atividades depois de uma longa pausa pra recuperar o fôlego); no excelente, pessoal e passional site GameInformer (um site cheio de opiniões pessoais e pitorescas acerca do mundo dos games, do jeitinho particular e passional que eu tanto gosto. Recomendo o post sobre como passar pelo Farcry 4 sem dar um tiro sequer...), que infelizmente é todo em inglês; e no também excelente (e fonte de reviews para tirar a dúvida se devo adquirir um jogo ou manda-lo plantar batatas...)  Game Trailers.

Pensando no assunto, decidi não fazer uma lista dos melhores jogos que joguei em 2014, e sim uma lista com os melhores jogos que eu deixei de jogar de 2009 pra cá, quando aconteceu a compra do meu console PS3.
Seja pra fazer justiça nerd e gamer, seja para servir como um lembrete (visto que eu tenho tantos jogos que fica difícil organizar a fila e às vezes até saber se não estou comprando um título que já possuo), aqui deixo os leitores com uma breve lista (de jogos que já tenho e de jogos que estou esperando chegar pra poder jogar) dos games que pretendo conhecer melhor durante o ano que se inicia. Abaixo do texto vai um vídeo sobre ou uma curiosidade do jogo em questão.


PORTAL 2

Sim, eu sei que já joguei esse jogo. Inclusive, há dois textos sobre ele aqui no blog. Mas Portal 2 é um daqueles jogos que só é necessário jogar uma vez pra que ele fique na sua cabeça pro resto da vida, e é justamente por isso que eu sinto vontade de completá-lo (ou pelo menos tentar) mais uma vez, nem que seja só pra cumprir a promessa.
Depois de ver esse jogo sendo citado em tantas listas de melhores jogo da geração que passou (acredite, alguns sites já jogaram a toalha pelo PS3, 360, e... tem mais algum?), fica difícil resistir à tentação de acompanhar mais uma vez o ritmo esquizofrênico das jocosidades de Weathley e os sarcasmos roboticamente assustadores da IA GLaDOS.
Espero voltar a pensar com portais novamente em 2015.





TOMB RAIDER ANNIVERSARY

A saga Tomb Raider passou por maus bocados durante a era dos 128 bits. Quem acompanha a personagem desde o PSone, em sua estreia, tem uma boa noção de como a qualidade dos jogos decaíram nos lançamentos posteriores ao terceiro game. Se quiser saber tudo sobre essa franquia, recomendo os vídeos de saga do Youtuber Zangado. Seu trabalho em compilar informações e criar vídeos imensos fica melhor a cada postagem.
Desviei um pouco do assunto mas vamos lá: Tomb Raider Anniversary retirou a franquia do cemitério (perdão do trocadilho), com um remake de visuais fantásticos e com uma nova jogabilidade que fazia a Lara Croft dos jogos anteriores a ele parecer tão ágil quanto o Stephen Hawkins. E só por esse feito a Crystal Dynamics merecia o equivalente ao Nobel da paz, só que voltado aos desenvolvedores de games.
Joguei uma vez completa no PS2, mas desde que adquiri a versão remasterizada em HD para PS3, tudo que a bela caçadora de tesouros desbravou foram as ruínas empoeiradas do guarda-roupas do meu quarto. Pretendo corrigir essa injustiça... e desbravar mais alguns troféus no meio do caminho!






MASS EFFECT 3

Mass Effect 2 é um dos jogos mais bonitos já feitos em toda a história. Eu tenho mais de 20 anos de experiência com games, e estou bem familiarizado com muitos termos técnicos (do tipo Z buffering; polígonos 3D; gráficos pré-renderizados; frame rate e outras satanagens mais que vierem a sua mente), mas SIMPLESMENTE NÃO ME PERGUNTE COMO A BIOWARE CONSEGUIU ALCANÇAR AQUELE VISUAL COM A SÉRIE MASS. Não sei explicar isso. Mesmo tendo jogos com gráficos muito mais bem desenvolvidos e sólidos que ele, a série Mass Effect consegue exuberar visuais dignos de revistas de ficção científica ou pinturas do artista Moebius.
Infelizmente, o planeta Terra do nosso querido comandante Shepard (sem customização de visual, for god sake!) vem esperando pela salvação guiada pelo meu joystick há longos 2 anos (completando o terceiro agora, em março de 2015). Espero que o ano galático de 2015 traga boas notícias à Normandy e sua tripulação (literalmente) cosmopolita (e James, não adianta apelar pra sedução. Você vai ter que esperar como todo mundo...)





RED DEAD REDEPMTION

Esse também já teve post no blog. Não vou linkar. Deixe de ser preguiçoso e pesquise na barrinha lá em cima, se tiver interesse de ler. Mas o caso é que John Marston tem tanta sorte quanto seu contemporâneo de 600 anos no futuro quando o assunto é ocupar uma posição preferencial nesta imensa, caótica e burocrática instituição financeira que é a minha rotina de jogador de videogame. GTA com cavalos; imensidão sobre quatro patas; deserto de infinitas possibilidades: nenhum desses adjetivos lido por aí foi capaz de me manter sobre a sela por mais que uma semana seguida (um recorde!) com esse jogo. Enquanto não consigo fazer justiça nerd com um vídeo de gameplay desse jogo, tocando ao fundo a música A Horse with No Name (de America), pretendo fazer justiça comum dando uma nova chance a um dos jogos mais elogiados da Rockstar.





SONIC GENERATIONS

Se você vem acompanhando as recentes notícias sobre o mundo do ouriço azul, deve saber que seu novo jogo vem causando um certo barulho (de Boom!) pelos motivos totalmente errados. Aos fãs da velha guarda só resta jogar os jogos antigos ou se aventurar em Sonic Generations, uma declaração de amor aos veteranos em uma série de fases que mistura a jogabilidade do Sonic antigo (baixinho e barrigudo) com o Sonic mais moderno (mais alto, falastrão e cabeludo). Espero que os objetivos confusos, na próxima vez, não se tornem um oponente mais veloz que a minha vontade de completar o jogo.






THE LAST OF US

Sabe aquele jogo que você ouve falar em todos os lugares, não importa aonde você vá ou o que esteja fazendo? Sim, The Last of Us é um desses, e viral é a palavra perfeita pra definir o fenômeno que esse jogo representa, muito embora que o agente causador da putaria toda na história seja um fungo, não um vírus.
The Last of Us vem sendo aclamado como uma das melhores histórias já contadas em um game, deixando pra trás muitos filmes e livros do gênero (drama). E ele tem alguns dos elementos que eu mais gosto em um jogo: lindos gráficos (não finja que isso não pesa. Claro que pesa!); exploração; bom enredo; personagens carismáticos (pelo que dizem por aí) e customização de itens. Isso sem falar no stealth, recurso que eu amo de paixão em games mas ainda não encontrei nenhum que o represente com fidelidade realística. Janeiro de 2015 está aí, a compra já foi feita e só resta aos leitores esperarem pelo post com as minhas impressões (pro bem ou pro mal. Só porque são jogos indicados por terceiros não pensem que eu vou relaxar na minha rabugice pra meter o pau).




ALPHA PROTOCOL


"... sem falar no stealth, recurso que eu amo de paixão em games mas ainda não encontrei nenhum que o represente com fidelidade realística". Eu gastei muita saliva quanto podia ter substituído essa mesma frase por duas palavras: Alpha Protocol. Sim, pretendo dar mais uma chance ao RPG de espionagem da Obsidian. Em uma rápida jogada, finalmente tive paciência pra passar do tutorial e me aprofundar mais no sistema do game. E sabe do que mais? Alpha Protocol acabou se mostrando uma grata surpresa. Sei que a IA dos inimigos é injusta (se você derruba um soldado, um outro automaticamente vem pra cima de você ao avistar o corpo, mesmo que você não tenha se denunciado) mas a quantidade de habilidades é ampla, e os comandos de luta corporal são bem sólidos, assim como a animação do protagonista (bem pesadona, do jeito que eu gosto). Veremos se conseguirei frustrar os planos do Osama Bin Laden criado pela Obsidian ou se me aliarei a ele...






DRAGON AGE

Como eu adoro extremos: passando de um dos melhores visuais e expressão facial pra um dos mais toscos que eu tive a chance de jogar. Dragon Age foi adquirido por mim em 2010, quando meu suado PS3 ainda completava tenros seis ou sete meses de idade.
Eu confesso que a única coisa que eu tenho pra falar desse jogo, além do ritmo meio lento dos combates, são seus visuais toscos e esquisitões (aquela coisa de ficar sangue no rosto dos personagens é o tipo de coisa que parece bem legal quando é apenas uma ideia mas acaba gerando um efeito totalmente diferente do planejado).
Então, nada mais justo que dar uma nova chance pra um jogo aclamado como um RPG de proporções épicas por quase todo mundo que eu ouço falar (leio) dele (só pra ter uma ideia, o sempre crítico Game Trailers deu nota 9,5 pra ele...). Desejem-me sorte no mundo dos magos de sangue e NPCs bissexuais idealizado pela Bioware.








ALIEN ISOLATION

Sou fã doente dessa série. E acho que nunca vou cansar de dizer isso, não importa quanto tempo se passe. Alien é simplesmente a melhor série de terror/sci-fi já feita até hoje. Você gosta de Dead Space? Levante as mãos pros céus e agradeça a Alien. Você curte a maioria dos elementos que apareceram na série Resident Evil? Saiba que seus criadores são fãs declarados do filme. Sabe todos aqueles filmes da década de 80 e 90 que se passavam em algum lugar fechado, com uma criatura geralmente hostil que tocava o terror entre os vivos? Bom menino...
Alien Isolation recebeu notas bem mornas diante do hype que gerou (o GT deu 7,5), sendo a sua alta dificuldade e falta de checkpoints alguns dos motivos apresentados.
Após assistir a alguns vídeos (como o Alien Isolation: Vale ou não a pena jogar, do mestre louva-a-deus Zangado), não consigo me livrar da sensação de que tais queixumes partem de uma geração de analistas experientes que foram (finalmente) condicionados a aceitar jogos que pegam na mão do jogador o tempo todo, com autosaves e checkpoints a todo instante e toda hora.
Depois do mediano Alien VS Predator e do fiasco Cocolonial Marines, decidi que olharia para esse jogo com o maior olhar de desconfiança possível. Dei uma pausa na minha estratégia de “acompanhar uma obra do zero” e consultei a maior quantidade de materiais de análise possível sobre o game. Minha conclusão: SÓ VOU SABER DEPOIS DE JOGAR. Não tem jeito.

Um ambiente nada linear. Uma barra de HP que NÃO se regenera. One hit kill por parte da criatura mais agressiva do universo. Uma lição de stealth que você provavelmente não esquecerá tão cedo. Um ser feito puramente de agressividade e instintos, 90% do tempo de jogo em seu percalço, vasculhando cantos estreitos, MEMORIZANDO SUAS ROTAS DE FUGA e prestando atenção a cada passo dado e som gerado até pela sua respiração... Essas foram algumas das características que me fizeram tomar a dianteira e passar Alien Isolation à frente na fila de 2015.





RESIDENT EVIL REMAKE

Por esse aqui nem tem como eu sentir culpa por ainda não ter jogado, já que o título em questão sequer foi lançado. Resident Evil era a minha série preferida de games. Foi um jogo responsável pela repetição de um ano letivo na minha carreira escolar e vários merecidos sermões por parte dos meus familiares (tudo em excesso é prejudicial. A essa regra não há exceções, nem mesmo para zumbis...).
O remake do melhor jogo da série foi lançado apenas para Gamecube, em meados dos anos 2000. Mesmo com a quebra de exclusividade e do (excelente) port de Resident Evil 4 para PS2, Resident Evil Remake continuou a ser uma exclusividade do console da Nintendo devido a algumas questões jurídicas e contratuais. Mas, depois de acertar no alvo os juízes que precisavam ser subornados, a Cacpom nos presenteia em 2015 com o Remake do Remake, uma versão melhorada daquilo que já era perfeito. Pelo visto, me livrei do meu trauma de tubarões zumbis de 20 metros de comprimento na hora certa...





KINDGOM HEARTS 2: HD REMIX

Eu sei que ainda estou devendo o review sobre o primeiro KH em HD (não pronuncie essas quatro iniciais em voz alta. É cacofonia desconcertante), mas eu pretendo compensar essa falta com um texto mega enormemente fodido de grande falando sobre todos os jogos de uma vez só. Prepare um novo scroll de mouse e alguns dias livres para a prática da leitura, sente na poltrona proibida do seu avô e aproveite o melhor que a minha mente detalhista e incansável tem a oferecer em termos de reviews quilométricos.







E that’a all, povo. Este texto saiu de supetão em uma tarde sem graça de sábado (minha outra opção era assistir ao primeiro episódio de Game of Thrones...) e serviu pra comemorar o clima de retorno do Neogamer e pra acompanhar o espírito de alguns ótimos blogs e sites que sempre estão prontos a nos entreter, não importa quantos anos passem ou o quanto as coisas mudem.
Minha lista é mais um compromisso pessoal que assumo com minha parte gamer (que está sendo massacrada pela minha parte colleger e pela minha parte jobber, se é que deu pra entender), com a vantagem que foi criada por mim mesmo (sem a intervenção direta de terceiros) e ter grandes chances de realmente ser cumprida.

Obrigado a todos que acompanham o blog. Aos que não acompanham, saibam que estão perdendo a única e verdadeira chance de salvação eterna, prevista nas escrituras manuscritas e não datilografadas dos antigos povos bárbaros da primeira era taurina do ciclo setentrional do quarto mandamento reptiliano...


(brincadeirinha! Au Revoir!)

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