Eu sou e sempre fui um jogador de consoles. Sempre que eu
admito este fato uso o adjetivo “incorrigível” depois de “jogador”. Isso
acontece pelo fato de que, assim como muitas escolhas em nossas vidas, essa é
uma delas que traz algumas vantagens e desvantagens. É como em um daqueles
jogos de RPG em que temos que escolher um lado para apoiar: cria-se um inimigo e
um aliado ao mesmo tempo, com benefícios e privações.
O parágrafo acima não vem em tom de reclamação. Serve apenas
para reiterar a minha posição diante deste meio de entretenimento. E também
para abrir caminho para um pedido que eu gostaria de fazer, com relação aos
(possíveis) comentários do post: POR
FAVOR, NÃO ME VENHAM COM AQUELA VELHA CONVERSA DE “POR QUE VOCÊ NÃO MUDA DE VEZ
PARA O PC”?
Tendo esclarecido este pequeno detalhe, agora posso seguir
com o desenrolar das ideias que me levaram a escrever este texto.
Não entrei porque esqueci o convite na outra calça |
No dia 20 de fevereiro do corrente ano aconteceu o
Playstation Meeting, um evento exclusivo da Sony feito com o intuito de causar
frenesi em nerds fã boys que não percebem que as coisas não são mais como eram
antes. Ops! Essa era a definição não oficial do evento. Acabei “digitando sem
pensar”...
O fato é que nesse evento foi anunciado oficialmente o
novo console da Sony, o Playstation 4. Também foi mostrado o “novo” controle e
alguns demonstrações de jogos do novo aparelho rodando em tempo real. E sabe
por que eu não coloquei as palavras “em tempo real” entre aspas? Por que, dessa
vez, eu acredito totalmente que esses jogos mostrados na feira retratam a
realidade dos títulos iniciais do console.
Se impressionou com isso? É sério? |
De fato, exceto por um jogo da Capcom (que aparece um dragão
cuspindo fogo), não fiquei nem um pouco impressionado com o que vi da “nova”
geração. O motivo das aspas, espero, ficará claro com o decorrer do texto. E,
antes que alguém perca tempo tentando salientar para este fato, sim, o post vem
da ótica de UM JOGADOR DE CONSOLES ABORDANDO OS “PROBLEMAS” ATRELADOS À PRÓXIMA
LEVA DE APARELHOS.
Tendo esclarecido isso, dividi-lo-ei em alguns problemas
ou detalhes que não me agradaram nada nesse novo capítulo do incipiente
entretenimento de games.
E aí, tio: dá pra fazer 2 por 1? |
1-BLOQUEIO CONTRA
JOGOS USADOS
A ideia está longe de ser nova: há forte rumores de que os
aparelhos da nova geração não aceitarão o uso de um mesmo jogo em mais de um
aparelho. Como será feito esse controle pergunta você, que ficou em cativeiro
pelos últimos dez anos?
O procedimento é simples: através da conexão de seu aparelho
com a internet a empresa registrará a cópia de seu jogo no sistema. Uma vez que
isto aconteça, quaisquer tentativas de usar o disco em outro aparelho
resultaria em uma mensagem de aviso dizendo o seguinte: “NOT SO FAST, PILGRIM: YOU DON’T OWN THE GAME. YOU OWN THE RIGHT TO
USE THE SOFTWARE INSIDE THE DISC. FUCK YOU AND HAVE A NICE DAY”.
Certo, eu admito que viajei um pouco na minha paráfrase, até
pelo fato de que empresas como Sony e Microsoft costumam usar palavras mais
polidas e menos diretas quando querem mandar o consumidor à merda. Mas
isso não muda o fato.
Com a possibilidade de tal prática virar padrão surgem
alguns inevitáveis questionamentos: “e se meu console pifar e eu precisar
trocar de aparelho”? “Pelo quê estou pagando afinal”? “Será que a relação mais
básica do sistema capitalista (troca de mercadorias por algum tipo de moeda)
finalmente foi derrubado?” Tá, com esta última só os estudantes de
Administração devem se preocupar, confesso.
Claro, há diversos meios de garantir que o usuário possa
usufruir de seu “bem” mesmo que o console queime, como atrelar a licença do
jogo à conta do jogador e não ao aparelho (coisa que já acontece na atualidade).
Mas novos sistemas sempre trazem dúvidas e um certo nível de insegurança, além
de muito dinheiro para o bolso de multinacionais inescrupulosas...
Bem, o fato é que os rumores apontam que a Sony não adotará
esta prática, ao menos não por enquanto. Já a Microsoft não confirmou nada mas
alguns desenvolvedores e pessoas envolvidas com a mídia afirmam que a empresa
adotará essa medida já com o novo Xbox.
Eu, particularmente, acho tal postura das empresas algo
abominável e ganancioso. É querer tolher as possibilidades e os direitos dos
consumidores honestos que escolheram dar suporte a uma determinada empresa no
lugar de outra.
Também vejo neste detalhe uma boa oportunidade àquela empresa
que estiver interessada em (ao menos parecer) mostrar que se importa com a
opinião daqueles que colocam o pão em suas mesas, fazendo justamento o contrário do que a gananciosa tendência manda.
Depois de tudo isso você pergunta: “mas Shadow, e se eu
quiser jogar apenas offline, sem me conectar a internet”? É a deixa que eu
esperava para o próximo tópico.
Pros diablos essa obrigação online! |
2-OFFLINE ONLINE?
Imagine a cena (o clichê vem junto. Não consegui evitar!):
você chega em casa, cansado do trabalho. Depois de tomar banho, jantar,
socializar um pouco com sua família e ouvir meia dúzia de reclamações da sua
esposa chata que não suporta games (espero que a coisa aconteça nessa ordem
mesmo, caso contrário rezarei pela sua alma) você se prepara para jogar.
Liga o videogame, coloca o disco no aparelho e dá de cara
com uma estranha mensagem em inglês te avisando que o jogo não rodará por falta
de conexão com a internet. Algo
mais ou menos assim: “YOU LOSE IT, PLAYBOY! AN ETHERNET CABLE IS DISCONNECTED.
NO LEVELING UP FOR YOUR FALLOUT’S 4 CHARACTER TODAY…”
Algo bem parecido já foi testado com sucesso por uma tal de
Blizzard e sua criatura do inferno, Diablo 3: para jogar, mesmo na campanha
solo, o jogador precisa estar conectado todo o tempo com a internet. Uma medida
para inibir a pirataria e garantir que o investimento terá o retorno que
garantirá a vinda de um Diablo 4? Talvez, mas, E EU COM ISSO? Será que eu tenho
que pagar, mais do que já pago, por causa da incompetência das empresas em
garantir que um jogo não seja pirateado? CLARO QUE NÃO! Eu só quero gastar meu
suado dinheirinho com games e poder desfrutá-los da maneira que meu bedelho
decidir que é a melhor.
Ao menos com o Playstation 4 isso ainda está longe de
acontecer, já que a Sony jura de pés juntos que o novo console não terá este
tipo de exigência para funcionar. Palavra do próprio Jack Tretton, presidente
da SCEA. Questionado a esse respeito por Michael Pachter do site Game Trailers,
o sujeito garantiu que os jogos do console não demandarão tal conexão. Ele
garante também que o PS4 virá com um leitor de discos. Discos em blu-ray, pra
ser mais exato, que descartam os rumores de que o console abandonaria o uso de
mídias físicas de armazenamento para dar lugar, de forma prioritária, aos jogos
digitais. E isso abre espaço para o próximo tópico.
Tudo eu, tudo eu... |
3-NUVEM DE ILUSÕES
Durante todo o mês de fevereiro várias notícias a respeito
do PS4 e do novo Xbox surgiram na imprensa de games. Uma delas me chamou muita
atenção: a de que TODOS os jogos do PS4 serão lançados em suas versões
digitais, por download.
E digo que isso é muito bom. Não só é algo bom como é uma
tendência impossível de se esquivar.
Mesmo o mais ferrenho colecionador de jogos antigos (ou
novos), se quiser continuar a jogar videogames, terá que se acostumar com o
fato de que OS DISCOS DE JOGOS ESTÃO COM SEUS DIAS CONTADOS. E o que eu acho
disso? Bem...
Minhas experiências com essa relação de jogos digitais foram bastante tranquilas. É muito
bom poder jogar um jogo que está armazenado no HD do seu aparelho sem precisar
se levantar para trocar ou guardar o disco no final da partida. Só preciso dizer que, se todos os meus jogos
de PS3 fossem digitais, não teria passado pelo problema que tive no final do ano passado. O problema, como sempre, reside em tirar do
consumidor a opção de optar por um outro modelo de distribuição.
Vejamos o que acontece, atualmente, com quem adquire jogos
digitais pela rede PSN: você escolhe um jogo; adiciona créditos a sua carteira
virtual na loja da PSN; compra o jogo e inicia o download. O problema, a meu
ver, começa justamente aqui: qual deveria ser a vantagem, para o consumidor, de
adquirir um game sem manual, disco ou todas as outras coisas que são padrão na
aquisição física de um jogo? Um prêmio para quem respondeu “preço beeeeeem mais
baixo que o de costume”. E é isso que acontece? Claro que não...
Um jogo digital de lançamento costuma custar U$59,00, ao
passo que o mesmo jogo em mídia física custa em torno de... U$59,00? O que
raios acontece neste caso? Onde está toda aquela conversa de “menos custo com
transporte; zero de custo com impressão de manual e fabricação de discos”? Será
que é justo eu pagar o mesmo valor por algo que nem vou possuir de verdade? E
outra: ESTOU USANDO A CONEXÃO QUE EU PAGO PARA FAZER O DOWNLOAD. Por que a
empresa não dá um jeito de compensar o comprador por causa disso? Para tentar
responder estas perguntas vou fazer um resumo da relação compra e venda de um
jogo digital pela PSN. Você:
Se sentindo um completo otário? |
1-paga caro por algo que nem vai possuir;
2-gasta recursos próprios apenas para anular os gastos da
empresa com transporte;
3-utiliza o próprio espaço em HD para armazenar o jogo
baixado (sim filhinho: a ideia de armazenamento em nuvem do PS3 é uma ilusão,
visto que quem arca com a questão do espaço de armazenamento é VOCÊ, não a
fornecedora do game);
4-não pode usar o jogo no aparelho que bem entender (eu não
comprei a licença do software? Por que não tenho o direito de usá-lo onde
desejar?);
5-e ainda sai se achando na crista da onda cibernética, pois
discos são coisa de gente velha e insegura que gosta de amontoar porcarias em
casa.
Em que planeta pagar mais é melhor? |
4- IS THE WORLD MY OYSTER?
A Microsft, uma experiente empresa do ramo de sistemas
operacionais para PCs, saiu muito na frente do PS3 com seu Xbox 360. E como ela
fez isso? Usando o know-how que possuía com PCs e trazendo isso para o seu
segundo console, visto que o primeiro foi apenas um teste de mercado para
analisar os consumidores (sim, amigo xboxista: o seu primeiro Xbox foi o
questionário de pesquisas mais caro pelo qual você já teve que pagar. Duvida
disso? Então é só se lembrar do abandono que a empresa demonstrou aos
compradores da primeira caixa preta depois do anúncio do novo aparelho).
A Xbox Live, rede do console que liga os jogadores ao redor
do mundo, foi um completo sucesso, principalmente entre os usuários americanos.
Exceto por um pequeno detalhe: ela é paga.
A Sony demonstrou seu talento nato em “se inspirar no que
deu certo” e lançou a PSN, uma rede totalmente gratuita que permite aos
jogadores baixarem demos de games, trailers, acompanhar notícias e aproveitar o
conteúdo online de todos os títulos do console. Tudo isso e ainda participar de
uma rede social entre jogadores sem desembolsar um tostão sequer. Isso até o
final de 2013...
Com o PS4 a Sony ataca de PSWorld: o mesmo serviço ruim. As
mesmas desvantagens. As mesmas vantagens, só que agora pago.
O diferencial do qual a Sony tanto se gabava vai por água
abaixo. O que acontecerá aos usuários da PSN gratuita após o lançamento do PS4?
Só japoneses engravatados sabem a resposta
A Sony já tentou implementar o sistema pago na PSN, com a
sua infame PSN Plus: um serviço pago que dá direito a descontos (risíveis) e
certas regalias a usuários dispostos a pagar um certo valor de mensalidade. O
problema é que agora, mais uma vez, a escolha é retirada do consumidor. E essa
postura nunca é sinal de coisa boa vindo de uma empresa.
MOTIVOS PELOS QUAIS
NÃO ESTOU NEM UM POUCO ANSIOSO PARA TER UM NOVO CONSOLE
Humph! Eu esperava rugas mais enrugadas... |
Eu já vi isso antes, há uns oito anos com o lançamento do
Xbox 360: jogos portados de uma geração atrás; lançamento premeditado; falso
hype por parte da imprensa e de alguns consumidores; jogos aquém do esperado;
curto espaço de tempo entre o anúncio e o lançamento...
Tudo isso, a meu ver, são indícios de que a Sony não tem a
mínima ideia do que está fazendo com o seu novo console.
As promessas são muitas, mas acho que empresas de videogame
não são lá muito famosas por conseguirem manter as suas promessas. É só se
lembrar qual era o discurso da Sony no lançamento do PS3: o de que o console
teria uma vida-útil de 10 anos. Corrija-me se eu estiver errado mas, na minha cabeça, 2006 + 10 anos deveria ser igual a 2016, não 2013...
Claro, diante de um panorama completamente diferente, seria
um suicídio mercadológico manter uma promessa apenas para não quebra-la, mas
esse é mais um indício de que a empresa não sabia do que estava falando na
época e, provavelmente, não tem a mínima ideia do que está dizendo agora. Esse PS4, ao meu ver, não passa de um console intermediário (como os da Nintendo) que só vem para testar a reação dos consumidores. Que tal fazer uma pesquisa de VOx Populi antes de torrar milhões no lançamento de um console?
Tomara que esse não quebre tão fácil... |
No mundo dos games, principalmente no dos consoles, nem tudo
são um mar de rosas. Mas nem tudo são espinhos também.
As promessas da Sony (com relação aos jogos usados e
jogatina offline) seriam pra valer ou ela está apenas dizendo o que os
consumidores querem ouvir no momento? Por enquanto não podemos afirmar nada,
mas acho que em algumas coisas a empresa acertou:
1-o controle do PS4 não será muito diferente do anterior.
Para aqueles que não aguentam mais um joystick de quase vinte anos de idade isso não chega a ser uma sentença de morte. Mas a maioria dos jogadores têm o
controle criado pela Sony como o joystick definitivo para jogar videogame. Eu
fico com o meio-termo: ele é ótimo para algumas coisas (empunhadura; design;
peso; duração da bateria) e horrendo para outras (alavancas analógicas; botões
de gatilho chupados da Microsoft; botões pequenos e ruins de pressionar;
durabilidade geral);
2-o PS4 não será tão mais potente que o seu antecessor. E
sim, eu acho que isso é uma coisa boa.
A Sony vem demonstrando uma postura arrogante ao achar que
basta chegar arrotando com um hardware de ponta e vários recursos os quais
ninguém usa que as desenvolvedoras (e os gamers) virão abanando o rabo e se curvando
diante da superioridade do seu console.
Os jogos casuais estão aí para provar isto: jogador de
videogame só quer se divertir com bons jogos. Ele não se importa muito se o novo modelo
poligonal da Lara Croft contará com 10 milhões a mais de polígonos que nas
outras versões do jogo.
As especificações do PS4 eu desconheço. O que li, por alto,
é que ele não terá um processador tão superior ao do PS3, mas contará com bem
mais memória que o PS3 e até com mais memória que o apelidado de Xbox 720. E
isso é muito bom.
Durante toda essa geração os jogadores de PS3 sofreram com
conversões de jogos que rodavam com maior fluência nos PCs (claro, o PS3 tem
hardware de 2005. Não tem como comparar) e apresentavam tempos de carregamento
bem maiores no console preto da Sony.
Jogar um Fallout New Vegas com gráficos de um God of War 3 e
zero de telas de load é um sonho cada vez mais próximo...
3-o PS4 ainda contará com um leitor de discos.
Mesmo anunciando que os jogos de PS3 não funcionarão no PS4
(sejam físicos ou digitais), a existência de um leitor de Blu-ray é um indício
de que a Sony tem ciência de que nem todos os consumidores estão preparados
para a total extinção de meios físicos de armazenamento de jogos. Se isto é uma
tendência, que venha de forma comedida e respeitando os direitos e desejos
daqueles que mantém a engrenagem da indústria girando. Edições de colecionador
são uma boa alternativa para quem ainda não está disposto a abrir mão da sua
coleção de jogos...
4-a PSN será paga.
Sim, isso é algo que não vejo com bons olhos. Mas é fato:
quem consegue algo de graça vai resistir à ideia de ter que pagar por esta
mesma coisa, mesmo que o valor seja justo. É só ver o caso de jogos pirateados
e originais.
Então, se a PSN passar a ser paga mas o resultado final
estiver a contento, posso dizer que pagarei de bom grado pelo serviço.
Desculpa mas ainda não bateu AQUELA vontade de vender um rim pra comprar o console... |
Por que será que eu não estou nem um pouco empolgado com o
lançamento de novos consoles? Será que é porque estou cansado de ouvir a mesma
coisa toda vez? Ou será que são as promessas nunca cumpridas? Deve ser um misto
de tudo isso e mais um pouco que não consigo me lembrar no exato momento,
aliados ao fator “friozinho na barriga” que toda mudança costuma causar...
A impressão que tenho é que estamos diante de uma indústria
imatura, gananciosa e prepotente que não se contenta com os lucros exorbitantes
que obtém a cada ano. Também não se contenta em estar à frente de vários outros
meios de entretenimento (em lucro) e faz o que pode para tirar direitos do
consumidor em prol de maiores ganhos.
Mas isso é fato: os meios de negócio mudaram. A idade dos
jogadores também mudou e algumas coisas não poderão mais ser como eram antes.
Ao menos não vou ter mais tanto trabalho para sacudir a
poeira dos meus jogos...
Au Revoir!
Boa Tarde
ResponderExcluirAdorei seu blog material muito interessante parabéns, estou seguindo seu blog se puder seguir de volta também Obrigado
http://eternamentedigital.blogspot.com.br/
Att. Rodrigo Marin Ferreira
Fala rapaz, como seu que você adora um Shadowrun das antigas, segue o link http://jovemnerd.ig.com.br/jovem-nerd-news/games/primeiras-imagens-de-shadowrun-returns/
ResponderExcluirCaso não lembre, a kickstarter fez um projeto a dois anos de arrecadação de doações para fazerem game novo, acumularam uma boa grana e tinha iniciado o projeto, este vídeo ja tem os alfa test. Parece que será bacana, nada de épico, talvez por que a jogabilidade não permita muito, é bem cedo para falar, mas foi o que reparei em primeiro momento.
eu acho que esse projeto é bem antigo, Rodrigo. sim, eu sou muito fã do Shadowrun dos SNES mas em geral eu não corro muito atrás desse tipo de projeto pois vc acaba criando expectativas altas. às vezes o jogo nem chega a ser lançado e nós ficamos a ver navios, como o The Last Guardian.
ExcluirConcordo, também acho que esse Ps4 não será tããããão melhor assim que o Ps3. Pra mim está mais que escancarada uma obrigação mercadológica em rivalizar com a Microsoft(essa sim eu acredito que tenha algo mais relevante a mostrar c/ seu novo console).
ResponderExcluirDiscordo totalmente do lance de aceitar uma PSN paga mensalmente, por melhor que seja. Já basta gastar com jogos, internet, controles, DLCs, manutenção, etc. Eu pessoalmente não pagarei de maneira alguma por um serviço orginalmente gratuito e que agora, do nada, quer cobrar simplesmente pq a Sony acha que o cuzinho ainda não está tão entupido de grana. Foda-se, se decidiu bancar a parada, que cumpra a promessa até o fim, pois inclusive a garantia de gratuidade da PSN deve ter pesado bastante na decisão de muitos entre comprar um Ps3 e um Xbox!
Vou boicotar MESMO, não importa se serei um dos poucos ou se perderei muitas vantagens.
Daqui a pouco vão querer cobrar créditos por cada vez que loadear um jogo (seu)...
(Ítalo Patrocínio)
a sua revolta é compreensível, Ítalo, mas é o mesmo caso dos que não aceitam a transição de discos para jogos digitais: você gostando ou não terá que se adaptar para poder jogar. se isso valerá a pena ou não, é cada consumidor que deve decidir...
ResponderExcluirAmigo Shadow, acredito que este texto tenha sido escrito muito mais na revolta de um nostálgico apaixonado do que na razão.
ResponderExcluirPrimeiro que o controle vai melhorar, só pelo fato de tirar o semi-inútil select e ter analógicos CÔNCAVOS. É um saco estar numa perseguição de Sleeping Dogs e escorregar o dedo do botão. Os gatilhos (sugados ou não do Xbox) vão responder melhor ao nível de pressão que tu aplicar (aceleradores decentes nos jogos de corrida). Pra que mudar algo além disso?
Depois que os jogos digitais, ao menos no PC, tem um desconto enorme. A Steam dá descontos de 75% à torto e a direito (menos nos jogos da Bethesda, infelizmente). Ok, pode ser diferente, porque PC's são diferentes mesmo (os gráficos são melhores, a conexão com a internet é melhor, os loadings são menores e, mesmo assim, o jogo é 2x mais barato que a versão de console), mas acredito que seja uma boa a história de versões digitais dos jogos. No gog.com tu compra o jogo e vem junto com os artbooks, guias, manuais, trilhas e até algumas capas dos CD's pra baixar. É diferente de ter o produto na mão, mas se o preço for melhor, não vejo por que não aderir.
O armazenamento em nuvens é só pra os saves. Lembra quando guardávamos tudo em um memory card de UM MEGA BYTE? 4 slots de Gran Turismo 2. Pois é, agora vão ser 20gb de GTA IV no HD pro jogo, mas os 5gb de save game vão ficar na nuvem, dando espaço pra mais um joguinho no HD.
Sobre o PS4 não ser tão mais potente que o PS3, acho que tu está olhando de uma ótica errada. Os gráficos não vão mudar muito, mas o motor vai ser melhor pra rodar os jogos de uma maneira melhor. Dead Rising e Disnaty Warriors vão poder colocar trilhões de inimigos na tela ao mesmo tempo sem queda de frames. Elder Scrolls e Fallout não vão precisar fazer um load por porta aberta, tendo um mundo gigantesco sempre carregado. Acho que esse vai ser a maior evolução dos novos motores. (Na demonstração do PS4, segundo o site kotaku.com.br, foi utilizado um PC com hardwares "parecidos" com os que vão ter no PS4, mas acredito que o PS4 vai ser sim um bom videogame).
A vida útil do PS2 foi até o ano passado, não acabou em 2006 com a chegada do PS3. Foram 12 anos no mercado. Apesar de God of War 2 ter sido considerado o último jogo do PS2, PES 2013 chegou a ser lançado pra PS2. Ou seja, a vida do PS3 não acaba em 2013/2014. Se prometeram 10 anos, é muito provável que o PS3 continue PELO MENOS até 2016, o próprio Diablo 3 já foi anunciado para PS3 junto com o PS4. PS3 não acabou!
Acredito também que os jogos estarem sempre online e os códigos pra não deixarem os jogos serem usados em outros consoles não vai durar. A EA já tomou o penalti com o novo Sim City, chegou até a dar jogo de graça pela cagada que fez. ACHO que essa ideia não vai vingar, mas é quase compreensível, uma vez que as empresas tem que driblar a pirataria.
Eu particularmente não me empolguei muito com o PS4, acredito que o PS3/Xbox360 foi "a última" geração de videogames. Vai chegar uma hora que tudo vai ser canalizado pro PC. Então entendo tua raiva, amigo. Mas acredito que a gente tem que ser otimista.
não, camarada. o texto não foi escrito por impulso ou baseado em raiva (até porque raiva não duraria tanto, por causa do tamanho do texto. sempre tento fazer o texto ficar enxuto mas nunca consigo. nunca consigo mesmo...). se eu fosse nostálgico ou sonysta (como alguns acham) eu nem chegaria a escrever tal artigo com teor negativo a respeito do novo console. até porque o texto não é exclusivo para o console da Sony. é sobre a "geração". falo mais do PS4 pelo fato de eu conhecer mais a fundo o PS3. mas vamos por partes:
ResponderExcluir1-caso você não tenha percebido, o exemplo do controle eu coloquei na parte das coisas que eu concordei na conferência da Sony. eu acho que qualquer mudança em um controle que ainda usa um design de 20 anos é bem-vinda. o que eu considero desprezível é uma empresa abandonar o projeto de um controle que nem chegou a ser testado apenas por causa do mimimi de jogadores mimados;
2-não tenho problema nenhum com aquisição de mídia digital. se você leu o post que eu coloquei no link deve ter percebido que eu não fiz nenhuma queixa a esse respeito. o problema é a velha ganância de querer se livrar de todos os problemas de pirataria, distribuição e afins e ainda querer cobrar quase o mesmo preço. políticas como a do Steam e Gog ainda são um sonho distante quando se fala em consoles;
3-a vida útil do Ps2 não acabou no ano passado. o console PAROU DE SER FABRICADO NO ANO PASSADO. não confunda as coisas. a vida útil do PS2 acabou em 2007. o que importa são os lançamentos, não se o console ainda está em voga. em países atrasados (como Cuba) ou em casos como no Japão, um console como o Nintendinho ainda está em voga (e em uso) até os dias de hoje. nem por isso podemos dizer que a vida útil dele terminou em 2012.
sim, reitero a minha opinião de que a Sony não tinha a menor ideia do que estava dizendo quando prometeu uma vida útil dobrada para o PS3.
4-sobre a exigência online, também acho que essa moda não vai pegar, ao menos não agora. a empresa sempre tem que prover meios do consumidor conseguir usufruir do produto pelo qual pagou, não importa se a sua conexão caiu, seu modem quebrou, seu provedor sofreu um ataque terrorista...
eu não me empolguei com o PS4 pelo simples fato de que a sony não mostrou nada que causasse empolgação. depois de anos jogando games, lendo revistas sobre feiras como E3 e acompanhando toda essa novela de nova geração de perto, fica difícil acreditar nessas promessas de transição de geração. só os mais inexperientes e mais deslumbrados é que ficam todos atiçados por causa de um console novo. é só olhar pros fiascos portáteis que a sony jogou nos consumidores nesses anos: PSP (ótimo hardware com pouquíssimas opções de software); PSP Go (até hoje estou tentando entender qual piada a Sony estava tentando contar com esse aqui) e PSVita (tecnologia alien com a incrível capacidade de gerar ótimos ports de PS3).
ser realista é sempre melhor que ser otimista. ao menos, sendo assim, é possível colher os bons frutos de forma comedida e se preparar de forma sóbria para os problemas vindouros.