Depois de um save de mais de cinquenta horas e muitas aventuras espaciais na pele de Shepard
Eu já havia experimentado o começo desse jogo através da
demo, mesmo sem ter terminado o segundo na ocasião. Agora (pra ser mais exato,
anteontem), depois do lacre ser rompido, iniciei aquela que promete ser a
última jornada de Shepard. Bem, se não prometeram isso é bom, pois eu não quero
que Mass Effect acabe nem tão cedo. E como diria a bruxa do Pica-pau: lá vamos
nós!
Gráficos
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Você é linda... mais que demais... |
Isso parece ser um clichê dos mais utilizados, mas neste
caso é a mais pura verdade: Mass Effect 3 consegue ser ainda mais bonito que o
segundo. E isso não é falácia de jogador deslumbrado com o brinquedo mais novo.
O terceiro jogo está ainda mais bonito do que você está acostumado a ver na
série. Claro, a diferença não é tão grande (até porque os jogadores de PS3 já
estavam mais que acostumados a este “novo” motor gráfico), mas tudo está mais
bonito no geral e as cenas de história são deslumbrantes. Discorda? Limpe os
óculos e preste atenção à tela de loading, por exemplo.
Sobre esse tópico não há muito sobre o que discorrer.
Assista a vídeos, se ainda estiver em dúvida sobre a qualidade da série, e veja
por si mesmo. Mas vou logo avisando que é como o pôr do sol: ao vivo é mais
emocionante.
SOM
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Laser que se preze tem que fazer "VROOOMMM" |
Diabos! Pra quê você quer saber sobre o som do jogo em um
texto de primeiras impressões? Bem, o fato é que há algo a ser dito
sobre isso: achei o áudio de ME3 muito baixo. Fuçando nas opções de som,
descobri que há um recurso (ativado por padrão) chamado Dynamic Range, que
torna o áudio mais “realista” e menos alto. Tem uma opção pra deixar
tudo como era antes, mas não testei.
Outra coisa: acredito que mudaram o dublador de Shepard, pois
estou achando o tom de sua voz um pouco diferente. Nada que estrague, mas ficou
essa impressão.
História
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Vai aproveitando enquanto pode... |
O enredo do jogo continua tão bom quanto o de seu
predecessor. Claro, algo mais do que esperado. Mas o que me impressionou
bastante é a forma como esse jogo consegue ser mil vezes mais interessante logo
no começo que o ME2. Não há tempo para blá blá blá. O jogo começa e você já
está no clima dos eventos finais de ME2.
O peso narrativo do jogo parece estar ainda melhor, como na
cena do moleque no final da primeira sequência: assustador, triste e impactante
(assim como deve ser um inimigo que está preparado para exterminar todos os organismos
biológicos do universo), nos deixando quase que na obrigação de
compartilhar do mesmo sentimento de ódio que Shepard passa a sentir pelos
Reapers dali pra frente.
Não perca muito tempo lendo sobre a história de Mass Effect
3. Vá jogar e descubra por conta própria.
GAMEPLAY,
JOGABILIDADE E OUTROS SINÔNIMOS DESNECESSÁRIOS
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Muito bom. Atirar em ME3 é mais que bom! |
Para não tornar o texto muito longo (to querendo acabar logo
pra jogar. Sim, ME3 causa esse velho sentimento em você. Pode acreditar),
vou resumir as minhas primeiras impressões sobre a jogabilidade desse jogo: A
EQUIPE DE ME3 PARECE TER LIDO O MEU TEXTO “TENTANDO GOSTAR DE ME2” E ACATADO
CADA SUGESTÃO QUE EU DEI SOBRE O JOGO.
Pretensões a parte, se você leu o texto está familiarizado com os meus
queixumes sobre ME2. No terceiro, tudo parece ter sido consertado. Uma breve
lista:
COMBATE: não sei
se era por causa da inexperiência e estranheza de primeira viagem, mas eu odiava o combate de ME2.
Mesmo tendo mudado pra melhor a minha opinião sobre ele, ainda não acho muita
graça no combate daquele jogo. Mas no ME3, tudo foi consertado.
As armas têm impacto de armas “de verdade”; os poderes são
dinâmicos e muito prazerosos de usar; NÃO HÁ LIMITE DE CORRIDA (os deuses
astronautas devem ter atendido as minhas preces, pois só eles sabem o quão era
sem sentido um cara que foi reconstruído e melhorado geneticamente não
CONSEGUIR CORRER POR MALDITOS DEZ SEGUNDOS SEGUIDOS!);
-Pode parecer um detalhe
bobo, mas o cursor usado para escolher opções de diálogos não dá uma de João
Bobo nesse jogo (ele fica no lugar em que você deixar, sem precisar ficar
segurando naquela direção).
Estou meio que perdido, pois todas as minhas queixas se
resumiam ao combate em
geral. Mas vou tentar organizar as ideias: lembra quando você estava
com um rifle sniper e tentava atirar sem recarregá-lo (vamos lá... admita que isso também acontecia com você,
senão eu vou ficar me sentindo o maior looser achando que só eu cometia esse
erro)? Aqui, quando você segura o botão de mira, Shepard PRIMEIRO RECARREGA A
ARMA, para depois atirar, evitando que o “ônibus passe lotado” e você (eu...) fique com
cara de bobo.
-Quando você soltava um poder com um dos ajudantes, era
necessário ficar ativando a Roda de Poderes para saber se ele já havia
recarregado. Agora, uma barra fica ao lado do rosto do personagem em questão. Não é
simples e ao mesmo tempo brilhante?
-Durante a missão (a, pois ainda estou na primeira), os NPCs
ajudantes não ficam mais duros como uma árvore apontando uma arma. Eles têm
Idle Animation, com direito a suspiros e movimentação de tronco e membros.
-Uma coisa que eu não gostei muito foi a mudança no cursor:
ele não mais mostra itens e objetivos de longe, te forçando a ir pessoalmente
aos lugares para não perder nada de importante. O lado bom disso é que a
exploração passa a ser mais incentivada dessa forma, falta essa que era um enorme fator negativo no segundo jogo.
Ainda sobre exploração de cenários (que aliás, estão lindos
como sempre, com direito a “lanterninha e escuridão” no melhor estilo Dead Space),
percebi uma sutil tentativa de implantar mecânicas novas de jogabilidade quanto
aos cenários e obstáculos encontrados: em uma parte, somos obrigados a descer
um elevador de carga para que um carro (muito parecido com aqueles tanques do
filme Aliens) sirva de plataforma de pulo. Interessante... Veremos até onde
isso será explorado no decorrer do jogo.
-Shepard ganha XP com tudo. Desde a leitura de um
texto relevante à missão até a coleta de um reles Medigel. Isso é muito
recompensador, e deixa ME ainda mais perto do RPG que ele clama ser.
-A mira está muito rápida, mesmo na configuração Slow.
Fuçando pelas telas de upgrade, me deparei com um recurso para melhorar a precisão
do personagem X com a arma Y. Estaria explicado o problema?
-Falando em upgrades, a tela de habilidades continua a
mesma. Mas os elementos de RPG estão mais fortes, com caminhos (a la Diablo 2) a serem seguidos
dependendo dos pontos gastos.
Bem, esses são alguns dos detalhes que “capturei” na minha
primeira hora de Mass Effect 3. Com certeza, um jogão dos melhores: refinado;
melhorado e todos os ados que você puder se lembrar. A prova cabal de que a
Bioware dá ouvidos aos seus consumidores e tem a clara intenção de melhorar
aquilo que oferece aos fãs de suas séries.
Agora me deem licença, pois eu tenho um universo para
salvar da aniquilação.
Au Revoir!