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sábado, 10 de março de 2012

KARA














Os jogos de videogame têm um efeito engraçado sobre mim. Por mais desanimado; por menos tempo ou paciência que eu tenha para me dedicar a eles, sempre acontece algo que me faz refletir sobre a indústria, os rumos que a mesma anda tomando e como os games podem assumir o papel de vetor da arte e do conhecimento.

David Cage, diretor e mente principal por trás de grandes sucessos como Indigo Profecy e (o mais atual) Heavy Rain, dessa vez, decide nos dar um “aperitivo” do que será mostrado nos futuros trabalhos da empresa: Kara.
Não se trata de um jogo propriamente dito, segundo o próprio Cage, e sim uma demonstração de novas técnicas de animação e formas de aplicar mais emoção a personagens feitos em computação.

Decididos a melhorar (ainda mais) o ótimo trabalho apresentado em Heavy Rain, o time da Quantic Dream nos apresenta a montagem de Kara, uma robô que foge um pouco dos padrões da própria série e acaba saindo “perfeita” até demais. Algo bem parecido com o que vimos no filme I.A, Inteligência Artificial (sem o dramalhão e os neons cafonas, espero). Assista ao trailer:



A promessa é de que tudo roda “ao vivo”, com base nas especificações do PS3. Mas não é isso que me chama a atenção. O que mais me surpreendeu em Kara foi a sua capacidade de emocionar e fazer o espectador refletir sobre o valor da vida (mesmo a artificial). É meio difícil não se sensibilizar com o apelo de Kara (que remete aos contos de robôs de Isaac Asimov), ou com sua bela performance em japonês.
A pequena robô, por meio do melhor que um hardware de seis anos de idade pode oferecer, consegue colocar sentimento em atos simples e nos cativa com suas belas formas e gestos graciosos (mesmo em face do desespero do risco à própria “vida”).
Novamente, segundo Cage, Kara foi criada no ano passado, através de um motor gráfico que já foi aperfeiçoado e otimizado. Então, parafraseando o próprio Cage, os jogadores podem esperar por muito mais.
Infelizmente, Kara (ao menos por enquanto) é apenas uma personagem de demonstração, sem nenhuma pretensão de se tornar um game de facto. É uma pena, pois o tema “emoções humanas em androids” nunca foi muito bem explorado em games, e um bom roteirista como David Cage poderia contar histórias muito interessantes a esse respeito.
A nós, jogadores, resta esperar e conter a curiosidade sobre o próximo passo da Quantic Dream. Será que veremos um jogo de tiro em primeira pessoa baseado no universo cyberpunk? Ou algo mais voltado ao estilo de Portal 1 e 2? Talvez um conto policial sobre assassinatos, robôs e universo cyberpunk? Ou, quem sabe, uma mistura de tudo isso? Mas, como disse anteriormente, a nós jogadores, só nos resta esperar.

Au Revoir!

6 comentários:

  1. Eu fiquei absolutamente encantada por Kara, queria muito que se tornasse um jogo.

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    1. ela é bem cativante mesmo. se a ideia da Quantic Dream era testar o apelo emocional da sua nova ferramenta de animação, não precisa mais se preocupar. ela me lembra Elizabeth, de Bioshock Infinte, pelo forte apelo emocional e ótima dublagem.

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  2. Demonstrações como essa são legais, mas no final o que sobra é uma câmera sobre os ombros e uma arma na mão. Estou de saco cheio dos títulos AAA.

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    1. Nem tanto, Fernando. Você jogou Heavy Rain? nos únicos momentos em que vc segura uma arma de fogo, pode crer que eles vão ficar na sua memória enquanto jogar o jogo, pois vc vai ficar pensando na forma como interagiu com os personagens. David Cage é um dos melhores roteiristas de games. dificilmente ele vai criar uma ferramenta dessas (junto com sua equipe, claro) pra lançar mais um FPS sem personalidade. Foi o mesmo caso do Bioshock.

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  3. Muito bom o vídeo. Sobre o Heavy Rain eu gostei, não muito devido alguns erros de "direção" (está mais para um filme mesmo). Mas a esperiência com aquele "jogo" é única! Mistura um horror psicológico e depressivo(vendo pelo lado do Ethan), um mundo de dúvidas (vendo pelo lado do Normam), o efeito que problemas reais podem causar em uma pessoa (vendo pelo lado do Scott) o único ponto que não me convenci e achei um tanto que sem função foi da Madison, peça importante mas não me aprofundei naquela personagem, achei descartável. Enfim, por uma esperiência como a do Heavy Rain eu vejo que este novo projeto do Cage será um sucesso, em qualidade não em venda claro.
    Falando da parte tecnológica que vi no vídeo, o motor gráfico é simplesmente impressionante, cara você vê efeitos que muitos jogos bem detalhados como Heavy Rain, Resident 5 que mesmo antigo tem um gráfico de personagem muito bom, Máfia II e outros e isso prova que os consoles de hoje que logo serão extintos tem muito gás, mas o capital que manda né, então logo viram novos consoles.

    Não sei se alguem conhece os romancês policiais de Agatha Cristie, eu adoro os livros que esta senhora escreveu, desde Murder of Rorger Arkoyd de 1920 até muitos outros de hoje em dia, Heavy Rain é uma obra que me lembra muito os livros da Agatha, espero um dia ainda ver um jogo com aquele Romancê policial que tem nos livros da Agatha, L.A. Noire foi o mais perto que vi e mesmo assim muito longe. Para que fique claro e não pareça que fugi do assunto do post, espero que jogos baseados em obras tenham um espaço maior na industria de jogos, Cage foi a porta de entrada com heavy Rain, e vendo a apresentação de Kara da para esperar um próximo lançamento que parte para o romancê também, assim como Heavy Rain.

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    1. Correção: ....., desde Murder of Roger Arkoyd de 1920 até muitos outros até 1975 (ano do ultimo livro lançado).,....

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