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sábado, 4 de fevereiro de 2012

CARMA DE DRAGÃO

Eu já havia ouvido falar de Dragon’s Dogma durante uma das minhas visitas a portais de notícias sobre games, como Game Trailers ou IGN. Pelo que tinha sido mostrado até agora, ele não passava de mais um “wanna be” Skyrim da indústria dos jogos eletrônicos, em minha opinião. Pouco interesse no jogo foi despertado em minha pessoa, e nem cheguei a me informar sobre dados básicos do título, como Publisher (desculpem, mas não consigo um termo melhor que o original) e desenvolvedora.

Como todos sabem, Resident Evil 6 foi anunciado dia 19 de janeiro do corrente ano. Com o anúncio, nada de teaser trailer de trinta segundos ou uma foto obscura de um protagonista misterioso. Nada disso. Foi liberado um trailer de aproximadamente três minutos mostrando detalhes cruciais acerca do blockbuster da Capcom. Até ai, tudo bem.
Não satisfeita em atiçar a curiosidade e ansiedade dos fãs da série a Capcom, ainda no mês de janeiro, anunciou a data do lançamento da demo de Resident Evil 6: julho de 2012. Ou seja, você poderá colocar as mãos em um dos jogos mais aguardados do ano quatro meses antes do esperado. E o melhor é que é de graça. Espere aí. Há algo de errado nessa frase. A Capcom, dando algo de graça? Duvido que eu esteja vivo pra ver algo do tipo acontecer.



Dragon’s Dogma será lançado em 25 de maio de 2012 e, junto com ele, uma demo do tão aguardado Resident Evil 6. O que há de errado, então, na divulgação de uma demo de jogo em outro título da mesma empresa? Se você acompanha as notícias, sabe que Resident Evil 6 não será o único jogo da franquia a ser lançado neste ano. Operation Racoon City (voltado para o multiplayer) sai agora, em março. E, como foi muito bem observado pelo site IGN, por que raios a Capcom não lança a demo de Resident Evil 6 em um jogo da mesma franquia? A resposta é bem óbvia e simples: para alavancar as vendas de seu novo título. Essa artimanha não é de hoje. Várias demos de jogos de peso, no passado, eram lançadas junto com games menores para direcionar os holofotes para as novas crias das empresas. Um exemplo que me vem à cabeça agora é o Final Fantasy 8, que teve sua demo lançada com Brave Fencer Musashi. Ambos os jogos de PS1 são da antiga Square que, sinceramente, não precisava desse tipo de artifício para divulgar um jogo com Final Fantasy no título (ao menos naquela época, quando a empresa não precisava lançar trailers e mais trailers sobre o jogo, praticamente implorando aos fãs decepcionados para darem mais uma chance à quase falecida franquia).
A atitude da Square podia ser encarada como um bônus ao jogador. A da Capcom vai bem mais baixo.

Dragon’s Dogma vem para, claramente, tentar ocupar um nicho de mercado aberto por jogos como Skyrim: mundo aberto (sandbox) cheio de dragões. Se você leu o post sobre as capas de jogos (em especial, a parte sobre Lost Planet 2), deve ter uma ideia da minha impressão a respeito desse jogo: guerreiro genérico enfrenta dragão genérico.


Guerreiro genérico: mesmo princípio ativo e mais barato


Óbvio, um jogo não pode ser julgado pela sua capa, mas pare pra pensar: Dragon’s Dogma não é produto de anos de dedicação à realização de um sonho (como Morrowind, Oblivion e Skyrim). Ele está mais para uma jogada de mercado para observar a tolerância dos jogadores a mais um subproduto de Skyrim. Um teste. Uma análise de estatísticas financeiras. Um golpe extremamente baixo, desferido contra os fãs desesperados da série Resident Evil, a fim de angariar mais alguns trocados para uma (já) milionária desenvolvedora de games que não confia na qualidade de seu próprio produto.

Eu sou fã de Resident Evil. Mas não estou desesperado. Então, gostaria de deixar um recado para os apreciadores da série: se você, assim como eu, não havia sentido o mínimo de interesse por Dragon’s Dogma, NÃO COMPRE ESSE JOGO APENAS PELO TRAILER DE RESIDENT EVIL 6. NÃO CAIA NESSE TIPO DE TRUQUE SUJO. NÃO SEJA COBAIA. VALORIZE O SEU DINHEIRO. O meu, ao menos, é conseguido com muito suor e sacrifício. Pare pra pensar um pouco: demonstrações de jogos devem ser gratuitas, e não custar R$170,00. A demo será lançada de graça pela PStore (e por outros veículos) de qualquer forma. Não custa nada esperar. Mas, pagar por uma demo, isso pode custar muito aos jogadores. Pode ser o precedente que as empresas tanto esperam para instaurar práticas abusivas, como pagar por finais alternativos no modo offline de um game, ou bloqueio de console para jogos usados. Fica a pergunta: você é um verdadeiro jogador de videogame, que apoia práticas saudáveis no meio de entretenimento de que mais gosta, ou um entusiasta que não consegue esperar alguns meses por uma parte incompleta de um jogo?

Au Revoir!

6 comentários:

  1. mt show seu blog se der visita o meu e comenta tbm http://gamesrapha.blogspot.com/

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  2. Falando de Dragons, eu li, via alguns trailer pequenos da net e posso dizer que em um mundo de Skyrim que ainda vai ferver por alguns anos no mercado de RPG e Kingdom que está vindo na terça agora que pelo que observei vai levantar um grande público para o game, como eu mesmo que não dava muita atenção e pelo blog aqui fui dar um voto de confiança para Kingdom, enfim, adorei o jogo e já comprei. Dragons será mais um e de jogos da Capcom, sinceramente, para mim só RES e outros poucos, Dragons infelizmente não saiu para PC (até o momento), isso indica na minha opnião que é o típico game para levantar dinheiro (assim como citou no post), pois todos os grandes RES tem para PC (4, 5, Operation e 6), agora porque este game veio do nada e apenas para console? Estranho, deve ser tipo do jogo que vem do nada e vai morrer em lugar algum, se eu estiver errado irei pegar uma cópia para o console e dar uma boa olhada, ai eu pergunto para a Capcom, onde fica Onimusha e Dino Crisis? Dois clássicos do PS1 e 2, Onimusha sem palavras, os melhores CG's que já vi, Dino Crisis o 1 e 2 eu adorava este game, principalmente o 1, e nas novas plataformas somem. Fora o Devil My Cry, nunca fui fã, mas ver aquele "Dante" emo doi no coração. Capcom é moda, o que querem é dinheiro e depois entreternimento, diferente de outras grandes produtoras. Sem mais.

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  3. o caso da Capcom é o de sempre: ela é mestre em criar franquias e duas vezes mais mestre em detonar completamente com elas. Cadê Megaman? Breath of Fire? Dino Crisis, como você citou? claro, uma empresa tem que se renovar, mas ela abandona as criações do nada, sem dar nenhuma explicação aos consumidores que compravam seu produto. e ainda acham que têm o direito de colocar travas e a porra a quatro nos jogos para que os fãs possam provar a sua fidelidade à empresa. e a fidelidade delas? quando vão demonstrar?

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  4. "Guerreiro genérico: mesmo princípio ativo e mais barato" rsrsrs, po cara pela sua descrição passou pela cabeça que tu é um farmacêutico rsrsrs.

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    1. Aliás, sou o Clangedin, dei uma atualizada no nome e avatar.

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  5. essa do guerreiro genérico foi só uma piada, mesmo. não tem como um personagem personalizável criado pelo jogador ser muito pitoresco.

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