E uma coisa que eu gosto em retrospectivas é que elas são
uma ótima oportunidade de te fazer perceber como você foi bobo em planejar
acontecimentos que não saíram exatamente como você queria. Bem, faz parte da
vida. E, como embromar faz parte do Mais Um Blog de Games, eu precisava desta
breve introdução para não partir direto ao assunto do post: os games que joguei
(não necessariamente lançados neste ano) no ano que se encerra. Aviso, de
antemão, que a quantidade de jogos deste ano é bem menor que a do ano de 2012.
Talvez seja um reflexo do momento (gamer) pelo qual estou passando. Talvez seja
apenas preguiça de escrever um texto quilométrico pro blog (ah, tá... Acho que
nem eu mesmo acreditei nessa.). Talvez seja falta de recursos para comprar
novos (e caros) jogos para servirem de base para reviews e textos diversos. Só
o Shadow sabe a resposta...
Nota: segue um vídeo abaixo de cada texto, pra quem não
conhece o game e tem curiosidade em conhecer.
RETROSPECTIVA 2013 DO
MAIS UM BLOG DE GAMES (A ORDEM É A MINHA SATISFAÇÃO PESSOAL COM O JOGO)
ALPHA PROTOCOL
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Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come... |
Esse é um RPG tático de espionagem, produzido pela SEGA e
criado pela Obisidian Entertainment. No game jogamos com um espião do governo
americano (acredito eu) que conta com um bocado de opções de diálogo para
acabar com a raça de seus inimigos. Tá certo, a coisa não é bem assim, mas o
caso é que eu joguei tão pouco desse game que não sobrou muita coisa pra
comentar além disso: gráficos medianos; jogabilidade esquisitona; linearidade
nas opções de stealth e uma pilha de outros jogos esperando pra serem jogados,
detalhe esse que resultou em uma (não tão) fina camada de poeira sobre a caixa
de Alpha Protocol.
Comprei esse jogo por um valor quase irrisório (para os
padrões dos consoles, só pra deixar claro aos usuários de maravilhas como
Steam, Gog e afins) devido a uma recomendação de um leitor do blog. Ainda não
sei o que pensar sobre Alpha Protocol, muito menos se darei uma segunda chance
a esse título. Mas pelo menos ele tem o seu lugar ao sol na minha retrospectiva
de games jogados em 2013.
GUITTAR HERO 3
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Minha guitarra é dessa. Pena que eu não uso |
É incrível as coisas que um consumidor é capaz de fazer para
satisfazer seus desejos desenfreados por quinquilharias.
Guittar Hero foi uma série que estreou no PS2 e, já nos
primeiros dois anos de sua existência, computou a invejável marca de mais de
cinco jogos. Usei o verbo ser no passado pois a franquia teve seu fim durante o
desenvolvimento do sétimo episódio, após a visita de um dos produtores do jogo
ao estúdio de desenvolvimento. A ideia: utilizar uma guitarra de verdade para
poder jogar o jogo. E o produto final estava ficando tão ruim, com uma seleção
de músicas tão sem graça, que o presidente da Activision Eric Hirshberg não
pensou duas vezes em colocar uma pedra em cima da produção do game. O alto
custo do periférico também foi fator decisivo para a extinção desse título.
Voltando ao tema, é incrível as coisas que um consumidor é
capaz de fazer para satisfazer sua sede nerd de adquirir quinquilharias
relacionadas a games. Uma certa pessoa, certa vez, chegou a pagar (acreditem)
R$600,00 por um periférico de guitarra para poder desfrutar do prazer musical
de se jogar Guittar Hero. Infelizmente, esse é um pré-requisito obrigatório
para jogar quaisquer títulos posteriores ao terceiro episódio, visto que a
partir da quarta edição o game já não dá mais suporte ao controle original do
console (PS3 ou Xbox 360).
Bem, a boa notícia é que essa “corajosa” pessoa se trata de
um amigo meu (que, sinceramente, espero que não esteja lendo isto) que ficou
muito pê da vida quando lhe contei que comprei o game junto com a guitarra por
aproximadamente 1/3 deste valor.
Mas o fato é que a resposta dos comandos inseridos não foi
satisfatória o bastante pra manter meu interesse. Pra piorar, inventei de
começar jogando no nível hard, que exige o uso de todas as “cordas”, detalhe
que dificultou ainda mais minha experiência com o game. R.I.P, Guittar Hero.
CHRONICLES OF RIDDICK: ASSAULT ON DARK ATHENA
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Medo de injeção é o cacete! |
Sempre tive muita curiosidade a respeito deste jogo. Em parte
por causa dos elementos de stealth presentes, em parte por causa da
recomendação do camarada Aquino em seu blog Retina Desgastada. O problema é que, com tantos games de FPS com senha na mão, esperando na fila pra ser
jogado, ficou meio difícil deixar de lado alguns outros jogos que chegaram
primeiro. Confesso que minhas impressões não foram as melhores, mas ainda é
muito cedo pra julgar este game em particular. Também
não sei se darei uma segunda chance a este aqui. Apenas 2014 pode afirmar com
mais certeza.
TOMB RAIDER TRILOGY
Esse game é uma coletânea de três jogos da musa Lara Croft. Todos são da era dos 128 bits, mas o motivo da compra foi Tomb Raider Anniversary, um remake do primeiro jogo da franquia.
Joguei muito pouco dele (falo da versão em HD), pelos já conhecidos motivos: falta
de tempo e outros jogos na fila. Mas fica o conselho: Anniversary foi um dos
melhores jogos para PS2 que tive o prazer de jogar, com gráficos belíssimos até
os dias de hoje e com uma jogabilidade totalmente reformulada e adaptada ao
ritmo dos games mais modernos.
GOD OF WAR ASCENSION
Diferentemente dos títulos acima, GOW Ascension é um jogo que eu tenho certeza que voltarei a jogar em um futuro próximo. Primeiro porque sou fã de carteirinha da saga de Kratos. Segundo pela alta qualidade do título em questão: ASCENSION, JUNTO COM HEAVY RAIN, LBP E O PRÓPRIO GOD OF WAR 3, É UM DOS JOGOS MAIS BONITOS DESSA GERAÇÃO QUE SE VAI. E além de tudo ainda tem uma trilha sonora que supera muitos GOW já lançados.
Estranhei uma “leveza” na animação de Kratos e alguns
elementos de jogabilidade que soaram meio esquisitos no game, mas com certeza
quero jogar e terminar esse game futuramente.
GTA 4
Sim, se você não tiver muita coisa pra fazer da vida e tiver uma boa memória, lembrará que esse jogo apareceu na retrospectiva de games que fiz no ano passado. E o motivo de GTA 4 voltar à lista neste ano é que foi apenas neste ano que joguei o jogo pra valer. A conclusão a que chego é que GTA 4 é um jogo muito bom, mesmo tendo a sua escala geral drasticamente reduzida com relação ao seu antecessor, o GTA San Andreas. Niko Belic, assim como toda a sua trupe, é um personagem inesquecível digno dos games da Rockstar. Fica o conselho: mesmo sendo assombrado por uma vontade avassaladora de jogar o título mais recente, dê uma chance a esse jogo que vale muito a pena. Só não tente ganhar de nenhum de seus amigos na sinuca. É impossível...
RED DEAD REDEMPTION
Um jogo da Rockstar é pouco, dois é bom... Sim, pelo fato de ter sido absorvido pelo imersivo mundo de GTA 4, acabei comprando o Red Dead. Dizem que esse jogo é melhor que GTA em tudo, só que com cavalos no lugar dos carros. Deve ter sido por isso que eu não consegui sintonizar nenhuma rádio de música no game...
Bem, Red Dead Redemption é um grande jogo, sendo um dos dois
jogos que estou jogando no momento. Falei dele em um post em particular, então
não vou me prolongar muito. A dica é a seguinte: se você nunca jogou um game no
estilo de GTA, tenha muita paciência ao jogar RDR, pois no começo é meio
confuso mesmo. Mas é aquele tipo de mundo que, quanto mais você se familiariza,
mais imersivo e agradável vai ficando. E peço desculpas por lhe iniciar nesse
vicio que vai acabar com sua vida social.
FALLOUT NEW VEGAS
ULTIMATE EDITION
Falar sobre Fallout é tarefa das mais difíceis pra mim. É como pedir a uma mãe descrever em detalhes o porquê de amar tanto um filho. Não dá. Meu desajeitado review supremo do Fallout 3 pode dar uma pista do quanto eu gosto desses dois games.
New Vegas é um dos melhores games que joguei nesta geração,
junto com seu irmão mais velho. A Ultimate Edition compila quatro pacotes de
expansão do game, dos quais só joguei dois: o dos cientistas e o do burning
man. Sinceramente, espero que os leitores saibam do que eu estou falando, pois
não consigo lembrar o nome das expansões. Mas o fato é que New Vegas é um jogo
essencial para quem gosta deste estilo. O clima de Western é um dos melhores e
várias falhas do Fallout 3 foram corrigidas. Está esperando o quê pra começar a
jogar?
SKYRIM LEGENDARY
EDITION
A compilação de Skyrim é mais modesta: conta apenas com três expansões do game, sendo que se você não for muito fã de afazeres domésticos dificilmente tomará gosto por Hearthfire. A outra é dedicada aos que gostam de virar vampiro na série. E Dragonborn, a mais promissora das três, vem para jogar um balde de água fria na pretensão de quem achava que era o chosen one do game. Entendedores entenderão...
BIOSHOCK INFINITE
Sim, é como muito pesar que confesso que não cheguei a gostar tanto de Bioshock Infinite quanto achei que chegaria a gostar. E é com um imenso prazer que afirmo que isso não quer dizer absolutamente nada.
Bioshock Infinite é um dos melhores shooters lançados nesta
geração: gráficos inacreditavelmente lindos, mesmo nos consoles (a cidade de
Columbia é uma das coisas mais incríveis que minhas retinas já presenciaram em
um jogo de videogame); a melhor trilha sonora do ano, sem sombra de dúvidas;
dezenas de horas de exploração; dublagem magnífica de personagens e um
excelente enredo. Claro que não acho que o fenômeno de Infinite se compare ao
fenômeno do primeiro Bioshock, em parte por causa das limitadas opções de
plasmids/vigors e um mais baixo fator replay, mas é um jogo que você se
arrependerá sem nem saber caso não venha a jogá-lo. Deu pra entender o que eu
quis dizer? Ótimo.
FARCRY 3
É incrível como esse jogo consegue ser bom em tudo que faz: gráficos lindos; jogabilidade precisa e perfeita; boa duração; exploração de dar inveja a muitos games de mundo aberto; ótimo enredo (um dedo na ferida de quem não dava muito pelo game. Entendedores entenderão de novo.); multiplayer empolgante, mesmo pra quem não dá a mínima para multiplayer (como eu). E é isso: aproveite que o preço do game caiu bastante e dê adeus ao seu tempo livre.
DIABLO 3
A espera valeu a pena: despite of todo o mimimi de alguns jogadores eu, Shadow Geisel, afirmo que Diablo 3 é tão viciante e bom de jogar quanto seus outros dois títulos. Infelizmente, a Blizzard resolveu me trollar e colocou uma taxa baixíssima de aparição para o item Pedra dos Espíritos, fato esse que vem tirando meu ânimo em jogar com outras classes e platinar o game. Ah, antes que eu me esqueça: a dublagem
NI NO KUNI
Review Supremo é um tipo de texto que eu criei para estrear o blog. Ao longo desses dois anos, apenas alguns jogos foram alvo de Reviews Supremos: Street Fighter 4, Fallout 3, e Alien O Oitavo Passageiro (não é game mas dane-se: meu blog, meus textos), se não me foge algum da memória. Outros estavam no forno mas perdi os arquivos devido a um problema no notebook. Felizmente, Ni No Kuni não foi um deles.
Ni No Kuni é um RPG das antigas, aos moldes de Dragon Quest
e com um visual tão bonito e estilizado que mais parece um desenho animado. Se
fosse para escolher apenas um dos games acima para jogar de todo jeito esse
ano, com certeza este seria o escolhido. Os motivos de gostar tanto deste game
estão em dois posts no blog, o já citado review e um texto que fiz quando testei a demonstração da PSN,
então não vou me prolongar muito.
E a lista de games foi essa, pessoal. Bem mais curta que a
do ano passado, ainda que conte com uma quantidade maior de games mais
relevantes.
MAIS UM BLOG E UMA
SOMBRA
Neste ano não tive muitos motivos pra comemorar o aniversário de dois aninhos do blog, e acredito que muitos dos poucos leitores também se sentiram assim com relação à baixa quantidade de postagens (um total de 30, contando com esta, contra as 69 do ano passado). Menos jogos para jogar, menos reviews e menor vontade de escrever. Natural.
Parte desse desânimo foi por causa da nova geração de
consoles, que não me agradou nem um pouco. Agradar nem um pouco é algo bem vago
de se dizer, pois se eu fosse expressar a minha insatisfação com o rumo que a
indústria vem tomando seria dizendo que, no exato momento, não sinto a menor
vontade de adquirir um console de nova geração. Tampouco em adquirir um PC para
jogos ou coisa que o valha. Mas uma das características mais marcantes neste
meio de entretenimento é a imprevisibilidade, e muita coisa pode acontecer
daqui pra frente e minha opinião mudar.
O ano foi de algumas vitórias e também de derrotas. Como uma
grande vitória pessoal, posso citar a aquisição da minha tão sonhada CNH, cuja
falta estava me tirando o sono e me fazendo duvidar da minha capacidade pessoal
de superar obstáculos. Dentre as derrotas bem, esse não é um blog da Revista
Capricho com a finalidade de esmiuçar a intimidade dos famosos, até porque eu
nem sou tão famoso assim. Tá, eu sei que sou bastante conhecido mundo afora,
mas não acho que esse seja o assunto de interesse dos leitores do blog rsrsrs. Só
preciso ressaltar que passar um final de ano se recuperando de uma desilusão
amorosa (e perda de fé nas pessoas) não é um dos melhores jeitos de passar o
fim de ano, independente de você levar a sério o espírito natalino ou não.
E é isso, leitores do Mais Um Blog de Games. Como este ainda
se trata de um blog destinado a jogos eletrônicos, gostaria de desejar uma
melhor sorte a esta nova geração que aí está, dados todos os problemas que a
mesma apresentou logo em sua estréia, e desejar sorte também a nós, jogadores,
que somos as maiores vítimas dessa história toda.
Um bom final de ano a todos e nos vemos no ano que vem em
alguma postagem perdida por aí no blog.
Au Revoir!